Filhas Dos Deuses

A aula de matemática - Por Annabella


Ai meu Deus! Ele é lindo! E lindo e... Eu já falei lindo?

Depois que todos saíram, ele se virou pra mim.

- Annabella seu nome, né? – ele disse sorrindo, os olhos negros fixados em mim.

- É. – eu disse corando – E o seu é Connor. Acertei?

- Acertou. – ele sorriu brincalhão – Então, o que aquelas meninas fazem com vocês. Digo com você com a Angelina e com a Anniemarie.

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- Primeiro, pode chamar a gente pelo apelido mesmo. Esses nomes são meio formais, sabe. Só chamam a gente assim... pra, tirar sarro. – eu o encarei, meu olhos mantiveram o olhar por um tempo até que uma lágrima solitária rolou pelo meu rosto e ele a limpou.

- Eu sei como deve ser pra você. Sabe, não ter os pais. Mas talvez, eles não te abandonaram porque queriam. – ele me abraçou.

- Tudo bem. Já convivo com isso a anos. – eu sorri – Vamos pra aula de Matemática? – ele fez uma careta e eu tive que rir – Nem é tão ruim. – foi minha vez de fazer careta e ele riu, um riso gostoso de ser ouvido. Chegamos à sala e ele entregou a ficha para o professor assinar. O único lugar que estava vago era o meu. Ninguém queria sentar com a órfã da escola.

- Sente-se com a Sra. Russel. – Connor sorriu e veio em minha direção.

- Somos colegas de turma agora. – ele olho no horário – E olha que legal temos quase todas as matérias juntos! – ele juntou as sobrancelhas – Menos, história. – ele fez bico e eu sorri.

- Agora quero que abram os livros nas páginas 152 e façam os exercícios. Em silêncio. – o professor disse escrevendo no quadro as instruções.

- Sabe, eu não entendo nada de matemática. – ele disse me encarando. - Esse é fácil, é só você... – eu o olhei e ele encarava o menino que mexia com o iphone do lado. Ele estava querendo pegar o iphone do menino! – Connor. Connor! – ele me olhou irritado.

- Eu só queria o... – ele notou que estava me assustando e parou – desculpa.

- Ok, nesse exercício você tem que... – Connor me olhava, mexia nos meus cabelos, soprava, fazia rolinhos – Connor, você quer que eu te ajude nos deveres? – ele me encarou com uma cara de “Eu acho que não.”, mas disse:

- Bem, eu tenho TDAH, não é fácil pra mim. – ele me olhou esperando uma reação, mas eu só assenti.

- Sei como é. Eu tenho TDAH, e dislexia. – eu disse enumerando.

- Deveria ter mesmo. – ele murmurou.

- O que disse? – eu perguntei. - Nada. Nada.

O sinal bateu. E todos na sala saíram, menos eu e ele.

- Temos aula de Química agora e a Gina faz com a gente. E creio que o Percy e a Annabeth também. – ele disse sorridente.

- É, uma pergunta. De onde vocês vieram? – eu perguntei intrigada.

- Do Acam... – ele me olhou os olhos arregalados – Da escola de Manhattan. - Ah, entendi. – eu mexi no cabelo nervosa. Ele deve ter notado o meu incomodo de ter ele ao meu lado, porque sorriu

– E essa Annabeth, ela parece...

- Agressiva? – ele terminou a frase por mim – Não, ela só está com ciúmes do Percy, sabe, o namorado dela. Então ela quer deixar isso bem estampado no rosto dele “Tenho namorada”. – ele disse fazendo uns movimentos com as mão e sorrindo.

- Bem, acho que devíamos ir. Chegar atrasados na aula do Sr.Tentis não é nada bom.

E assim fomos, ele puxando papo e eu corando a cada pergunta. E a cada vez que eu corava ele sorria e me encarava com seus profundos olhos castanhos.