Jogos Do Amor
Aquele com o presente
Eu estava paranóica. Em todo lugar que eu ia eu achava que alguém me seguia. Não conseguia ficar mais sozinha e não saia de casa para nada. Não consegui ir à festa que as meninas tinham me chamado e então ficamos em casa tomando sorvete e assistindo alguns filmes. Não conseguia mais me divertir. Ele tinha conseguido transformar minha vida em um inferno, mais uma vez.
Uma semana passou e eu continuava com medo. Mais um sábado que eu tinha decidido ficar em casa, e era o sábado do meu aniversario. Coloquei um pijama de calça e camisa rosa, fiz um chá e me sentei no sofá para ler Jogos Vorazes. Estava uma tarde calma, quase terminei o livro, mas acabei sendo interrompida pela campainha. Clara gritou e pediu para que eu atendesse. Ao abrir a porta levei um susto. Todos os meus amigos estavam na porta com um bolo e uma caixa com algumas garrafas de vodca.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– A festa da semana passada era seu aniversario – disse Clara.
– Mas quando você não quis ir nós nos lembramos do que você disse – disse Elena.
– Um simples jantar com meus amigos – disse eu rindo – obrigada gente.
– Gui e Victor estão vindos de um restaurante japonês de um parente meu. Eles vão trazer de tudo – disse Bruno – parabéns Cat!
A comida estava deliciosa e eu consegui me divertir. Eu não conseguia imaginar como aquilo podia melhorar, mas acabei me surpreendendo. Gui e Victor foram embora cedo, eles iriam a um templo budista na manha seguinte. Depois foi a vez de Elena ir para o quarto, ela estava com sono e Rafa dormiu com ela. Carlos acabou bebendo muito e então acabou ficando também, ele e Clara foram para o quarto um pouco depois da meia noite, me deixando sozinha com Bruno. Conversamos mais um pouco e depois ele me ajudou a tirar a mesa e guardar as coisas para devolver para o restaurante.
– Eu tenho uma coisa para você – disse Bruno – mas eu queria te dar quando estivéssemos sozinhos.
Bruno tirou de uma das bolsas uma caixa preta. E então eu vi um colar feito de ouro branco com um pingente em formato de um coração. Era discreto, mas era perfeito.
– Quando você estiver com medo vai saber que eu sempre vou estar com você, te protegendo – ele pegou o colar e foi atrás de mim para colocá-lo – eu sempre vou estar aqui – ele me virou e suspirou – eu tenho que te pedir desculpas, confesso que eu só fiquei com aquelas mulheres para tentar causar ciúmes em você.
– Também tenho que pedir desculpas, eu não posso dizer o que você quer ouvir. Tenho medo por causa do Davi, ele me ameaçou e junto ameaçou meus amigos.
– Cat, eu não tenho medo dele. O único meio que ele tinha para me machucar ele já usou. Você.
– Bruno, eu...
– Ei, não estou te pressionado. Só estou dizendo que...
Não sei exatamente o que deu em mim, mas quando fui ver já estava envolvida pelos braços de Bruno e no meio de um beijo apaixonado. Me afastei tentando entender o que aconteceu e quando levantei a cabeça e meus olhos encontraram o azul profundo dos olhos de Bruno eu descobri o que tinha acontecido.
– Eu te amo!
Bruno abriu um sorriso e pude ver que seus olhos brilhavam.
– Não sei porque demorei tanto para dizer isso, mas é verdade, eu te amo – disse sem parar para respirar.
– Eu também te amo – disse ele no meio de uma risada boba.
Ele me puxou para mais um beijo. Pude sentir cada parte do meu corpo envolvido nesse beijo. A mão deslizava em minhas costas enquanto minha mão se envolvia nos fios de cabelos negros. Bruno foi me empurrando até me encostar na parede, então senti a pele dele passar por debaixo da minha blusa e depois tira-la. Cruzei minhas pernas em volta da cintura dele e ele me levou até o quarto.
– Você é maravilhosa – disse ele parando em cima de mim e colocando uma mexa atrás da minha orelha e beijou meu pescoço.
E então eu tive a minha melhor noite com o Bruno. Não se tratava apenas de sexo e prazer, dessa vez nós sabíamos que as coisas tinham mudado e que agora nós tínhamos certeza do que sentíamos um pelo outro.
Acordo na manha seguinte e sinto o corpo de Bruno atrás do meu, seu braço me abraçava e eu podia sentir o perfume dele. Fechei os olhos e cheguei mais perto dele e fiquei ali por um tempo até cair de novo no sono. Acordei de novo, mas dessa vez foi com o Bruno, apenas de calça jeans, segurando duas xícaras de café. Peguei uma e depois recebi um rápido beijo de Bruno.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Alguém te viu aqui? – perguntei.
– E tem algum problema se alguém me ver? – ele ficou meio sério.
– Sei lá, não sei o que você exatamente ta pensando que somos, afinal, sempre te via com algum diferente – disse com medo de que surgisse uma briga, mas ele riu.
– Já que você tocou nesse assunto, eu quero namorar com você Cat – disse ele colocando uma das mãos em cima da minha.
Abri um sorriso bobo e vi ele fazendo o mesmo.
– Talvez eu também queira namorar você – disse deboxando e fazendo uma cara pensativa.
– Talvez?
– Sim, preciso pensar um pouco – disse dando de ombros e então coloquei minha xícara quase vazia de lado – vamos ver se vale a pena – cheguei perto dele e o beijei.
O gosto de café só deixou aquele beijo ainda melhor. Bruno colocou sua xícara de lado e deitou em cima de mim, então ele se afastou e eu fiz uma cara pensativa de novo.
– É, eu quero namorar você – disse rindo.
– Ainda bem, porque você não ia sair desse quarto até aceitar.
– Quem disse que eu quero sair daqui?
Como se ela tivesse esperado a hora perfeita, Clara bateu na porta. Coloquei um shorts, uma regata branca e o all star preto e sai do quarto. Ela já estava pronta para ir para a faculdade e eu sabia que ela estava prestes a gritar comigo.
– Você por acaso lembra que horas começa a aula, ta quase atrasada.
– É nós sabemos sim – disse pegando uma maça e me sentei ao entre Rafael e Carlos – nós vamos chegar a tempo.
– Nós sabemos quem?
Não respondi, Bruno estava se arrumando no quarto e logo apareceria. Isso já era alto-explicativo o bastante. Mas não sabia que eles iam ficar com cara de bobos.
– A ta que vocês não sabiam que ele estava aqui.
– Não, ninguém sabia – disse Clara com cara de boba – vocês estão...
– Namorando? – disse Bruno colocando o braço em volta da minha cintura – sim estamos.
– Ta, mas agora temos que ir – disse Elena seca.
Ela disse que tudo bem se eu ficasse com ele, mas pelo visto ela não estava tão feliz com isso.
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