Filha Da Tempestade

Destruindo algumas mesas


A vantagem de ser filhos do deus dos mares e que podemos manipular a água a nosso redor para nos movermos mais rapidamente, isso cansa, mas vale a pena, já que em pouco tempo ja havíamos chegado ao acampamento.

O engraçado e que assim que me viu, o vigia que estava em uma arvore caiu de lá, e quando nos aproximamos para ajudar ele estava branco, deve ter pensado que eu era um fantasma, por que quando tentou falar gaguejou mais do que qualquer outra coisa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

E não foi o único que ficou assustado, a maior parte dos campistas, ou melhor, todos os campistas que me viam ou ficavam pálidos ou começavam a falar olhando para mim, ótimo, sou o centro das atenções de novo.

Como se eu quisesse estar em praticamente todas as conversas, mas mesmo sabendo que dessa vez eles iam levar os boatos a um nível destruição do acampamento, estava feliz de estar ali, era o segundo lugar que eu mais gostava, o primeiro era a casa dos meus avos maternos, no interior do estado de São Paulo.

Seguimos diretamente para a casa grande, onde Quiron nos esperava, na sua cadeira de rodas mágica, ele ficava batendo os dedos nervosamente nas rodas da cadeira e eu fiquei um tanto quanto assustada com isso.

-Que bom que chegaram...

-Onde esta a Annabeth? - Percy nem mesmo deu o tempo para o centauro nos dar as boas vindas- desculpe Quiron, mas eu quero ver ela.

-Na enfermaria- na verdade não há uma enfermaria, eles usam os quartos da casa para os doentes, meu irmão mal havia ouvido a resposta e ja entrou na casa, sem nem ao menos agradecê-lo - jovens apaixonados.

-Eles são um completo exagero- deixei escapar e o centauro riu- como ela esta?

-Inconsciente, mas bem.

-Como esta a situação aqui?

-Até agora nenhum monstro foi convocado, ainda, mas temos patrulhas por todo o perímetro das barreiras mágicas e vigias por todo o acampamento.

-Posso ajudar com alguma coisa?

-Seria de grande ajuda se ficasse no lugar da Annabeth, mas acho que o chalé de Atena não precisa de ajuda, enquanto o de Afrodite...

-Nem pensar- falei antes que ele terminasse.

-Certo então fique atenta, qualquer emergência você pode ir ajudar- Quiron olhou para o sol que estava se pondo, havia um certo temor em seus olhos, como se soubesse que ao cair da noite algo ruim fosse acontecer.

E ele esta completamente certo, pouco depois que Percy e eu deixamos a casa grande tudo virou um completa zona, nunca vi nada como aquilo antes. E foi muito repentino, em questão de minutos, estávamos com a Annabeth e de repente gritos nos levaram para onde estava a pior cena que eu ja havia visto naquele lugar.

Um ciclope, maior do que qualquer um que eu ja tenha visto, estava invadindo o acampamento, onde o chalé de Afrodite devia estar montando guarda, mas por algum motivo não havia ninguém naquela área e o monstro estava destruindo tudo o que via pela frente, isso incluía a quadra de vôlei e basquete.

Vários campistas tentavam lutar contra o bicho, mas era como se fossem moscas perto dele, e pela minha experiência com ciclopes, quanto maior, mais difícil de matar, e apenas alguns cortes de espada não seria suficiente, uma flecha no coração ia ser bom, mas aquilo usava uma armadura.

-Como? - me perguntei imaginando quem faria uma armadura para um ciclope.

-Foco- Percy gritou para mim, ele já tinha a espada e o escudo em mãos, vendo isso eu peguei o arco- tente distraí-lo com algumas flechas.

Eu tentei, e não foram algumas flechas, os filhos de Apolo e alguns de Ares também mandavam flechas atrás de flechas mas elas simplesmente batiam na armadura e se quebravam, poucas acertavam o monstro e mesmo essas era como nada.

-Percy não esta dando certo- assim que eu falei o ciclope olhou para mim e disparou em minha direção- droga.

Desviei dele, mas tive que correr, já que o ciclope não desistia, enquanto todos tentavam fazer alguma coisa meu irmão estava parado, paralisado para ser mais exata, olhava para o monstro e depois para mim, não entendia o que estava se passando, mas estava rezando, para qualquer deus que fosse, fazer ele se mexer e me ajudar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O problema era que não adiantou, e estava cansada de correr por todo o acampamento, pulando por cima de coisas, desviando de tapas, basicamente tentando sobreviver.

-Por Poseidon, o que você quer? - gritei parando em cima de uma mesa, o ciclope estava um pouco longe e parou quando ouviu a pergunta.

-Seu sangue- ele gritou jogando a mesa de Zeus em cima de mim, minha sorte foram meus reflexos, eu me joguei para o lado bem na hora que a mesa se despedaçou em cima da que eu estava- fique parada filha da tempestade.

-Pra que? Pra me matar? Não abrigada- falei mandando mais algumas flechas nele, e por sorte, ou ajuda de um deus, acertei em seu olho, deixou o bicho mais irritado, mas pelo menos ele parou.

-Maldita seja a filha da tempestade- ele urrava de dor, enquanto retirava a flecha e piscava tentando enxergar alguma coisa- onde você esta?

Eu podia ter dito alguma coisa, mas aproveitei o fato dele não me ver para me aproximar sorrateiramente, por trás, onde havia uma abertura em sua armadura, um lugar de onde eu podia acertar seu coração.

E foi o que eu fiz, lancei uma flecha certeira e com mais um urro de ira o monstro se desfez em uma pilha de pó, a armadura ficou por cima da pilha, e ela era maior do que eu imaginava, os campistas olhavam assustados para mim, apenas os de Ares que olhavam admirados.

Era perfeito, só que não, eu era o centro das atenções de novo, se eu quisesse isso provavelmente ninguém ia ligar para minha existência. Guardei o arco e fui atrás do Percy, queria saber por que motivo ele ficou parado enquanto um monstro daquele tamanho me atacava.

E por incrível que pareça ele estava parado no mesmo lugar, provavelmente nem havia se mexido, estava preparada para brigar com ele, discutir, gritar qualquer coisa pra fazê-lo explicar o fato de ter ficado parado enquanto eu tentava não morrer.

Mas assim que vi o olhar dele, foi como se toda minha raiva virasse fumaça e se perdesse no vento, que agora não passava de uma leve brisa, não sei o porquê mas, aquele olhar estava me assustando.