Annoying
Capítulo Único
Naruto havia se jogado em cima de mim quando eu menos esperava, fiz uma careta de desgosto e — assim como eu imaginava — o branquelo bateu a foto. Não que eu me importasse realmente com aquilo.
Ela riu com a situação e se levantou.
— Já volto. — Comunicou e, em segundos, desapareceu.
Os olhos azuis vibrantes de Naruto olharam para mim e logo um grande sorriso se abriu, logo ele começou a conversar com o branquelo. Eu fiquei sem compreender o sorriso repentino do meu colega de equipe, entretanto, logo desviei minha atenção quando a porta foi aberta.
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Os cabelos róseos caíram gentilmente sobre a face serena enquanto Sakura caminhava, ela demonstrou um singelo sorriso e estendeu a bandeja na minha direção. Naruto havia — novamente — se jogado na direção dela e atingido a bandeja de maçãs, derrubando-as no chão.
Lembrei-me automaticamente do passado. Na vez em que estava mal-humorado e chateado pela pequena luta que fiz com Naruto — na luta em que Sakura havia tentado parar, por sinal — e após ela ter descascado as maçãs eu as derrubei no chão, de maneira hipócrita.
— Naruto, olha o que você fez! — Resmungou pegando os pedaços no chão e logo o batendo. Ele choramingou algumas palavras insignificantes e ela suspirou e fechou os olhos esmeraldas por alguns segundos.
— Naruto é idiota. Você ainda não se acostumou? — Sai falou calmamente, sendo seguido pelos gritos de Naruto. Ele somente sorriu em silêncio.
— Bem, vou descascar novas. — Sakura comentou. — Se comportem.
Sakura logo foi desaparecendo e os passos também não eram mais ouvidos. Eu me levantei e tentei arrumar sozinho o meu braço quebrado — que fora deslocado quando Naruto pulou — porém aguentei um resmungo que quase soltara.
Eu estava com a roupa do hospital, não era confortável e nem nada do gênero. Sai pelos corredores do hospital procurando a cozinha. Encontrei-me com Sakura voltando, no meio do caminho percorrido até ali.
— Precisa de algo, Sasuke-kun?
— Você tem um minuto?
— C-Claro. — Falou desconcertada, mas logo abrindo um sorriso.
Entramos em uma sala vazia, havia várias seringas ao redor, logo conclui que era a sala de vacinação. Ela olhou para o local também e abriu as janelas, que pareciam não serem abertas há uma semana.
— Bem, o que você deseja? — Falou delicadamente, se sentando em uma maca.
— Huh...
Eu não sabia como começar bem, somente queria pedir perdão pelo que já fiz e agradecer tudo o que ela fez por mim — desde me proteger e nunca desistir do meu “eu” verdadeiro que residia nas trevas, ou então de conseguir me amar, mesmo depois de eu tentar mata-la. — Somente queria fazer isso, mas parecia tão difícil.
— Eu só quero pedir desculpas por tudo que fiz.
— Tudo? — Falou surpresa, e, por instantes, consegui ver nos olhos dela a cena se repetir novamente, era algo cruel e que eu — no lugar dela — não perdoaria.
— Você não tem que pedir desculpas, Sasuke-kun.
Ela sorriu novamente e me abraçou, por segundos eu não sabia exatamente como reagir. Não havia o que pedir perdão? Eu tentei mata-la, eu a magoei inúmeras vezes! Foram tantas às vezes que eu não a respondi que não consegui salva-la, tantas vezes que ela me salvou, ou então quando eu deixava ela se machucar com os inimigos.
— Sakura...
— Tudo bem você não me amar. Tudo bem você me odiar. Eu só quero que você seja feliz, Sasuke-kun, não precisa me pedir perdão, eu só quero que você esteja bem e feliz, como nunca esteve antes, vivendo um dia melhor que o outro.
E, ao acabar de proclamar aquelas palavras, senti lágrimas invadirem minhas vestes. Sakura somente continuou abraçada e eu a abracei de volta por alguns segundos, em seguida ela se afastou alguns centímetros e secou as lágrimas.
— Me desculpe, eu estou sempre chorando. — Riu sem humor e sentou na maca novamente, dessa vez não olhando nos meus olhos. — Bem, vamos voltar?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Se... — Ela parou na porta quando eu falei. — Se eu não posso pedir desculpas, eu posso agradecer? Por todas as vezes que você me salvou, me ajudou, todas as vezes que tentou entender a minha dor.
— Eu... — Os cabelos róseos foram balançados pelas mãos nervosas. — Há uns meses atrás, eu só queria que você dissesse que eu fui útil, ao menos uma vez e que eu consegui ajudar em algo. Algo parecido com reconhecimento. E nessa guerra eu quase te perdi, e quando isso aconteceu eu entendi que eu não quero seu reconhecimento nem nada do tipo, só que você fique bem, que fique vivo. E acho que foi naquele momento que eu entendi mesmo o quão forte o meu amor é e quero que entenda, você pode não me amar, porém você é o meu amor e a minha vida.
— Eu ainda não te amo Sakura. – Eu falei incerto das palavras, o ambiente estava sério e era a segunda declaração dela que eu recebia, eu não queria fazer que nem a última vez, não queria mais a chamar de irritante ou só dizer mais um obrigado. Eu só queria — pelo menos uma vez — responder os sentimentos dela verdadeiramente. — Eu não te amo, mas eu quero tentar.
Os olhos esmeraldas se arregalaram e em seguida ela me deu mais um abraço, ela não chorava, ao contrário, eu conseguia sentir o seu sorriso tocando a minha pele.
— Ora, parece que esse já está ocupado. — Ino apareceu de mãos dadas com Sai que a fitava com um olhar de dúvida. Ela soltou uma risada maliciosa e piscou para Sakura que pareceu se esconder em mim. — Não adianta se esconder, vai me contar depois.
— Espera um pouco... Se o Sai não está com Naruto, quem está? — Sakura perguntou para Sai, que deu um sorriso falso. — Não me diga que o deixou sozinho
E em seguida, Sakura pulou dos meus braços ao ouvir um estrondo.
— Rasengan!
Oh não.
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