Colocando a buldogue no seu lugar.

P.O.V – Rose

Uma semana se passou depois do baile, e devo dizer que foi a pior semana de todos.

Motivos?

Simplesmente parece que todos resolveram dar um tempo de mim.

Primeiro, o Malfoy não olhava na minha cara, coisa que eu não entende já que ele falou aquilo tudo para mim e agora simplesmente me ignora? Pelo que parece o loiro está em complô contra si mesma. Depois eu é que sou a maluca.

Cogitei até a ideia de ir falar com ele e pergunta o que estava acontecendo, e se fosse por minha causa eu até pediria desculpas, mas pelo minha felicidade e da nação eu simplesmente joguei essa ideia para o fundo do posto.

Segundo parece que meus amigos também se cansaram de mim essa semana, eles simplesmente não falaram comigo nem mesmo a Isabelle, essa semana apenas trocamos um “OI “ e isso era muito estranho já que a gente sempre estava juntas e fofocando.

O Ni sempre que podia ficava comigo, mas ele também tem suas coisas e eu também não queria, não por agora que ele fosse visto ao meu lado, não queria que ele pegasse a fama de “corno manso”, ele não merece isso.

Sabe quando você está no meio de milhões de pessoas e mesmo assim você se sente sozinha? Pois é, exatamente assim que estava me sentindo.

Nesse momento, estávamos na aula de transfiguração, a tia Minnie estava falando algo sobre animagos e metamorfomagos e sinceramente? Eu não estava nem um pouco afim de ficar aqui, que para varia era aula conjunta com a sonserina, ou seja mais tempo sobre o mesmo teto com o Malfoy com o mesmo me ignorando.

Quem parece se divertir com a minha desgraça, é a buldogue.. sempre que pode me manda olhar e risinhos vitoriosos, mas eu simplesmente estou sem saco para debater com ela.

– Senhorita Weasley. – a voz da tia Minnie me tirou dos meus pensamentos. Pela cuecas de Merlin, me ajude isso com certeza não pode ser bom.

– Sim tia Minnie. – respondi levando um olhar de repreensão da mesma. Apenas dei de ombros.

– Poderia me dizer qual a diferença entre um animago e metamorfomagos? – perguntou e eu suspirei aliviada. Essa era mais fácil do que tomar pirulito da mão de criança.

– Diferentemente dos Animagos, os Metamorfomagos têm mais controle sobre transformações parciais, podendo mudar independentemente qualquer parcela de sua aparência, e à extensão desejada.Animagossão limitados a transformações completas, parecendo totalmente humano ou transformando-se completamente.Animagos só podem se transformar em animais, e precisam preencher formulários e autorizações. Metamorfomagos podem mudar o que quiserem, isso inclui raça, sexo e idade, com facilidade. Animagossão limitados a apenas um animal e não podem escolher os animais em que se transformam, pois se transformam no animal que mais cabe à sua personalidade. – respondi rapidamente. Vi que os olhos da velha bruxa até brilharam.

– Excelente! – exclamou maravilhada. – 10 pontos pra Grifinória. – falou sorrindo largamente apenas dei um mínimo sorriso.

Ela continuou explicando a matéria, aquilo estava um tédio. Olhei ao redor da sala e meus olhos se encontraram com aquelas orbes acinzentados, ele desviou o olhar.

O sinal tocou e eu rapidamente joguei meus livros na mochila. – Quero dois pergaminhos desse assunto na minha mesa segunda feira. – a tia Minnie falou e muitos gemeram em frustração.

Nem dei bola para isso e sai primeiro que todos daquela sala, fui em direção a torre da grifinória, felizmente as aulas de hoje já haviam terminado.

Corri para o meu dormitorio e joguei a mochila em canto, entrei no banheiro e tirei a roupa e abri o chuveiro quente, entrei ali debaixo e aos poucos aquela sensação ia embora, mas assim que eu sai de lá, a mesma sensação voltou.

Sai do banheiro e fui em direção a minha parte do armário, abri e peguei uma roupa qualquer e me vestir, fiz uma trança frouxa no cabelo e dei uma olhada no espelho, de fato eu estava horrível.

Desci as escadas do dormitório feminino que dava acesso ao salão comunal, cheguei lá e vi que meus amigos estavam ali, acenei para eles e sai em direção ao buraco da mulher gorda.

Fiquei andando pelos corredores que agora estavam cheios de alunos sem terem o que fazer, foi quando eu virei um corredor que eu vi que com certeza hoje não era o meu dia de sorte.

Quem estava não era os meninos de One Direction e nem mesmo o Tom Felton, afinal Merlin nunca foi tão bom assim com essa ruivinha maneira aqui.

– Ora, ora, se não é a Weasleyzinha. – a voz enjoada da buldogue se fez presente. Me virei lentamente e dei de cara com ela e suas seguidoras me olhavam com desdém e sorriam com deboche.

Abri um sorriso torto. – Buldogue, que prazer em vê-la. – comecei e ela me olha surpresa mais ainda não perdeu a pose. – Só que não. – completei com com uma expressão nada legal. Ela deu uma risada que mais parecia uma hiena, sério nunca me canso de falar isso.

– Sua mestiça imunda.. – ela começou abrindo um sorriso diabólico. Coitada se ela achou que isso iria me derrubar ela está muito enganada, desde o fim da guerra ninguém mais liga para isso. – Você deveria aprender a respeitas os seus superiores. – completou e agora foi a minha vez de gargalhar.

Depois que consegui me recuperar das risadas eu finalmente conseguir falar – Você não pode está falando de você não é mesmo? – perguntei e ela abriu a boca para argumentar algo mas eu não deixei. – Poupe- me Anderson, tenho o mais o que fazer do que ficar aqui batendo boca com uma cadela, e ficar escutando as risadinhas dessas hienas ai. – falei apontando para as garotas que mais pareciam sombra da morena. Elas fecharam a cara e colocaram a mão na cintura, sério foi bizarro. – Cara feia para mim queridas, é falta de maquiagem. Agora se não se importam, tenho que ir. Beijinhos. – dei as costas dali antes que a buldogue conseguisse acabar com a pouca paciência que eu definitivamente não tenho, do jeito que eu estou, sou capaz de lançar um crucio sem dó e sem piedade nela.

– Espera rata, ainda não terminei. – pausa para as risadinhas irritantes delas. Continuei andando sem me virar para trás. – Porque está assim Weasley? Deve ser porque todo mundo está te ignorando não é mesmo? – falou e eu congelei no mesmo lugar, não que aquilo não fosse verdade, mas ouvir aquilo da buldogue doeu o orgulho.

– Isso não é da sua conta, cuide da sua vida Anderson se é que você tem uma. – respondi parada no mesmo lugar sem encara-la.

– Olha só meninas, ela ficou nervosinha foi? – perguntou fazendo uma voz infantil. – Porque você sabe que tudo que estou falando é verdade não é mesmo? Todo mundo viu como você é de verdade, traiu aquele seu namorado como é que ele chama mesmo? Ah, é Fisher, traiu ele com o MEU Scorp. – as seguidoras deram risinhos. – Mas sabem qual a melhor parte disso tudo ratinha? É simples, todo inclusive o Scorp viu a vadia que você é. – completou sorrindo com deboche.

Isso foi demais para mim, me virei com o maxilar trincado e com os punhos cerrados. – Retire o que você disse agora. – falei em um tom de voz letal. As pessoas que passavam no corredor, pararam para ver a cena que aos olhos dele eram mais interessantes.

Ela se aproximou de mim, escolha errada minha cara. – E se eu não quiser? – perguntou desafiadoramente.

– Eu sou vou falar mais uma vez, retire o que você disse agora. – falei em um tom de voz de dar medo.

– Sabe quando que eu irei.. – ela começou mais eu não deixei ela continuar. Avancei sobre ela e peguei seus cabelos o forçando para trás. – O que você está fazendo sua maluca? – perguntou dando um gemido de dor.

Dei um sorriso sem humor algum. – Porque não aguenta sangue puro? Você provocou agora aguenta. – falei cuspindo as palavras. Eu estava cega de ódio. As “amigas” dela vieram tentando ajudar mais eu com um chute e um simples empurrão, eu as joguei longe. – Não se aproximem, ou se não vai sobrar pra vocês também.- falei e meu tom de voz era de dar medo.

– Me larga. – ela tentou se debater. Escolha novamente errada, peguei seus braços o forçando para trás, ou seja se ela tentasse se soltar, quebraria o braço. Eu acho é pouco.

– Não vai retirar não né? Pois bem, vou mostrar o lugar onde pessoas como você merecem estar. – falei e sem pensar duas vezes sai puxando ela pelos corredores, sem saber ao menos pra onde ir.

Para minha sorte e azar dela, o banheiro da murta que geme estava mais perto do que o esperado.

Abri a porta com um chute, que sinceramente achei que iria derrubar, entrei no primeiro box que eu vi pela frente, a murta estava lá sentada, provavelmente a minha cara não estava uma das melhores, pois assim que me viu ela saiu rapidamente. Que orgulho de mim Merlin, botando a Murta para correr.

– O que você vai fazer? – a buldogue perguntou assim que eu a forcei a ficar de joelhos no chão. Dei um sorriso iguais aqueles que os psicopatas dão quando vão matar suas vitimas.

– Mostrar o seu lugar queridinha. – falei e sem pensar duas vezes enfiei a cabeça dela no vaso sanitário. Eca, vi muitas pessoas ofegarem, algumas até diziam “ACABA COM ELA ROSE”.

Retirei a cabeça dela depois de um tempo, ela estava tossindo e eu vi o rímel se desmanchando no rosto dela. – Vai retirar o que disse? – perguntei sorrindo angelicalmente.

–Nunca. – respondeu com o maxilar trincando. Não aprendeu até agora, que peninha.

– Ótimo, acho que ainda não aprendeu o seu lugar. – falei e enfiei a cabeça dela novamente na privada.

– Rose! – uma voz masculina conhecida falou atrás de mim, porém eu nem dei atenção.

– Ruiva!- agora uma voz feminina, também conhecida, ignorei novamente.

Puxei a buldogue pelos cabelos. – Vai retirar o que você disse ou tá difícil? – perguntei já ficando impaciente, estava quase na hora de mandar um Avada nela, se controla Rose, você é muito nova.

– Eu retiro, satisfeita? – perguntou passando as mãos pelo rosto. Peguei ela pelo cabelos e a levantei, dei um lindo e estralado tapa na cara dela, deixando a marca dos meus cinco dedinhos lindos.

– Nunca mais, ouse me igualar a você está ouvindo? NUNCA MAIS! – berrei e braços me puxaram para fora do box.

– Saiam da frente! – uma voz rouca que eu conhecia perfeitamente bem, escoou pelo banheiro. – Lisa! – exclamou e foi correndo ajudar ela, era isso mesmo que eu estou vendo?

– ME SOLTA QUE EU VOU ACABAR COM O ROSTINHO BONITO DELA!- berrei tentando me debater dos braços do Jay, era ele que me segurava.

– Se acalma Rose. – pediu, mas ainda continuei me debatendo.

– Ruiva, acalma-se por favor. – Isabelle se pois ao meu lado. Eu só queria que eles me soltassem para mim acabar com aquela vadia, era pedir demais?

– Você ficou doida? – Malfoy perguntou para mim. Era a primeira vez essa semana que ele falava comigo, ele estava com ela escorada em seus ombros.

– Doida? Você ainda não me viu DOIDA.- berrei me debatendo, o Jay cada vez mais me segurava com mais força.

– Se acalma ruiva! – a loira pediu novamente.

– Me acalmar? - dei uma risada sem humor algum. – Nenhum de vocês sabem o que ela falou para mim, nenhum! Nenhum de vocês estavam lá, nenhum viu o que ela fez comigo.. vocês não tem o direito para me pedir para acalmar, e PRINCIPALMENTE VOCÊ MALFOY. – berrei pro loiro que ainda mantinha a vadia escorada nele, por alguma razão ver aquilo, era a mesma coisa de ter uma facada no meu peito.

– Não tenho tempo para isso agora Weasley. – respondeu e pego a vadia no colo. Espera, alguém me belisca porque com certeza eu só posso estar em um pesadelo.

Ele saiu com ela no colo, mas quando a vadia passou por mim ela sorriu vitoriosa. Tentei me debater para partir pra cima dela, mas novamente o Jay me segurou.

Vi o loiro sumir pela a porta do banheiro com a buldogue no colo. Aquilo me machucava, machucava mais do que as coisas que ela tinham falado para mim. – Ok galera, o show acabou! – a Isabelle falou expulsando as pessoas do banheiro, só agora eu havia notado que estava cheio, me perguntava porque ainda não tinha nenhum professor ali.

– Posso te soltar agora? Está mais calma? – Jay perguntou e assenti respirando fundo. Ele calmamente me soltou.

– Agora você pode nos contar o que aconteceu aqui? – a Isabelle perguntou assim que havia ficado apenas nós três no banheiro. Balancei a cabeça negativamente.

– Agora não loira. – falei e sai dali deixando os dois se perguntando QUE PORRA TINHA ACONTECIDO ALI.