POV Carter-

Desço as escadas e vou para a varanda. Atravesso nossa sala, encarando a enorme estatua de Tot, que agora serve de porta- desenhos para nossos seguidores mais novos. Nossa sala, antes organizada, agora tem videogames e controles de WII espalhados pela mesa, alem de Ipads, Iphones e alguns cajados. Nosso sofá agora esta sujo de biscoitos com vários instrumentos de magia, livros e um violão, com Khufu assistindo a um jogo de basquete. No tapete, as crianças tentam fazer bonecos shabti com argila mágica. Uma grande família feliz.

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Ao contrario de minha desorganizada irmã, já arrumei minhas coisas. Normalmente as pessoas se surpreendem em saber que somos irmãos, principalmente que eu sou o mais velho. Isso ate Sadie abrir a boca. É quando as pessoas vêem que eu sou muito mais esperto e maduro, modéstia a parte.

Na varanda, todos tomam café da manha calmamente. Filipe da Macedônia, nosso crocodilo albino, nada alegremente em nossa piscina olímpica. O tempo normalmente é fechado no Brooklin, mas com o verão, o sol esta alto, me fazendo dar graças por minhas vestes serem de linho e não de lã.

Olhei para o lugar vazio. Nosso tio, Amos Kane, estava meio ocupado. Ele fazia falta.

Tudo parece correr bem. Ate parece que, em pouco tempo, embarcaremos em mais uma missão. E parece que será bem perigosa. Desde a batalha com Apofis os deuses não manteram muito contato, mas desde que eu e Sadie resolvemos ir, tenho tido sonhos estranhos, que não fazem sentido em minha mente. E normalmente curtos, como eu sobrevoando um campo verde em forma de ave, ou como Ba, se preferir, e de repente o verde vira vermelho. Agito a cabeça para afastar os pensamentos.

-Muito bem, temos que conversar. –Digo.- Temos que resolver quem ira conosco.

Sirvo-me de panquecas com mel. Vejo Khufu entrar e se sentar a mesa, apanhando imediatamente um pacote de Dorito`s. Nosso babuíno só se alimenta de comidas que terminam com O. Longa historia.

-Mas, Carter- diz Cleo, uma brasileira seguidora de Tot, que trabalha meio período como bibliotecária- Não é melhor esperarmos Sadie e...

-Já estou aqui, cheguei, cheguei!- diz afobada, provavelmente por descer as escadas correndo.

-Bem, podemos começar. Como todos sabem, os deuses sentiram um tipo de... magia diferente no Norte.

-Não é egípcia, pelo que sabemos.- complementou Sadie.

- E não sabemos se é pacifica ou não.

- E nem onde encontrar.

- Espere – diz Jaz.- Vocês querem embarcar em uma missão sem informações de o que, quem e onde é, sem saber se é pacifica ou se é apenas mais um inimigo que quer arrancar nossas cabeças, e ainda querem voluntários, estou certa...

-Corretíssima.

-Vocês são loucos. - diz Felix, brincando com um pingüim miniatura mágico que ganhou de aniversario de Sadie. Todos o encaram. - Com todo o respeito...

- Como se fosse surpresa... - adiciona Sadie. – Vamos pessoal. Se forem inimigos, não seria melhor arrancarmos suas cabeças ANTES que arranquem as nossas, hein...

- Eu vou. - diz Jaz.- Posso ser útil para cuidar dos ferimentos, se necessário.

- Ótimo. Mais alguém... - pergunta Sadie.

- Ugh, ugh!- exclama feliz Khufu.

- Então tudo bem. – falo. – Vamos hoje.

-Como- questiona Jaz.

- De carro. Sadie fará um para nos.

- Da pra fazer isso com magia! Por que nunca pensei nisso... –

- Foi exatamente o que eu disse!- concordou Sadie.

- Muito bem. Reunião encerrada. –digo.

-Carter- chama Felix. - Se vocês não sabem para onde vão, só que vão para o norte, como irão chegar ate la...

Fiquei mudo. Eu realmente não sabia. Dessa vez, quem respondeu foi Sadie:

- Tive uns sonhos que deram algumas pistas. - Olhei- a indignado. Ela não havia me contado nada. – Isis me dizia... Dizia-me para procurar um prédio no Bronx. Ela disse que quando chegasse, me ajudaria a achar com o possível, já que não pode interferir. Disse que eu sentiria a magia. Ou algo assim. – E saiu do cômodo.

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Como assim ela havia falado com os deuses e não havia falado nada! Desde a batalha, achei que havíamos nos aproximado. Fui atrás dela.

- Como assim ela falou com você e...

-Desculpe Carter não ter te contado nada. - ela me olhou com aqueles olhos azuis pidões. – Mas essa foi a única vez que eu falei com ela depois da batalha. Eu dormi sem o travesseiro para, bem, você sabe... – Ela olhou para baixo. Sabia de quem ela estava falando. Anubis. Me senti péssimo no mesmo instante.

-Desculpe, eu também não tenho falado muito com Zia. Mas não falei com Horus desde a batalha e queria que você me contasse.

- Ok.

- O que ela disse, exatamente.

-Quem...

Revirei os olhos.

-Isis, cabeção.

-Ah, basicamente que teríamos que ir ate o Bronx e que tentaria nos ajudar. Do jeito que os deuses ajudam sabe.

-Sei. – Inutil, pensei.

-Agora vou subir. Tenho que descobrir como fazer um carro em menos de meia hora.