O Joaquim era um homem que falava com pássaros.

Senhor já de certa idade, um ser honesto, soube o que custava a vida enquanto criança.

Os pais viveram muitas dificuldades para suster o novo Joaquim, para fazer perdurar o filho que agora é o velho sábio que vos conto.

Ele uma vez disse-me, com a sua ternura, "somos centelha divina" e o seu olhar refletiu uma veracidade universal.

Na calada da noite, o restaurante de Leça brilhava em muitas cores, o Joaquim fumava o seu habitual cigarro, na mesa encostada à vista do mar.

Comeu pouco, estava com vontade de perscrutar a natureza, para sentir o uivar do vento passar nos cabelos grizalhos. Na berma da estrada, o passáro negro bicava uma tampa desgastada.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.