Simplesmente Percabeth
Capítulo 6
A MENINA virou a cabeça repentinamente, revelando grande olhos azuis amedrontados, levantou derrubando o que trazia as mãos no chão e entrou correndo pela casa, batendo a porta atrás de si. Ouvi muitas coisas caindo.
Olhei para Annabeth. Ela segurava a alça da mochila que estava pendurada em um de seus ombros, a outra mão colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, como ela faz quando está nervosa. E ela mordeu o lábio em preocupação. Quando percebeu que eu olhava, Annabeth engoliu em seco.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Groover estava parado, sem expressão no rosto, somente olhando para a casa.
-Vamos entrar - ele disse, abrindo o portão e parando na frente da porta.
Groover tocou a campainha e esperou. Vários minutos se passaram sem resposta. Novamente ele tentou, e mais uma vez ficamos sem resposta. Achei ter ouvido um soluço, e um frio percorreu minha espinha.
Olhei para Annebth, fiquei feliz em perceber que ela entendeu.
Tentei abrir a maçaneta da porta, mas ela fora trancada, e abaixo das janelas haviam arbustos enormes.
-Groover - comecei - Acho que... Acho que a garota está sozinha. Quero dizer, os pais não estão e ela está com medo.
Ele engoliu em seco, entendendo o que eu disse. Nos afastamos um pouco da porta, e Groover pegou impulso, jogando toda a sua força nela, que acabou não resistindo. Um grito foi ouvido quando a porta caiu.
Bem, não sei o que é pior ver estranhos arrombando sua porta para entrar do que não ver alguém pulando sua janela. Pelo menos para uma criança, deve ser assustador.
A menina estava encolhida em um canto, com os olhos bem fechados e as mãos tapando os ouvidos. Annabeth e eu trocamos mais um olhar. Nos aproximamos, os três.
-Não! - a menininha gemeu, tentando ir mais para trás da parede. - Não...
-Ei - Annabeth disse, docemente, - nós queremos ajudar. Onde está sua mãe? - ela se ajoelhou na frente dela.
Os olhos azuis muito vivos da menina faiscaram e ela tirou a mão dos ouvidos e as colocou ao redor do joelho.
-Ela saiu - a voz da menina era chorosa.
-Como assim, saiu? - Annabeth tornou a perguntar.
-Ela foi trabalhar - a menina reprimiu um soluço - vocês são maus?
-Não somos maus - Annbeth assegurou. Me ajoelhei ao lado dela, passando um braço sob seus ombros.
-Ei, - disse - que tal darmos uma volta?
Um brilho pareceu surigir nos seus olhos, mas apenas por um segundo. Ela negou com a cabeça.
-Então... - Groover sentou ao meu lado - Que tal contar o que houve? Sabe onde está sua irmã?
-Bem... - a menina começou, cautelosa, mas parecia confiar em nós - Mamãe disse que ela está em um lugar mais seguro que aqui...
-Qual é seu nome? - Annabeth perguntou com voz suave.
-Susana... - ela disse. - Mas costumam me chamar de Su, sabe. Eu tenho 9 anos.
Annabeth assentiu.
-Faz um tempo... - Susana estremeceu - faz um tempo que monstros começaram a perseguir a minha irmã... Eu tentei ajudar, mas ela sempre dizia que era perigoso, até que um dia ela sumiu.
-Ela está segura - Annabeth disse, dando um sorriso largo. - Mas que tipo de monstros, você os viu?
-Sim. Eu vi todos eles. Eles nunca ligavam para mim... Era como se eu nunca existisse, mas eu sempre via eles, e sempre tive medo.
Annabeth, pela expressão, estava pensando.
-O que você faz - ela sugeriu - quero dizer, o que você estava fazendo quando chegamos aqui? Estava escrevendo.
-Não! - ela exclamou. - Não escrevo. Eu só desenho mesmo. Eu adoro desenhar, sabe! Vocês querem ver? - e sem esperar resposta ela correu para apanhar o caderno. Parecia bem mais a vontade, entendendo que não faríamos mal algum.
-O que houve? - perguntei a Annabeth, apertando um pouco seus ombros.
-Estou pensando... - ela simplesmente disse.
-Olhem! - a menina ergueu um caderno bem na nossa frente - fui eu que fiz!
Annabeth abafou uma exclamação ao meu lado, levando a mão a boca. O desenho era lindo. Não estava pintado, mas todos os traços estavam bem delineados, era um excelente trabalho para uma criança de 9 anos. Um lobo olhava para frente, e atrás de si uma mansão que parecia abandonada. No canto do desenho, havia uma palavra escrita em grego, traduzindo "Lupa".
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Olhei para Annabeth, que estava de sobrancelhas franzidas.
-Lupa... - ela disse. - Rômulo e Rêmulo... A Casa do Lobo.
-Oi? - perguntei.
-Mais tarde - ela me disse - tem mais?
A menina assentiu.
O próximo desenho mostrava um dragão que parecia ser feito de bronze. Ele estava parado no alto de um morro, olhando para o lado.
-De onde você tirou esses desenhos? - Annbeth parecia um pouco confusa.
-Da minha cabeça - a menina respondeu, dando de ombros e fechando o caderno. - Eu sonhei e resolvi desenhar.
-E você sempre sonha com coisas desse tipo? - Annie perguntou novamente.
-Não sempre - a menina afirmou.
-E com monstros, você também sonha com monstros?
-Claro! - Susana tornou. - Muitas vezes, mas não tantas assim. Mas já aconteceu.
-E tem algum monstro que você tem visto ultimamente? - Annabeth fez a pergunta parecer parte do assunto (embora fosse realmente parte do assunto).
-Na verdade tem sim - a menina ficou séria - Na verdade, quase todos os dias.
Lá fora, um latido muito alto ecoou por todos os lados, seguido de um rosnado.
-E ele acabou de chegar.
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