Me Apaixonei Por Um Imbecil

She. Just she...


P.o.v Ally

Depois de ver o meu pai - MEU PAI - parado na porta do meu quarto, com a boca aberta, parecendo que iria engolir o mundo, que eu reparei o porquê de sua reação surpresa.

Sim, eu estava deitada em cima de Austin Moon, em sua cama, com um pijama muito curto e ele sem camisa, além de que nossos rostos estavam a menos de três centímetros de distância. Cara, eu tava quase beijando o Austin - de novo - e o meu pai tava ali vendo tudo!

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Me apressei em sair de cima do loiro, que demorou um pouco para recordar que suas mãos estavam apertando minha cintura contra ele.

- Nada pai! O que o senhor acha que está acontecendo? - Falei desajeitada, me consertando e afastando-me lentamente da cama do Austin.

- Allyson Marie Dawson, não tente me enganar. Por favor, me diz que o que eu vi não é mesmo o que eu estou pensando! - Meu pai mantinha uma feição preocupada no rosto e eu via que ele implorava que eu dissesse o que ele queria ouvir.

- Não pai. Acontece que o idiota aí, pegou meu celular sem pedir e eu acabei caindo em cima dele, para que ele me devolvesse. - Certo que eu omiti algumas coisinhas, mas ninguém precisa de todos os detalhes, não é mesmo?

Papai acenou em confirmação para mim e moveu os olhos para o loiro sentado na cama. Ele estava meio encolhido e observava atento a minha conversa com meu pai.

- E por que o você está sem camisa, Austin? - As bochechas do garoto adquiriram um tom forte de vermelho e ele olhou para mim a procura de uma resposta. Eu abafei um riso e disse a primeira coisa que veio a mente.

- Eu disse a ele para pôr uma, mas sabe como são esses meninos, sempre querendo se amostrar! - Dessa vez não resisti e ri, me aconchegando na cama em seguida. O Austin olhou para mim novamente, seu olhar transmitia pura vergonha e um pouquinho de ódio. Ri disso também.

- Pois bem, amanhã o dia vai amanhecer lindo. O Sol vai brilhar e vai fazer muito calor, daí você vai ter motivos específicos para se amostrar, mocinho. - Meu pai se direcionou ao Austin, que concordou rápido com a cabeça. Cara, eu tava adorando aquilo! - Então, está tarde! Acho melhor vocês irem dormir logo. Boa noite querida, boa noite Austin, ah, e coloque uma camisa! - Disse e sorriu, fechando a porta e deixando-nos a sós novamente.

- Nossa, muito obrigado mesmo Ally! Acho que eu não poderia ter dado uma resposta melhor do que querer me amostrar! - Caminhou até a sua mala e vestiu uma camisa de manga comprida preta e com o simbolo do Rolling Stones. Gostei... O loiro tem bom gosto!

- Que isso Austin, sempre que precisar! - Ele soltou uma risada irônica e apagou a luz, deitando em sua cama. - Boa noite educado! - Digo depois de uns minutos em silêncio.

- Obrigado! Sonhe comigo e me conta amanhã como foi, está bem? - Falou antes de reprimir um bocejo. Reviro os olhos por conta do comentário desnecessário e impossível dele, e também pelo fato dele não ter me desejado um "boa noite" de volta.

Viro para o outro lado e bocejo, sentindo o sono se instalar em mim e as minhas pálpebras começarem a pesar. Sinceramente, eu não sei o motivo, mas consegui adormecer com um sorriso de orelha a orelha cravado em meus lábios.

oOoOoOoOo

P.o.v Austin

- Austin. - Ouvi meu nome ser sussurrado por uma voz conhecida, mas ela parecia estar distante. - Austin! - Soou mais alto dessa vez. Imaginei que estava sonhando, mas vi que não quando:

- Austin! Acorda filho duma mãe! - Abri os olhos e vi os cachos castanhos tocando minha face e o rosto de uma morena pairando acima do meu.

- O que foi criatura? - Murmurei e esfreguei meus olhos, tentando dispersar uma parte do sono que insistia em deixar meus olhos fechados.

- Você esqueceu... Esqueceu a janela aberta! - Ela disse e aos poucos eu fui percebendo que ela estava abraçando a si mesma e de vez em quando tentava abaixar mais seu pijama.

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- E a obrigação de fechar era minha? - Seus lábios tremiam e ela trincava os dentes a todo momento.

- Era! Porque ela ta emperrada e eu não consigo fechar!

- E...

- E que ta ventando muito, não percebeu imbecil?

- E você tá com frio? - Sentei na cama e olhei com mais clareza para a garota á minha frente. Ela revirou os olhos, porque no final das contas, quem sentiu frio foi ela!

- To, não tá vendo? Anda, fecha lá! - Ela apontou para a janela que jorrava o vento para dentro, fazendo as cortinas balançarem freneticamente.

- Palavrinha mágica? - Brinquei com ela. Eu não estava com um pingo de frio, então pra mim tava tudo ótimo. Mas, confesso que vê-la naquele estado me deixou um pouco preocupado.

- Anda porra!

- São duas, mas tudo bem, eu fecho! - Levanto-me e vou até a janela. Só que tinha um problema, ela não queria fechar! Fiz de tudo para abaixar aquela merda, mas estava emperrada mesmo!

- Não fecha? - Sua voz saiu frustrada e eu apenas assenti para ela. - E agora? São três horas da manhã e eu to quase congelando aqui! E o cobertor mal ajuda! - Ela senta na beirada de sua cama e se abraça, ainda tentando transmitir algum calor para si. Vou até ela e sento ao seu lado.

- Você não trouxe nada que esquentasse? Um moletom ou algo do tipo? - Pergunto e ela nega com a cabeça.

- Não! Por incrível que pareça que só pensei no calor que iria fazer. Afinal, estamos numa praia!

- Mas você mesmo disse que fazia frio á noite!

- Quando você acha que eu me lembrei disso? Antes ou depois de arrumar as malas? - Não respondi, até porque nem precisava de resposta.

- Você trouxe só essa camisa de manga comprida? - Ela pergunta.

- Sim. - Afirmo. Me senti meio culpado, não sei porque. Talvez por não ter outra camisa, mas o que eu poderia fazer? Seria injusto eu dar essa a ela e ficar com frio.

Passaram-se alguns minutos e o silêncio havia se instalado entre nós. Surpreendi-me ao sentir um aspecto frio encostar em mim, por cima da camisa. Olho para o lado e vejo a Ally se aproximando cada vez mais, até o ponto em que nossas pernas começaram a roçar-se. Ela olhava para o chão e eu sentia que ela não queria fazer aquilo, mas parecia que seu corpo e a necessidade falava mais alto.

Sorri e passei meu braço por seu ombro, aproximando-a mais de mim. Seu rosto ficou encostado em meu peito e seus braços se puseram em torno de minha barriga.

Apenas encostei meu rosto no topo de sua cabeça e disse:

- Olha, não leva isso para outros lados, ok? Eu quero te ajudar, além de que sou seu amigo, lembra? - Ela assentiu. - Então, quer dormir comigo? - Aquilo teria feito outro sentido para mim, se eu não estivesse tão preocupado com a garota.

- Tudo bem. - Ela sussurrou. Levantei da cama, ainda agarrado a garota e caminhamos para a minha cama, já que era mais longe da janela. Deitei ela com cuidado. Eu não sei o que era, mas eu sentia a necessidade de protegê-la. Era como se a morena fosse uma criancinha indefesa, inocente, e eu precisava cuidar dela. Só assim minha vida teria algum sentido.

Deitamos um de frente ao outro. O cobertor nos cobria até os ombros e o rosto da Ally continuava em meu peito, enquanto o meu pendia levemente sobre sua cabeça (Diferença de tamanho imensa).

Senti ela relaxar e soltar um suspiro, os dentes parando de trincar.

Sua respiração batia em meu peito e eu nunca pensei que aquela sensação poderia entrar para a lista das melhores que eu já senti.

Estar assim com ela era simplesmente maravilhoso. Ver que seu pequeno corpo se encaixava perfeitamente com o meu.

- Austin... - Murmurou.

- Sim...

- Obrigada. - Disse. Beijei o topo de sua cabeça, sentindo o cheiro bom de seus cabelos.

- Não tem de que... - Sussurrei. E sim. Eu peguei no sono sorrindo. E não me surpreendi ao saber do verdadeiro motivo deste sorriso. Ela. Apenas ela...