A Pequena Lady De Ferro
Corrida em Mônaco
Os dias se passavam e a cada dia as pessoas falavam mais sobre a Lady de Ferro. Tony estava com os nervos à flor da pele por conta disso e Julie pensava se já não era hora de contar a verdade para seu pai. Ela decidiu que contaria, mas não agora, pois eles iriam para Mônaco.
JULIE
A viagem durou algumas horas. Quando chegamos fomos para o nosso hotel que ficava em uma das ruas onde ia acontecer uma corrida. Meu pai é tão cismado que trouxe a armadura dele junto, compacta em uma mala. Não sei o que ele pensa que pode acontecer aqui.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Meu pai, Pepper e eu descemos até o restaurante acompanhados da Natalie. Havia muitas pessoas e fotógrafos nos paravam para tirar fotos a cada minuto.
Então um homem de terno se aproximou de nós. Ele era loiro e usava óculos e estava acompanhado de uma mulher loira.
— Anthony meu amigo como vai? – perguntou ele ao meu pai como se fossem velhos amigos.
— Muito bem Hammer e você? Ainda chorando pelo seu contrato cancelado? – era visível que o meu pai não gostava do tal de Hammer.
— Na verdade ele foi suspenso – disse ele de modo rápido. – Que indelicadeza a minha, vocês já conhecem a Christine Everhardt da Fanity Fair? Ela está fazendo uma matéria sobre mim.
— Já. Na verdade ela fez uma matéria sobre o Tony no ano passado. Muito boa – disse Pepper, ela parecia com raiva daquela mulher.
Meu pai permanecia em silêncio até que eu não aguentei mais não ser notada por ninguém e disse:
— Vamos voltar para a nossa mesa?
Todos os olhares se voltaram para mim, o que me deixou até um pouco constrangida.
— Então você é a herdeira do trono Stark. Eu sou Justin Hammer, um amigo do seu pai.
Duvido que ele fosse amigo do meu pai.
A mulher loira, a tal Christine, se apresentou pra mim:
— Oi, eu sou Christine Everhardt, sou repórter. Você é muito bonita, igualzinha ao seu pai.
Agora eu saquei o que estava acontecendo. Aquela mulher devia ser um dos antigos casos do meu pai. Isso explica porque a Pepper parecia tão alterada.
Dirigi-me aos dois sorrindo e disse:
— Eu sou Julie Stark e odeio bajuladores – voltei–me para Pepper e meu pai que não escondiam a satisfação por eu ter falado aquilo. Repeti minha pergunta:
— Vamos voltar para a nossa mesa?
— Claro – disse Pepper
— Vamos nessa – meu pai disse.
Então saímos de lá, deixando os dois com cara de idiotas.
TONY
Deixei Julie e Pepper na mesa e fui ao toalete. Tirei do bolso um aparelho que mede a toxicidade do sangue. Estava em 45%.
Era o paládio do meu reator. A única coisa que me mantinha vivo estava me matando. Eu não contei a ninguém, pensei que conseguiria contornar essa situação, por isso passei tanto tempo no laboratório, mas não consegui.
Eu queria contar a verdade para Pepper e Julie, mas não tive coragem. Pepper provavelmente surtaria e Julie... Eu não podia fazer isso com ela, não agora que estamos nos dando tão bem.
Então tive uma ideia. Um sonho de infância. Já que vou morrer é melhor eu me divertir enquanto ainda há tempo e aposto que Julie vai adorar.
JULIE
Fazia algum tempo que meu pai havia ido ao banheiro e ainda não havia voltado. Alguma coisa ele estava aprontando.
Olho em direção a uma TV e vejo que muita gente se aglomerou pra ver alguma coisa. Comecei a ouvir comentários sobre o meu pai. Pepper e eu levantamos no mesmo instante fomos ver do que se tratava.
Era o meu pai na TV. Ele estava no grid de largada, pronto pra pilotar um carro de fórmula 1.
— Que maneiro! – eu disse
— Que maluquice você quis dizer – disse Pepper, preocupada.
A corrida começou e nós continuamos acompanhando tudo. Pepper parecia apreensiva.
Para a minha surpresa meu pai dirigia muito bem, mas então, algo aconteceu. A câmera focou em outra parte da pista onde um homem abriu um portão e entrou no meio da pista.
Ele ficou parado lá até um carro aparecer. A parte de cima de sua roupa começou a queimar e o que pareceu chicotes elétricos pendiam de suas mãos, mas o que mais me chamou atenção foi o reator que ele estava usando em seu peito. Era igual ao do meu pai.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Aquele cara começou a partir todos os carros que estavam a sua frente com seus chicotes, mas eu sabia por quem ele estava esperando.
— Natalie, chame o Happy – disse Pepper, atrás de mim.
Natalie saiu e poucos instantes depois ela e Happy voltaram. Happy estava preparado, trazia consigo a maleta – armadura do meu pai.
No mesmo instante em que olhei de volta para a TV, vi o carro de meu pai ser partido pelo cara com os chicotes elétricos. Meu sangue gelou.
— Meu Deus – disse Pepper, ela estava a ponto de chorar.
Ela olhou para mim e disse:
— Julie, preciso que você fique. Natalie cuide dela. Eu vou ajudar o seu pai.
— Sem essa, eu também vou – eu disse, mas sabia que era em vão. Eu não tinha minha armadura aqui.
— Não Julie, você vai ficar aqui em segurança – Pepper disse, saindo às pressas com Happy.
Natalie me segurava pelo braço. Eu tentava me soltar, mas para a minha surpresa ela era muito forte.
— Me solta agora – eu disse, com raiva por estar naquela situação.
— Não vou. Eu recebi ordens expressas pra não deixar você sair daqui.
Olhei para a TV e vi que meu pai lutava e se esquivava contra os golpes daquele homem.
Quando senti que Natalie tinha afrouxado o aperto no meu braço eu sabia que aquela era a minha chance. Reuni toda a força que eu tinha (que não era muita) e dei um chute na canela da sonsa da Natalie. Ela soltou meu braço e eu saí, correndo o mais rápido que pude até onde meu pai estava.
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