Simplesmente Percabeth

Porta à fora


PISQUEI E abri os olhos devagar. Annabeth estava deitada em cima do meu peito, com as mãos pousadas nele também. Os cabelos caiam por sobre o rosto, mas não o tapavam completamente, deixando-me ver o rosto delicado e como era lindo, mesmo dormindo. Nossas pernas estavam entrelaçadas e só agora eu notara que ela usava um pijama curto. Uma das alças havia caido e deslizado pelo ombro. Eu não queria levantar para não acordá-la, por isso continuei a observando e afagando seus cabelos de leve, até quando ela acordou. Seus olhos piscaram uma vez, duas três e ela me olhou, sorrindo.

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-Bom dia sabidinha - com os braços envolvendo-a, puxei-a de leve para cima e a acariciei seu nariz com o meu.

-Bom dia cabeça de alga - ela respondeu, com voz cansada.

-Dormiu bem? - perguntei, me sentando, colocando o travesseiro na cabeceira da cama e me escorando nele.

Annabeth se acomodou na minha frente. Entendi minhas pernas pela cama e Annie ficou de frente para mim, com as pernas passando, uma de cada lado, do meu corpo.

-Dormi bem demais - ela disse, com um sorriso no rosto e indo para mais perto de mim, colocando as mãos em meu peito. Uma das mãos deslizou até meu pescoço e acariciou meu rosto. Segurei sua mão e a levei até minha boca, beijando a palma e a soltando de leve.

Lá fora, o céu começava a sair. Eu gostaria de ficar ali por muito tempo, sozinho, com Annabeth, mas as atividades começariam logo e precisávamos começar.

Nos levantamos e me aproximei para ajeitar a alça de seu pijama, que era extremamente curto. Quando estava perto de um beijo ela sorriu maldosamente e tocou meu peito.

-Escove estes dentes, cabeça de alga - ela riu.

Revirei os olhos e tentei parecer desapontado, mas acho que não funcionou muito bem.

Por sorte, eu tinha uma escova de dentes reserva no meu quarto, a qual Annabeth usou. Finalmente nos beijamos. Mas ainda estávamos de pijama.

-Roupas - Annabeth murmurou logo depois desse meu pensamento. - Não posso sair assim daqui.

-Hã... - eu fui atá minha mochila e vasculhei coisas que eu ainda não havia guardado nas gavetas e no armário do chalé.

Dei uma olhadela para Annabeth, que havia se aproximado com uma sobrancelha erguida.

-Cabeça de alga - ela começou, passando as mãos pelos meus cabelos. - o senhor D. não vai gostar que eu saia daqui com suas roupas, mesmo que seja para ir até meu chalé. Com a sorte que temos é capaz dele estar ali.

Dei um sorriso e ergui uma peça de roupa.

-E quem disse em usar minhas roupas? - perguntei.

Annabeth tirou o short de minhas mãos e olhou atônita para mim.

-Percy... - ela fez uma pausa. - Como é que você tem uma roupa minha aí?

Dei de ombros:

-Não coube na sua mochila, não foi? - perguntei.

-Pode ser... - Annabeth murmurou. Mas depois sacudiu a cabeça. - O que mais você tem aí?

Ela chegou mais perto e começou a vasculhar. Não havia mais nada ali, então ela teve de colocar uma camisa minha. Annabeth foi até o banheiro para colocar as roupas. Enquanto isso aproveitei para me trocar rapidamente.

-Percy? - a voz de Annie vinha de trás de mim. Me virei, com a camisa que ainda não havia colocado em minhas mãos.

O olhar de Annabeth percorreu meu peito nu mais rapidamente do que o tempo que levei para olhar para ela. Camisa larga, short justo e simples chinelos. Era o que ela vestia. Mas mesmo assim, ela estava linda. Annabeth corou e desviou o olhar.

Só então percebi, de fato, que eu estava sem camisa. Aproveitando a situação, dei um sorriso malicioso e comentei:

-Depois sou eu que babo.

Ela logo revirou os olhos e veio na minha direção.

-Idiota - ela disse, com uma risada e logo me beijou. Suas mãos ficaram no meu pescoço e se enroscaram no meu cabelo. As minhas percorreram sua cintura e a levantaram no ar, provocando uma gargalhada gostosa de se ouvir. Assim que a coloquei no chão novamente, mordi o lábio dela e acariciei seus lábios com meu dedo, já que a mão estava ao lado de seu rosto. Ela sorriu e empurrou seu rosto de leve no meu. - Vista essa camisa - ela sussurrou, aproximando a boca da minha orelha. - Se é pra babar, que seja somente eu.

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Eu ri e vesti a camisa. Ofereci a mão para ela, que a pegou sem hesitação. Com um suspiro, nos dirigimos até a porta.

Assim que saímos, senti um milhão de olhares perfurando nossa pele. Todos os campistas pararam para nos olhar e começara, a cochichar. Annabeth apertou minha mão e, com o canto do olho, a vi corar e baixar o rosto.

Eu mesmo sentia o meu rosto muito quente, mas resolvi ignorar e comecei a andar, seguido muito perto de Annabeth. Ao redor ouvi risinhos e a costumeira voz debochada de Clarisse:

-Parece que não bastaram uns morangos.

Ótimo. Estava demorando.

Em questão de segundos o acampamento inteiro já sabia de tudo. E quando chegamos ao pavilhão para o café, Quiron nos olhava com uma cara séria.