Reconquistando Um Amor

Um futuro...


Eu já estava ficando louca. Havia uma semana que eu sonhava com ele. E não eram coisas para uma mulher casada sonhar. Principalmente uma rainha.

Mas era inevitável, eu não conseguia mais parar de pensar nele. E isso me fazia chorar. Eu ficava lembrando de nossos encontros, beijos e brigas bobas.

“Você está diferente hoje” “ Você reparou?” “ Só um idiota não repararia na garota mais linda do mundo, seu novo corte de cabelo” “Mas eu não cortei o cabelo!”

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Então, vinha o lindo rosto de meu marido, sorrindo para mim. E eu recomeçava a chorar.

Minha vida era totalmente infeliz, tanto minhas lembranças passadas, como meu presente me torturavam. E por isso, eu não pretendia pensar no futuro. Era mais fácil deixar um lugar vago, uma página em branco em minha vida. Isso não me causava sofrimento.

Lavei o rosto e esperei que ele voltasse ao normal. Saí à procura de Naruto, em um dos corredores do castelo, me encontrei com Kakashi, seu conselheiro.

- Hatake Kakashi, você sabe onde esta meu marido?

- ele saiu para resolver algumas coisas. - Por que nunca me dão informações úteis?

- Sabe quando ele volta?

- No final da tarde.

- E por que não foi com ele?Geralmente, em negociações você sempre está presente.

- Estou indo agora. Deseja que eu dê algum recado?

- Não. Não é nada importante.

Aproveitei que todos tinham saído e escrevi uma pequena carta para Sasuke.

“Eu sei que o que fiz foi errado, se soubesse como me arrependo, veria que sofro também.

Não escrevo bem como os autores, nos seus livros que você tanto lê, mas faço letras sinceras e palavras verdadeiras. Por favor, acredite no que digo.

Sei que deve estar magoado, e com toda razão a me odiar.

Peço por isso, desculpas indesculpáveis. E espero paciente um perdão que só o amor pode conceder.

Pois admito não ter te esquecido, e por esse motivo escrevo esta carta.

Para que saiba: eu continuo a te amar.”

Fui ao seu quarto para deixá-la. Era um lugar simples, porém muito bem arrumado e organizado. Tinha seu cheiro impregnado por todos os lados, era um aroma viciante.

- Esse poderia ter sido o meu quarto... pena que esse futuro não é mais meu. - Disse a mim mesma.

Dentre os móveis, uma estante com seus livros. Apenas um estava fora do lugar, numa mesinha, deveria ser o que ele estava lendo no momento. Com o titulo “Uma rosa morta” me pareceu um romance. Dobrei a carta e a coloquei dentro do livro.

- Sakura?O que você faz no meu quarto, de novo?- Disse Sasuke, parado na porta, com cara de sono.

- Mas você não está com os outros?

- Quer mesmo que eu responda a pergunta?

- Acho que sou eu quem deve esclarecimentos.

- Concordo.

- Eu vim aqui, te trazer uma carta – tirei- a de dentro do livro e mostrei a ele, que a puxou de minha mão, de uma forma grosseira. Após ter lido, com a mão a que a segurava, a amassou.

- Pensasse nisso antes – falou antes de jogá-la pela janela. Ele iria me virar às costas, mas eu me segurei nele e supliquei:

- Eu preciso... – Tentei tocar seus lábios nos meus, mas ele me afastou delicadamente. Nem meu orgulho, nem minha fidelidade me importavam mais.

- Você sabe que mesmo que eu quisesse, não poderia.

- E você quer?Não minta. Se lembre que já estive em um de seus sonhos.

- E você tinha razão. Você era tratada como uma vadia qualquer. - por mais que aquelas palavras me cortassem ao meio e me sufocassem, eu deveria ir em frente, como se elas não tivessem a menor importância para mim.Mas eu chorava por dentro.

- Você é realmente louco!Ao ponto de desejar tanto uma vadia... Mas me pergunto: Já conheci um Sasuke, que não tinha impedimentos. Então, por que não pode?- Eu sentia medo de que como resposta me viesse o nome de alguma mulher. Outra pensaria em suicídio, eu já imaginava um assassinato. Pode parecer abominável, mas ninguém controla seus pensamentos. Não seria eu, uma exceção da natureza.

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- A resposta é óbvia. - meu coração batia acelerado e meu medo agora, era de também desmaiar. - Você não me pertence.

Alívio e indignação.

- E desde quando eu precisei te pertencer?

- Pensava eu, que sim.

- Continue pensando isso.

- Não é tão fácil enganar a mente.

Chegando mais perto, sussurrei em seu ouvido:

- Então me roube.

- E ser eternamente preso pela culpa?Viver fugindo de minhas próprias ações?Não estou disposto a cometer esse crime.

- Não existe culpa. Esqueça Naruto, ao menos por um minuto... - Minha boca, passou de seu ouvido para sua boca, que recusava me beijar.

- Você irá recusar um beijo meu?

- Até você cansar.

Nesse momento alguém bate na porta e nossos pensamentos são os mesmos:

Apreensão e medo.

- Rápido!

Ele me empurrou para debaixo da cama. Ouvi, então, a porta se abrir.

- Naruto?

- Algum problema?

- Não. Só pensei que chegaria mais tarde.

- Contratempos. Depois te contarei sobre isso. Agora quero falar sobre a Sakura.

“Sobre mim?”

- Sobre... a Sakura?

- Você parece nervoso. Alguma coisa lhe aflige?

Era o meu fim.Será que alguém me viu entrando no quarto?

Vi meu futuro. Nele eu via os dois: Naruto e Sasuke olhando para mim com desprezo, lágrimas caiam dos meus olhos, antes de se fecharem lentamente.