Estávamos sendo seguidos. Aquelas palavras pronunciadas por Daniel, flutuavam pela mente de todos os presentes no carro. Acreditávamos que Jack havia nos encontrado.

***

Ao chegarmos à casa de Dra. Natasha, toquei sua campainha, ainda não havia nenhum lobo ou qualquer outro animal de guarda. Daniel não ficou parado em frente à casa como os outros, estava observando as ruas, para ver se Jack, ou outra pessoa, estaria nos observando.

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–Jane? –Disse Natasha, abrindo sua porta. –O que faz aqui novamente? E o que é toda essa gente na minha residência? O que aconteceu com sua face?

O portão foi aberto e todos entraram, exceto Daniel.

–Eu acho que vou dar uma olhada por aí, se estivermos certos, Jack deve estar por perto, preciso conferir.

–Não, Daniel! Você não pode ficar por aí sozinho agora. E se ele estiver com mais gente? –Disse Julie. –Vem, vamos entrar e pensar melhor no que fazer. –A loira o puxou para dentro, mesmo contra sua vontade.

–Daniel? Você... –Pela primeira vez, vi a médica ficar sem palavras.

–Olá... Dra. Natasha. –Respondeu ele.

–Bem, entrem. –Disse ela, ainda parecendo um pouco em choque.

Todos estávamos curiosos, contudo, ninguém se atreveu a perguntar nada relacionado à isso.

Julie explicou seu ponto de vista e que poderia oferecer muito dinheiro, caso a médica tivesse sucesso. Eu não acreditava que poderia ser “curada”, mas também acreditava que Thomas poderia voltar a enxergar e muito menos que pessoas pudessem ter quatro braços. Imaginei se o que minha irmã falava poderia ser possível. Ela sempre foi muito sonhadora.

O homem de cabelos castanhos estava encostado na porta de entrada, até que começou a examiná-la e tentava ouvir atrás da mesma, até que falou:

–Esperem!

Todos ficaram em silêncio. Ele fez uma expressão facial, seus olhos queriam falar que alguém estava atrás da porta. A campainha não foi tocada.

Ele esperou alguns segundos, até que rapidamente a abriu, segurando sua arma com a outra mão e logo a apontou para quem estava do outro lado. Um grito muito fino foi ouvido, acompanho de um barulho.

–Não acredito... –Falei. –O que ela faz aqui?!

–Precisava ter aberto a porta desse jeito? Seja mais delicado... Ai... –Lady Christine levantava do chão.

–Você... É a filha do prefeito? –Perguntou Natasha.

–Sim, eu mesma. Ao vivo, em cores e machucada. –Fez uma careta para Daniel.

–O que faz em minha casa?

–Bem... Eu vi a carinha pálida dessa menina, que por sinal, já me causou sérios problemas, na TV e pensei que Jack iria querer encontra-la, então eu fui àquela lanchonete cafona... Mas vocês já estavam de saída, então eu resolvi seguir o carro do policial, algum problema nisso?

–Sabia que você continua sendo investigada por assassinato e suborno de policiais? –Daniel guardava sua arma cuidadosamente.

–O que foi, quer me prender? Eu sou quem deveria te prender! Olha essa gravata que coisa ultrapassada, uma ofensa às pessoas à sua volta!

–O que? É uma gravata casual, não nada de errado e... Ei, não tente mudar de assunto, viu?

–Brega, fora de moda.

–Precisamos ter uma conversa séria depois.

–Blá, blá, blá...

Dra. Natasha revirou os olhos.

–Jack não está aqui. –Disse ele.

–Não tem problema, ele não vai desistir da priminha tão fácil, conheço o cara. –Christine sentava-se no sofá, observando a sala. –Aquilo é vinho? Ah! –Todos se assustaram com seu grito inesperado. –Você não é o garoto cego que estava na minha festa de Halloween uma vez? –Ela parecia bem animada, mas aparentemente sem motivos. Talvez sempre agisse dessa maneira. –Uau, você está diferente e é impressão minha ou... Está enxergando! A tecnologia de hoje é realmente incrível!

–Meu nome é Thomas... –O ruivo tentava sorrir.

–Bem... – A Doutora parecia querer expulsá-la imediatamente. –Eu não irei ficar servindo bolinhos acompanhados de chá para todos. Não quero tornar desse lugar um caos, mais do que já está! Julie, eu realmente não sei se posso te ajudar, precisaria fazer testes psicológicos antes de tudo.

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–Do que vocês estão falando? –Intrometeu-se Lady.

–Silêncio, Christine. –Disse Daniel.

Lady Christine pra você, Sr. Policial anti-moda.

–Obrigada pelo apoio, Dra. Natasha. –Agradeceu minha irmã. –Eu sei que nós vamos conseguir!

Ficamos em silêncio por pouco tempo, até que Lady Christine falou algo:

–Vamos gente, se animem! Credo que silêncio...

–Vocês estão ouvindo isso? –Eu a interrompi.

–Ouvindo o que? –Perguntou Daniel.

–Passos...

Todos tentaram escutar também e o policial pegou sua arma novamente.

–Parou... –Falei. Tive a impressão de uma sombra ter passado pela janela.

O silêncio tomou conta do local novamente. Tudo estava tranquilo... Até demais. De repente, um som muito alto fez com que Christine e Julie gritassem. A porta abriu-se, algo havia batido contra ela, fazendo Daniel quase cair no chão, o que aconteceu com sua arma.

Jack acabara de entrar da casa. Ele tentou atirar em mim uma vez, mas Daniel tentava desarmá-lo e com isso, a bala acabou quebrando uma decoração ao meu lado.

–Precisamos sair daqui! –Gritou Thomas. –Doutora, nos mostre um lugar seguro!

–Sim! -Respondeu ela.

–Eu preciso tirar minhas algemas!

Natasha me levou para o cômodo ao lado, onde procurou algo em uma das gavetas, até que achou um grampo de cabelo. Rapidamente, ela me livrou das algemas e guiou os outros até a sala secreta. Tudo o que ouvíamos eram os sons de tiros e da briga entre Daniel e Jack. A cozinha estava ao lado e não resisti à oportunidade de pegar uma faca de carne.

–Vamos, Jane! –Disse Thomas.

Antes de ir, olhei o que estava acontecendo na sala: As balas de Jack provavelmente haviam acabado e ele estava sobre Daniel, tentando o enforcar. Aquele seria o momento perfeito. Eu poderia esfaqueá-lo facilmente, se não perdesse tempo. Ignorei o chamado de Thomas e fui em direção à luta, com a faca preparada em minhas mãos, que suavam.

Eu ainda estava longe, no outro cômodo, quando Lady Christine apareceu na minha frente, apontando a arma de Daniel, que havia pegado do chão, em direção ao meu rosto.

–Eu sei o que você está tentando fazer... Não vou deixar que mate Jack! –Ela parecia decidida a atirar.

–Christine...

–Não vou deixar! –Gritou ela.

Pensei que minha vida iria terminar ali. Que depois de tantos acontecimentos, alguns grandes, outros pequenos, ela acharia um final. Mas o que aconteceu, para mim, foi centenas de vezes mais perturbador.

–Não atire nela! –Thomas correu de onde estava e parou à minha frente.

–Sai da frente, garoto! Eu não quero atirar em você!

–Desculpe, mas se quiser atirar na Jane, vai ter que passar pelo meu cadáver primeiro.

–Thomas, o que você está fazendo? –Falei. -Vai embora!

–Não Jane, eu não vou. –Thomas ainda olhava para frente. –Eu acredito que você vai melhorar, não podemos perder tudo agora, não é?

–Você é idiota? –Perguntou Lady Christine. –Você morreria por ela?

–Sem pensar duas vezes. –Sorriu Thomas. –Mas isso não vai acontecer, certo? Se eu disse que não vou desistir da Jane, quer dizer que eu não vou desistir em hipótese alguma, entendeu?

Não sabia o que dizer. Mas acredito que não era necessário dizer nada.

Aos poucos, as mãos de Christine ficaram cada vez mais trêmulas e ela abaixou a arma.

–Isso é tão bonito... –Sussurrava ela. –Ninguém nunca fez algo assim pra mim... Ninguém nunca me protegeu dessa maneira.

–Vamos... –Thomas aproximava-se da loira, até que conseguiu pegar sua arma. –Precisamos sair daqui.

A situação havia mudado: Daniel havia escapado e agora nocauteava Jack, os dois sangravam muito. Antes de nós dois irmos ao encontro de Natasha e Julie, Thomas jogou a arma em direção à Daniel, pelo chão, que a pegou enquanto Jack se levantava.

–Jack! Você está muito ferido, precisa ir ao hospital! Isso tem que parar aqui! –Gritou Lady.

–Pela segunda vez: Silêncio, Christine. –Daniel apontava a arma para Jack. Ele estava muito cansado e o sangue de seus ferimentos manchavam suas roupas.

–Isso não é assunto seu, Christine! –Disse Jack, ainda encarando Daniel.

–Você não pode atirar! –Lady andou para a frente, queria tirar a arma de Daniel à qualquer custo. Havia se arrependido de entrega-la à Thomas, porém não pensou nessa possibilidade naquele momento.

–Para trás! –Impediu-a Jack. –Você deveria sair aqui.

–Eu poderia matar os dois agora. –Daniel estava ofegante e queria terminar com tudo aquilo o mais rápido possível. O ódio tomava conta do homem. –Vocês não valem nada, são podres por dentro. São assassinos... E você... –Apontou sua arma para Lady Christine. –Como se não bastasse ainda maltrata seus empregados. A polícia já conversou com eles, sabia? Inclusive com Lia... Você não passa de uma garotinha mimada, que pensa mandar em todo mundo! Não aguento mais sequer ouvir seu nome na delegacia, acho mais fácil acabar com tudo isso de uma vez por todas, aqui e agora!

Daniel preparou-se para atirar e o fez. Não apenas um, como vários tiros, até que suas balas acabaram. Lady Christine apertou seus olhos com força, ela estava com medo e não queria ver aquela cena. Não sentia dor, talvez já estivesse morta. Reuniu suas forças e abriu seus olhos, lentamente, mas preferia não ter feito.

Jack tossia e cuspia sangue, ele havia levados todos os tiros da arma de Daniel, protegendo Christine. Não resistiu à dor e caiu no chão.

–Jack?! Jack o que você fez?! Você está bem, não está?! Diga-me que sim! Diga-me que você vai melhorar!

–Idiota... Você sempre foi muito teimosa. –Após dizer essas palavras, os escuros olhos de meu primo se fecharam. Ele estava morto.

Foi então que Lady Christine percebeu: Jack não demonstrava seus sentimentos, ele descartava a utilidade deles, mas não conseguiu evitar, ele gostava de Christine. Queria ignorar, pois eles nunca viveriam juntos, mas nunca conseguiu. A loira o admirava, mesmo ele irritando-a. Ele fora a única pessoa que ousou contrariá-la e isso a fez querer mata-lo, porém, depois descobriu que gostava da corajosa atitude do homem. Foi então que seus pensamentos finalmente clarearam-se: Ela estava apaixonada.

–Jack... –Chorava. –Jack... Eu disse que era melhor você ter esquecido tudo...

–Eu... -Sussurrava Daniel, com as mãos trêmulas. –Eu o matei... Não apenas com um tiro... Eu deveria ter parado no primeiro, mas não parei... O que foi que eu fiz?! Não deveria ter chegado a esse ponto...

Enquanto isso, Dra. Natasha estava desconfiada.

–Aconteceu alguma coisa, Doutora? –Perguntou Julie.

–Vocês... Estão sentindo esse cheiro?

–Sim... –Respondi, agora com a atenção voltada ao olfato. –Tem algo queimando.

Um barulho muito alto foi ouvido, algo havia explodido. Saímos do cômodo e nos deparamos com uma casa em chamas. Um tiro acabou causando um vazamento de gás, que entrou em contato com as velas com que a Médica gostava de decorar seu quarto, acendendo-as durantes a noite.

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–Vamos embora! –Thomas e Julie saíram correndo em direção à porta da frente, mas as chamas já haviam tomado conta do local, elas estavam aumentando muito rapidamente, então os dois correram para os fundos.

Os ferimentos de Daniel doíam muito, ele havia sentado não chão e não conseguia mais levantar-se. Estava inalando muita fumaça.

Julie já estava fora e ligava para os bombeiros, quando Thomas voltou à minha procura, que encarava o corpo de Jack, sendo abraçado desesperadamente por Lady Christine, que chorava e tossia muito por causa da fumaça.

–Ele morreu... –Sussurrei para mim mesma.

–Jane! –Gritou Thomas, em meio às chamas. –Precisamos ir! Você também, Christine!

–Certo! –Falei, despertando-me de inúmeras lembranças.

–Não! –Gritou Lady. –Eu não vou deixar o Jack!

–Vamos logo! –Thomas a puxou, obrigando-a à sair da casa, enquanto ainda gritava e teimava para ficar.

Não conseguíamos enxergar Daniel muito bem, havia muito fogo entre nós.

–Daniel, eu vou buscar ajuda! –Prometeu Thomas.

Estávamos correndo para sair do local, que agora aprecia um inferno, tal como as pessoas geralmente o descrevem, até que Dra. Natasha apareceu carregando um enorme e aparentemente pesado livro. Ela tossia muito e possuía várias queimaduras altamente graves.

–Thomas... –Falou ela com dificuldade. –Me faça um favor... Leve este livro embora e não mostre para mais ninguém, por favor! Ainda não está na hora, muitas coisas estão incompletas... Por favor, eu preciso confiar isso à alguém... –Suas frases eram interrompidas por tosses. -Não posso perder tudo agora, passei por muita coisa até chegar onde estamos... Algum dia talvez você encontre alguém confiável que possa fazer bom uso, mas, por favor... Apenas deixe isso à salvo.

–Eu vou voltar para ajuda-la! –O ruivo pegou o pesado livro. As chamas estavam da cor de seus cabelos.

–Não! –Natasha gritou com dificuldade. –Vocês precisam sair daqui... Agora! Apenas saiam da minha casa!

Obedecemos sua ordem. Lady Christine estava com queimaduras e tentávamos ajudá-la da maneira que podíamos, mas não parecia funcionar.

Dentro da casa, Daniel tentava sair, mas à essa altura, já seria algo impossível.

–Você realmente ficou corajoso, irmãozinho... –Dra. Natasha parecia esperar a morte, sua parceira sempre presente em seus experimentos, pacientemente.

–Eu não queria encontrá-la ainda... –Falava Daniel, com dificuldade. -Não gosto das coisas que você faz.

Natasha sorriu.

[Flashback On]

Um choro muito alto vinha de uma das várias salas do hospital. Uma mulher acabara de dar à luz à um menino. Sua pequena irmã o esperava no banco do corredor, próximo à sala, não tinha mais ninguém com quem ficar.

Alguns anos se passaram e infelizmente, a pobre mulher deixou o mundo após seu crânio quebrar-se em um terrível acidente de trânsito.

–Nós não vamos para o orfanato! –Dizia a garota à seu pequeno irmão, que não conseguia segurar as várias lágrimas que caiam em seu rosto. -Nós podemos viver muito bem sozinhos.

***

Os dois irmãos caminhavam pelas escuras ruas com suas mochilas, à procura de um lugar para passar a noite quando um desconhecido aproximou-se devagar. A garota, desconfiada, alertou o irmão de que algo bom não estaria por vir.

–Você vai para a direita e eu para esquerda, entendeu? –Perguntou ela.

–Entendi.

O homem continuava a aproximar-se, até que Natasha gritou:

–Corre Daniel, corre!

Rapidamente, as duas crianças seguiram os caminhos planejados. Daniel corria mais rápido, então o estranho resolveu seguir a menina. Ela era veloz, mas não o suficiente. O homem a segurou pelos braços e ela não conseguiu escapar.

Natasha foi levada para um laboratório clandestino. Os cientistas faziam vários tipos de testes com crianças encontradas na rua ou em orfanatos, com a intenção de deixá-las mais inteligentes. Todas as cobaias humanas morriam. As vezes após o primeiro teste, as vezes duravam mais. Alguns eram bem resistentes e viviam por mais tempo, mas isso não era algo bom.

Natasha sobreviveu à todos. Eles podiam jurar que ela seria um gênio e queriam voltar com os testes em sua pré-adolescência e adolescência, até se tornar uma adulta, porém, não tiveram tempo para isso. Natasha matou todos os integrantes do agoniante grupo de pesquisa. Ficou fascinada pela vida e como ela agia no corpo dos seres vivos e não parou de estudar. Cursou a mais concorrida faculdade de medicina e sempre buscava aprender mais, queria saber tudo, incluindo a realização de testes para completar suas anotações.

Quando Daniel atingiu a maioridade, saiu do orfanato em que estava desde a noite em que se separou de sua irmã e a reencontrou. Também queria ir para uma faculdade, encontrar um bom emprego e comprar sua própria casa, assim como sua irmã havia feito.

***

–Daniel. –Disse Natasha.

–Sim?

–Eu tenho uma missão para você.

–Pode falar.

–Eu quero que você mate uma pessoa.

–Matar?! Você só pode estar de brincadeira.

–Você sabe que não. –Ela estava séria.

–Natasha... Você já não é a mesma de antes... Você mudou muito desde aquela noite. Eu sei que passou por coisas horríveis, mas... Matar uma pessoa? Eu não posso fazer isso.

–Não? Mas Daniel...

–Desculpa. Eu não posso. –Daniel interrompeu sua irmã.

–Eu sempre soube... Que você era um covarde!

Daniel odiava mais que tudo ser chamado de covarde, já que, bem no fundo, sabia que aquilo era verdade. No orfanato não tentava aproximar-se de ninguém. Quando brincavam com ele, não os enfrentava de volta, pois tinha medo. Medo de tudo dar errado. Medo de perder tudo e todos, novamente.

–Eu não sou um covarde!

Não obteve mais comentários. Apenas o gélido olhar de sua irmã. Ela quase perdera um de seus olhos nos testes, mas a própria garota o curou.

–Eu não sou um covarde... E não preciso matar ninguém para provar isso, ok? Eu vou arrumar um bom emprego, algo que seja importante e vou mostrar que sou muito corajoso!

O rapaz saiu de casa e os dois nunca mais se encontraram desde então.

[Flashback Off]

–Você provou que não é nenhum covarde... –Dra. Natasha flava tão baixo que estava quase sussurrando, mas estava esforçando-se para isso, era o máximo que conseguia.

–Eu não deveria ter saído daquela maneira... –Daniel respirava com dificuldade.

–Isso não é hora para arrependimentos.

Os dois sorriram e logo, as chamas tomaram conta de todo o lugar.

O calor vindo de dentro da casa aumentava a cada minuto, assim como as chamas. Logo, os bombeiros vieram para conter o fogo.