Cinco Anos Ocultos - Chair
Desculpas
Serena sentou-se na cama e olhou para o lado. Estava vazio. Ainda sonolenta ela andou pelo quarto procurando por Blair, até que ela entrou no quarto.
– Bom dia. – Blair disse rapidamente colocando coisas em sua bolsa.
– O que você está fazendo? – Serena perguntou confusa.
– Vou até o meu apartamento.
– Pra que?
– Vou conversar com o Chuck, e ele vai me dizer toda a verdade querendo ou não.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Blair, não acho que seja uma boa ideia... Você acabou de sair do hospital e...
– Eu já tomei um café da manhã bem reforçado não se preocupe.
Dorota apareceu no quarto assim que Blair saiu. As duas se olharam sem saber o que fazer, até que Dorota fez sinal para Serena a seguir, e foi o que ela fez.
xx
– Fico feliz por ter me chamado Chuck. – A moça morena disse sorrindo.
– E eu fico feliz por ter vindo. – Ele sorriu galanteador.
Os dois sorriram um para o outro e se prepararam para apertar as mãos quando Blair abriu a porta, entrando como um furacão. Serena a seguia tentando acalmá-la.
– Eu sabia! – Blair exclamou revoltada. – Você teve coragem de trazê-la aqui? Você é tão baixo Chuck Bass, igualzinho o seu pai!
Os três permaneceram em silencio. Chuck olhou para a mulher ao seu lado que parecia completamente confusa e respirou fundo.
– Blair... – Ele se aproximou, mas ela fez sinal para que ele não se aproximasse.
– Não venha com desculpas! Não basta o que você fez ontem?
– Blair...
– Eu venho aqui querendo uma explicação e dou de cara com essa mulher que não sabe nem combinar a bolsa com o sapato!
A mulher olhou para si mesma e depois olhou indignada para Blair.
– Blair! – Chuck praticamente gritou para que ela o deixasse falar. Blair respirava ofegante e o olhava furiosa. – Me deixe explicar.
– Eu... Acho melhor eu ir embora. – A mulher disse envergonhada.
– Eu te acompanho. – Serena olhou para Blair. – Te espero lá em baixo.
As duas saíram e tudo que ouviam era a respiração alta de Blair, demonstrando o quanto ela estava nervosa.
– Eu não tive nada com ela...
– Ahn, sei. – Blair riu ironicamente. – Quer que eu acredite nisso por quê?
Chuck deu um sorriso divertido.
– Por que está sorrindo assim? Acha que isso tudo é divertido? Pois não é, Chuck Bass, seu, seu... Pulador de cerca!
Não resistindo àquilo Chuck sorriu ainda mais, segurando para não dar uma gargalhada. Ele percebeu que Blair ficava mais nervosa a cada minuto, e resolveu se explicar logo.
– Vem aqui... – Ele esticou a mão para ela.
– Por que eu iria?
– Você não pediu uma explicação? Eu vou explicar.
Respirando fundo Blair se aproximou dele. Ele segurou sua mão e a apertou, e mesmo em um momento como aquele, Blair sentiu a paz que somente ele transmitia. Eles andaram pelo apartamento praticamente vazio, contendo apenas um sofá e uma estante. Passaram por um longo corredor e então pararam em frente a ultima porta do corredor.
– Então...? – Blair cruzou os braços.
– Abra.
– O que vai ter aí dentro? Mulheres fantasiadas de enfermeiras?
– Terá que abrir para descobrir. – Respondeu divertido sorrindo de lado.
Blair virou os olhos e então colocou a mão na maçaneta, pensando se teria coragem de ver o que tinha dentro daquele cômodo. Afinal, Chuck não estava com pontos positivos com ela. Vagarosamente ela virou a maçaneta, e empurrou a porta. Assim que a abriu completamente, ela prendeu a respiração, e inevitavelmente seus olhos se encheram de lágrimas.
O cômodo era um quarto de bebê, totalmente montado. As paredes brancas davam um ar leve, o berço também todo branco deixava claro que Chuck não quis uma cor definitiva por não saber o sexo do bebê. Não faltava nada no quarto, em um canto havia vários ursos de pelúcia e um baú. As cortinas fechadas impediam a claridade de entrar completamente. Em outro canto havia uma poltrona confortável. Estava como Blair sempre quis. Era como se Chuck conseguisse ver os sonhos mais profundos dela e realizá-los.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– O que... O que significa isso? – Perguntou com a voz falhada.
– Quis que esse fosse o primeiro cômodo a ser totalmente montado. – Ele se aproximou do berço. – Acho que já sabe que aquela mulher não era minha amante. Ela era uma decoradora. Quis fazer uma surpresa para você. Ia trazê-la aqui essa noite para um jantar e lhe mostrar. – Ele sorriu. – Acho que é como você queria, não?
– É... É melhor do que isso. – Ela andou pelo quarto, tocando nos móveis. – É perfeito!
– Achei melhor colocar tudo branco. Não sabemos se será menino ou menina.
– Foi o que eu pensei. – Ela sorriu observando o berço.
– Você gostou? - Ele também olhou para o berço. Blair parou ao lado dele, e tocou no móvel.
– Chuck... – Blair se aproximou. – Eu nem sei o que dizer... Eu... Eu nunca imaginei que você estava planejando tudo isso.
– Acho que deu pra perceber quando me acusou há dez minutos. – Ele sorriu e a puxou pela cintura. – Eu não faria isso com você. Já devia saber disso.
– Eu sei... Eu só tenho medo.
– Não precisa ter medo. Eu te amo, e te amarei até o fim.
– Eu também te amo.
Os dois selaram a reconciliação com um beijo apaixonado.
“Acho que todos estávamos errados sobre Chuck Bass. Talvez ele não seja o mesmo Chuck de antes, realmente. As inimigas podem voltar a sentir inveja da vida perfeita de Blair, ter um filho de Chuck e ainda por cima ter um marido como ele, não é para qualquer uma.”
Dan fechou o notebook e encarou a parede em sua frente, estava tão pensativo que não notou que Serena tinha chegado em casa.
– Oi. – Ela se aproximou e ele não respondeu. – Dan?
Despertando dos pensamentos Dan virou-se para olhá-la.
– Está pensando em que? – Ela sorriu escorando na parede.
– Em que horas você chegaria porque estava morrendo de saudades. – Ele sorriu levantando-se e se aproximando dela, beijando-a. – Vou tomar um banho e já volto para prepararmos o jantar. – Ele sorriu se afastando.
Serena encarou o notebook em cima da mesa e foi até ele. Abriu-o e olhou a pagina aberta.
***
– Então querem fechar o negócio nesse final de semana? – Chuck perguntou ao seu sócio.
– Sim, você terá que ir na sexta e voltar na terça a tarde.
– Não sei se posso deixar Blair por tanto tempo... Ela está muito sensível durante esses dias.
– Mas é muito importante. Se fecharmos negócio com os franceses, podemos ampliar as redes de hotéis, e logo podemos ter em vários países. Lucraremos muito com isso Chuck.
– Não pode ir alguém no meu lugar?
– Creio que é melhor não. É mais seguro você mesmo fechar o negócio.
Chuck escorou em sua cadeira, pensativo.
***
– Dorota!
Em poucos segundos Dorota apareceu aflita no quarto carregando uma bolsa no ombro.
– Está na hora? Temos que ir? Está tudo na bolsa...
– O que deu em você? – Blair perguntou olhando assustada para ela.
– As contrações não começaram?
– Claro que não! Eu ainda tenho três semanas e meia antes de entrar em trabalho de parto.
– É que... Pode acontecer de antecipar...
– Não, eu já planejei tudo.
– Mas Senhorita Blair, essas coisas a gente não planeja...
– Dorota, fale menos e escute mais. Chuck pediu para que eu escolhesse a decoração do nosso apartamento. Preciso que ligue para as melhores decoradoras e marque uma reunião com elas essa semana.
– Mas Senhorita Blair... Você precisa descansar.
– Eu não vou fazer esforço nenhum. Vou ficar sentada no sofá enquanto me mostram fotos. Não tem nada de cansativo nisso.
– Não sei se o Senhor Chuck vai permitir isso...
– Permitir o que? – Chuck parou ao lado de Dorota.
– É que a Senhorita Blair está querendo...
– ... Visitar a Serena. Ela me mandou uma mensagem dizendo que precisa conversar, preciso saber o que está acontecendo, e quero ir até lá amanhã.
Dorota virou os olhos e Blair sorriu.
– Acho que não tem problema nisso.
– Então pode ligar para ela Dorota, diga que a encontrarei amanhã as 15h.
Antes de sair do quarto Dorota encarou Blair, e sussurrou que aquilo era errado. Blair a ignorou e chamou Chuck para deitar ao lado dela. Ele tirou sua gravata e abriu alguns botões de sua camisa. Sentou-se ao lado de Blair e a beijou.
– Está com fome? Pedi Dorota para preparar um jantar especial.
– Não acha que irá se redimir com um jantar não é? – perguntou divertido.
– Talvez com a sobremesa. – Ela o olhou maliciosa. – Estava pensando... Podíamos comprar algumas roupinhas juntos... Eu sei que já temos várias roupas, afinal você sabe que não resisto de passar em frente uma loja de bebês e não comprar algumas roupas... Algumas... Muitas.
Chuck sorriu e a beijou novamente. Não conseguia disfarçar que adorava quando Blair demonstrava ser ela mesma. Era uma das coisas que ele mais amava.
– O que acha de irmos nesse fim de semana?
O sorriso de Chuck sumiu, e ele desviou o olhar.
– O que foi?
– Arrumamos alguns sócios novos...
– Isso é ótimo! Onde?
– Na França.
– Isso é maravilhoso! – Exclamou animada.
– Só que preciso ir até lá para fechar negócio.
– Você... Você terá que ir para a França? – Perguntou desapontada.
– Sim.
– Por quanto tempo? Dois dias?
– Uma semana.
– Uma semana? Mas... Isso é muito tempo.
– Eu sei... Mas se eu conseguir fechar negócio nós ganharemos muito com isso. – Ele segurou a mão dela. – E eu prometo que irá passar rápido.
– Bem... Se isso é tão importante... Tudo bem.
– É por isso que eu te amo. – Chuck sorriu e a beijou.
Blair não teve tempo de sentir-se chateada por Chuck ficar tanto tempo fora, a noite foi boa o suficiente para isso.
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