Dois meses se passaram e as coisas estava ótimas. As aulas haviam começado, eu estava super animada com a faculdade e todas as aulas que eu tinha; Fiz dois amigos logo de cara. Felipe e Layla e ambos são ótimos, mas Felipe é mais próximo que Layla e nós meio que somos grudados. Sophie e Kaio haviam saído da cidade porque suas faculdades eram em outra cidade, mas nós nos falávamos sempre. Livie e Nick estavam fazendo faculdade juntos e se aproximaram bastante, o que foi ótimo já que o Nick é um porto seguro e é exatamente o que a Livie precisa. Minha mãe e o Andrei haviam anunciado a chegada de um novo bebê, assim como eu e o Pietro fizemos o anuncio do nosso namoro. Foi um choque. Minha mãe ficou em pasma e Andrei era só sorrisos, mas depois que o choque passou minha mãe ficou, digamos que feliz e depois me puxou para ter “a conversa”, óbvio que eu não falei para ela que não era mais virgem. Pietro e eu estávamos ótimos, eu não poderia estar mais feliz. Uma boa parte do tempo nós apenas sentávamos juntos na sala e estudávamos nossos respectivos assuntos, enquanto ele ficava com a cabeça no meu colo e eu usava sua cabeça como escora de livro ou eu ficava entre suas pernas e ele usava minha cabeça para escorar o livro, assim como eu fazia com ele. Outra metade do nosso tempo nós estávamos rindo e fazendo brincadeiras ou então na cama dele, que era onde eu dormia toda noite. Eu nunca havia dormido na minha cama desde que eu me mudei. A nossa família ainda estava tentando lidar com o fato que eu e o Pietro estávamos juntos, minha avó achou o maior absurdo do mundo e quase fez a terceira guerra mundial. Enzo nunca mais havia dado sinal de vidas desde a última ligação a meses atrás e parte de mim estava aliviada por isso.

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Hoje é meu aniversário e por isso minha mãe havia feito uma reserva no meu restaurante japonês preferido só para a família e alguns amigos. Eu estou terminando de me maquiar quando o Pietro entra no meu quarto parecendo gente com uma camiseta social verde que só realça seus olhos, calça jeans e Vans vermelho.

–Wow! Você poderia se tornar a oitava maravilha do mundo nesse vestido. – ele sorri para mim e me dá um beijo no ombro desnudo.

Eu estou usando um vestido pérola de chiffom com saia solta, decote coração com alças finíssimas em fio dourado com costas nuas, salto azul e a maquiagem mais leve possível

–Obrigada baby, você tá bonitinho com essa roupa. – eu sorrio para ele.

–Eu estou irresistível e você adora quando eu uso camisas de botões. – ele sorri malicioso. – Já estragou os botões de algumas.

–Pietro! – eu o olho de cara feia e sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

–Tão linda quando fica com vergonha – ele ri e me puxa para ele. – Tá pronta?

–Sim, só vou tirar meu celular do carregador – digo e vou até a minha escrivaninha. Tiro o meu celular e vejo uma mensagem nova. Desbloqueio a tela e olho a mensagem. Meu coração gela.

‘Feliz aniversário, Lie. Mesmo você tendo me deixado plantado te esperando no nosso parque, a minha raiva já passou.

Seu presente vem depois. A gente se vê por ai (em breve).

Beijos. Enzo.’

–Anjo? – Pietro me chama e eu viro para ele com uma expressão de horror na cara. Eu vou até ele e o abraço. – Mel, o que foi?

–O Enzo me mandou essa mensagem – entrego o celular para ele que me aperta mais contra seu corpo.

–Amor, ele não vai te machucar – Pietro coloca meu celular na cama e me segura forte nos seus braços. – Eu nunca vou deixar ele te machucar.

–É só que... Ele me assusta – dou de ombros. – Ele passou um bom tempo em um hospital psiquiátrico e ainda está assim. Ele tinha quinze anos quanto tentou fazer aquilo comigo, imagina o que ele poderia fazer agora.

–Ele não vai te fazer nada, Mel – ele segura meu rosto entre suas mãos e beija minha teste. – Eu te amo, não deixaria nada de mal te acontecer.

–Eu sei – suspiro. – É por isso que eu fico melhor, mas vamos esquecer a mensagem porque hoje é pra ser um dia feliz.

–Okay – ele me dá um beijo na bochecha.

...

Pietro parou o carro em uma vaga próxima ao restaurante e nós fomos andando de mãos dadas até lá, mas quando eu abri a porta em vez de encontrar o típico restaurante que eu conheço, o lugar havia sido convertido em um salão preto e prata com bolas espelhadas, DJ, mesas de vidro que brilham, uma mesa enorme com docinhos com um bolo de três andares e um grupo enorme de pessoas perto da porta que gritaram quando nós entramos.

–Surpresa! – todos gritaram.

–Surpresa! – Pietro sussurra no meu ouvido e eu riu.

O grupo se desfez e a multidão veio me abraçar, dizer feliz aniversário e entregar os presentes. Depois que me deixaram, minha mãe me arrastou para falar com a família e depois eu enfim fui liberada para falar com os meus amigos.

–Você desconfiava? – Sophie perguntou abraçada com o Kaio.

–Não! – sorri.

–E você seriamente achou que nós não iriamos te ver no seu aniversário? – Livie me perguntou chegando onde nós estávamos com o Nick.

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–Talvez... – dei de ombros.

–E cadê o seu homem? – Kaio perguntou me olhando.

–O homem dela está com o meu homem no bar. Esses dois anti-sociais. – Sarah revirou os olhos.

–Melanie! – ouço uma voz masculina muito conhecida gritando meu nome e me viro para encontrar o Felipe de braços abertos ao lado da Layla.

–Hey. – eu sorrio e abraço eles.

–Feliz aniversário, gata! – Felipe me dá um beijo na bochecha.

–Feliz aniversário, Mel! – Layla sorri para mim.

–Obrigada – digo.

–Desculpa a demora, mas o meu ex-namorado me abordou na frente do meu prédio. – Felipe suspira. – A Lay assistiu ao espetáculo inteiro.

Felipe é um cara lindo com cabelos loiros e olhos azuis que podem cegar com tanto brilho, ele é o sonho de consumo de qualquer garota, mas ele é gay. Não que isso seja um problema, porque não é e eu sempre sonhei em ter um amigo gay, mas não são muitas as pessoas que sabem disso e ele vai partir o coração de muitas garotas quando elas descobrirem sobre ele. Layla é a versão feminina dele só que com olhos cinza e quem olhasse poderia jurar que os dois são irmãos.

–Tá, tudo bem. – eu ri. – E como foi?

–Desgastante, eu preciso de uma bebida enquanto o Fê te explica o drama. – Layla choramingou e saiu correndo para o bar.

–Faço das delas, as minhas palavras. – Felipe faz careta. – Vamos pegar uma bebida e eu começo a te explicar.

Felipe me arrasta para o bar e no caminho eu vejo os olhos verdes do Pietro em mim e uma expressão carrancuda no rosto ao ver o Felipe com um braço na minha cintura. Eu sorrio para ele e paro onde ele e o Eric estão, enquanto Felipe acompanha a Layla no balcão.

–Oi. – eu digo e dou um beijo na bochecha dele.

–Eu vou levar essa bebida para a Sarah. – Eric suspira. – Ela tá mais estressada que o normal essas últimas semanas, tenho que ficar perto dela.

Eric vai e eu olho para o Pietro.

–O que foi? – pergunto.

–Por que você tem que tá agarrada com o Felipe? – ele arqueia uma sobrancelha.

–Deus, Pietro, não começa. – reviro os olhos. – Eu não sou o tipo do Felipe.

–Você é mulher. É o tipo do Felipe – ele rosna e eu jogo a cabeça para trás rindo.

–Não, não sou! – pisco para ele. – Apenas esqueça o Felipe e venha dançar comigo, porque é meu aniversário e não é pedir demais eu querer ficar com o meu namorado hoje.

–Okay – ele sorri e me beija. – O seu presente vai estar te esperando quando a gente chegar em casa.

–E o que é o meu presente? – faço bico. – Eu falei que não precisava de presente. Você me deu aquele urso maior que eu, que eu vi no shopping e me apaixonei, semana passada.

–Eu tenho certeza que você vai gostar desse. – ele passa os braços na minha cintura e me puxa mais para perto.

Minha mãe se aproxima com o Andrei e a Penny e Pietro solta um dos braços da minha cintura.

–Mel! – Penny estica os bracinhos dela para mim e eu a pego.

–Oi, bolinha. – sorrio.

–Por que você tava beijando o Pietro? – ela pergunta no meu ouvido e eu começo a rir muito, enquanto tento formular uma resposta para ela e nossos pais e o Pietro nos olham curiosos.

–Porque a gente se gosta. – eu sussurro para ela.

–Mas só a mamãe e o papai fazem isso, você e o Pietro vão virar mamãe e papai? – ela olha para mim curiosa.

–Não! – sorrio e beijo sua bochecha. – Outra hora eu te explico, tá bom?

–Tá bom. – ela assentiu.

–O que vocês estão falando? – Andrei pergunta.

–É segredo. – eu digo e pisco para Penny que se anima.

–Só as meninas podem saber! – Penny diz.

–Então eu posso saber? – minha mãe pergunta para nós.

–Manu, eles disseram só as meninas. – Pietro brinca rindo e ela o da uma cotovelada leve na parede de músculos que é o seu abdômen.

–Eu sou muito nova, tá bom moleque? – Minha mãe diz brincalhona.

–Ok, ok, sinto interromper o momento família, mas é hora do karaokê e a Melanie vai fazer um dueto comigo. Você também vai cantar, tá Pietro? Ouvimos falar que você é bom nisso. – Livie me pega pelo braço e dá uma piscada conspiratória para o Pietro e eu saio arrastada por ela até o palco improvisado.

–Pessoal, é a hora do karaokê e eu quero que todo mundo venha, porque se não acabou a comida – Livie diz. – Agora vamos começar com um dueto meu e da aniversariante.

A música mais improvável do mundo começa a tocar e eu quase caio pra trás de tanto rir. One and the same, da Demi Lovato e Selena Gomez, começa a tocar e eu começo cantando. Eu tive minha época Disney e sempre sonhei em cantar com uma das meninas essa música. Todo mundo cantou mais um monte de música e Sophie dedicou Sexy Bitch para a Livie e todos se impressionaram com a voz do Pietro quando ele cantou Wonderwall do Oasis. Fomos embora depois das três da manhã e foi ótimo. Minha mãe sugeriu que fossemos dormir na casa dela, mas nós tínhamos outros planos porque o Pietro falou que meu presente não podia esperar até amanhã ou ele teria que me comprar outro, então agora estamos entrando do apartamento cheio de caixas e sacolas de presentes. Eu entro e o Pietro entra atrás de mim, jogo as coisas no sofá e fecho a porta. Quando olho para frente, o Pietro não está mais lá.

–Pietro? – chamo e vou até o quarto dele. Ele está tirando a caixa de baixo da cama, ele me olha e sorri.

Eu entro no quarto e sento ao lado dele na cama. Ele me entrega a caixa azul enorme com bolinhas marrons e três furinhos em cada lado, é pesada e eu sinto alguma coisa se mexer. Arregalo os olhos para o Pietro que apenas ri.

–O que é isso? – pergunto.

–Abra – ele diz.

Abro a tampa da caixa e um pequeno e fofo cachorro Lulu Da Pomerânia com a cabeça cheia e o corpo todo lisinho.

–Awn, meu Deus! – eu tiro o cachorrinho da caixa e o aperto contra meu peito. – Meu Deus, meu Deus, meu Deus! Ele parece um ursinho. Awwwn, eu quero apertar ele para sempre.

–Então você gostou? – ele sorri para mim e o cachorrinho lambe minha bochecha.

–Sim, muito! – eu me inclino e o dou um beijo. – Obrigada, porquinho.

–Sério que o meu apelido vai ser esse? O seu é Anjo, por que o meu tem que ser? – ele faz bico.

–Sim, porque você come como um – eu pisco e volto minha atenção para a bolinha pequena no meu colo que está com as patinhas espalmadas no meu peito e cheirando meu pescoço, o que me faz rir. – Ele já tem nome? É ele, né?

–Sim, é ele e não, ele não tem nome. – Pietro acaricia o cachorrinho que vira a cabeça para ele e late em aprovação. – Hm, ele tem cara de Joey.

–Não! – eu ri. – Ele não tem cara de Joey. Ele tem cara de... Hm, Chuck ou Nate? Rufus? Rufus é um ótimo nome, mas ele é meigo demais para . Dan, também é um nome legal. Milo, é um bom nome.

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–Eu não vou deixar você colocar o nome do cachorro como o dos personagens daquela serie idiota que você me faz assistir. – Ele revira os olhos.

–Gossip Girl, não é uma serie idiota. – eu faço careta e olho de novo para os olhos azuis e brilhantes do meu novo bebê. – Patch é um nome legal e também é nome do anjo super sexy de um livro que eu li, mas também tem Rush, que é outro nome legal daquele livro que a gente leu.

–Eu gostei dos dois. – Pietro sorri e olha para a bolinha de neve que se aconchegou nas minhas pernas e está com os olhos fechados enquanto faço carinho nele. – Mas acho que Rush fica melhor.

–Então será Rush. - eu digo, coloco o Rush na cama.

Sento no colo do Pietro jogando meus braços em volta do seu pescoço e beijando sua bochecha.

–Ele é muito fofo, obrigada. – digo no seu ouvido. – O melhor presente de aniversário que eu já ganhei.

–Que bom que gostou. – Pietro beija minha testa. – Você vai ter que cuidar muito bem dele, porque ele vai ser o nosso filho. Não comprei só por você, sempre quis ter um cachorro só não sei cuidar de um.

–Então você tá me usando? – finjo estar indignada.

Ele apenas ri e me beija.

–O Rush vai dormir com a gente hoje! – eu digo e vou até o banheiro.

–To começando a repensar na decisão de ter te dado o cachorro se ele for dormir com a gente toda noite. – ele choraminga e eu apenas rio.

...

Pietro havia saído para comprar comida no restaurante do lado com o Rush e eu estava no meu quarto procurando onde o Rush havia escondido o meu Ipod que ele roubou de mim e saiu correndo com ele pelo apartamento, enquanto o Pietro me segurava no sofá morrendo de rir com meu desespero. Sinto dois braços me abraçarem por trás e sorrio.

–Que bom que já voltou. – digo começando a me virar.

–Que bom que sentiu minha falta, Lie. – uma voz máscula, grave e assustadora diz no meu ouvido e eu congelo.

–Enzo! – murmuro, enquanto sinto meu corpo endurecer e por mais que eu queira, não consigo me mexer.

–Feliz em me ver, amor? – ele me vira para encara-lo e beija meu pescoço. – Eu fico feliz em te ver. O que acha de continuarmos o que fomos interrompidos há algum tempo atrás?

E antes que eu possa gritar ou fazer alguma coisa, ele está me jogando na cama e me beijando.