Tudo Muda

Especial 30 Acompanhamentos 2


HORAS DEPOIS...

[P.O.V. LYSANDRE]

Algumas horas depois do almoço, nos dirigimos aos estábulos que Emily tanto falava. Eles eram grandes, dois. O mais da frente era rosa pink com branco, em uma pintura impecável. Já o mais de trás era vermelho com o marrom da própria madeira, parecia ter sido pintado há um bom tempo, pois a pintura estava descascando em alguns pontos.

– Eu vou pegar a Penelope aqui - disse Suzy, parando em frente ao estábulo rosa - Cassy, você vai pegar o Skull aqui?

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– Claro! - ele respondeu prontamente e ambos entraram.

– Você vem comigo e Yume, ou vai ficar com o Sr. Babão e a Srta. Sem Cérebro? - me perguntou Emily.

– Acho melhor ir com vocês... - respondi.

Andamos um pouco até o outro estábulo. Ao lado da porta havia um cartaz com o rosto de um cavalo, que parecia em desenho animado, era negro e tinha um símbolo, como uma lua crescente branca, na testa. Ele piscava um olho e fazia um positivo com a pata. Acima da imagem se lia "Horse's carrots", o que de início achei meio estranho, Cenouras do Cavalo? Sério?

– Bem-vindo ao estábulo do projeto "Horse's Carrots"! - Emily anunciou, animada. Ela havia falado MUITO desse projeto, e sinceramente, eu achei bem legal.

No grande estábulo havia várias baias, algumas vazias, mas a maioria tinha um ocupante. Muitos dos cavalos ali pareciam, de alguma forma, machucados.

–Vem, vou te mostrar meus cavalos preferidos! - Emy, Yume e eu fomos até o fundo do estábulo, onde haviam mais baias. Ela parou em frente a uma baia com um cavalo rosa. - Essa é a Bubblegum, ela era de um circo clandestino, minha tia conseguiu tirá-la de lá não sei como. Seu nome é esse por causa da cor, que lembra chiclete... Ela é da Yume - ao lado dela havia outro cavalo, ele era incrível, metade branco, metade preto. - Esse é o Eclipse, ele puxava carroças, mas era peso de mais, sem contar que era maltratado...

– E por que seus nome é Eclipse? - minha curiosidade falou mais alto.

– Por causa da cor, também. Ele lembra um eclipse, meio a meio. - ela respondeu.

Um pouco mais ao lado havia mais um cavalo. Sua baia parecia ser a maior e havia alguns poucos troféus, um arco e uma aljava com flechas. Por fora havia quatro fitas de primeiro lugar e o cartaz da entrada. Percebi, então, que o cavalo do cartaz era o mesmo que estava na baia.

– Essa é a minha Lady Artemis. Minha tia a achou machucada na floresta, cravejada de flechas. Ela foi a primeira do nosso projeto, a que originou tudo! Por isso ela está no cartaz. Ah, caso queira saber, o nome dela é esse por causa das flechas e do símbolo de lua na testa. - Ela acariciou o focinho da égua. - Você pode ficar com o Eclipse, se quiser. E é bom que saiba montar.

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Foi aí que foi tudo por água abaixo. Emily, Suzy e Castiel resolveram apostar corrida, na beira do riacho, que tinha pedras pontudas.

Em apenas algumas horas já tinha percebido quem Suzy era, uma moça vulgar, e trapaceira, conheço seus "truques", quando de mora em um orfanato, é preciso saber os truques.

Suzy jogou sua égua contra a de Emily, a fazendo cair nas pedras. Todos nos assustamos e Suzy tinha lágrimas de crocodilo. A égua de Emily, parecia ter fugido, mas pelo que sei, ela sempre volta...

– Temos que levá-la para casa. A tia Carmem, ou a tia Cat vai conseguir ajudá-la. - mencionou Yume. - quem pode levá-la? - Nos entreolhamos e o escolhido fui eu. Com a ajuda de Castiel coloquei Emy, desacordada, em Eclipse.

[P.O.V. EMILY]

Acordei meio tonta, com dor nas costas, na cabeça e no pulso esquerdo. A última coisa que me lembro é a vaca da minha prima jogando sua égua contra a minha.

Me levantei da cama, do quarto eu eu conhecia bem, meu quarto. E fui em direção a cozinha. Os quatro estavam lá, e obviamente, Suzy parecia a mais feliz em não me ver. Quando cheguei, mesmo que com uma comprida camisola azul bebê, meus amigos sorriram, Castiel e Yume me abraçaram e não me largaram até em dizer que estavam me machucando.

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Provavelmente minha mãe ouviu, pois até a cozinha, com sua bolsa de viagem no ombro.

– Ah, que bom que acordou Rô - cala a boca, mãe! - Arrume suas coisas, sim?

– Uh? Por quê?

– Estamos indo embora, você torceu seu pulso, não podemos deixá-lo assim, precisamos de um médico.

Acho que eu nunca fiquei tão feliz com a ideia de me machucar de alguma forma! Só tenha a agradecer à Suzy!

Voltamos para casa no mesmo dia, e fomos ao médico, realmente, meu pulso estava apenas torcido e foi preciso enfaixar, sorte que não foi preciso engessar.

Mais tarde minha mãe avisou que tinham ligado da escola, em apenas duas semanas as aulas recomeçariam. Me lembrei então do vídeo de música. Precisamos fazê-lo logo!