Anne

Você está me deixando confuso.


Eu me deixei levar no momento, mas eu não queria ser só mais uma. Eu não nasci para ser só mais uma, principalmente se fosse em relação à Sam. Eu me praguejei até o ultimo segundo por ter gostado do beijo.

– Sam, eu preciso que você prometa que isso nunca mais vai acontecer. - disse séria.

– Mas por quê? - ele respondeu confuso.

– Porque eu não quero! - disse - Eu não quero te beijar hoje, gostar e amanhã te ver com outra. Sam, eu já te vi com várias outras garotas, algumas nem sabiam da existência uma da outra, e eu não quero isso.

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Saí e fui até a casa, entrei lá mesmo estando completamente molhada, fui até o banheiro e tomei um banho demorado sem me importar com o fato de que eu não estava com roupas limpas, afinal Sam havia me jogado com elas dentro do mar.

Quando terminei me enrolei em uma toalha branca que havia lá e fui até o quarto, Sam havia deixado roupas limpas em cima da cama, me vesti e peguei minha bolsa, eu estava decidida à sair desse lugar, mesmo que eu fosse passar muito tempo com o garoto. Fiquei em sua frente e disse:

– Eu quero ir pra casa. - Sam não contestou, apenas se levantou e disse:

– Vamos.

Eu saí logo atrás dele e me dirigi até o carro enquanto ele trancava a casa. Ele destravou o quarto e eu entrei, ele entrou logo em seguida, sem falar nada. Durante parte do trajeto fomos sem dirigir uma palavra um ao outro. Até que a droga do carro resolveu soltar fumaça pelo capô. Confesso que no momento quase me borrei de tanto medo, mas não era nada demais, segundo Sam.

– Merda! - ele resmungou e saiu do carro.

Eu poderia ter ficado no carro no banquinho macio, mas eu sempre fui uma pessoa curiosa, até mais do que o necessário.

– O que aconteceu? - perguntei.

– Adoraria saber. - ele disse e pareceu ter uma ideia - Eu vou tentar consertar isso.

– Não. - eu respondi - Não vai tentar dar uma de mecânico que só vai piorar a situação do carro. Liga para uma oficina ou para o guincho.

– Você tem razão. - ele suspirou - Eu me mataria se acontecesse algo com a Nina.

Nina? - arqueei a sobrancelha.

– É o nome do carro. - ele respondeu.

Ele deu nome ao carro?

– Então já pode se matar porquê a Nina não parece estar muito bem. - ri.

– Isso é uma merda. - ele disse.

– Calma Sam, não é como se o mundo fosse acabar por causa do carro. - eu disse.

– Não é por causa do carro. - ele disse - Não é por causa do carro.

Sam se encostou no capô do carro e jogou a cabeça para trás. Sam nunca demonstrou quando estava mal, e agora ele estava demonstrando isso.

– Você está bem? - perguntei.

– Acho que sim, não sei. - ele parecia confuso.

– Como assim não sabe?

Ele me olhou.

– Anne, eu não sei o que está acontecendo comigo. - ele suspirou - Eu tô ficando confuso. Você está me deixando confuso.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.