I Love My Nerd

A dupla


Billy estava em sua sala. Ele pensou em matar a primeira aula aquele dia. Na verdade, ele queria matar outra coisa também. Davis. Será que foi isso mesmo o que aconteceu? Davis e Sarah se encontraram? Ele sentia muita raiva naquele momento. Billy pensava, pensava muito. Ele teria que fazer alguma coisa com Davis, ou veria sua relação com Sarah abalada.

– Billy? - alguém chamou. Billy se virou e viu seu pai se aproximando.

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– Oi pai! Achei que estava no escritório - disse Billy.

– Não! Eu vou indo agora, alias, você não tem aula hoje? - disse o homem arrumando alguns papéis antes de colocar em sua pasta.

– Tenho, mas só irei no segundo período - disse Billy.

– Billy, Billy! - chamou a atenção o seu pai - Não faça isso! Não dê motivos para os outros comentarem suas atitudes. Tem que manter as aparências.

– É que eu precisava esfriar a minha cabeça antes de colocar os pés na escola - disse Billy incomodado.

– Algum problema? - perguntou Adam.

– O tio Alex e o Davis voltaram - disse Billy sério. Adam ficou parado em seu lugar sem dizer uma palavra.

– O... Alex? - disse Adam por fim.

– Sim.

– Hora, hora! Quem resolveu dar o ar da graça! - ele ironizou.

– Mas o que você tem haver com eles? - perguntou Adam.

– O Davis voltou diferente pai. Ele não é mais aquele garotinho esquisito de antes. Ele me enfrentou - disse Billy cerrando os dentes.

– Como?

– Ele vai dar um jeito de acabar meu namoro com a Sarah - disse Billy.

– Então faça alguma coisa! - Adam xingou.

– É claro que eu vou! - disse Billy se levantando.

– Eu quero que você mostre quem é, e que manda Billy! Não o deixe lhe afrontar. Eu não criei um covarde! - disse Adam se aproximando do filho.

– Eu não sou covarde - Billy se defendeu.

– Então não seja fraco - Adam agarrou o rosto de Billy com força - seja homem. Faça a sua namorada respeitar você. Dite as regras! - Adam soltou Billy.

– Você é um White! - continuou Adam - Mostre o poder de seu sangue - Adam se virou e foi embora.

As palavras de seu pai deixaram Billy com mais raiva. Logo ele pegou seu carro e foi para a escola.

Sarah estava sentada em um banco com Amber. As duas conversavam. Liam se aproximou.

– Liam? - Sarah chamou - O Billy? Onde ele está?

– Não sei! Você que deveria saber, não é?

– Eu ligo para ele, mas ele não atende - disse Sarah que no fundo sabia o motivo.

Liam a olhou. Ele queria dizer algo para que ela se preparasse, mas não disse.

– Eu preciso ir - disse Liam - tenho aula de matemática. Até mais meninas!

– Até migo! - disse Amber.

– Tchau Liam - disse Sarah.

– O Liam está estranho, não acha? - disse Amber. Sarah concordou com a cabeça.

– Amber? - disse Sarah.

– Sim.

– Se eu lhe contar uma coisa, você me promete por tudo que é mais sagrado, que não vai contar a ninguém? Mas ninguém mesmo, só fica entre nós duas?

– Sim! É claro! Amo esses mistérios - disse Amber se animando.

– Está bem - Sarah respirou fundo - Eu menti para o Billy ontem. Eu disse uma coisa, e não fiz - disse Sarah.

– Humm! Garotinha má! O que você fez?

– Eu fui falar com o Davis - disse Sarah um pouco mais baixo. Amber ficou boquiaberta .

– O gatinho, novo e ex-nerd Davis? - disse Amber.

– É, e eu acho que o Billy descobriu.

– Nossa!

– E eu acho que é por isso que ele não veio.

– Menina! Que coisa! Mas e ontem, rolou algo com o Davis? - perguntou Amber levantando uma sobrancelha travessa.

– É claro que não Amber! Por quê? - disse Sarah incomodada.

– Por que você está mancando.

– É que eu fui de bicicleta até lá, e quando voltei, eu cai - disse Sarah colocando a mão no joelho.

– Oh miga! Está doendo ainda?

– Não, só foi um ralado.

– A Lory não vai gostar disso, ela diz que o visual é importante - disse Amber.

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– Com a Lory eu me entendo.

– Está bem! E o que aconteceu ontem na sua conversa com o Davis então?

– Foi horrível Amber! Ele me odeia - disse Sarah tristemente.

– Eu sinto muito miga.

– Tudo bem. Eu vou ficar bem - disse Sarah suspirando - agora preciso ir para a aula de literatura.

– E eu para história - disse Amber colocando a língua pra fora. Sarah riu - quem precisa saber do passado? Que gente mais sem criatividade!

– Até mais Amber!

– Até miga.

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– O que? Você chutou a garota da sua casa? - perguntou Wesley surpreso.

– Eu não chutei Wesley.

– Como você é mau - disse Wesley balançando a cabeça.

– Eu não sou mau - disse Davis se defendendo.

– Esta bem! Você não é mau - disse Wesley dando de ombros.

De repente, Sarah aparece, ela esta indo em direção ao seu armário. Ela vê Davis e disfarça. Ela se aproxima de sua porta. Davis está virado à frente de seu armário e fica a cuidando pelo canto dos olhos. Wesley está atrás dele. Sarah deixa cair um livro. Davis até tenta ter a iniciativa de se abaixar e pegar o livro, mas Wesley acaba pegando.

– Obrigada Wesley, você é muito gentil - disse Sarah dando um sorriso de agradecimento.

– De nada - disse Wesley sorrindo feito um bobo.

– Quem dera se existissem pessoas mais gentis como você - disse Sarah - E cuidado! Por que existem pessoas que só sabem julgar em vez de se julgarem primeiro. E os que se dizem amigos, são os primeiro a fazer isso - Sarah disse. Davis se virou para olha-la. Ele sabia que era para ele.

– Tchau Wesley - disse Sarah.

– Tchau.

– Wow! Que indireta! Eu até fiquei tonto - disse Wesley parecendo zonzo.

– Eu sei que foi para mim.

– Então mude o jeito de tratar ela - disse Wesley ajeitando a mochila - Bem... eu tenho que ir. Aula de educação física.

– A gente se vê depois cara! - disse Davis.

– Até mais! Seja um bom garoto! Não se meta em confusão... pelo menos até eu estar por perto pra assistir - disse Wesley se afastando. Davis riu. Não tinha como se entediar com Wesley.

Davis foi olhar seu horário de aulas. Ele tinha literatura naquele momento. Pegou suas coisas e foi para a sala.

Sarah estava sentada na classe da frente. Quando de repente, Davis entra na sala. Ela suspira incomodada. Davis quando a vê, vira o rosto e vai para o fundo da sala. Lá, ele poderia pensar melhor como falar com ela.

A senhora Robinson, professora de literatura, começou a aula.

– Bom dia pessoal! Hoje vamos começar com uma novidade! - começou a explicar a professora - Vou formar duplas para um trabalho - ela disse. Alguns alunos já estavam olhando para os outros - Mas não será com quem quiserem. Será com a dupla que for sorteada. E será um casal.

Alguns alunos reclamaram.

– Não adianta reclamarem! Será assim como eu estou dizendo - a mulher disse - eu tenho aqui, duas caixas ela pegou as caixas de cima da mesa. Uma estava escrito meninas e outra meninos - as meninas tirarão um numero de suas caixas e os meninos também. O casal que tirar o mesmo número farão o trabalho juntos. E se tentarem mudar de parceiro, darei negativo imediatamente. Estarei cuidando.

Então, a senhora Robinson começou a passar classe por classe. Sarah foi à primeira.

– Que número tirou Sarah? - perguntou a mulher.

– Quatro.

– Ok. Quatro. Agora não pode mais mudar - disse ela.

– Está bem.

E assim foi um por um. Depois de todos tirarem seus números, a senhora Robinson chegou à frente da sala.

– Bem, então vou começar a dizer as duplas - ela começou - Joyce e Simon, Amy e Luke, Diana e Peter, Sarah e Davis ...

Quando a professora disse Sarah e Davis. Tanto Sarah que estava na frente como Davis que estava no fundo se viraram para olhar um para o outro.

Sarah só pensava que aquilo só podia ser um castigo, já Davis pensou que era um sinal.

– Pois agora que eu disse todas as duplas, por favor, podem se juntar - disse a mulher.

Aos poucos, os alunos mesmo reclamando, começaram a sentarem juntos. Sarah não saiu do lugar. Ela não conseguia mover um músculo.

Davis tomou a iniciativa, se levantou e foi se sentar ao lado de Sarah. Quando ele fez, ela não o olhou.

– O trabalho é o seguinte... - começou a explicar a professora - vocês terão que fazer um tipo de biografia de seu parceiro. Vocês primeiro terão que conhecê-lo. Façam uma entrevista. Depois de terem as respostas, criarão a biografia dele baseado no que descobriram, e depois lerão na frente de todos. Ou seja, no inicio do mês que vem. Vocês têm duas semanas.

Alguns alunos reclamaram novamente. A senhora Robinson se sentou para escrever algo.

Davis e Sarah estavam em silêncio. Ela olhava para seu caderno e Davis a olhava pelo canto dos olhos.

– Então... - ele começou - acho que você não precisa saber muitas coisas sobre mim - disse Davis. Sarah ainda estava muda.

– Nem eu de você por que ...

– Se você quiser, pode pedir a senhora Robinson para mudar de dupla - disse Sarah cortando Davis.

– Não posso, assim vamos ganhar negativo! - disse Davis.

– Eu não me importo! - desta vez ela o olhou - Se é para ficar com você, para você me maltratar, prefiro um negativo... e dói menos - desta vez, Davis ficou em silêncio.

– Eu não quero mudar - disse ele depois de alguns segundos.

– Por que não? - perguntou Sarah sem entender.

– Por que... se você ganhar negativo eu também ganho - não era exatamente isso que ele queria dizer.

– Então como vai ser? Eu não quero você me maltratando - disse Sarah cruzando os braços.

– Não, eu não vou - disse Davis se escorando na mesa e suspirando.

– Então... - Sarah estava tentando entender.

– Eu sinto muito - disse Davis olhando para ela.

– O que? - disse ela baixinho.

– Por ontem - disse Davis - eu sinto muito pelo que eu disse - Sarah o olhava dentro dos olhos.

– Você... sente? - disse ela.

– Sim - disse Davis. Desta vez ela sorriu.

– Eu também sinto muito - disse Sarah - por tudo que você passou, por tudo mesmo ela - disse sinceramente.

– Olhe, eu não digo que seremos amigos como antes, mas que agora eu... prometo ser um pouco mais paciente - disse Davis. Sarah sorriu abertamente.

– Por mim tudo bem! No entanto que não fique de mal comigo! - disse Sarah.

– Eu vou tentar - disse Davis revirando os olhos - então... poderíamos ser só... colegas.

– Colegas? - Sarah pareceu pensar.

– Sim.

– Hum! Acho que está de bom tamanho - disse ela.

– Então, tudo certo colega? - disse Davis abrindo o caderno.

– Tudo certo - disse Sarah se ajeitando na cadeira.

Davis começou a escrever algo em seu caderno relacionado ao trabalho.

– Senti sua falta! - Sarah disse só para ele escutar. Ele a olhou.

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– Eu também.