Simplesmente Percabeth

Retorno ao acampamento


O ÚNICO problema de ir tomar sorvete as 7 horas da manhã, é que nenhuma sorveteria está aberta.

Groover tinha gamado em Susana. Da última vez que olhei para trás ela estava sentada em seus ombros enquanto ele corria por aí e a menina gargalhava. Annabeth sorriu para mim e me deu um selinho.

-Me diga quem é mais criança - ela disse.

Caminhamos vagarosamente até que encontramos uma sorveteria e sentamos em um banco debaixo da árvore enquanto esperávamos. A sorveteria ficava dentro de uma pequena praça, perto de outras lojinhas. Várias árvores e bancos estavam espalhadas por aí; flores perfumavam o ar e o sol começava a aparecer no céu.

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A Senhora O'Leary inventou de perseguir um pássaro que parou em cima de uma árvore. Tentando pegá-lo, ela abocanhou um galho e puxou. Bem... Digamos que ela veio até nossa direção arrastando um galho do tamanho do meu braço na boca.

Susana gargalhou e foi até ela para brincar. Groover sentou no chão e começou a tocar algumas notas na flauta de bambu.

-Quem diria que a gente estava tão tenso - falei, acariciando os cabelos de Annabeth, que tinha a cabeça escorada em meu ombro - para encontrar algo tão... Divertido, algo que parece tão... Mortal.

-Não se iluda, cabeça de algas - Annabeth suspirou.

-O que houve? - perguntei - O que é que você sabe?

Ela ergueu os olhos cinzentos para mim.

-Só estou pensando - ela mordeu o lábio.

-Ei - ergui seu queixo com minha mão - Eu sei muito bem que você está nervosa. O que foi?

-Bem - ela começou. - Ela é bastante nova. Já sabemos que não é semideusa, mas tem sonhos estranhos, vê através da névoa e desenha... Desenha coisas estranhas, escreve grego, é como se... Bem, isso não te lembra nada?

Franzi as sobrancelhas.

-O que você quer dizer com isso? - perguntei.

-Percy - Annebth continuou. - Isso não te lembra alguma coisa... Quero dizer, alguém? A...

-Sorvete! - Susana gritou e puxou Annabeth pelo braço - vamos tomar sorvete.

Annabeth me lançou um olhar "falamos disse depois" e nos dirigimos até a sorveteria que acabara de abrir.

Groover escolher uma casquinha de frutas; Annabeth pegou sabor morango; Susana de chocolate e eu... Bem, eu escolhi tuti-fruti. E não foi por causa do azul.

Todos nós sentamos em uma mesa circular e conversamos enquanto terminávamos os nossos sorvetes. Depois andamos até a rua e esperamos um táxi passar.

A Senhora O'Leary ganiu tristemente quando nos despedimos, mas depois pareceu sorrir e saiu saltitando atrás de algum animal que encontrou.

Groover sentou na frente, enquanto Susana ficou entre mim e Annabeth no banco traseiro. Mas isso não nos impedia de trocar alguns selinhos.

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Chegamos perto da colina do Acampamento Meio-Sangue perto das onze horas. Pagamos o motorista com um bom rolo de dinheiro mortal e subimos a colina até o topo. O pinheiro com o velocimo continuava do mesmo jeito que eu me lembrava. Acariciei o pescoço do dragão Peleu, que estava enorme.

-Uau! - Susana arregalou os olhos mas reucou. - É que nem no meu sonho! - seu jeito de falar era engraçadinho.

-Este é Peleu - eu disse. - Ele é o guardião do acampamento.

-Sua irmã também está aqui - Annabeth complementou. - Você vai poder vê-la.

Os olhos azuis de Susana brilharam de tanta satisfação que parecia o próprio céu.

-Vamos - Groover disse.

Eu consegui ver rapidamente que os chalés novos estavam prontos e havia movimentação de campistas por todos os lados.

Sorri para Annabeth.

-Parabéns - eu disse. Enlacei sua cintura e colei nossas testas. - Você fez um ótimo trabalho, como sempre - então nos beijamos demoradamente.

-Ei! - Groover chamou. Nos separamos rapidamente. Ele fez gestos para Susana, que também nos olhava.

Annabeth revirou os olhos, sorrindo.

-Não faz mal - Susana sorriu. - meus pais também se beijam.

Groover iria falar alguma coisa, mas fechou a boca e continuou andando em direção à Casa Grande.

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-Ele é um cavalo ou um homem? - Susana perguntou. Segui seu olhar e vi Quiron conversando com o Sr. D. na entrada da Casa Grande.

-Ele é um centauro - Annabeth explicou. - Metade homem, metade cavalo, é o nosso diretor. Seu nome é Quíron.

-Mas vejam só! - Quíron apareceu e bagunçou os cabelos de Susana. - Quem é esta menina?

-Susana - ela riu. - Eu quero ver a minha irmã.

-Muito bem - Quíron sorriu. - Nós já vamos vê-la. Antes nós precisamos... Conversar.