Avada Kedrava. É esquisito como essas palavras anunciam a morte.

— Din, acha que está pronta? — perguntou.

— Há, é claro que estou Bellatrix. — disse.

A vida toda tinha sido treinada para aquilo. Enganar o tolo do Potter. Seria fácil, uma coisa banal. Ninguém fazia a mínima ideia do meu poder.

Jamais me derrotaram em um duelo, ou chegaram a pronunciar a primeira sílaba de um feitiço para mim.

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— Pronta para cumprir seu destino, filha? — perguntou.

— Claro, Voldemort. — disse.

Ele sentava em um trono de madeira negra recoberta por veludo verde. Ele era minha imagem de inspiração. Ele me treinara a vida inteira para aquilo. E quando o maldito do Potter o tirava de mim, eu treinava mais ainda.

— Vocês vão aparatar até a estação de trem. Vão entrar e de lá é com vocês. — explicou Lúcio.

— Pai, sabemos nos virar. — disse Draco.

— Ele tem razão. Já somos crescidos. — falei.

— Então... O que estão esperando? — perguntou Voldemort.

Olhei para Draco e ele assentiu. Aparatamos da mansão dos Malfoy e paramos em uma beco em frente a estação de trem. Estava chovendo. Era estranho, tinha a impressão de que antes aquele lugar estava ensolarado e alegre.

— Vamos? Odeio lugares assim. — falei.

— Sim, são repugnantes. — disse pegando a mala do chão.

— Assim como os trouxas. — comentei.

Peguei minha mala e atravessei a rua. Estava praticamente deserta, e agora estávamos ensopados.

— Odeio ter que ir para aquele lugar todos os anos. — falou.

— Pense bem, esse vai ser o último. Depois desse, o Potter estará morto e poderemos despedaçar Hogwarts tijolo por tijolo. — falei.

— Isso parece ser divertido. — falou com um sorriso malicioso.

Dei uma risada baixa e continuei andando. Meus cabelos pretos estavam sendo açoitados pelo vento.

“Por que não tem um feitiço para parar com o vento?” Pensei.

Reparei nos números da plataforma, não existia uma nove três quartos.

— Draco, o que fazemos agora? — perguntei.

— Ai. Essa doeu. — falou, segurando o riso.

— Como assim? — perguntei me virando para olhá-lo com um ponto de interrogação na testa.

— Para entrar temos que atravessar a parede. — falou calmo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo inteiro. Tão óbvia quando dois mais dois.

— Ah, agora entendi por que doeu. Mas nem pense em contar pra algum comensal. — ameacei, pois ele sabia o que aconteceria, e não iria gostar nada.

— Tudo bem. — concordou.

Corri em direção a parede, e só notei quando estava no outro lado.

Ao contrário de onde eu viera, lá fazia sol. O calor de seus raios tocando minha pele era aconchegante.

— Vamos Din? — Draco chamou, esperando por mim.

— Claro. — falei.

Peguei minha mala — achava muito melhor a palavra mala do que malão — e fomos em direção a plataforma.

Estava cheio de bruxos e bruxas, mas ainda podíamos encontrar sangues-ruins e trouxas, o que era deplorável e fazia mal para minha saúde mental.

— Todos a bordo! — o condutor apareceu em uma das portas gritando.

Subi no trem e fui a procura de uma cabine vazia. Como aqueles idiotas podiam ficar ali em pé só para dar um simples tchau?

— Aqui, essa está vazia. — falou Draco.

Ele abriu a cabine e entrou. Entrei também e pus minha mala no compartimento de cima. Fechei a porta e sentei ao lado da janela.

— Bom, se não se importa, vou dormir. — falou tirando o casaco e pondo por cima do rosto.

— Ok. — concordei.

Pus os pés em cima do banco e fiquei vendo as pessoas passarem.

Fiquei perdida em meus pensamentos, mas notei quando uma garota de cabelos rosados parou em frente a cabine. Ela procurou por indícios de mais pessoas dentro da cabine e chamou alguém.

Finalmente abriu a porta e entrou. Ela foi seguida por três pessoas.

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Meu coração parou ao ver que o maldito do Potter era uma delas. Meus olhos se arregalaram e comecei a suar frio.

— Hã, será que pode tirar os pés do banco? — perguntou a menina de cabelos rosados.

Eu não apenas tirei os pés como me levantei, sentando-me ao lado de Malfoy. Cutuquei-o com força e ele acordou num pulo.

— Ai, será que não dar para ser sutil? — perguntou com raiva.

— Malfoy? — perguntou Potter.

Ele se virou e olhou para o Potter.

— Ok, vamos sair daqui. — disse uma garota de cabelos mel; a sangue-ruim da Granger.

— Não, deixa que nós saímos. — falei.

— Que grossa. — ouvi o ruivo comentar. Analisei-o por um tempo. Cabelos ruivos, vestes de segunda mão. Weasley.

— Como é que é Weasley? — perguntei já com a varinha em mão, apontada em sua direção.

— Vai com calma. — disse a rosada apontando a dela para mim.

— Como ela sabe meu sobrenome? — perguntou o Weasley.

— A fama da sua traição do sangue chega longe. — sorri.

— Ok, podemos deixar isso de lado e ir embora? — perguntou Hermione, querendo manter a diplomacia.

— Cala a boca sangue-ruim! — estrilou Malfoy.

— Já chega. — o Potter interviu.

Ele tirou a varinha do bolso e a apontou para Draco.

— Que vontade de... — comecei.

— Din, sua manga. — Malfoy cochichou baixo.

Olhei-o incrédula e depois para a manga de minha blusa. Ela estava na metade do antebraço, deixando a marca negra à mostra.

Puxei a manga e guardei a varinha.

— Vamos Malfoy, são perda de tempo. — falei.

— Espere! — disse o Potter.

— O que foi, Potter? — perguntei com desprezo.

— Quem é você e por que fez isso? — perguntou.

— Din. Meu nome é Din, e fiz isso porque foi divertido. — falei.

Peguei minha mala e abri a porta. Não quis nem saber se Malfoy veio atrás. Só queria me afundar em um dos bancos do vagão da Sonserina.

Fim do capítulo 1.