Aquela notícia caíra como uma bomba sobre Annabeth.

– Como assim? Falência? - a loira questionou com os olhos arregalados e a mente trabalhando em mil possibilidades de salvar o legado dos seus pais.

– Arnold era responsável pela área financeira da empresa, sendo assim, tinha acesso a todas as contas, orçamentos, balanços, enfim a todo o dinheiro que entrava e saia na Olympus Arquitetura C.O.– Quíron começou a explicar e Annabeth apenas assentia com a cabeça entendendo tudo que o advogado falava. - Ao que parece ele fazia retiradas estratégicas e em pequenas quantias para não chamar atenção, só que nessa última retirada o valor foi absurdo, chegou a cerca de dois bilhões de dólares, o que acabou por deixar a empresa em maus lençóis.

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– O prenderam? - Annabeth questionou, pois se sabiam que fora ele, tinham que denunciá-lo.

– Colleman foi esperto, antes da transação ser completada, ele já estava em um avião para fora do país. Com certeza, ele foi para um lugar onde a extradição com os Estados Unidos não é possível.

– Filho da puta! - Annabeth se levantou ultrajada e logo em seguida colocou a mão na boca, assustada, afinal seu filho estava na sala e estava na fase em que começava a soltar as suas primeiras palavras. Consequentemente, palavrões não eram bons exemplos para crianças que tinha tendências a se tornarem papagaios, ainda mais uma tão esperta quanto Peter - O que podemos fazer para tentar salvar a empresa? - a loira respirou fundo e se sentou novamente.

– Bom, eu vim aqui para chamá-la para uma reunião que haverá entre os acionistas e a diretoria amanhã de manhã e você como uma das principais acionistas e sócia terá de estar presente. - Quíron informou e a loira assentiu - Mas para deixar alguns assuntos adiantados: muitos acionistas estão furiosos e pretendem vender as ações que possuem e talvez você terá de vender algumas das suas também, para que assim entre algum tipo de capital de giro na empresa.

– Mas assim eu deixaria de ser sócia majoritária. - Annabeth constatou o óbvio e Quíron assentiu.

– É um risco que você terá de correr.

...

– Querida, cheguei. - Percy gritou ao entrar no apartamento rindo e Peter logo se apressou para ir até o pai.

– Papa. - o pequeno gritou se jogando contra as pernas do mais velho, que sorriu e o pegou no colo.

– E ai... Como vai, campeão? - o moreno de olhos verdes questionou bagunçando os cabelos do menino, fazendo com que o pequeno risse pela atenção recebida. – Cadê a sua mamãe? – Percy questionou e Peter apontou para o sofá, onde Annabeth estava de costas sentada sobre as penas e, ao que parecia, pensativa.

Com Peter ainda no colo, Percy se pôs a caminhar em direção a namorada, que pelo visto, ainda não tinha percebido que o rapaz já tinha chego.

– Annie? – o moreno chamou e só assim a loira saiu de seus devaneios, abrindo um sorriso cansado e nenhum pouco feliz, já que seus olhos não tinham o brilho costumeiro de felicidade. – Aconteceu alguma coisa? – Percy questionou e Annabeth suspirou derrotada.

– Aconteceu sim. – a loira murmurou e Percy sentou-se ao seu lado, deixando que Peter volta-se para o tapete para que assim continuasse a brincar com as peças de lego que estavam espalhadas pelo local.

– Algo grave com alguém? – o Jackson perguntou puxando Annabeth para o seu colo, já que a aparência da loira assemelhava-se com a de alguém que a qualquer momento desabaria.

– Não, não houve nada com ninguém. – a loira revelou aninhando-se ao colo do namorado.

– Mas então o que houve para te deixar assim, tão preocupada? – Annabeth deu um meio sorriso com o que Percy dissera, já que com aquela simples frase o moreno mostrara que a conhecia muito bem, tanto é que sabia seu estado de espirito só de olhá-la.

– Quíron veio aqui hoje e me disse que a empresa dos meus pais está praticamente declarando estado de falência.

– Como isso aconteceu? – Percy perguntou abismado, e Annabeth negou com a cabeça, como se nem mesmo ela, a parte inteligente da relação, soubesse explicar como aquilo havia se sucedido.

– Quíron disse que um dos diretores responsável pela área financeira, Arnold Colleman, estava fazendo retiradas estratégicas e não autorizada pelos demais... Você sabe que para um deles fazer retiradas todos os diretores e alguns acionistas mais importantes tem que estar de acordo, não sabe? – Annabeth perguntou e Percy assentiu. O moreno crescera ouvindo o pai falar sobre a administração de uma empresa e sabia muito bem como aquilo tudo funcionava.

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– Todos têm que estar de acordo, ou a maioria, pelo menos. Sei como funciona essas coisas. – Percy complementou e deixou que Annabeth continuasse.

– Então, esse tal de Arnold estava desviando o dinheiro da empresa, e essa última retirada que ele fez foi de, aproximadamente, dois bilhões de dólares sem contar a outras milhares de retiradas que podem estar avaliadas em algumas dezenas ou centenas de milhões. Isso acabou por deixar a empresa a ponto de quebrar. – Annabeth finalizou com pesar.

Percy lamentou-se por ver a namorada daquele jeito, e lamentou-se ainda mais ainda pelo motivo, já que ele tinha plena consciência do quão importante aquela empresa era para Annabeth.

– E agora, o que pretende fazer? – o rapaz perguntou tentando achar alguma solução em sua cabeça.

– Quíron disse que amanhã haverá uma reunião com os acionistas e diretores e eu tenho que estar presente, já que possuo o maior número de ações. – a loira disse encarando seu filho entretido com os brinquedos. – Ao que parece alguns dos investidores estão furiosíssimos, e com razão, já que também estão tendo prejuízo, e ao que tudo indica pretendem vender as ações. Com a empresa praticamente falida, eu duvido que alguém compre essas ações, mas se comprar também não entrará nada para o caixa da empresa... Então, Quíron me aconselhou a vender algumas das minhas ações e empregar o dinheiro na empresa, como capital de giro.

– Mas... Desse jeito fosse deixa de ser a mandachuva, não deixa? – Percy questionou e Annabeth assentiu com a cabeça.

– Quando o meu avô ainda era presidente da empresa ele tinha noventa por cento das ações sob o seu poder e o restante fora vendido na Bolsa de Valores. Quando ele decidiu se aposentar dividiu o que tinha entre os filhos, sendo trinta por cento para cada. Como os meus tios nunca foram muito ligados a empresa, decidiram que venderiam parte de suas ações para a minha mãe e uma outra parte para aumentar o número de acionistas e de dinheiro que entraria, pelo que eu me lembre eles não estavam passando por um mar de rosas e a entrada de uma grande quantia era muito bem-vinda.

“Enfim, cada um vendeu dez por cento para a minha mãe para que ela não tivesse nenhum tipo de problema por não ter poder sobre metade das ações, e meu pai comprou mais cinco por cento do meu tio Ares.”

“Como eram casados em comunhão de bens, o que era de um, era do outro, sendo assim juntos tinham cinquenta e cinco por cento, e essas foram as ações que eu herdei. Pelo que eu sei, meu tio Apolo tem dez por cento e o Tio Ares tem quinze por cento. E o restante é dividido entre outros acionistas. – Annabeth fez um pequeno balanço do que sabia, e Percy ouvia a tudo, atentamente. – Se eu vender apenas quatro por cento das minhas ações não entrará praticamente nada nos caixas da empresa.

– Uou, isso é mais complicado do que eu esperava. – Percy disse percebendo quão grave era a situação da empresa de sua namorada.

– Eu sei! E isso está me assustando. – a loira segredou se agarrando a Percy, e o moreno soltou uma lufada de ar preocupado com a garota. – Eu não posso deixar que a empresa dos meus pais afunde assim, sem mais nem menos... Querendo ou não ela pode garantir o meu futuro e o futuro do Peter.

Com toda a certeza do mundo, Annabeth estava entrando em desespero, se é que a loira já não se encontrava assim. Percy vendo a situação da namorada, e tentando acalmá-la, sugeriu:

– E se você buscasse uma terceira opinião? Sei lá... Você poderia falar com o meu pai, que não tem relação nenhuma com a sua empresa.

– Um ponto de vista imparcial, né? – ela perguntou e o rapaz assentiu com a cabeça, fazendo-a sorrir com a ideia. – Não acredito que vou dizer isso, mas Percy, você é um gênio. – a Chase elogiou saindo do aperto que ele impusera sobre seu corpo e deu um beijo na boca do rapaz, fazendo-o calar uma exclamação de indignação.

– Só você e a Thalia que insistem na ideia de que eu sou burro. – o rapaz disse se levantando e tirando a pasta universitária que usava e a deixou no sofá, só para receber um olhar desaprovador da namorada. – Que foi?

– Você não vai deixar essa bolsa ai, não é mesmo? – a loira questionou arqueando a sobrancelha, e o rapaz logo negou, pegando sua bolsa e subindo com a mesma para deixá-la no seu devido lugar. – Acho bom. – Annabeth gritou, quando ele alcançou os últimos degraus, o rapaz resmungou algo inteligível, fazendo-a rir. – E você, Peter? Vamos para a casa do vovô Poseidon?

O pequeno olhou para a mãe, e balançou a cabeça como se concordasse.

– Ótimo! Vamos pegar as suas coisas. – Annabeth disse e se levantou para pegá-lo no colo, mas Peter estendeu-lhe a mão como se pedisse para andar ao lado dela, como um rapazinho – Como pode... Você está crescendo tão rápido! – a Chase soltou a pequena lamúria abismada com o ato de independência que partira do seu filho.

Peter pegou a mão da mãe, e começou a puxá-la em direção as escadas, como se fosse ele quem mandasse por ali. Annabeth riu e seguiu o pequeno, zelando para que os passos deles fossem firmes, e que caso ele se desequilibrasse durante o seu percurso, ela estaria ali para ampará-lo, e isso não era somente naquela pequena caminhada, era algo que ela faria por ele durante toda a sua vida... Annabeth era o suporte de Peter. Algo que toda mãe é para o seu filho.

A pequena e feliz família não demorou muito em arrumar suas coisas para irem para a casa dos patriarcas dos Jackson, apenas se trocaram e Annabeth pegou a bolsa que sempre a acompanhava com as coisas de Peter, mesmo que tudo que o pequeno pudesse precisar tinha na casa dos avós, mas é como dizem: melhor prevenir do que remediar.

– Você acha que ele vai conseguir te ajudar? – Percy perguntou segurando a mão de Annabeth, enquanto dirigia.

A loira o olhou, virando-se no banco do passageiro para encará-lo de perfil e sorriu acariciando o cabelo do rapaz. O Jackson a olhou pelo canto do olho e também sorriu, antes da garota responder:

– Bom, seu pai administra a empresa dele praticamente sozinho e pelo que eu sei também tem vários acionistas e experiência... Talvez, ele possa me dar uma ajudinha. Então, sim eu acho que ele vai conseguir me ajudar.

– Eu espero que sim, pois não gosto de te ver preocupada. – Percy argumentou, fazendo Annabeth se derreter por dentro.

– Vamos mudar de assunto, até porque um certo estudante de Biologia Marinha me disse hoje de manhã que iria resolver algumas coisas para o estágio. E então, conseguiu resolver tudo? – Annabeth perguntou com o coração apertado.

Mesmo que o rapaz ainda nem tivesse feito a seleção para saber se seria membro da equipe, ela sabia que tinha fortes chances dele passar um tempo fora, e embora essa chance fosse a perfeita para Percy, a loira não sabia se aguentaria passar esse longo período de tempo longe dele.

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– Graças aos deuses, eu consegui organizar tudo a tempo de mandar para o Centro de Pesquisas. E a moça que está responsável pela seleção, disse que eu sou um forte candidato e que serão somente três escolhidos para essa viagem. – Percy disse todo convencido e Annabeth revirou os olhos, com um mínimo sorriso nos lábios.

Ainda acariciando o cabelo do moreno, ela questionou com uma pitada de ciúmes:

– Moça, não é mesmo? Por acaso ela te disse tudo isso se insinuando? – Percy olhou para Annabeth quando o sinal fechou e riu na maior cara de pau, fazendo-a se irritar. – Está rindo do que, Perseu? – a loira questionou tirando a mão dos cabelos negros do rapaz, e bufando enquanto cruzava os braços.

– Bom... Moça foi uma forma educada de me referir a senhora de no máximo oitenta quilos e aproximadamente sessenta anos de idade, muito gentil que me atendeu quando fui ao Centro de Pesquisas. – Percy respondeu rindo, e Annabeth sentiu a imensa vontade de cavar um enorme buraco e se esconder lá dentro pelo resto da vida, ou até a sua vergonha passar.

– Pare de rir, seu idiota. – a loira pediu se ajeitando no banco do passageiro, e Percy continuou a gargalhar, enquanto dava partida no carro e passava pelo sinal.

Peter vendo que o Jackson se divertia com algo, começou a rir também fazendo assim a alegria do moreno, já que o mesmo disse com animação:

– Viu Sabidinha? Até o Peter achou engraçado.

– Peter está se saindo pior que a encomenda... – Annabeth murmurou brava e deu uma rápida olhadela no pequeno que ria como se não tivesse amanhã – E você, Sr. Peter, deveria me apoiar e não rir como o bobão do seu pai.

Papa! – o pequeno exclamou animado, e Annabeth revirou os olhos.

– Você disse que ia ensiná-lo a dizer mama, não é mesmo Perseu? – a loira esbravejou de brincadeira, e Percy soltou uma risadinha antes de respondê-la.

– Estou tentando, meu amor. Mas a culpa é minha se ele só chama o papa aqui?

A fala de Percy fora tão automática, que Annabeth teve de repeti-la milhares de vezes em sua cabeça, para acreditar que ele, realmente, a tinha chamado de meu amor. E como uma forma de confirmar o que ela já sabia, a loira perguntou, debilmente:

– Do que você me chamou?

Percy a olhou pelo canto do olho um tanto quanto confuso.

– Hein? – o rapaz soltou não entendo nada, e Annabeth revirou os olhos perante a lerdeza do moreno.

– Do que você me chamou agora há pouco? – a loira voltou a questionar e Percy franziu o cenho.

– De Annie! Não foi? – a garota negou e o rapaz deu de ombros como se não tivesse o costume de prestar atenção nas palavras que saíam de sua boca, o que era o caso naquele momento.

– Não, não foi. – a loira negou sorrindo animada ao ver que as palavras tinham saltado da boca dele sem nenhum esforço, portanto eram totalmente verdadeiras.

– Do que eu te chamei, Annabeth? Foi de algo que você não gostou? – Percy estava começando a se preocupar, e ficar ainda mais confuso, já que o enorme sorriso que Annabeth ostentava não parecia ser o de uma mulher que tinha acabado de ouvir o namorado trocar seu nome por de uma outra qualquer – Eu troquei seu nome? É isso?

– Não. – Annabeth respondeu simplesmente, e Percy sentiu vontade de largar o volante para checar se ela não estava com febre, já que aquele sorriso era muito estranho.

– Annabeth, você está me assustando. – o rapaz declarou, e a loira riu. – Do que eu te chamei? – o moreno voltou a questionar, e a Chase o analisou bem para garantir-se de que ele não estava tirando uma com a sua cara.

– Você me chamou de “meu amor” – a loira respondeu feliz e Percy respirou aliviado.

– Você fez todo esse alarde para isso? – o Jackson questionou depois de respirar.

– Claro, você nunca tinha me chamado assim. – Annabeth argumentou com o resquício do sorriso de felicidade nos cantos dos lábios.

– Bom, se cada vez que eu disser isso, você sorrir desse jeito para mim tentarei dizer mais vezes. – Percy galanteou jogando uma piscadela na direção de Annabeth, mas a loira notou que aquela era apenas uma brincadeira para camuflar o constrangimento que o moreno sentira por ela fazer das simples palavras um grande feito.

– Eu espero mesmo que você continue a me chamar assim, pois eu amei. – a loira disse tranquilizando-o e fazendo um sorriso discreto ressurgir na boca de Percy.

– Okay, meu amor. – o Jackson deu ênfase as últimas palavras, fazendo Annabeth revirar os olhos, enquanto reabria um enorme sorriso.

A espessa bolha de felicidade que pairava sobre a pequena família não diminuiu ao chegarem na casa dos Jackson.

– Meus pais já chegaram? - Percy perguntou surpreso ao ver que os carros de Sally e Poseidon estavam na garagem. - Está cedo para eles já estarem casa. Não está? - o rapaz constatou e franziu o cenho confuso.

Annabeth também estava com o cenho franzido e pelo mesmo motivo que o namorado.

– Será que aconteceu algo? - a loira questionou começando a se preocupar.

Os dois desceram rapidamente do carro, Annabeth pegou a bolsa de Peter, enquanto o Jackson colocava no colo o pequeno, que encontrava-se entretido com um mordedor colorido.

– Mãe? Pai? - Percy entrou na frente chamando por seus pais, estes que logo apareceram com sorrisos e braços abertos.

– Meu filho! Achei que só fossem voltar amanhã. – Sally disse abraçando Percy e em seguida dando um beijo na testa do neto.

– Nós íamos, mas a Annabeth precisava conversar com o papai. – o moreno respondeu, depois de cumprimentar Poseidon e se sentar com sua mãe ao seu lado.

– Comigo? – o Jackson mais velho questionou franzindo o cenho para a nora.

– Eu queria algumas dicas para a empresa. – a loira respondeu, fazendo Poseidon sacar logo de início que tinha algo de muito errado com a Olympus Arquitetura C.O.

– Quer conversar agora? – o homem questionou, e quando a garota estava para assentir, Réia e seus fiéis seguidores.

– Poseidon, meu filho, eu achei que você fosse nos levar até o aeroporto. – a mulher disse fitando Annabeth com um olhar superior, a loira apenas revirou os olhos e sentou-se ao lado de Percy.

– E vou, por isso voltei mais cedo da empresa. – Poseidon confirmou – Mas Annabeth quer conversar comigo, não vai demorar. – o homem afirmou fazendo sua mãe revirar os olhos.

– Poseidon, pode ir levar seus pais ao aeroporto. – Annabeth certificou e seu sogro a olhou para ter certeza – Eu posso esperar o senhor voltar. Sem contar que eu posso usar esse meio tempo para conversar com a Thalia sobre a festa de aniversário do Peter. – a loira garantiu e ele assentiu com a cabeça, agradecendo-a mentalmente por ser compreensiva com a situação.

– Vamos Sally? – O Jackson mais velho perguntou e a mulher assentiu se levantando. Réia e Anfitrite bufaram, mas não disseram nada.

Percy passou Peter para Annabeth e se levantou para se despedir dos avós.

– Tchau, vó. Espero que faça uma boa viagem. – o rapaz disse abraçando a velha senhora com a carinho, e o gesto fora retribuído da melhor forma possível.

– Tchau, meu neto. Cuide-se e tome mais cuidado com as pessoas com quem se relaciona. Uma dica de quem te quer bem. – como se tratava de Réia a alfinetada não poderia ser menos sutil.

– Graças aos deuses, só me relaciono com pessoas que querem o meu bem. Ainda bem que eu tenho um dedo bom para escolher as minhas companhias. – Percy deu o troco, fazendo com que a senhora inglesa revirasse os olhos mantendo a boca fechada.

– Tchau, vô. – o rapaz estendeu a mão, sabendo que Cronos não era muito receptível a grandes demonstrações de afetos.

– Já que a sua avó quis lhe dar uma dica, me sinto na responsabilidade de fazer o mesmo... – o moreno estava pronto para revirar os olhos, quando seu avô completou – Siga o que você acha que é certo, pois se continuar desse jeito provará a todos que é um grande homem.

– Cronos! – Réia ralhou, repreendendo o marido.

– Só estou dizendo o que eu acho ser o melhor para o nosso neto. – Cronos voltou-se para Percy e deu dois tapinhas no ombro do rapaz, aquele gesto para o Jackson foi um claro sinal de que seu avô estava orgulhoso das decisões que ele tinha tomado, e aquilo vindo de Cronos era uma baita honra.

– Anfitrite, foi um prazer conhecê-la. – o moreno despediu-se da ex-noiva de seu pai com educação, e a mulher apenas deu de ombros como se o fato de tê-lo conhecido não acrescentara nada em sua vida, mal sabia ela que, sua presença também não tinha acrescentado nada a vida de alguém daquela família. Ou sejam, estavam quites.

– Maria! – Poseidon gritou chamando a empregada.

– Sim, senhor? – a mulher rapidamente apareceu na porta que ligava a sala se estar e a de jantar.

– Cadê a Thalia? Ela precisa se despedir dos avós. – Poseidon disse ao notar que só faltava a filha ali.

– Ah... – Maria olhou para o teto e pensou um pouco antes de responder – A menina Thalia saiu cedo para ver as coisas do estágio e ainda não voltou.

– Ela ficou o dia inteiro fora? – Sally perguntou preocupada e Maria assentiu com a cabeça rapidamente. – Eu vou ligar para ela. – a Srª Jackson pegou o telefone e discou o número da filha com rapidez.

– Não faço a mínima questão de que aquela bastarda venha se despedir, Poseidon. – Réia disse com um sorriso suspeito nos lábios, e seu filho apenas revirou os olhos antes de negar algo para Sally, fazendo-a assim desligar o telefone.

– Acho que é a senhora que não merece a atenção dela, minha mãe. – Poseidon disse infeliz, e Réia empinou o nariz não aceitando que ele defendesse a morena.

– Não discutirei sobre isso com você, pois sabe muito bem a minha opinião sobre essa garota. – a mãe de Poseidon disse dando uma ênfase as últimas palavras, como se falasse de uma doença.

Sally já estava pronta para dizer poucas e boas em defesa de Thalia, quando seu marido bufou e disse:

– Ótimo, já que a senhora não dá a mínima, já podemos ir embora. – o homem apontou a saída e Réia virou-se ultrajada, seguindo em direção ao carro do filho.

– Liguem para a Thalia, por favor. – Sally pediu depois que todos saíram.

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Annabeth que já tinha se despedido de todos encarou as reações de Réia e de Maria como algo suspeito, por isso assim que Sally saiu pela porta, deixando-a sozinha com Percy, Peter, que já estava entretido com algum brinquedo, e Maria, ela voltou-se para a mulher com a sobrancelha arqueada em uma pergunta:

– Maria, o que aconteceu?

– Como assim, Annie? – a mulher perguntou se dirigindo ao telefone.

– O que aconteceu entre a Thalia e a Réia? – Annabeth foi mais clara, e Maria logo voltou a colocar o telefone na base.

– Entre a Thalia e a Réia? – Percy perguntou ficando nervoso, já que o histórico de embate entre as duas não era um dos melhores, ainda mais para a sua irmã.

– A menina Thalia chegou no meio da tarde, almoçou e depois subiu para o quarto... Um tempo depois eu ouvi uns gritos vindos lá de cima, quando eu decidi subir para ver o que era, a Thalia já estava descendo essas escadas correndo e parecia estar chorando. Eu até tentei ir atrás e saber o que estava acontecendo, mas não tenho mais idade para correr. – Maria disse em tom de desculpa e Annabeth a abraçou de lado – Quando eu ameacei subir para ver com que a menina Thalia estava brigando a Dona Réia estava na beira das escadas e bom, eu gosto muito do meu emprego e não acho que enfrentar a mãe do meu patrão me ajudaria a mantê-lo.

– Ela te ameaçou, Maria? – Percy perguntou com o celular colado a orelha. O rapaz estava preocupadíssimo com a irmã, só ele sabia o quanto ela ficava abalada depois de uma briga com Réia, ainda mais quando a avó usava os pais da garota para machucá-la.

– Não, ela não falou nada, mas o olhar dela dizia tudo. – a mulher estremeceu e complementou – Agora eu só estou preocupada com a Thalia, aquela menina é capaz de tudo. Sem contar que não gosto de vê-la sofrendo.

– Calma, Maria, vai ficar tudo bem. Nós vamos achar a Thalia. – Annabeth garantiu tentando passar confiança que faltava em seu coração, já que a loira torcia fervorosamente para que sua melhor amiga não tivesse feito nada estúpido.