As flores eram encantadoras para a Mei.

Afinal, as flores eram aromáticas, as pétalas eram coloridas e esbeltas, a textura destas últimas era macia.

A Mei desejava ser como uma flor.

De aparência amável, bela e inofensiva, como as pétalas das belas flores. Uma forte guerreira corajosa e independente como os espinhos e o veneno de algumas.

Ela se lembrava muito bem a primeira vez que tinha sido comparada com uma flor.

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Era o ano 1590, grandes naus de grande poder de fogo atracaram naquela ilha. A Mei, ainda criança, olhava curiosa para os viajantes.

Um jovem de feições europeias, cabelos castanhos e longos, presos num rabicho baixo, e de olhos verdes. O seu olhar austero, solitário e cansado percorria o local, até reparar na pequena menina. Sorria ao vê-la e, no seu olhar, um brilho jovial e aventureiro surgiu.

– Olá, menina. Como te chamas?

Mei não entendeu as palavras do outro, então demonstrou uma expressão de confusão.

– Não me entendeste?- o europeu teve uma ideia.- Irei-te chamar de Formosa. Ilha Formosa!

– Formosa?- a pequena perguntou, sem entender.

– Sim. Porque és formosa e bonita. Talvez como uma flor.

Sem saber o porquê, Mei tinha entendido o que ele tinha dito.

– Mei! Terra chama Mei!- Leon chamava Mei, que estava com a cabeça na Lua.

– Eh? O que aconteceu, Leon?

– Estavas com a cabeça nas nuvens! Acho que nem respiravas! No que estavas a pensar? Na comparação daquele europeu?- Leon perguntou, frio e ciumento.

– Sim, algum problema? Ciúmes?

O Leon corou e nada disse. Estava mesmo com ciúmes.