Memórias By Hermione Weasley

Vou ter um irmão?


Rose era verdadeiramente um prodígio. Assim como teve facilidade para andar, teve para falar. Em cinco meses ela já falava praticamente tudo, do jeitinho dela claro. A barriga dessa vez demorou um pouco mais para aparecer. Nossa preocupação maior seria a reação que ela teria ao saber que teria mais um bebê a caminho. Estávamos sentados na sala jogando conversa fora enquanto Rose estava distraída pintando um pedaço de pergaminho deitada no tapete perto da lareira. Era um dia frio de inverno e eu estava aconchegada em Rony. Havíamos acabado de jantar e o sono já estava começando a aparecer.

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– Sabe Mione, a cada dia que passa Rose fica mais parecida com você! – Dizia Rony pra mim ao olhar pra ela.

– Tenho que concordar com você, ela está sim ... Mas Ron, quando vamos contar a ela? – Perguntei quase como um sussurro.

– Contar? – Era incrível como ele conseguia se fazer de desentendido as vezes.

– Do bebê Ronald! – Exclamei, mas em um tom muito baixo para que Rose não ouvisse.

– É, bem, vocês são meninas, acho melhor você falar com ela – Disse ele.

– Você vai ficar me devendo essa! Vai ter volta, pode contar que vai! – Respondi lhe lançando um olhar sério, mas no fundo eu preferi dessa forma. Como ele mesmo dizia, Rose apesar de ser ruiva como ele, a cada dia se parecia mais comigo na personalidade. Tinha um gênio muito forte e estávamos com certo receio de ela não aceitar o fato de ter um irmãozinho ou irmãzinha. – Rose vem, vamos dormir. – Ela veio relutante, pois queria terminar de pintar.

– Mamãe, lê um livo pá mim? – Perguntou esperançosa

– Sim, eu leio, mas precisamos conversar como as mocinhas fazem! – Respondi divertida. Antes de subir para o quarto, Rose correu para o colo de Rony.

– Boa noite papai, durma bem – Disse ela dando vários beijinhos nele.

– Boa noite minha princesinha – Respondeu ele sorrindo pra ela e a colocando no chão. Como fazíamos todos os dias, ela segurou minha mão e fomos subindo as escadas em direção ao quarto. Ela logo correu para a cama esperando que eu lesse a história. Resolvi ler antes de conversar com ela. Ela estava atenta a cada palavra. Tinha tanto amor aos livros quanto eu.

– Rose, temos que conversar – Disse.

– Eu fiz alguma coisa errada? – Perguntou. Eu neguei com a cabeça e ela pareceu mais aliviada – Ufa! Então pode falar mamãe – Respondeu ela.

– Rose O que você acha de ter um irmãozinho ou irmãzinha? – Perguntei ansiosa esperando a resposta. Ela ficou um bom tempo pensando, batia o dedinho no queixo, olhava pra cima, depois me olhava novamente. Ficou um bom tempo assim até finalmente me responder

– Ele iria brincar comigo? Igual o Alvo e a Rox?

– Sim, claro que sim!

– Mas e o papai, ia gostar mais ele do que de mim? – Pude ver em seus olhinhos azuis que o medo de ser trocada por alguém era nítido. Assim como Rony, Rose tinha essa mesma insegurança.

– É claro que não Rose! Olha, no início ele pode até ter um pouquinho de atenção a mais porque ele vai estar muito novinho e precisa de cuidados, assim como foi com você, mas isso não quer dizer que deixamos de te amar, e além do mais, alguém vai ter que me ajudar a cuidar dele né? – Disse e por fim ela conseguiu aceitar com mais facilidade e entender o motivo da pergunta.

– Eu vou ter um irmãozinho mamãe? – Perguntou e quando eu confirmei, ela simplesmente adorou a ideia. Já havia começado a fazer planos das brincadeiras que faria com ele. – Ebaaa eu vou ter um irmãozinho! – Dizia ela.

– Tá, tá, mas as brincadeiras ficam pra depois, agora cama mocinha! – Brinquei

– Tá bom, Ta bom, eu to indo domi! – Resmungou idêntica ao pai. – Mamãe, eu te amo! Você o meu irmãozinho e o papai – Disse ela sorrindo já se acostumando com a ideia.

– Aaah eu te amo mais! – Respondi

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– Não, eu te amo muito mais, um tantão assim ó. – Abriu os bracinhos o máximo que pôde pra mostrar o quão grande era.

– Mas eu te amo antes de você nascer! Já te amava dentro da minha barriga! – Achei que ela não teria mais nenhum argumento, mas como ela era uma sabe tudo versão mirim continuou a brincadeira.

– Mamãe se eu fui parar na sua barriga, foi porque eu quis! Então eu te amo mais, eu escolhi você! – Respondeu naturalmente. Não tive como argumentar mais nada, aquilo simplesmente me derrubou. Depois de gargalhar muito vendo a minha reação ela finalmente dormiu. Dei um beijo em sua testa e saí. Rony estava observando tudo parado na porta do quarto.

– É essa você perdeu de lavada! – Disse ele rindo.

– É eu percebi, vamos dormir – Respondi ainda achando muito graça do que havia acabado de ouvir e fomos para o nosso quarto.