Why Or Not Why?

Conversa


Me assustei, será que quando eu finalmente tinha conseguido sair daquele lugar, eu iria morrer sem nem conhecer o mundo ao meu redor? Meus olhos se encheram de lágrimas, mas tentei não chorar. -Nada, é? Está se escondendo de alguém? Me assustei mais ainda, como ele sabia? -N-não me le-leve p-pra casa p-por favor... -murmurei. -Ah, então está mesmo? -Ele riu, droga sou muito burro, droga, droga, droga... -Ei, não me ignore, garota... -Ele meu deu um tapinha no rosto, me assustei. -E-estou e n-não... -Hm? Está ou não? -N-não sou u-uma garota... -Ele riu. -Costuma se vesti de garota e fugir de casa pra ir pra florestas longe de tudo? Bom hobbie. -N-não... E-eu queria conhecer a c-cidade. -Falei. -Hm? -Na cidade deve ter pessoas bondosas e amigáveis -Continuei- Que se comprimentam e são muito felizes com suas familias e... -Falei, falei, falei... Quando percebi já tinha contado tudo o que esperava da cidade, o homem apenas gargalhou e disse. -Você se drogou? - ele tirou a arma da minha testa. -A cidade é um inferno, pirralho.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–MENTIRA! -Gritei, e então percebi que ele podia se irritar e me matar quando quisesse, e eu definitivamente não quero isso. -Er ahn, d-desculpa... - O rapaz me deu um sorriso sarcatico e foi andando para outro lado com as mãos e a arma nos bolsos, ficando de costas para mim.

–Você não parece perigoso, então decide não te matar... -Ele falou como se isso fosse normal e virou apenas o rosto- Mas desse jeito a cidade vai te matar, fica esperto e ah... Se tiver o azar de me encontra de novo, fuja. - Ele se virou de novo e fez sinal para eu ir embora, será que pessoas assim são normais? - Vai logo antes que eu mude de ideia... Resolvi que era melhor ir mesmo e corri, sem olhar para trás, finalmente eu vou conhecer a cidade, não evitei sorrir ao pensar nisso.