Simplesmente Percabeth

A culpa é das harpias


DIGA-ME o que é melhor do que ter sua namorada aninhada em você com uma fogueira queimando lentamente a frente. Era maravilhoso. Fiquei brincando com mechas dos seus cabelos, beijei o alto de sua cabeça, trocamos carícias, nos beijamos... Rimos, cantamos e comemos alguns marshmelows. Annabeth permaneceu o tempo toda aninhada em mim do mesmo jeito que havia deitado. E isso me alegrava. Eu amava tê-la em meus braços.

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Quando estava quase no fim (as chamas ainda estavam altas, o que significava que nosso humor estava excelente), Annabeth descansou a cabeça ainda mais em meu peito. Coloquei meus braços sobre sua cintura e a puxei mais para perto, deixando meus braços sobres os seus, na cintura. Beijei seus cabelos e sussurrei um "eu te amo" em seu ouvido. Logo depois, o senhor D se ergueu e falou, tentando parecer entediado:

-Depois desta animadora noite ao redor da fogueira, está mais do que na hora de ir dormir. A não ser que vocês queiram ser devorados por harpias.

Annabeth se levantou e estendi as mãos para ela. Ela as pegou ajudou-me a levantar. A envolvi em meus braços e dei um beijo em sua testa, ela deu uma risada baixa e sorri.

Todos começaram a ir em direção aos chalés. Me despedi de Annabeth na frente do chalé 6 com um beijo demorado e clamo. Depois ela entrou pela porta, virou e me jogou um beijo. Retribui e ela entrou no chalé, com um sorriso. Do lado de fora da porta um irmão dela me olhou de cara feia e depois entrou também, batendo a porta logo atrás de si.

Não pude evitar de dar uma risada, pensando na cara que ele tinha me olhado. Eu ainda podia sentir o cheiro doce de Annabeth. Dos seus cabelos, da sua pele, do seu perfume...

Suspirei e entrei pelo meu chalé. Assim que deitei, dormi, ainda pensando em Annabeth.

Batidas insistentes eram ouvidas na porta. Levantei logo e fui cambaleante até lá. Assim que abri a porta, vi Annabeth com uma expressão confusa e parecia ter chorado.

-Percy! - ela se jogou nos meus braços e começou a soluçar.

-Ei! - eu disse. - Calma!

Ela afundou a cabeça em meu peito e eu a abracei, preocupado. Beijei o alto de sua cabeça e a puxei mais para perto, apertando-a de leve perto de mim.

-Shhhh - murmurei. - Eu estou aqui...

Annabeth ergueu os olhos.

-Percy... Eu sonhei... Eu pensei... Eu...

Ela tornou a afundar a cabeça em meu peito.

Um grito que não parecia humano foi ouvido muito próximo. Minha mente ficou alerta: harpias.

-Vem comigo - sussurrei para Annabeth e a levei comigo até dentro do meu chalé, fiz com que ela se sentasse em minha cama, ao meu lado. Ela se virou para mim e pegou minhas mãos. A abracei até ela estarcalma o suficiente para falar.

Annie engoliu em seco, se afastou e me olhou nos olhos.

-Percy... - ela começou. - Eu tive um sonho... Ele parecia tão real, eu fiquei com tanto medo... - ela apertou minhas mãos. Devolvi o aperto, achando que, para ela, seria reconfortante. Ela engoliu em seco novamente. - No sonho, eu acordava e... e você não estava mais aqui. Você não estava em nenhum lugar. Eu procurei você e não achei em lugar nenhum... Eu pensei... Eu pensei que... Que tinha perdido você para sempre.

-Ei - a puxei para um abraço. - Eu estou com você aqui, agora. É o que importa.

-Eu sei, mas... - ela se afastou delicadamente - É que parecia tão real... Percy - ela me olhou profundamente nos olhos. - Depois de tudo que passamos juntos, eu não suportaria perder você.

-Eu jamais suportaria viver sem você - eu sussurrei para ela. - Eu vou ficar aqui, não se preocupe, sabidinha.

Ela se permitiu um pequeno sorriso e só então olhou ao redor, franzindo o cenho.

-Percy... - ela começou. Mas até eu, uma pessoa lerda, entendeu o que ela quis dizer. - Estou no seu chalé...

Essa frase poderia ter soado idiota, e eu poderia ter caçoado da cara dela, mas eu também havia ficado sem reação ao perceber isso. Eu havia levado alguém de outro chalé até o meu. E pior, era de noite e essa pessoa era minha namorada.

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-Hã... - Annabeth murmurou, levemente desconfortável. Eu sabia que não haveria problema dela ficar ali, se fosse somente por ela. Mas os irmãos dela estranhariam que ela não estivesse lá. E o pior. Todos veriam quando saíssemos juntos do chalé... - Eu acho que tenho de ir.

Ela levantou e foi até a porta, seguida por mim, mas um guincho fez com que ela a fechasse rapidamente.

-Esse es korakas - ela disse, entredentes e voltou cautelosamente para o meu lado, de pé. - Acho que eu não vou sair tão cedo.

Eu suspirei e olhei para ela. Estava bem mais confiante, embora parecesse um pouco nervosa. Ela olhou para meus olhos com um sorriso, mas logo desviou, sorrindo ainda mais.

Me aproximei dela e comecei um beijo suave e doce, nos separamos quando faltou o fôlego. A puxei mais para perto e passei meu nariz por sua bochecha, depois a beijei novamente. Meus braços desceram até sua cintura e os dela se enroscaram em meu pescoço, depois uma das mãos subiu até meus cabelos.

Nos aproximamos mais um do outro e paramos o beijo novamente, buscando ar. Fiz uma trilha de beijos no pescoço de Annabeth, que o ergueu para que eu tivesse mais acesso. Cheguei perto de sua boca e rocei nossos lábios de modo provocativo. Senti Annabeth sorrir e nos beijamos novamente.

Os dedos de Annabeth se enroscaram em meus cabelos, ela mordeu meu lábio inferior de leve e logo depois o soltou. Fui empurrando-a devagar em direção à minha cama. Ela não ofereceu resistência, simplesmente sentou, comigo logo à sua frente. Sua mão pousou ao lado do meu pescoço e a minha deslizou por seus cabelos.

Annabeth e eu nos separamos, colando nossas testas.

-Eu te amo - ela sussurrou.

-Eu também te amo - disse de volta, com um sorriso nos lábios.

Que fique claro para todos vocês: não tínhamos segundas intenções. Até porque tínhamos a vida inteira juntos pela frente, não precisávamos apressar as coisas, e nós dois sabíamos disso.

Assim que Annabeth deitou, me aninhei atrás dela. Dei um beijo em sua testa e murmurei um "boa noite" ao seu ouvido. Ela retribuiu com um beijo rápido e novamente se virou, sorrindo. Annie se aconchegou em meu corpo e mexi em seus cabelos, até ela pegar no sono.

Digamos que para um filho de Poseidon, dormir de conchinha pode ser uma especialidade.