But...I Like You.
Capítulo 1: The beginning.
Acordei no dia seguinte devido aos raios solares que entravam pela minha janela que, para meu azar, tinha ficado completamente aberta, por puro esquecimento. Levantei-me lentamente enquanto esfregava os olhos, de maneira a habituar-me à claridade. Quando já estava praticamente acordada, espreitei o relógio e entrei em pânico logo de seguida: eram sete e trinta da manhã, eu estava atrasada!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Levantei-me apresada e numa correria infernal preparei-me para a escola. Após terminar a minha higiene matinal escolhi uma roupa qualquer, pois eu realmente não me importava muito com a minha aparência. Desci, já com a mochila às costas, enquanto amarrava o meu cabelo longo num rabo-de-cavalo bem apertado, e dirigi-me à cozinha no intuito de comer algo, já que o meu estômago estava praticamente vazio. Abri a geleira, mas não encontrei nada de nada, ela estava vazia, simplesmente vazia. Murmurei um palavrão e sai de casa aborrecida, já não tinha muito tempo, mas se me apressasse talvez ainda pudesse comer algo.
Andei apressada em direção à escola, seguindo as indicações que a minha mãe tinha-me dado para assim não me perder. Pelo caminho devo ter passado por alguns sítios interessantes, contudo nem pude parar para observar o que me rodeava como eu costumava fazer, apenas não queria chegar atrasada no meu primeiro dia de aulas. Olhei para o relógio, sete e cinquenta e cinco. Ainda tenho 5 minutos, talvez se eu correr ainda chego a tempo. Não pensei em mais nada, simplesmente desatei a correr.
Passados dois ou três minutos comecei a avistar o portão da escola, apressei o passo sem olhar para a frente. Má ideia, aliás péssima ideia. Colidi contra alguém e, devido à velocidade a que vinha acabei no chão. Gemi de dor ao mesmo tempo que tentava levantar-me. Vi uma mão a ser estendida à minha frente, involuntariamente levantei o olhar para me deparar com um rapaz estranhamente familiar. Ele tinha cabelos loiros, olhos cor-de-mel, vestia uma t-shirt juntamente com umas calças e uns ténis que não consegui identificar a marca. Ele parecia um pouco preocupado.
–Estás bem?
–S-Sim. – Respondi aceitando a sua mão, para logo de seguida ser impulsionada para cima e levantar-me. Sacudi a minha roupa e sorri timidamente. -Obrigada. Desculpa por chocar contra ti, não te tinha visto.
–De nada! Não há problema, mas porque estavas a correr?
–… – Parei para pensar. -AHHH! Estou atrasada, vou chegar atrasada à aula!
–Espera!
–Não posso! – Disse preparando-me para correr novamente.
–Mas as aulas ainda não começaram! – Informou-me agarrando o meu pulso, impedindo-me assim de prosseguir.
–O quê? Mas já são oito horas! – Verifiquei no meu relógio.
–Pois são, mas as aulas começam só às oito e quinze.
Desabei no chão de novo e comecei a reclamar:
–Porque ninguém me disse isso? Não é justo! Ninguém merece! Ainda por cima nem comi!
Ouvi uma risada e foi só nesse momento que percebi que o rapaz ainda lá estava e ainda por cima tinha ouvido tudo. Corei envergonhada o que fez o loiro rir ainda mais.
–Não gozes! – Disse irritada.
–Desculpa, não pude evitar. – Afirmou limpando possíveis lágrimas. -Para te compensar pago-te o pequeno-almoço.
–Não é preciso. Não tenho fome. – Na verdade eu tinha, só não queria dar demasiada confiança a pessoas que tinha acabado de conhecer, mas por mera “sorte” o meu estômago começou a roncar, denunciando o meu verdadeiro estado, que era algo parecido com faminto.
–Não é o que parece. – Disse-me reprimindo uma nova risada. - Vá lá não é todos os dias que tens o pequeno-almoço de graça e além disso com uma excelente companhia. – Completou com um sorriso brilhante.
–Até parece. Está bem eu aceito, mas pela comida e não pela companhia.
–Certo, certo vou fingir que acredito. Anda, segue-me!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!–Para tua informação eu não sou nenhum cão para te seguir. E para onde vamos?
–Sim pois, acho que seria mais gata, não? – Disse com um sorriso travesso. – Para o bar, óbvio. – Acrescentou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo.
–Isso foi um elogio? Olha que não resultou. Está bem, já percebi, anda lá despacha-te estou com muita fome.
–Okay, da próxima vez vou tentar ser mais direto. Estou a ir, aliás sabes o caminho?
–Haha que engraçadinho. Ahm…nem por isso.
–Eu sei, não precisas de dizer. Certo, então anda é por aqui.
–Não te preocupes, não penso repetir.
O rapaz riu-se com o comentário, fazendo-me soltar uma risada também. O resto do caminho foi feito em silêncio. Mal chegamos ao bar fomos diretos ao balcão.
–Vá, escolhe o que quiseres, eu pago.
–Tens a certeza que depois não te vais arrepender? – Perguntei-lhe desafiando-o.
–Humm…Ná também não deves comer assim tanto. – Comentou divertido.
Soltei uma risada e lembrei-o:
–Depois não digas que eu não te avisei. – Este comentário pareceu surpreendê-lo, mas ele logo disfarçou com um sorriso. - Humm…vejamos, quero um croissant misto, um folhado de salsicha, uma almofadinha de atum, para beber um compal de manga e…ah uma maçã verde, ácida de preferência. – Pedi à senhora que rapidamente colocou tudo o que pedi numa bandeja.
–Uau, tu comes muito! – Disse o loiro surpreso. -Para mim, uma merenda e um sumo de laranja. Quanto é tudo?
–Eu disse-te. E ainda não viste nada! – Sorri.
Após o pagamento cada um pegou o seu tabuleiro, eu adiantei-me e escolhi uma mesa ao calhas, sentando-me comecei a comer.
–Ei, não esperas? – Perguntou-me chateado.
–Deveria?
–Claro, afinal paguei-te isso. Disse-me apontando para a minha bandeja.
–E? Eu disse que vinha pela comida, não pela companhia.
–Ai, ai és mesmo igualzinha a ela, sempre com respostas na ponta da língua, só que as dela eram mais…carinhosas. – Disse-me suspirando e de seguida sentou-se à minha frente.
–Ela? Quem? A tua namorada? – Indaguei sendo retribuída com uma nova risada.
–Não, não eu estou solteiro. – Por alguma razão isso pareceu-me uma espécie de sugestão, mas não liguei.
–Então quem?
–Uma grande amiga de infância, mas há algum tempo que não falo com ela.
–Ohh. – Comentei sem saber o que dizer mais.
–És nova aqui, certo?
–Sim sou. Porque perguntas?
–Nada de especial, eu sou um dos ajudantes com as novas matrículas e acho que vi a tua foto em algum lado. Além disso um rapaz nunca esquece uma cara bonita. – Corei com o comentário, eu não estava habituada a esse tipo de observações. -Então isso significa que não conheces a escola?
–Certo…Isso é meio óbvio, não? – Repeti o que o loiro disse há pouco.
–Okay, okay já percebi. – Respondeu de maneira semelhante. -Então que tal uma tour pela escola?
–E porque eu deveria aceitar?
–Porque eu paguei-te o pequeno-almoço!
–Isso não conta.
–Oh vá lá, faz-me esse favor. – Disse-me com uns olhos esperançosos, que por acaso eram estranhamente familiares.
–Fine. Mas só porque não conheço mais ninguém. – Disse aborrecida.
–Fixe! – Exclamou vitorioso.
Parece que este ano vai ser bem longo, pensei.
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