Fanciulla

Meu Amor


Finalmente o meu último dia naquele acampamento de verão chegava ao fim, somente mais algumas horas e me veria livre daquele lugar insuportável. Meus pais sabiam o quando eu desprezava aquele lugar, porém não se importavam; eles apenas queriam poder aproveitar suas férias em Paris. Eu os odiava por causa. Não éramos o que poderia se dizer de uma 'família unida', não me lembro se alguma vez nestas dezessete primaveras se passei junto deles.

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Como último dia de verão e de acampamento, todas as cabanas estavam planejando uma festa, seria algo em que todo mundo pudesse se divertir. É talvez eu fosse um pouquinho, afinal eu sairia desta prisão.

[...]

As músicas se mantinham em um ritmo continuo, as pessoas dançavam e eu me mantinha em meu canto, beberique um pouco do meu suco de uva concentrava e degustava o sabor do mesmo. O tédio passou a me consumir aos poucos, lá para as nove da noite; foi quando alguém me tirou dos devaneios. Um lindo garoto moreno de olho verdes, ele me perguntou se gostaria de dançar com ele; eu aceitei.

Estávamos dançando há algum tempo, tocava uma música para casal e confesso que fiquei envergonhada. Ele colocou gentilmente uma mão em minha cintura, enquanto a outra tocava na minha mão. Sua pele era macia e suave, senti-me como se estivesse em um daqueles sonhos, em que danço com um príncipe e no final eles se beijam.

Ao termino da música ele se aproximou, nossos rostos estavam colados; nossas respirações se mesclavam e pude sentir seu hálito de menta. Nossos lábios se tocaram, sua mão me puxou para mais perto de si, era possível sentir urgência naquele beijo. Separamos por falta de ar.

- Qual o seu nome? - indaguei

- Respondo, apenas se me dizer o seu.

- Nai Tsui. - respondi

- Prazer, sou Edmund Frederic.

Agora que sabia seu nome e tinha provado de seu sabor nada mais me importava, eu me sentia como uma daquelas princesas de conto de fadas que encontram seu verdadeiro amor. Porém a vida não é um mar de rosas e meu sonho se desfez tão rápido como eu o havia imaginado.

Uma menina veio em sua direção e lhe deu um tapa no rosto, deixou uma marca em seus dedos.

- Edmund, o que estava fazendo com ela? Venha comigo. - disse a garota se pendurando em seu braço

- Ed, quem é essa? - indaguei

Ele não me respondeu, saiu com a jovem e me deixou a mercê de nada. Eu fiquei extremamente triste, meus pais haviam chegado e mesmo que tivesse sido um romance passageiro eu ainda sentia o gosto de seu beijo.

Assim que cheguei em casa fui direto para o meu quarto, onde fiquei chorando esperando que isso mudasse de alguma forma a situação em que me encontrava, mas foi em vão.

Nunca mais veria Edmund e nunca mais a ferida em meu coração se fecharia novamente, não importava que foi algo passageiro eu sabia que no fundo eu o amava, com todas as minhas forças.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.