The Powerpuff Girls Of S.H.I.E.L.D- Fic Interativa

Passado, chantagem e... "Onde elas estão?"


Na floresta

Raven estava no mesmo lugar em que enfrentou seu medo, detrás do muro de trepadeiras. Não podia deixar de chorar, seu pai havia tocado em seu ponto mais sensível. De repente, as lembranças de sua mãe vieram a sua cabeça. Toda vez que olhava nos olhos dela, Raven via as lembranças de sua mãe e Loki juntos. Lembrou-se de como eles se conheceram, se apaixonaram e se casaram.

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“Flashback on”

Aurora Phoenix foi designada por Odin para vigiar Loki, tentar mudá-lo, já que era amorosa e carinhosa. Odin fez isso por amor a Frigga, que não suportaria que seu "filho" morresse.

De início ela não gostou nadinha da ideia, mas não poderia contrariar o rei.

Então Loki voltou para Asgard. Logo ficou sobre a vigia de Aura. Toda a conversa civilizada que tentavam virava uma grande discussão. Loki sempre gostava de provocá-la, ele achava divertido. Com o tempo, Aura parou de se importar com as provocações, acabou se tornando um hábito. Ela até que sentia uma paixonite. Ela se apaixonou por ele.

Certo dia, como suas provocações não funcionavam mais, ele apelou para o lado pessoal, acabou descobrindo que ela, no fundo, gostava dele. O trapaceiro a chamou em seu quarto e a humilhou dizendo ser superior demais, que nunca iria ficar com alguém tão fraca e vulnerável. Resultado?! O coração puro de Aura foi despedaçado, mas mesmo a mais bela flor do campo tem espinhos. Loki se enganou e feio ao dizer que ela era fraca e vulnerável. Aura pegou uma espada e lutou contra Loki.

– É por isso que está sempre sozinho! Você só se importa com sigo mesmo! Não tá nem aí pros sentimentos dos outros! Ok! Isso também é pra eu aprender uma coisa! Com o amor vem à ilusão! – Ela gritava enquanto lutava.

– Ah! Agora estamos chegando a algum lugar! Aprendeu, não é?! Loki não se apaixona por ninguém, minha cara! Muito menos por uma serva inútil como você! - Loki falou revidando.

Por fim, Aura conseguiu feri-lo na coxa e jogar a espada que Loki estava usando para longe.

Quando ia desferir um golpe fatal no deus, ela se lembrou de qual era sua missão.

– Não. Eu não posso fazer isso. - Suspirou e continuou. - Prometi a Frigga que iria mudá-lo.

Um silêncio se fez e Loki só esperava que ela continuasse com aquele "discurso patético", na opinião dele.

– Acho... Acho que será a primeira promessa que não poderei cumprir. Sim, Loki, eu o amava. Não me importava os erros que você cometeu, não depois de meses de convivência. Eu simplesmente vi sua história e a compreendi, vi o que passou. Aí entendi o porquê você ter usurpado o trono de Thor, o porquê de ter tentado conquistar Midgard. Simplesmente queria mostrar o seu valor. Que podia ser digno do trono que lhe foi renegado. Queria ser respeitado. - Loki estava perplexo, nunca ninguém além de Frigga o havia compreendido. Mas sua "mãe" não o compreendia por completo, não entendia os motivos de Loki ter feito o que fez. - É. Você tentou ganhar o respeito. Mas como iria ganhá-lo se você mesmo não respeita os outros?! Veja-me como um exemplo. Fui designada para mudá-lo. Relutante, eu o aceitei. Te aturei até agora. Suas provocações, insultos, tudo! Qualquer outra pessoa não teria suportado nada disso! Aí aconteceu uma coisa que eu jamais pensaria que pudesse acontecer, me apaixonei por você. - As lágrimas de Aura teimavam a cair. - Mas como eu disse, com o amor vem a ilusão. Eu fui uma idiota completa! Olha! Meus parabéns! Conseguiu o que queria! Humilhou-me. Conseguiu me atingir. Está me fazendo sentir uma das piores dores conhecidas, a desilusão do amor. Agora me diga. Foi divertido? Valeu a pena?

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Nesse instante, Aurora saiu do quarto de Loki tentando ao máximo parar de chorar, mas sua dor era mais forte, a fazendo derramar mais lágrimas.
Enquanto isso, Loki ainda estava perplexo por ela ter descrito tudo o que ele sentia, por ela ter descoberto seus motivos que o levaram a cometer seus erros. Também pensou em suas últimas palavras, "Foi divertido? Valeu a pena?", no fundo ele sentiu uma pontada de dor e remorso, mas não iria deixar o orgulho de lado e simplesmente pedir desculpas. Ela continuaria com seu "cargo" de vigia, uma hora ou outra teriam que trocar alguma palavra, nem que fosse um simples "oi".

– Por que eu estou me preocupando com isso? Ela é só uma camponesa estúpida, uma mísera serva!... Com lindos cabelos loiros, um sorriso radiante e os olhos mais belos que já vi. - Loki saiu de seus devaneios. - Ah! O quê?! Não, nada disso! É só uma mulher hipócrita e de uma classe muito inferior.

No dia seguinte, Aura não apareceu para o café da manhã. Sif, sua amiga, havia tentado chamá-la, mas ela disse que não estava se sentindo bem. Não saiu do quarto o dia inteiro. Isso não passou despercebido por Loki, que mais uma vez sentiu uma pequena pontada no peito.

Amanheceu e Aura finalmente saiu de seu quarto, com os olhos vermelhos de tanto chorar e seu cabelo não estava lá as mil maravilhas, parecia abatida.

Frigga a viu e logo ficou preocupada.

– Minha nossa! Querida, o que aconteceu com você? Não me diga que foi Loki!

Loki, que estava passando, ouviu sua "mãe" conversar com Aura. Viu que ela estava com uma aparência péssima. Outra pontada de culpa, um pouco mais forte. Ele logo pensou que ela o entregaria. Escondeu-se atrás de uma coluna para escutar a conversa.

– Estou bem, minha senhora. Loki não teve nada a ver com isso, não se preocupe, ele até... Andou evoluindo um pouco. - Ela mentiu. Loki ficou pasmo de ouvir. "Ela mente bem. Mas... Por que não me entregou?", ele pensou.

– Ah! Bom! Fico mais tranquila em saber disso, mas por que está assim, minha jovem?

– Eu... Só tive um pesadelo, uma lembrança.

– Quer compartilhar?

Aura suspirou pesadamente.

– Sonhei com meus pais morrendo em batalha. A batalha que ocorreu entre Jotunheim e Asgard. Nada com que se preocupar. Não apareci ontem, pois precisava refletir um pouco sobre minha vida.

– Entendo, querida... Mas pense. Seus pais morreram com honra. Estão em Valhalla, o paraíso. Eles estão bem. Tenha orgulho! - Frigga sorriu e a jovem retribuiu.

– Obrigada, minha rainha.

– Bom... Dê-me licença.

– Claro!

Frigga se retirou.

– Eu já te vi aí, alteza.

Loki saiu detrás da coluna.

– Como você me descobriu?

– Posso sentir a presença dos outros a meu redor. - Ela disse simplesmente, com seu olhar neutro.

Loki a observava, estudando-a.

– Você mente bem, para uma serva leal. Quase pude cair na história sobre seus pais.

– Aquilo não era mentira, senhor.

– Por que não me entregou? Iriam me punir e teria sua vingança.

– Não vejo a razão para me vingar de você. Isso não me beneficiaria... Muito pelo contrário! Mostraria que não consegui cumprir com minha palavra. E... O que o senhor disse foram verdades. Sou uma serva inútil, idiota, que se apaixonou pela pior pessoa dos Nove Reinos. Por favor, alteza, me dê licença.

Loki segurou muito forte seu braço e disse sussurrando em seu ouvido:

– Não me trate com tamanho desrespeito, sua incompetente! Posso te matar agora mesmo se eu quiser.

– Então o faça. Já acabou comigo mesmo. Não tenho mais nada pelo que lutar. Mas se não o fizer, então até logo.

Loki, com raiva, os teletransportou para o alto de uma torre e a soltou bruscamente, fazendo-a cair no chão.

– Agora não tem para onde ir!

– Por que faz isso? De que isso está adiantando? Fazer-me passar por uma das piores dores do mundo não foi o suficiente? – Ela disse e ele a segurou pelo pescoço, erguendo-a no ar.

– Não. Isso para aprender a ter mais respeito por seu superior! Você é teimosa, me desafia, não me teme e sempre fica com esse olhar!

– Que... Olhar? - Ela perguntou com dificuldade, pensando que ele a mataria depois daquele diálogo.

– Esse olhar! Esse que me deixa louco! Que me faz ficar confuso e perdido nesses lindos olhos! E... - Loki não conseguiu mais falar depois que percebeu o que havia dito. A soltou e ela conseguiu pegar fôlego.

Aura achou que fosse mais uma de suas brincadeiras de mau gosto e disse debochando:

– Sério?! Porque se me lembro bem... Eu sou uma camponesa inferior, uma fraca, vulnerável, uma serva imun...

Aura não conseguiu terminar. Motivo?! Loki selou seus lábios com um beijo. Um beijo apaixonado e cheio de ternura.
Ela tentou se desvencilhar dos lábios do deus, mas este a prendia, segurando suas costas e sua cabeça, colando seus corpos. Por fim, acabou cedendo.
Quando o ar lhes foi necessário, se afastaram ofegantes. Ambos confusos. Aura estava confusa, pensando na possibilidade de ele estar iludindo-a.
Loki estava mais confuso do que ela. Sua mente estava uma bagunça, ansiava por mais um beijo e queria pedir desculpas por tê-la feito sofrer, mas seu orgulho o impedia... "Quer saber?! Dane-se!", ele pensou. Deixando seu orgulho de lado pela primeira vez.

– A-Aura, des... Desculpe-me pelo que fiz a duas noites atrás. Você não é uma simples camponesa, nem fraca ou vulnerável e muito menos uma serva imunda. Você foi a primeira a me compreender por completo. Nem mesmo Frigga havia entendido os motivos que me levaram a fazer o que fiz. Sabe... Durante a minha vida toda fui criado à sombra de Thor e me renegaram o trono de Jotunheim, que era meu por direito. Frigga é a única em que posso considerar "da família". Aura... Sinto muito mesmo. Espero que possa me perdoar algum dia.

Aura sorriu.

– Não sou uma pessoa de guardar rancor por muito tempo. E eu te entendo perfeitamente.

Loki a olhou como se pedisse para continuar. Ela riu e contou sua história.

– Meus pais, antes de irem para a batalha, me deixaram com meus tios. Eu ainda era um bebê. Eles não eram simples guerreiros. Meu pai era general dos Einherjar e minha mãe era líder da força tática e infiltradora dos guerreiros. Quando tudo terminou e Laufey foi vencido, meus tios receberam uma carta dizendo que meus pais morreram em batalha... Eles nunca gostaram de mim. Meu tio tinha inveja de meu pai, por Odin tê-lo escolhido como general. Então, junto com as meger... - Ela forçou uma tosse. - Junto com minha tia e minha prima, tornaram cada segundo da minha vida um inferno. Eu não podia sair, senão ia para a solitária, um quarto escuro com portas de aço, nem um único raio de sol adentrava aquelas paredes. Não podia nem sequer direcionar uma só palavra a eles. Eu era a empregada de lá. Ninguém nunca me compreendia. Quando finalmente consegui me libertar deles, virei serva do palácio. Mesmo tendo fama de "a segunda mulher mais bondosa de toda Asgard" atualmente, na época eu era péssima com amizades, todos me achavam esquisita, diferente... Então conheci Lady Sif, ela não me julgou pela aparência e me mostrou que eu podia ser uma guerreira, como minha mãe. Ela foi minha primeira amiga. Comecei a treinar e elevei meu "nível". Deixei de ser uma serva e ganhei o título de Lady salvando sua mãe quando Asgard foi atacada por Surtur e os Gigantes de Fogo. Isso uns dez ou nove anos. Então, minha vida é essa. Fui designada para ser sua babá. Não iria recusar um pedido do Pai de Todos. E aqui estou eu.

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Loki estava impressionado com o que acabara de ouvir, a história dela foi uma das mais trágicas e felizes que já escutou.

– Lamento por seus pais e... Por... Tudo.

– Tudo bem! Não morri por isso! A vida continua. - Ela disse rindo.

O sol estava se pondo, Asgard ficava mais linda ainda naquela parte do dia.

– Nunca parei para reparar, mas... Asgard é um lugar belíssimo. - Ela disse.

– Esta torre é onde fico para pensar, ou quando não quero ouvir Thor falar idiotices.

– Há! Bela escolha!

– Hum... É.

Minutos se passaram.

– Loki. Acho melhor voltarmos. Além de eu estar com fome, devem ter notado a nossa linda falta de presença.

– Quem repararia? E...O que pensariam que estaríamos fazendo? – Ele a olhou com um sorriso malicioso.

– Seu pervertido! Eu jamais... Ah! Deixa pra lá! E, vejamos, quem repararia... Sua mãe, seu pa...

– ELE NÃO É MEU PAI! - Loki odiava quando falavam que Odin era seu pai. Para ele, o rei nunca fora seu pai, mas sempre considerou a rainha como sua mãe.

– Que seja! Sua mãe, ODIN, Thor... Quer que eu continue, querido?!

– Ah! Tá bom!

– Sif deve estar surtando. Ela queria duelar comigo. Uma luta de espadas. Hum... Acho que ainda dá tempo.

– Vou assistir a essa luta, se não se importa, quero vê-la perder para Lady Sif.

– Há! E Loki está de volta!

– Minha bela Aurora, ele nunca sumiu.

– Vamos voltar logo! Só... Seja mais deliciado. Meu braço ainda tá dolorido.

Ele colocou suas mãos na cintura dela, aproximando seus corpos, pegando-a de surpresa. Seus rostos estavam próximos e eles se teletransportaram de volta para o palácio.

Loki a soltou e disse sussurrando provocativo:

– Te vejo daqui a algumas horas, quando estiver duelando com Sif.

Ela estava irritada, pois pensava que ele a beijaria de novo, mas não, ele tinha que provocar! Então resolveu entrar no joguinho, sussurrando no ouvido dele:

– Até lá e prepare-se para engolir novamente o seu orgulho. Não vou perder.

Ele sorriu de lado, observando-a se distanciar.

– É. Lady Phoenix, veremos.

No pátio de treinamento, Sif viu Aura se aproximar, já vestida com sua armadura, que por alguma razão "desconhecida", não estava mais nas cores azul e prata, mas sim, verde e dourada. "Puxa! Quem será que fez isso?", ela pensou olhando para Loki, que se encontrava sentado um pouco mais distante de Thor e Os Três Guerreiros, ele sorria. “E o deus da trapaça ataca novamente.”, continuou seu pensamento com desdém.

– Nossa! Fica bem de verde, Aura! Combina como o cargo que te deram. Babá do Loki. Háháhá! - Sif debochou.

– Sif, não enche. Guarde as palavras. Daqui a pouco estará implorando de joelhos para parar! - Ela rebateu com um sorriso de lado.

Todos a olharam abismados e depois olharam para Loki, que segurava o riso.

– Desculpe-me, conviver com ele dá nisso.

– Tanto faz! Comecem isso! - Gritou Thor, que queria muito ver uma luta.

Sif desferiu o primeiro golpe, que Aura tratou de desviar e deu um chute nas costas da companheira de batalha.

Passou o tempo, as duas ainda lutavam. Sif estava com a aparência cansada, já Aura estava indiferente.

– Desiste?

– Nunca!

Aurora sorriu e continuaram. Até que ela consegue jogar a espada da amiga longe. Vencendo-a.

Todos estavam pasmos. Lady Sif perder era uma raridade!

– Lutou bem, Aura! Meus parabéns! - Sif estava ofegante, mas sorrindo.

– Obrigada! - Ela disse ainda com um sorriso.

– Ah! Vou tomar um banho! Nos vemos no jantar talvez!

– Certo... Talvez.

Thor e Os Três Guerreiros foram correndo para não chegarem atrasados para o banquete, teria javali e Volstagg não perderia essa nunca!

Por fim, só sobraram Loki e Aura no local.

– Lutou bem.

– Há! Pode parar por aí! O que você fez com a minha armadura?

– Só mudei a cor... Digamos que você fica bem mais atraente com o verde. – Ele disse com um sorriso que a fez se derreter por completo.

Aura corou violentamente, se esquecendo de falar que ele com certeza havia feito algo a mais na armadura.

– Ahm... O-Obrigada.

– Nos vemos amanhã então.

– Espera! Não vai ficar para o banquete?

– Tá doida?! Tenho indigestão sempre quando vejo esses bárbaros comerem!

– Ah! É! Entendo! Quando vi Thor comendo o peru, pensei que era um animal caçando!

Ele riu.

– Ele faz isso mesmo!

– É! Acho que vou à cozinha, pego alguma coisa e vou pro meu quarto.

– Então boa noite, Milady.

– Boa noi... - Ele não a deixou terminar novamente. A beijou, como antes, mas desta vez, foi retribuído automaticamente. - Não vai me deixar nem terminar uma frase?! - Disse entre beijos.

– Você fala demais.

Por fim, se separaram. Aura seguiu para a cozinha e Loki para seu quarto.

– Aurora Phoenix, me sinto um idiota apaixonado por sua culpa. Mas por que não estou com raiva?! - Ele pensou alto, rindo do pensamento.

Continuaram se encontrando. Um entendendo o outro, conversando, rindo, se beijando, coisinhas de namorados. Frigga estava mais feliz do que nunca. Aura conseguira derreter aquele coração de gelo.

Tempos depois, Loki fez uma coisa que ninguém, nem mesmo ele, pensou que podia fazer.

– Aurora Phoenix, quer casar comigo?

Thor, que estava bebendo Hidromel, cuspiu tudo na cara de Sif, sua esposa. O casamento deles havia acontecido há pouco tempo. Aura foi a madrinha de Sif e Loki foi o padrinho de Thor, relutante é claro, mas sua amada havia insistido. Sif estava ensopada e, mesmo tentando manter a calma e olhar aquela linda cena, voou no pescoço de Thor e aí começou uma baderna só.
Aura estava estática e disse às palavras que mudariam sua vida.

– Eu... Quero!

Ela puxou Loki para mais um beijo.

Até que os gritos de uma Sif furiosa cortaram o clima, dando o espaço do romance para a comédia.

– THOR, SEU ESTRUPÍCIO, EU VOU TE MATAR! VOLTA AQUI, SEU PALERMA!

Aura e Loki riam. Thor não bateria em uma mulher, muito menos em sua esposa, portanto corria sem parar.

– Benzinho, foi só um acidente!

– Só um acidente?! SÓ UM ACIDENTE?! OLHA O ESTADO DO MEU CABELO!

– Mas você fica assim sempre quando vai lutar!

– COMO É QUE É?! AH! VAI CONHECER VALHALLA MAIS CEDO, SEU TONTO!

Nem por um segundo Loki e Aura paravam de rir da cena. Sif atirava coisas em Thor, que se escondia da fúria da mulher.

– IRMÃO, ME AJUDE!

– Desculpe, Thor, mas ela é sua esposa. Eu talvez tenha que passar por isso algum dia, mas com a minha. - Loki disse sendo um tanto sentimental.

– Awn! Que fofo! Mas se fizer isso, te garanto que eu mesma te levo para Niflheim. - Ela disse com a voz mais doce que se pode imaginar, mas ao mesmo tempo, ameaçadora.

– Hehehe! É por isso que eu te amo, Aura.

– Eu sei!

– Convencida!

– Aprendi com você.

– Fazer o quê?!

Sif finalmente parou de atacar Thor. Claro! Depois de destruir toda a mobília! Thor estava exausto de tanto correr.

– Eu vou ser a madrinha e nem vem me questionar! – Sif disse a amiga.

– Háhá! Eu jamais te questionaria! Não nesse seu estado.

– O QUÊ VOCÊ QUER DIZER COM ISSO?!

– Nada não!

Dias depois, o casamento aconteceu e Aura disse as duas palavras mais perigosas já ditas por uma mulher. Ela disse:

– Eu aceito.

Por fim, tinha uma Sif que não conseguiu se conter e começou a gritar de felicidade pela amiga ter encontrado alguém, Frigga orgulhosa, chorando por seu filho ter mudado e escolhido Aurora como esposa, Thor tentando bancar o durão e não chorar, o que não estava funcionando, Fandral cortejando as floristas, Volstagg atacando a mesa de petiscos, Hogun com sua expressão neutra e Odin indiferente, como sempre ficava perto de Loki, ignorando-o.

Acabou o casamento, "finalmente", pensou Loki, por não aguentar mais ficar no meio daquela gente toda. Tiveram uma "lua de mel" inesquecível.

Porém tudo o que é bom, dura pouco. Aura foi falar com Odin, que havia tempos que esperava uma resposta.

Ela entrou na sala do trono e fez uma reverência.

– Pai de Todos.

– Aurora. - Ele a olhava sereno e sério ao mesmo tempo. - Como vai o casamento de você e Loki?

– Muito bem, senhor. Loki é um excelente marido! É doce, compreensivo, quando quer, é óbvio. E...

– Não quero saber disto, Lady Aurora.

– Sim, majestade. - Ela respondeu envergonhada.

– Quero que mantenha Loki fora de confusões, controle-o, faça-o continuar na linha.

Loki estava saindo da biblioteca e ouviu a conversa de Odin e sua esposa. Como sempre, escondeu-se em meio às sombras e aprendeu a passar despercebido pelos poderes de percepção de Aura.

– Desta vez, não posso prometer nada.

– Manipule-o como sempre faz!

Dito isso, Loki sentiu um aperto no coração e um enorme desejo de vingança, o ódio cresceu dentro dele. "Então é assim a desilusão que tanto falava, não é mesmo, querida esposa?! Não guarda rancor?! Acabou de conseguir sua vingança. Agora é minha vez de rebater!". Loki ficou sombrio e se transportou de volta para a casa, onde ficava com Aura, perto do palácio. Infelizmente, ele não havia escutado toda a conversa.

– NÃO!

– Como, senhorita Phoenix?

– Não! Eu não irei ser usada como uma marionete de novo! Eu NUNCA manipulei Loki! Eu o amo e não irei mais acatar ordens desse tipo!

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– Mulher insolente! Como ousa...

– Ouso com muito orgulho! Eu amo Loki e não irei fazer isso com ele! - Disse firmemente.

Frigga, que estava sentada junto ao marido, deu um sorriso para Aura, este foi retribuído.

– Até breve, majestades. – Ela fez uma reverência exagerada “a-lá Katniss” enquanto dizia. – Pai de Todos, obrigada pela audiência. – Frigga prendeu a risada.

Aura voltou para casa, estava um pouco enjoada desde manhã, não sabia o porquê.

Estava tudo escuro.

– Olá, querida! Como foi a conversa com Odin? - A voz fria de Loki pôde ser ouvida.

– Ahm... Tudo bem... E... Por que tudo isso?

– Oh! É mais aconchegante! Não concorda? As sombras são coisas fascinantes.

– Loki, não estou me sentindo muito bem, ando com enjoos e dores de cabeça então, por favor...

Loki a prendeu em uma cadeira.

– CALADA!

– Mas o quê...?

– EU DISSE CALADA! VOCÊ ME DEVE EXPLICAÇÕES E MUITAS!

– Mas do quê está falando?

– NÃO SE FAÇA DE TOLA! EU OUVI TUDO! MANIPULAR-ME?! ENTÃO TUDO FOI UMA MENTIRA?! VOCÊ É IGUAL A ELES, TODOS ELES! ELE TE DEU UMA NOVA ORDEM, "MANIPULE-O COMO SEMPRE FAZ".

– UMA ORDEM QUE EU REJEITEI! DEVERIA TER FICADO E ESCUTADO O RESTO! - Seus olhos estavam marejados.
Ele a olhou bem no fundo dos olhos, buscando alguma mentira. Ela podia enganar a todos, exceto o deus da trapaça. Não encontrou nada, era verdade. - Eu rejeitei a ordem. Sinto-me livre. Eu praticamente o desafiei! Disse que eu te amo, Loki, jamais faria algo para te magoar. - Loki a olhava, ainda com fúria, mas sabia que não era culpa dela.

– Isso... Tem... Que... Acabar! - Dito isso ele abriu a porta. Aura, ainda amarrada à cadeira, perguntou:

– Loki, o quê vai fazer?

– Uma coisa que deveria ter feito há muito tempo!

Dito isso, saiu.

– LOKI!

Logo ela pensou o pior.

Loki sentia um ódio mais profundo ainda. "Isso acaba hoje!", ele pensava.

Invadiu o castelo derrubando todos os guerreiros Einherjar que o barravam.

Invadiu a sala do trono. Frigga não estava mais lá. Odin o encarou.

– O que pensa que está fazendo? - Gritou o rei.

– Como eu já disse. O QUE EU DEVERIA TER FEITO HÁ MUITO TEMPO!

Dito isso, Loki pegou uma lança de um guarda e começou a lutar com Odin. Óbvio que no final, quem ganhou foi o Pai de Todos.

Enquanto isso.

– Só um nozinho. Ah! Pronto! - Aura finalmente conseguiu se soltar da cadeira. - Loki, espero que não tenha cometido nada grave!

Aura chegou ao palácio e entrou na sala do trono, que estava destruída.

– Por Valhalla! O que aconteceu aqui?

– LOKI! ELE ACONTECEU! EU LHE DISSE PARA MANTÊ-LO NA LINHA!

– Onde ele está? - Ela perguntou, ignorando o rei.

– A caminho do exílio na Ilha do Silêncio.

– Não! - Aura sussurrou com os olhos transbordando em lágrimas e correu para Bifrost, onde viu os guerreiros Einherjar escoltando Loki para a ponte.

Heimdall abriu a Bifrost.

– NÃO! LOKI!

Outros guardas a seguraram.

Ela derrubava um a um, mas quando conseguiu se livrar de todos, era tarde demais. Loki havia sido levado para a Ilha do Silêncio, para seu exílio.

– Fechei todos os portais que ligam Asgard ou qualquer outro reino a Ilha. Ele não poderá escapar. - Disse Heimdall, sentindo pena da mulher, mas não demonstrando.

– Ele... Ele... Algum dia... Irá voltar? - Ela disse com a voz embargada.

Heimdall não respondeu. Isso lhe deu certeza de que significava "não".

Tempos depois, Aura nunca superou a "perda" do marido. Chorava todas as noites, rezando para que ele ainda estivesse vivo.

Passados dois meses desde o ocorrido, descobriu estar grávida. Ficou feliz e triste, ao mesmo tempo, triste por seu marido não estar presente. Mais sete meses se passaram e ela teve uma menina, Raven.
Cuidou dela. Cantava para a garotinha, quando tinha medo ou quando ia dormir.

Raven sempre se metia em encrenca, mas sempre voltava para casa inteira.

“Flashback off”

– Ai, mãe! Como conseguiu mudá-lo?! - Raven pensou alto.
A loira de mechas verdes foi tirada de seus devaneios, quando ouviu seu nome ser chamado... E alguns apelidinhos “carinhosos”.

– Raven! - Reconheceu as vozes de Kyra, Roxy, Cindy, Jéssica, Marie, Elizabeth e dos outros Vingadores, exceto Tony.

– Mechas verdes! - Lilith e Luna falavam, dando risinhos pelo apelido.

– Filha do Homem Rena! - Tony tinha que zoar nas piores horas. - Que chatice! Procurar uma garota numa floresta não tava na minha agenda!

– Ah! Stark! Foram ordens do coronel. - Disse Steve.

– Ela não está longe. Na verdade está... - Elizabeth não terminou.

– Aqui! - Raven respondeu saindo detrás das trepadeiras.

– Raven! Não me dá mais um susto desses, criatura! Eu já não te disse?! - Roxy estava preocupada. - Tá tudo bem?

– Tá. - Raven estava com os olhos vermelhos. Ela levantou seu dedo mindinho, mostrando o anel. - Achei o anel.

– Raven, tem certeza que...

– Roxy, não se preocupe! Estou bem! Não tá vendo?!

– Ok... - Ela respondeu, mas sabia que não estava nada bem.

– Raven, precisava danificar todos os computadores e câmeras da montanha?! - Kyra estava bancando a líder e dando o típico sermão.

– Sim... Precisava sim! E, s'il vous plaît, por favor, não dê aqueles sermões do tamanho dos discursos de Greenpeace da Marie!

– Ei! - Marie falou. - Não são grandes!

– Imagina! - Luna falou. - Se quiser, Jéssica gravou no minicomputador dela tooodo o seu discurso!

Marie ficou quieta, vermelha de vergonha.

– Vamos voltar. - Elizabeth falou. – Srta. Lokison, depois quero falar com você, tudo bem?

– Claro. - Ela disse olhando para um canto sem luz da floresta. Lá estava Loki, afastado de todos, que a olhava neutro, como se mantivesse sua opinião a respeito da filha.

Voltaram para a montanha, onde Fury estava esperando furioso e impaciente. Quando viu os Vingadores, Loki, Elizabeth e as PPGS, foi logo falando.

– Por que demoraram? E onde a senhorita se meteu? - Disse com raiva e falando para Raven, que se mostrava indiferente.

– Achar meu anel, senhor.

– Precisava destruir todos os computadores e câmeras?! Olha só essa base! Sem o computador central, isso aqui tá uma bagunça e veja, nem iluminação tem mais!

– Pronto! - Ela disse depois de fazer tudo voltar ao normal, concertado. - Senhor, se esse era o sermão, poderia ter me dito para concertar.

– Ah! Que seja! Tenho mais coisas a fazer do que dar sermões! - Ele disse. “Amém”, todos pensaram. - Venham ver seus níveis e receberão novos distintivos e documentos.

Eles foram para a mesma sala das telas em que observaram as garotas.

– Os níveis são representados por símbolos. - Ele disse e mostrou cada símbolo no computador, recém-restaurado. (θ) (β) (γ) (α) (Ω). - Teta (θ), o nível iniciante; Beta (β), o nível entre mediano e iniciante; Gama (γ), o nível mediano; Alfa (α), o nível entre mediano e avançado; e por fim, Ômega (Ω), o nível mais raro de se encontrar e mais avançado.

Ele olhou para todos, que prestavam atenção, sem piadas, risadas ou coisas do tipo. “Milagre!”, pensou o diretor, que chamou as garotas, para entregarem seus distintivos e documentos.

Jéssica Potts Stark, nível Gama. - Jéssica pegou seu documento e voltou para a formação.

Marie Luize Banner, nível Gama. - Ela fez o mesmo de Jéssica.

– Que novidade! - Lilith e Luna disseram, rindo baixo, mas voltando a ficar sérias quando recebem um olhar reprovador do diretor, que continua.

Lilith Rogers, nível Alfa.

– Isso! Superem-me! - Lilith disse, corando logo em seguida.

Luna Campbell Barton, nível Alfa. - Dito isso, Luna deu um high-five com Lilith.

Roxane Romanoff Stark, nível Alfa. - Roxy permaneceu neutra ao pegar seus documentos e voltar para a formação.

Kyra Sif Thorson, nível Ômega. - Thor sorriu para a filha, que sorriu e corou.

– O quê?! - Luna e Lilith fizeram bico, as outras riram.

Raven Phoenix Lokison, nível Ômega. - Raven fez o mesmo de Roxy.

– Ah! Eu vou pedir para reavaliarem isso! - Lilith disse, Kyra e Raven pareceram não e importar muito com o nível. - Hum! Asgardianos... Quem entende?!

– Mortais... Quem entende?! - Rebateu Raven, com um sorriso de lado.

Fury, querendo acabar logo com isso, fala a última.

Cindy Collins, nível Ômega. - Ele disse e todas ficaram surpresas.

– Legal! - Cindy disse feliz.

– Eu, com certeza, vou pedir para fazerem uma reavaliação! Perder para duas asgardianas, aí tudo bem, mas para uma garotinha de seis anos, aí é demais! - Luna disse, indignada, mas fazendo graça.

– Vou falar com os diretores sobre as... PPGS e vocês - Fury se referiu a todos na sala. - não arranjem confusão. - Dito isso, ele saiu.

– Como se só o que fazemos fosse isso. - Fala Roxy revirando os olhos.

– E o que mais fazemos? -Pergunta Raven com um ar inocente.

– Destruímos coisas e ainda essa base tá inteira. - Fala Roxy olhando as paredes como se as imaginasse caindo.

– Por enquanto. - Fala a amiga loira, rindo com a ruiva, como se tivessem um plano em mente, as outras dão um passo para trás, com medo daquilo.

– Estou orgulhoso, Kyra! - Thor fala para a filha, que cora mais ainda.

– Obrigada. - Ela disse.

Raven suspirou, queria continuar sozinha com seus devaneios. Estava saindo da sala quando Elizabeth lhe chamou a atenção.

– Srta. Lokison, nossa conversa?! - Ela indagou.

– Claro. E... Por favor, me chame só de Raven. - Ela disse, ainda muito decepcionada e com um olhar vazio.

– Vamos para minha sala. Conversaremos melhor lá. - A Swan disse e ela e Raven saíram da sala. - Fiquem um tempo juntos, e eu saberei se não cumprirem. – Elizabeth fala alto.

– Ah! Que ótimo! Passar um tempo com... Ele! - Luna disse olhando para o pai, que revirou os olhos.

– Por que nos odeiam tanto? - Steve perguntou indignado.

– Temos nossos motivos. - Lilith responde ficando frente a frente com o pai.

– O que fizemos? - Clint entra na conversa.

– Não o que fizeram, mas sim o que vão fazer. - Roxy fala. Todos a olharam. - Melhor eu não falar nada ainda.

– Ok.

Passaram-se alguns minutos em silêncio até Tony começar outro assunto.

– Hey! - Chamou a atenção de todos. - O que será que a doutora e a filhinha do Homem Rena estão falando?

– Esse apelido já cansou, não tem um melhor não?! - Luna falou.

– Posso pensar em alguma coisa melhor. - Ele falou rindo. - Mas... Agora é sério. O que elas estão falando?

– Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. - Roxy falou. - Acha que eu fico o tempo todo vendo o que os outras fazem?!

– Ok, né?! - Ele falou, levantando as mãos em sinal de rendição. Virou-se e viu Loki num canto da parede. - E aí, Homem Rena! Extrapolou com a sua filha! Não sei como ela conseguiu não chorar nem nada assim.

– Raven não é do tipo de pessoa que gosta de se expressar. - Roxy disse séria, todavia estava triste pela amiga. - É melhor não tocarmos nesse assunto, sim?!

Tony deu de ombros.

– Então... - Steve começou. - Vocês já salvaram o mundo em missões?

– Nossa! Nem me fale! Já perdi a conta! - Marie disse. - E nem somos pagas. - Todos riram, exceto Loki, que estava com aquela cara desgostosa.

– Nos falem uma aventura, missão, como preferem chamar! - Bruce disse, finalmente se manifestando.

– Tudo bem... Hum... Vejamos... Aventura... - Kyra pensava em uma missão. - Roxy, qual sugere?

– Há! Nossa viagem pro Havaí! - Ela disse rindo.

– Nossa! Nem me fale! - Kyra gargalhava. - Um vulcão entrando em erupção, milhares de pessoas correndo e gritando e só nós para “combatermos” aquela coisa. - Todos olhavam para Kyra, como crianças ao ouvirem uma história da “titia” da escola. - Lilith e Raven controlando a lava, para que não atingisse os vilarejos, Luna dando uma de Poseidon e controlando a água do mar para tentar apagar toda a lava... Óbvio que não tava dando certo, mas ela teimava em jogar mais água.

– Ei! Poupei um pouco dos esforços da Raven e da Lilith! - Luna fala indignada.

– Você deixou as duas ensopadas! - Kyra disse e os Vingadores já caiam na gargalhada.

– Demorou um dia inteiro pra tirar todo o sal do meu cabelo! - Lilith disse fuzilando Luna com os olhos.

– Tudo bem! Continuando! - Kyra acaba com a discussão. - Eu e Roxy tirávamos as pessoas próximas e as colocávamos nos barcos de resgate. Cindy e Marie criavam uma fenda grande no chão para barrar a lava e Jéssica as ajudava dissolvendo as pedras. O vulcão parou e todas nós estávamos exaustas. Háhá! Lilith, seu cabelo, além de ficar cheio de sal, queimou um pouquinho, né?! - Ela disse, todos riam e Lilith fez uma careta. – Mas claro que não foi O estrago no cabelo, já que você pega fogo, mas estava fraca e muito desatenta!... É... Bons tempos, futuros tempos. Acho que Raven dormiu por uns dois dias.

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– Nem me fale! Eu e Luna tentamos fazer um bigode nela, mas tinha que ter conjurado um campo de força! - Lilith falou.

– Descobrimos isso do pior jeito... Nós chegamos perto dela e aí batemos no campo de força, mas isso não foi o pior, háhá, não senhor! O pior é que aquele campo de força fez na gente o que queríamos fazer na Raven! - Luna continuou e todos riam. Loki ria, mas discreto.

– Tivemos que esperar os dois dias até que ela acordasse! E quando acordou ficou zoando com as nossas caras! Até que finalmente a convencemos de desfazer o feitiço. E não, não bastava só lavar o rosto e saía o bigode.

– Peraí! Como conseguiram convencê-la? Ela gosta de ver as pessoas se humilharem e depois desfazer tudo! - Marie falou.

– Ah! Tivemos que dormir por três dias em no hangar de decolagem dos jatos! - Lilith respondeu.

– Há! Isso foi pra vocês aprenderem! - Jéssica falou junto com Cindy. Todos as olharam e Jéssica continuou. - Mamãe diz que pegadinha é coisa feia.

– E foi isso nossa viagem pro Havaí. - Concluiu Kyra.

– Foi engraçado. Tô imaginando vocês de bigode! Háhá! - Tony ainda gargalhava.

Na sala da Dra. Swan.

– Raven, quero conversar com você como uma amiga e conselheira. – Elizabeth começou.

– Claro, Srta. Swan... E... Do que se trata? – Raven falou neutra.

– Bom... Quero que fale ou mostre tudo o que está sentindo. Por favor, seja cem por cento sincera.

Raven suspirou e a olhou.

– Estou... Triste e desapontada. Já deve saber o motivo.

– Sim, mas continue.

– Sei que meu... pai não é a melhor pessoa do mundo, muito pelo contrário. Eu sabia que quando o encontraria ele não seria nada gentil ou coisa do tipo, mas... mesmo assim dói ouvir dele que sou uma decepção. Prometi para mim mesma que o levaria de volta para casa e que nunca mais veria minha mãe chorar por esse motivo.

– Entendo. Eu mesma não sei quem é meu pai. Entrei para a S.H.I.E.L.D. só para descobrir isso, mas até agora, Fury não me disse nada. Ma-mas isso não vem ao caso agora. Estamos falando de você. Então... Sua mãe, ela parece uma mulher bondosa e amável, como conseguiu mudar Loki?

– Ela simplesmente foi sincera e... foi ela mesma. Era considerada a mulher mais bondosa de Asgard, depois de Frigga.

– Entendi... Você sempre quis ter uma família unida, não é mesmo?!

– Sempre... Eu... Sempre quis usar as palavras “pai” e “família unida”, mas nunca tive a chance. E... depois de escutar aquilo, nem sei o que fazer. – Raven chorava, pela primeira vez, na frente de alguém sem ser Roxy.

Elizabeth segurou sua mão.

– Raven, você conseguirá com o tempo. Não tenho uma resposta concreta, nem o melhor conselho do mundo, mas... sei que terá sua família unida. – A Swan sorriu e Raven retribuiu o sorriso.

– Obrigada. – Ela disse.

As garotas foram para um quarto especial quando Raven voltou parecendo mais relaxada e calma.

– De novo? - Perguntou a loira de mechas verdes quando acordou e ouviu um barulho no banheiro, vendo a amiga ruiva vomitar compulsivamente. - Vou chamar o Dr. Banner.

– Não! - Exclama Roxy, nervosa com a possibilidade de parecer fraca. - Eu estou melhor, só é esse tempo, eu não deveria estar aqui, Raven.

– Assim como todas nós, mas seu poder se baseia no tempo e seu corpo não parece estar se acostumando com ele. - Fala Raven brava e preocupada com a amiga, que era mais teimosa do que ela, quando queria. - Vem vamos tomar um ar.

– Tudo bem. - Fala Roxy terminando de escovar os dentes e elas saem de fininho da base, onde era para ser, tecnicamente, “impenetrável”. - Viu já estou melhor. - Aponta Roxy para si mesma, voando por entre as nuvens e realmente ela parecia melhor. Raven revira os olhos feliz com aquilo, elas vestiam conjuntos de moletom da S.H.I.E.L.D. cinzas. - Adoraria voltar logo para nosso tempo, queria comprar meu carro logo e talvez pudéssemos tirar umas férias e viajar pelo mundo... Você podia levar sua moto, sabe?! Aquela a-lá estilo Tron - O Legado! – Roxy ria.

– Hey! É uma Moto de Luz original, tá?! E... Você quer dizer viajar pela Terra. - Corrige a loira, se deitando no ar. - E não seria “tirar”, seria “fugir”. Sabe que nunca seremos realmente livres para fazer o que queremos. Antes de cairmos nesse tempo já ficamos a par disso. - Elas se olham lembrando-se de dias antes das garotas serem teletransportadas. Elas descobriram algo que preferiam deixar para ser resolvido quando voltassem.

– Então a gente destrói a S.H.I.E.L.D. e pronto. - Fala a ruiva, fazendo um gesto com a mão, como se tirasse algum bicho de perto dela, ou seja, a S.H.I.E.L.D. – Mas, pensando bem, quem cuidaria da segurança do planeta?

– Você tem cada ideia às vezes. - Diz a loira de mechas verdes rindo da amiga séria, e ela sabia por quê. Para Roxane Romanoff Stark, suas ideias sempre davam certo. - Parece que você está com sono.

– Não estou não. - Fala Roxy revirando os olhos. - Se quer ficar sozinha, fale logo!

– Não é isso, só seria bom se você descansasse. - Raven não olha a amiga nos olhos, pois estava com vergonha de admitir que estava preocupada com sua saúde. - Quando foi a última vez que passou mal?

– Não passei mal e não exagere! - Exclama Roxy com raiva de si mesma por parecer fraca. – Anda, Raven, para com isso! Eu estou bem. Agora me fale de você.

– Não cem por cento, mas estou melhor. - Fala a loira segura de si. - Queria poder arranjar um jeito de irmos embora.

– Eu também.

– Sinto falta de tudo lá. - Continua Raven, vendo a lua minguante e as estrelas, que pareciam tão perto delas, o dia estava quase amanhecendo, criando aquele tom alaranjado. - Mas vamos conseguir vencer mais essa, já passamos por coisas piores e sempre escapulimos.

Roxy sabia que era verdade e ficou feliz pela amiga estar ao seu lado naquele momento, como sempre estava. A ruiva fechou os olhos por um segundo e viu um assalto, parecia algo tão simples para ela ver, mas ao abrir os olhos tentou deixar aquela visão de lado. “Nesse tempo tem polícia, né?!”, pensou a ruiva, mas aquele incômodo que ela sentia quando era uma visão importante não a deixava.

– Raven, acho que temos que ir para a Veneza. - Fala Roxy olhando as unhas, como se dissesse, “Temos que ir almoçar”.

– Você acha ou tem certeza? - Pergunta a filha de Loki, achando que a amiga estava com a síndrome de Stark, ou seja, fazer piadas sem noção nenhuma.

– Acho que tenho certeza. - Fala a ruiva séria, esperando Raven a olhar, o que ela faz e lhe mostra sua visão.

– É só um roubo, deixa a polícia cuidar disso. - Raven revira os olhos, sem se conter, mas ao perceber que a ruiva estava com as pontas dos dedos na testa, acrescenta. - Temos mesmo que ir, né?

– Sim. O problema?

– É que eu não posso nos teletransportar para tão longe. - Responde Raven. – Mas... Posso abrir um portal. Temos quanto tempo?

– Quinze minutos. - Fala Roxy, já mergulhando rápido de volta para a base secreta. Logo Raven segura a mão da amiga para se transportarem e em segundos elas estão de volta no quarto, vendo as garotas dormirem.

– Pegue o necessário e me encontre em cima do último nível... Deixa um recado também, sei lá! – Raven manda séria, pegando só seu relógio e sumindo depois.

Roxy pegou as bolsas com as armas das duas e deixou um “bilhete” para as amigas. Vestindo seu uniforme preto, antes de sair, ela sente uma mão na sua e segura um suspiro de “ninguém merece”, não acreditando naquilo.

Enquanto isso, Raven olhava para baixo, 16 metros, para ser preciso. Subindo no ferro e se equilibrando perfeitamente, a filha de Loki começa a falar as palavras mágicas, algo que ela mesma inventou. Era assim para a garota, ela não gostava de só ler e praticar feitiços, ela os inventava.

– O que está fazendo? – Alguém fala. A loira de mechas verdes ergue um dedo pedindo silêncio, continuando a fazer o feitiço e antes mesmo de seu pai se revelar ela já o sentia. Loki não era de dormir tanto quanto o irmão e, em seu íntimo, não gostava de dormir na “toca do inimigo”. Quando viu a filha e sua amiga voando do lado de fora, logo tratou de achar um jeito de sair. Ele observava a garota fazer um feitiço que ele nunca havia visto ou sentindo. Loki podia ver o poder rondar a garota, como uma segunda pele, mas não só poder. Era um controle perfeito. Ele viu uma sombra lá embaixo se abrir devagar.

– Sr. Loki. – Roxy o cumprimentou, correndo até a loira de mechas verdes. Raven dá uma olhada feia para ela. - Nem vem! Ela acordou e já disse que não ia deixar a gente ir sozinha.

– E não vou mesmo! Se acontecer algo com vocês a responsabilidade vai ser minha! - Fala Kyra amarrando os cabelos assim como a ruiva. Raven bate na testa como se dissesse “Eu mereço!” e, sem as olhar de novo, amarra seus cabelos. Logo as garotas estão com capuzes cobrindo quase todo o rosto.

– Vão me dizer o que está acontecendo? – Loki pergunta com autoridade e esperando uma resposta.

– Precisamos sair... E... Bom. Basicamente não era pra ninguém saber. – Fala Roxy dando de ombros, vendo se as suas luvas estavam bem presas. - A não serem as outras. Então... Até logo! - Exclama Roxy subindo no ferro e Kyra faz o mesmo. Raven estava no meio delas e olhou para trás dando um sorriso de lado para o pai.

– Às vezes, uma queda tem seu lado bom. - Fala Raven pulando, assim como as amigas, em uma velocidade incrível. Loki se sentiu receoso e preocupado pela filha, não que ele fosse admitir, tanto para ele como qualquer um. As garotas pareciam que estavam com total controle do medo de se estatelar no chão, mas é claro que aquilo não acontece, a sombra as engole, criando um clarão de um segundo e depois ele não pôde ver mais nada. Loki dá de novo aquele sorriso orgulhoso, que ele não admitia que fosse para a filha. Sangue do sangue. Ele volta na frase que Raven falou, “Às vezes, uma queda tem seu lado bom”, e sente que aquilo tinha a ver com sua derrota.

Bruce acordou cedo, ansioso para ver sua filha de novo, assim como todos os pais. Estava sendo uma experiência incrível, que às vezes assustava, mas, na maioria das vezes, os orgulhava.

Amanheceu na base secreta a rotina começou.

– Essas comidas humanas são tão fraquinhas. - Fala Thor, comendo o café da manhã, sentado ao lado dos amigos, que queriam ir embora daquela ilha o mais rápido possível.

Natasha olhava para a porta de entrada, esperando alguém entrar no refeitório, assim como a maioria dos pais, os quais não comiam nem metade da comida do lugar. Loki tinha sumido, não exatamente, ele estava “quase” todo o tempo sendo vigiado pelas câmeras da S.H.I.E.L.D. em um quarto, onde lia.

– Não vejo a hora de irmos embora dessa ilha! - Exclama Tony bravo. - Tenho coisas a fazer.

– Tipo gastar dinheiro e fazer piadas? - Pergunta Clint sarcástico, fazendo o bilionário o olhar feio. - Qual é! Stark, você é um gênio! Relaxa!

– Sim, Tony, fica calmo. Logo iremos embora. - Diz Bruce acalmando o amigo.

– Só eu acho que as filhas de todos estão demorando muito? - Pergunta Steve chamando atenção de todos. - Apesar de não ouvir nenhuma explosão, mas vocês viram do que elas são capazes.

– Cinco minutos sozinhas e elas acabam com essa ilha. - Brinca Tony rindo e logo parando ao ver que era o único.

– Kyra é muito responsável. Pode deixar. Ela cuida das demais. - Fala Thor orgulhoso, como sempre, ao falar da filha. Os outros só reviram os olhos, até mesmo Steve estava pegando aquela mania.

Depois de mais alguns minutos, os Vingadores se olham e Natasha se comunica com a base perguntando sobre as garotas. Avisaram que algumas foram vistas saindo da base para a floresta. Os vingadores se prontificam a ir ver o que estava acontecendo. Logo Lilith, Luna, Marie, Cindy e Jéssica podem ser vistas. As mais velhas conversando sem sorrir e as menores só observam sentadas, mas o ar entre elas era só um, preocupação.

– Fugindo do Fury logo cedo, agentes? - Pergunta Stark fazendo graça, as mais velhas se entreolham sem sorrir.

– Onde está minha filha? - Pergunta Thor olhando para cima, para ver se Kyra estava voando.

–Não sabemos. - Fala Marie sem pensar.

– MARIE! - Exclamam Lilith e Luna abismada. - Se não sabe mentir, fique quieta. - Fala Luna baixo brava.

– O que está acontecendo? - Pergunta Natasha na frente dos demais, não vendo Roxy também.

– Olhe, não é por nada não. Não é como se não gostássemos de vocês, porém... - Tenta falar Lilith séria escolhendo as palavras.

– O que está acontecendo? As outras fugiram foi isso? - Pergunta Bruce interrompendo e olhando diretamente para a filha, que parecia ser o elo mais fraco, já que até as pequenas desviavam o olhar dos mais velhos. Jéssica chupava o dedo para não contar para o pai o que sabia e Cindy tapava os ouvidos.

– Não sabemos. - Fala Marie como se doesse dizer aquilo, o que doía, pois estava achando que “traia” as demais.

– MARIE! - Exclama Luna e Lilith dá um tapa na testa, sabendo agora o porquê de Kyra e ela se darem tão bem. Elas não sabiam mentir.

– Meu Deus! Consegue fazer um discurso de Greenpeace que faria os protestantes desistirem da causa, mas não sabe guardar um segredinho de nada! – Lilith estava indignada.

– Então elas fugiram. Vou comunicar o diretor. - Ameaça Steve sério olhando a filha, que lhe olha mais sério ainda.

– Tem ideia de pra onde elas foram? - Pergunta Clint para Luna, que cruza os braços e fica séria também. – Ah! Saquei. Primeiro as parceiras depois os pais.

– Não é isso... - Tenta falar Marie, pensando que seu pai levaria a sério aquilo, mas Luna tampa sua boca.

– É isso mesmo. - Fala Lilith olhando as pequenas, que não ousavam erguer as cabeças. - Primeiro nossa equipe e bem depois vêm vocês.

– ECA! MARIE! QUE NOJO! – Luna disse limpando a mão na camiseta.

– Você me obrigou. – Marie respondeu. Ela havia lambido a mão da amiga.

– E se por um acaso elas estiverem em perigo? - Pergunta Steve não gostando daquilo. - Vocês podem ajudar nos dizendo o que sabem. Somos os adultos aqui e vocês são só criança.

– Steve! - Exclama Natasha, vendo as garotas com raiva daquela frase.

– Cara, se não vai ajudar, fique quieto. - Pede Tony, pensando que até ele, que não sabia lidar com “adolescentes”, sabia que ele não estava ajudando nada. O bilionário se ajoelha ficando na frente da filha menor, olhando-a. – Jéssica, vai me contar o que ouve, não vai? - Pergunta Tony com uma voz doce.

– AH... - A loirinha não sabia o que falar ou pensar.

– Stark! Qual é o seu problema?! Não se pode mexer na mente de uma criança assim! - Fala Luna puxando Jéssica para longe, ao ver os olhos dela lacrimejarem. – Credo! Eu pareci a Roxy falando! - Fala a filha de Clint, fazendo careta depois.

– E você, Cindy, não é?! – Tony pergunta e ela o olha tirando as mãozinhas das orelhas. – Contaria pro tio Tony onde está sua amiga que canta pra você, não é?! Faria por uma bala? – Tony mostrava a bala pra ela, que tentava resistir. Luna pegou a garotinha no colo, tirando-a de perto do bilionário.

– Isso foi muito baixo! – Clint falou.

Jéssica e Cindy ainda estavam em conflito interno e Marie tentou acalmá-las.

– Hey! Acalmem-se! Depois vamos assistir Os Pequenos Espiões comendo pipoca e balas, que tal? – Ela falou e as garotinhas logo abriram um sorriso e Cindy se virou para o Stark e decidida disse:

– Nada feito, tio Tony! – Lilith, Luna, Jéssica, Marie e os Vingadores riam.

Os pais, vendo que não tinham sucesso com as garotas, vão falar com o diretor, que começa uma busca pelas garotas.

– E a doutora Swan não pode ajudar? - Pergunta Steve.

– Gamou foi?! - Diz Stark rindo da cara envergonhada do pobre soldado. – Mas, é sério, ela pode ajudar.

– A doutora Swan teve que ir embora ontem. - Fala Fury, vendo os agentes procurar por satélite as garotas.

– Já estou aqui, pode me soltar. - Fala Loki rangendo os dentes ao ver o irmão o segurar pelo braço. O loiro logo o solta.

– Não está nem um pouco preocupado com sua filha não é mesmo?! - Diz Thor bravo.

– Não. - Diz Loki adorando ver o irmão parecer que ia explodir a qualquer momento.

– Você sabe que está aqui para ajudar. Então, se não quiser ser mandado para a prisão do seu mundo, ajude! - Exclama Fury, fazendo o moreno achar graça de uma ameaça como aquela, por fora, é claro. Até Loki tinha receio de pensar nas prisões de Asgard, pois havia rumores de que não era para mentes fracas.

– Tudo bem. - Fala Loki cedendo, mas com seu orgulho intacto. - Eu as vi hoje de manhã, pela madrugada.

– Onde? - Pergunta a maioria.

– Venham comigo. - Fala Loki caminhando na frente, como um líder.
As garotas, percebendo a movimentação, vão atrás, esperando logo que suas “irmãs” fossem achadas.

– Elas caíram. – Loki aponta para baixo quando chegaram no mesmo nível que estava as garotas a algumas horas atrás. Os pais, como se fossem um só, correm para a beirada, não vendo nenhuma garota ferida, como eles temiam.

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– Que alívio. - Fala Marie feliz.

– Alivio? - Pergunta Bruce para a filha.

– Sim. Se elas caíram, logo elas vão cair de novo, mas por cima. - Fala Marie apontando para cima, onde não havia nada a não ser um teto de metal.

– É um feitiço que Raven inventou... Sei lá o nome... Uma língua élfica ou algo assim! - Fala Luna também aliviada. - Faz viagens para outros países como um buraco negro. Só o usamos uma vez, quando tivemos que salvar o presidente da Argentina. Dá um nó no corpo todo, isso é horrível.

– Então elas estão em uma missão? - Pergunta Clint e as garotas confirmam com a cabeça. Os pais, menos Loki, que só olhava para cima, tentando entender o tal feitiço da filha, entram em uma discussão calorosa sobre o que era a tal missão, sobre perigos, diversão, e alguns, Tony, sobre a quantia que precisava pagar para não prenderam a filha, caso ela houvesse destruído um país.

– Então... Porque elas não deixaram um bilhete mais explicado? – Jéssica pergunta baixinho para as outras.

– “Saímos. Distraiam e nos esperem”. – Lilith lê de novo o papel com a letra de Roxy. – Meu, assim que a ruiva voltar, eu vou zoar pra caramba com a cara dela. Para quem vê o futuro e não vê que íamos nos preocupar é piada!

– Elas estão voltando! - Exclama Cindy, vendo um buraco se abrir aos poucos no teto. As garoas começam a correr para o primeiro andar, os Vingadores as seguem e Loki, assim como Thor, pulam. O moreno sentiu uma pequena dor no tornozelo, mas nada que o machucasse seriamente.

Vultos em velocidade impressionante começam a sair do buraco, um, dois, três, quatro, cinco, seis.

Tony vê primeiro a ruiva caindo, mas parando a centímetros do chão, assim como Raven e Kyra, mas os outros vultos caíram com um baque forte no chão.

– Você está bem? - Pergunta Thor correndo para a filha, que corre em sua direção. O loiro pensa que receberia um abraço, mas Kyra passa reto por ele, indo ficar em frente o que parecia um homem, um dos vultos que caiu também, que estava se levantando. A loira coloca seu pé no pescoço dele e fala:

– Nem pense nisso! - Kyra parecia com raiva.

– Ei, babaca! - Chama Raven vendo outro homem se levantar e ela lança duas adagas nele, prendendo sua roupa na parede.

– Você está sangrando! - Exclama Natasha ao ver a filha colocar um dedo no lábio inferior e ver sangue sair dela.

– Droga! - Fala Kyra, fazendo força com o pé ao ver o homem desnorteado querer se levantar.

– Isso vai ser ótimo! - Fala Raven rindo, como se esperasse algo muito bom. As garotas se olham e dão um passo para trás, Cindy tampa os olhos, fazendo pequenas brechinhas com os dedos. Roxy parecia em estado de transe, olhando aquele sangue em seu polegar e se levanta em um segundo. O último vulto não estava de capuz, mostrando um cabelo loiro, com óculos pretos, ele começou a andar ziguezagueando como se a qualquer momento fosse cair. - E vai ser em três... Dois...

Roxy, como se esperasse por aquele sinal, dá uma curta corrida, aparece em segundos na frente do homem loiro de aparência jovem e lhe dá um soco que lhe faz voar para longe.

– Adoro ver ela assim. - Fala Luna rindo com Lilith. Roxy parecia fora de si, batendo no loiro como se ele fosse de pedra, pois ele não se machucava, só parecia atordoado.

– É isso aí! Ninguém bate na minha mana! - Fala Jéssica brava. Raven já gargalhava, mas aparece na frente do garoto que tentava se soltar e ergue um dedo falando:

– Não mesmo. - Fala a loira de mechas verdes dando um soco nele, que o fez ficar desnorteado.

Os Vingadores só olhavam a cena, sem saber o que fazer.

– Como sabe que ele bateu nela? - Pergunta Tony para Jéssica, vendo a outra filha levantar o garoto loiro, e o chutar diversas vezes o fazendo cair de joelhos.

– Porque ela só fica assim quando apanha em uma luta. - Fala Jéssica.

– Ou quando quebram, os sais dela. – Raven completa e Tony lhe olha estranho, perguntando o que era sai. – Sai é uma arma típica do leste da China, utilizada nas artes marciais. Roxy treinou e muito essa técnica.

– Tecnicamente, ele não bateu nela. Ele só fez ela se machucar. - Fala Kyra, levanto pelo colarinho, um garoto com cabelos pretos, que parecia verde, a um estado fora do comum.

– Droga! Parece que eu andei em uma montanha russa! - Fala ele, tentando se soltar da garota. – Thor, o segure. Vou tentar parar a Roxy antes de ela o ferir de verdade.

– De verdade? - Pergunta Steve vendo a ruiva voar com o loiro e o deixar cair de novo.

– Nossa! Deve ter doido! - Fala Clint, mas o garoto não parecia machucado nem nada.

– Fica fora disso, Kyra! Para de ser tão certinha! - Manda Raven de saco cheio da prima sempre falar o que fazer. Loki aprovou o comportamento da filha naquela hora. – Deixa ela extrapolar um pouco!

– Isso mesmo! - Fala Roxy, levantando pelo pescoço o garoto, que não sufocava, ela tira seus óculos, vendo os olhos azuis a olhando sério. - Eles são ladrões, caso você não tenha percebido.

– Não sou ladrão! - Fala o loiro.

– Nossa! Ele fala! - Exclama Roxy ainda zangada, apertando mais as mãos em torno da garganta do garoto, que não parecia incomodado nem nada. - Um mutante! Sabia!

– Roxy, solte ele. Independente dele ser ou não humano, há leis. - Fala Kyra do lado da amiga, que solta o loiro, o empurrando praticamente.

– Nossa! Depois desse show, dá para saber o que aconteceu? - Pergunta Tony adorando aquilo, como a maioria das garotas.

– Stark, quantos anos você tem? - Pergunta Steve sério.

– Quer mesmo falar de idade?! - Diz Tony sarcástico e eles entram em um bate boca sem igual, onde até Jéssica não conseguiu parar de rir quando o pai chamou o soldado de “Homem das cavernas”.