Me Apaixonei Por Um Imbecil

"Surpresa!" Part. 2 - Estamos... Juntos.


P.o.v Ally

Me afastei rapidamente do Austin, tentando esconder, sem muito sucesso, o maldito rubor que se instalava em minhas bochechas. Percebi o Austin desviar os olhos e encarar as duas pessoas paradas em frente ao sofá, na sala - de - estar, que era separada apenas por uma bancada da sala - de - jantar. Direcionei meus olhos para eles também, que nos encarava de uma forma estranha.

– Austin? - A latina disse ao ver o loiro sentado ao meu lado.

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– Dez? - O loiro diz ao ver um ruivo ao lado da latina.

– Trish? - Digo, me perguntando o que diabos a Trish tava fazendo ali.

– Ally! - O ruivo diz num tom alegre, mas o interrompe. - Espera, Austin? - Fala. Eu olhei para o Austin, que me olhou de volta. Eu sabia que ele estava pensando o mesmo que eu. O que aqueles dois estavam fazendo ali?

– Dez, o que você ta fazendo aqui? E desde quando vocês dois se conhecem? - Apontou para minha amiga ao lado do ruivo.

– Eu encontrei a Trish no aeroporto e nós batemos um papo depois do show incrível que ela deu lá. - Ele disse com um sorriso enorme no rosto.

– Show? - Me direciono á latina.

– É, foi só um draminha básico para meus pais caírem, eu podia ouvir de lá o meu nome ser clamado pelas praias de Sunset Beach, esse Sol clamar pela minha pele... Eu não podia decepciona-los e ir para o México, não é? - Ela disse. Revirei os olhos. A Trish sempre adorou praias e essas coisas de verão, principalmente de Miami, que eu não duvidava que ela poderia mesmo enrolar a mãe para não viajar com ela. - Daí eu combinei com o Dez de fazermos uma surpresa para você, já que ele não tinha nada para fazer nesse recesso e o seu melhor amigo, que está exatamente ao seu lado, havia viajado com os pais. - Continuou.

– E então Austin, o que você está fazendo aqui? - Austin me olhou novamente, procurando alguma resposta.

– Ai meu Deus. - Nos viramos para a Trish, que havia largado suas malas na sala e caminhava para perto de nós, com um Dez usando uma mochila colorida nas costas indo atrás dela. - Então é isso. O Austin é o tal filho dos amigos dos seus pais! Ele é o personagem principal desses seus "sonos ótimos"! E levando em conta a cena que nós flagramos aqui, eu posso ter quase a certeza disso! Ally, vocês estão namorando!! - Ela praticamente gritou e eu só faltei expulsar os meus olhos para fora das órbitas ao ouvir o seu último comentário.

– O QUE? - Gritei junto com o Austin. Nos encaramos por alguns segundos, até o mesmo acontecer em seguida. - NÓS NÃO ESTAMOS NAMORANDO! - Dissemos em uníssono novamente.

– Ai gente, tão até falando junto. - O Dez disse, fazendo coraçãozinho com a mão. - O que é o amor, não é Trish? - A Trish respondeu sorrindo. Ela sabia que aquilo não era verdade, eu tenho certeza, e só quer curtir com minha cara.

– Parem com isso vocês dois. Olha, eu e a Ally não estamos namorando. - O Austin disse e eu assenti, esperando que ele dissesse algo que ainda não foi dito aqui em nossa defesa. Mas eu não pude deixar de sentir uma pequena pontada no coração, como o desconforto, algo que eu não gostei de sentir. O pensamento de que o Austin não cogitava nenhuma ideia de que viesse ocorrer um namoro entre a gente invadiu a minha mente, e eu me vi querendo que ele ficasse calado, apenas por precaução a sua cara e aos meus sentimentos.

– E como vocês explicam o que vimos quando chegamos? Acho que se não aparecêssemos teria rolado um beijinho, heim. - Eu suspirei. Na verdade eu não sabia mais o que falar. O que eu diria a ela? Eu e o Austin não estávamos namorando, não sabia nem se estávamos ficando, pelo menos. Apenas que eu me sinto bem ao lado dele, que me sinto segura, e que agora, com ele por perto, com esse "novo Austin" algo está diferente. Só... Que meus sentimentos e pensamos relacionados ao loiro mudaram completamente. Agora como eu explicaria isso para ela sem gaguejar ou ficar vermelha feito um tomate, é que eu não sei.

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– E não seria o primeiro. - E foi aí que veio essa frase. Aquela frase que me fez encara-lo e querer pôr uma fita adesiva naquela boca tão... Tão gostosa né, fazer o que. Olhei para os dois a nossa frente, que mantinham as bocas abertas e a espera de uma boa explicação. - Nós não estamos de fato namorando. Estamos... Juntos. Nos acertando. Nos entendendo, digamos. E espero que vocês se acostumem com isso, porque é o que eu to tentando fazer. E é o que eu quero fazer. - Olhei para baixo, para o prato sujo de picles em cima da mesa, e deixei o rubor tomar conta de meu rosto e um sorriso definir-se por completo de meus lábios. Senti a mão quente do Austin percorrer a extensão do meu braço, onde estava escondido pela mesa, e sua mão juntou-se a minha. Ele entrelaçou seus dedos com os meus. E o maldito sorriso não escapava de meu rosto. Eu queria gritar, espernear, e gritar de novo, e abraçar e beijar esse loiro, por algum motivo que eu ainda to tentando reconhecer. Eu só quero.

– Ok. Isso é surpreendente, já que você odiava o Austin com todas as forças, não é Ally? - Trish me disse. Apenas dei de ombros. Ela tinha falado certo. Eu 'odiava'. É um verbo no passado. - Então tá né ruivo, agora temos que conviver com a relação melosa desses dois aí. - Trish falou virando-se para o Dez, que deveria estar ao seu lado, mas já estava sentado na mesa se empanturrando com os pãezinhos e bolos que estavam expostos. Ela virou-se para onde ele estava e sentou-se ao seu lado, revirando os olhos para o que ele disse a seguir.

– Hã? Ah é. Claro, você está com toda a razão.

– E melosos é o caralho dona Patrícia, eu não sou melosa nem aqui nem na China, e além do mais, ninguém convidou vocês para vir para cá, então não reclamem, ok? - Eu disse, levantando da mesa, já que o meu café eu já tinha terminado.

– Nossa, falando assim eu me sinto como uma intrusa.

– Você é uma intrusa, Trish. - O Austin disse.

– Não sou não. Intruso é você que deve estar dormindo na minha cama, não é mesmo? Eu venho a essa casa desde que eu tinha uns oito anos Austin, eu tenho meus direitos. - Caminhei para a sala e desisti de participar daquela conversa, e foi quando esse comentário da Trish me alertou.

– Gente espera. - Gritei do sofá e estendi minha cabeça para que todos na outra área pudessem me ver. - Se aqui em casa só tem dois quartos, e no meu quarto só possuem duas camas, e somos quatro, onde vocês dois vão dormir? - Perguntei.

– Ótimo uso da matemática, Ally. - Austin disse, o que me levou fazer um gesto muito infantil, mas que ainda funcionava, e muito. Mostrei minha língua para ele, que apenas riu.

– Eu dormirei na minha cama. - A latina disse antes de beber seu suco.

– Então sobra o Dez. - Austin falou e nós três olhamos para ele confusos.

– Sua matemática não tá muito boa né? E você meu filho? Uma cama é da Ally e a outra é minha, só vai sobrar o Dez na história? - Trish.

– Não, é que eu durmo com a... - Arregalei meus olhos. Sei que a Trish é minha melhor amiga, mas ela não precisa ficar sabendo de todos os detalhes desse relacionamento entre mim e o Austin. Tipo como desde que chegamos, eu venho dormido na mesma cama que ele.

– Mãe dele! O Austin teve uns pesadelos essas noites, e pediu para dormir com a mãe. Então sobra só o Dez. - Interrompi-o e disse a primeira coisa que me veio a mente. Vi o Austin me olhar coma aquela cara de "what?", para depois só ouvir as gargalhadas da Trish e do Dez. Me senti um pouco culpada por ter falado aquilo, acho que exagerei. Mas o Austin não consegue ficar calado!

– Vou pegar uma água, com licença. - Austin disse e levantou-se da cadeira, adentrando um corredor que normalmente daria para a cozinha, mas ele passou direto da entrada. Eu sabia. Fiz merda. E eu precisava conserta-la. Eu só preciso saber como.