O pequeno Ted estava confuso. Sentado a um canto da sala da Toca, observava os adultos conversando entre si com ansiedade, sem entender o que acontecia. Distraído, passava os carrinhos que o padrinho lhe dera de presente de aniversário no chão.

– Teddy, vem cá. A sua madrinha já vai trazer suas coisas para irmos ao hospital. – disse Harry, pegando o menino no colo.

– Madinha? – repetiu, enquanto Harry guardava os carrinhos dentro de uma bolsa verde, que Andrômeda usava para guardar as coisas do neto.

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– Oi, pequeno. – disse Gina, dando um beijo carinhoso nele e guardando mamadeiras e papinhas na bolsa.

Depois disso, todos os Weasley se acomodaram no carro que Arthur comprara há pouco tempo; era uma van antiga ampliada por magia. Teddy estava sentado no colo de Gina. Fitava tudo e todos com olhinhos verde-vivo curiosos. Nunca havia andado de carro antes.

Após algum tempo de viagem, Arthur parou o carro e, ansiosos, os Weasley saíram dele às pressas, empurrando a porta do hospital de qualquer jeito.

– Será que vai demorar muito para nascer, Harry? – perguntou Gina, carregando Ted. Ela e Harry tinham ficado para trás, para ajudar o menino, pegar as coisas dele e fechar o carro.

– Talvez, Gin, não sei. Bill e Fleur estavam com tanta pressa que vieram para um hospital trouxa, mesmo. Talvez seja rápido.

– Tio Bill? Tia Fle’? – repetiu Ted, os cabelos ficando loiro-platinados feito os de Fleur na mesma hora. Parecia ter acabado de se dar conta de que não os vira na Toca.

– A tia Fleur vai ter um bebê, fofinho. – disse Gina, carinhosamente, enquanto entravam no hospital.

– Bebê, Teddy. – disse o menino, olhando para Gina.

– Sim, Teddy, você é um bebê. Mas o da tia Fleur vai ser bem pequenininho, menor do que você. – explicou Harry, mostrando com as mãos o tamanho aproximado do bebê. – Mais ou menos desse tamanho, olha.

– Pequinininho, padinho. – disse Ted, como se concordasse.

Minutos depois, entravam na sala de espera da maternidade onde ficavam os parentes ansiosos – e curiosos – à espera do nascimento dos novos familiares.

– Molly e Arthur estão lá dentro com Bill e Fleur – contou Hermione, levantando-se para recebê-los. – A enfermeira disse para esperarmos aqui. Quando o bebê nascer, poderemos entrar no quarto, de dois em dois, para conhecê-lo.

– E o Teddy? – perguntou Ron, apontando para o menino, que lhe ofereceu os bracinhos para o ruivo pegá-lo. – Quero dizer, acham mesmo que foi uma boa ideia trazê-lo? O tal parto pode demorar. – comentou, pegando Teddy no colo.

Harry e Gina trocaram um olhar preocupado.

– Nem pensamos nisso. – murmurou o rapaz, com ar culpado.

– Ficaremos aqui até mais ou menos a hora do almoço. – decidiu Gina. – Se o bebê não tiver nascido até lá, voltamos para casa com Teddy.

Ted não parecia se importar com as conversas dos adultos. Pediu a Harry que lhe entregasse alguns carrinhos (“Padinho, cainho”) e os levou nas mãozinhas gorduchas para o chão perto de George, que fazia piadas a um canto sobre partos e gravidez, fazendo Percy e outros homens na sala rolarem de rir, enquanto Angelina apenas o observava com um olhar de desaprovação no rosto.

Duas horas e uma mamadeira depois, Ted viu Molly e Arthur aparecerem na porta. Na mesma hora, Harry o pegou no colo novamente.

– E então? – perguntou Gina, ansiosa, apertando uma das mãos do namorado.

Os outros Weasley se reuniram em volta dos mais velhos da família.

– É uma menina! – anunciou Molly, emocionada, sem conseguir conter as lágrimas.

– Uma menininha tão linda... – acrescentou Arthur, claramente embevecido.

– Ah, Harry, querido, Gina, Bill quer que vocês entrem primeiro. – disse Molly, tentando conter um soluço.

– Mas...

– Não reclama, Harry, vem logo! – disse Gina, interrompendo-o e puxando-o pela mão. – Traz o Teddy para conhecer a amiguinha dele.

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Bateram na porta e a abriram.

– Olá, papai e mamãe! – disse Gina, animada, aproximando-se para dar um beijo na bochecha do irmão mais velho e caminhando até Fleur, que segurava um bebê envolto em panos rosa nos braços. Parecia cansada e feliz ao mesmo tempo.

– Parabéns, Bill. – disse Harry, fechando a porta com um pé.

– Tio Bill! – disse Ted, com os cabelos loiros virando ruivos no mesmo instante.

– Ei, garotão. Beleza? – cumprimentou, bagunçando os cabelos do menino com as mãos.

Harry voltou o olhar para Gina. Ela tinha pegado o bebê do colo de Fleur e se sentado na poltrona que havia ao lado da cama.

– Madinha, bebê. – comentou Ted, apontando para a ruiva.

– Vem cá, Teddy. Vem conhecer o bebê. – chamou Gina.

Inseguro, Harry se aproximou com o menino e se sentou no braço da poltrona, com Teddy no colo.

– Bebê. – disse o pequeno, parecendo feliz.

– É, Teddy, a filhinha do tio Bill e da tia Fleur. – disse Gina, também embevecida pela menina.

Harry a fitou cuidadosamente. Estava com os olhinhos fechados, e uma das mãozinhas segurava um dos dedos de Gina. Tinha muito pouco cabelo, apenas uma penugem. A cor dos cabelos era engraçada, peculiar. Parecia uma mistura do loiro-platinado de Fleur com o ruivo-vivo de Bill. E havia algo mais na pequena. Algo de veela. Era difícil parar de admirá-la.

– Como é o nome dela? – quis saber Harry.

Bill e Fleur trocaram um olhar significativo.

– Bem, hoje é dois de maio. – começou ele, cautelosamente.

– O nome dela é Victoire. – disse Fleur, ignorando o que o marido dissera.

– Victoire. – repetiu Harry, fitando a menina de novo. – Você ouviu, Teddy? O bebê da tia Fleur se chama Victoire.

– Victoire. – disse Gina, parecendo aprovar a ideia.

Cauteloso, Teddy levou uma das mãozinhas para perto da cabecinha da menina.

– Com cuidado, Teddy. Devagar, porque ela ainda é muito pequenina. – advertiu Harry.

O menino acariciou a cabecinha dela com cuidado. Victoire se mexeu preguiçosamente.

– Victoire? – disse o menino, surpreendendo a todos. Tinha dito o nome dela certinho.

– Isso mesmo, Teddy. – disse Gina, sorrindo.

– Vic. – disse o menino, gostosamente, acariciando a cabecinha dela mais uma vez. Sorria. Pelo jeito, gostara do som do novo nome.

Harry sorriu. Parecia óbvio que o afilhado gostara de Victoire.