A Maldição Do Dragão

Só quero que me diga a verdade!


Anteriormente...

– Pai posso lhe falar um momento?– Eu falo baixo e ele me olha com cuidado, eu o chamei de pai e não de majestade como sempre fazia quando estava na sala do trono, era contra a etiqueta , mas eu estava ali para falar com meu pai e não com o rei. Com um aceno de mão ele dispensa os nobres.

– Fale minha pequena– Me disse carinhosamente.

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Eu suspirei e disse com minha voz embargada:

–Como assim eu sou humana?

Eu não sei do que você está falando – Ele fala sério. Será que ele não vai me dizer a verdade?

– Eu estou falando do fato de eu ser completamente humana. E por isso eu não sou sua filha!- Felei sem rodeios, ele terá que contar tudo.

– ...- Silêncio. Ótimo, agora ele quer ficar calado.

Pai por favor – Eu implorei- Só quero que me diga a verdade.

Você é minha filha. – O que? Ele vai me negar a verdade?- Você é minha filha por que eu te criei como um pai, mas eu não o sou de fato. Não temos o mesmo sangue.

Eu não compreendo. - Fiquei confusa agora.

Minha pequena. - Diz com carinho. - O que eu fiz foi cumprir uma promessa.

Promessa?

Sim.

Então meu pai que na verdade não é meu pai, me conta uma história:

“ Sua mãe veio a Alfhanor fugindo do Reino dos Homens. Ela me pediu abrigo e eu dei. Permiti que ela morasse no palácio e que vivesse como uma de nós. Quando ela chegou já estava grávida de você. Ela se sentia feliz e tranquila por poder te ter aqui e também pela oportunidade de manté-la á salvo do mal. Mas quando chegou a hora do parto, algo terrível aconteceu. Horas se passaram e quando finalmente você nasceu sua mãe estava exausta e com uma hemoragia que nem mesmo a Velha pode curar. Kenzie sabia que seu fim era próximo e me fez prometer que cuidaria de você e a criaria como se fosse minha filha, te protegendo e te mantendo longe da Maldição. E então ela morreu.”

– Eu não entendo muita coisa. Mas eu quero saber porque minha mãe fugiu de Hommes? O que é essa Maldição? Quem é o meu pai de verdade? Você sabe quem ele é não sabe?– As dúvidas me angustiam.

Sei que tem muitas dúvidas, mas não posso respondé-las. E sim, eu sei quem é o seu pai, mas isso também não posso dizer.– Como ele pode me dizer isto?

Eu exijo que me conte!– Já estava furiosa com ele.

Não lhe direi mais nada!

E dizendo isso ele vai para o interior do palácio. E eu? Bom, eu saio correndo para o único lugar onde posso ficar em paz neste momento. Atravesso o pequeno bosque que fica ao lado do palácio e lá, proximo aos muros , está a pequena casa. Não é bem uma casa, é um jazido de mármore, mas sempre pensei neste lugar como uma casa, afinal é onde minha mãe está enterrada. E quando entro no local não acredito no que meus olhos vêem... Ela está aqui?