Neko Café - Interativa
Atrasada
Acordei às 7hrs. Era meu dever acordar bem cedinho para que logo às 8 o café já estivesse aberto. Eu me levantei da cama ansiosa. Lee-chan iria fazer as comidas, eu iria servir, e como o primeiro dia não iria ser muito corrido, eu não precisava me apressar tanto quanto à conseguir as nekos. Eu estava bem ansiosa, meu sonho iria começar a fluir a partir daquele dia!
Tomei banho e me arrumei no espelho. Eu fiz uniformes, bem, só um uniforme, na verdade, afinal só eu trabalhava lá, e Lee-chan iria usar o uniforme de cozinheiro que ele já tinha em casa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Meu coração acelerou quando eu sai de casa. Eu fui correndo até o café treinando como eu poderia falar com os clientes; "Olá, bem vindo ao Neko Café, quer alguma coisa?" ou "Bem vindo ao Neko Café, fique a vontade para pedir qualquer coisa" ou até "Olá, o senhor pode ficar a vontade, o que vai querer?".
Eu estava correndo, estava com uma calça jeans e uma blusa de manga curta, meu uniforme - um vestido de empregada misturado com lolita - estava em uma bolsa enorme, junto com outras coisas. Eu estava segurando vários papeis e pastas. Eu devia estar parecendo um flamingo atrapalhado correndo com uma galinha encima. E ainda por cima eu estava com as orelhas de neko na cabeça. Meu celular começou a tocar. Eu continuei correndo e procurei ele na minha bolsa. Enquanto eu procurava, não reparei que tinha alguém na minha frente, até por que eu não estava olhando para frente, resultado: eu derrubei a pessoa com um enorme encontro desmiolado, foi como bater num poste. Minhas coisas voaram e minha bolsa com eu vestido caiu no chão o e por pouco não rasgou. Meus papeis voaram e, claro, eu fui para o chão.
Acho que eu desmaiei por 5 segundos e depois voltei. Minha cabeça doía, eu bati com meu quadril no chão, eu não conseguia levantar, cada movimento doía.
– Olha por onde anda - falou um garoto que também estava caído no chão. Ele era loiro e parecia estar indo para lugar nenhum com aquelas roupas estranhas. Eu o observei e tentei entender o que tinha acabado de acontecer. - Que idiota, fica correndo e derruba as pessoas assim.
Eu demorei, olhei os papeis no chão, meu celular tocando a uns três passos de mim, o garoto se levantando na minha frente... Meu arco com orelhas de neko estavam caindo sobre os meus olhos.
– Ai, o que aconteceu? - uma garota loira com um vestido vermelho e braco xadrez com vários detalhes apareceu. Ela começou a ajudar o garoto a se levantar, rindo. Eu fiquei parada, acho que a queda destruiu alguns dos poucos neurônios que ainda me restavam.
– Essa garota me derrubou - o garoto disse, com raiva.
– Você está bem? - disse ela para mim, a garota estava se segurando para não rir
– Sim - falei. Ela me deu a mão, para me ajudar a levantar. Fiquei com medo dela fazer alguma coisa comigo, mas acabei aceitando a ajuda.
Meu quadril doía. Eu senti como se martelassem minha barriga cada vez que eu me mexia. A menina ria.
– Me chamo Junko - ela disse.
– Junko? - eu tentei raciocinar sobre o que estava acontecendo. - Ah sim, eu sou Reiko.
– Nossa, você parece bem atrapalhada! - ela riu sem motivo. - Esse é Kame-chan.
– Eu não sou Kame, idiota! - reclamou o garoto, seu cabelo estava desarrumado. - Me chamo Tamaki.
– Onde você vai? - perguntou Junko, ainda rindo.
Só depois que ela disse isso eu parei para ver que eu estava mega atrasada, e todas as minhas coisas estavam no chão! Eu me abaixei e comecei a pegar as coisas.
– Eu estou atrasada - falei, enquanto pegava as coisas.
– É, deu pra ver - falou Tamaki.
– Preciso chegar no meu café, hoje é o primeiro dia!
– Você trabalha num café? - Junko pareceu interessada, ela se abaixou para pegar as coisas comigo. - Ai, eu sempre quis trabalhar num café!
– Que coisa ridícula, Junko! - disse o menino. Eu não me senti ofendida, estava atrasada demais para senti qualquer coisa.
– Cala a boca! - gritou a menina, ela pegou todos os papeis do chão como se ganhasse a vida fazendo aquilo. Logo estava tudo reunido. - Você sabe se eles estão contratando?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Contratando? - perguntei, lenta. - Ah! Você quer trabalhar lá? Eu sou a dona, hoje é a abertura!
– Sério? - ela olhou para Tamaki com uma cara de quem precisava ir lá e só poderia ir se ele fosse. Eu pude perceber que ela parecia ter uns 16 anos.
– Não, Junko, temos que ir - falou o garoto, como se lesse mentes.
– Então vá você! - a garota deu as costas para o menino. - Vamos, eu quero conhecer o lugar - ela segurou meu braço e pegou algumas coisas para não me deixar com várias coisas para segurar.
– Junko! Temos que ir, sua mãe está esperando.
– Eu não quero ver ela! - ela gritou, talvez alto demais. Ela pareceu perceber que estava gritando muito alto e que todos olhavam para ela. - Eu... não quero ver ela hoje - ela ficou mal por ter gritado daquele jeito.
O menino, Tamaki, parecia assustado com o que a garota disse. Ele simplesmente abaixou a cabeça e fez um gesto como se aceitasse aquilo. Ele não parecia feliz, mas ele simplesmente aceitou.
– Desculpe por isso - falou a garota, séria. Eu não disse nada e continuei andando, ela me seguia. Mudou de uma hora para outra, como tinha mudado antes, e começou a falar de como seria bom se ela pudesse trabalhar no meu café.
Olhei no relógio; 8hrs e 13min. A menina falava comigo, mas eu não estava prestando atenção. O garoto e ela começaram a discutir sobe alguma coisa, ela começou a rir no meio da "conversa". Ela me contou que queria muito trabalhar no meu café. Eu apenas levei ela até lá. Enquanto andávamos eu só pensava em Lee-chan, ele iria me matar.
Fale com o autor