Pegamos as bicicletas e as levamos até a trilha.

- Nico. - Mía chamou - Eu não sei andar de bicicleta.

- É facil. - Afirmei.

- Não Nico. Eu não sei andar de bicicleta.

- Ta. Veja. - Subi na bicicleta e pedalei. - É só pedalar. - Mía parecia assustada. - Eu ajudo voce.

- Tá. - Mía encarou a bicicleta.

- Suba.

- Tá.

Ela subiu na bicicleta e logo se desequilibrou. Eu a segurei.

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- Fica tranquila. - Acalmei-a - É facil.

- Facil - Ela repetiu

- Eu to te segurando. - Afirmei.

- Confio em voce. - Ela respirou fundo.

- Pedale.

- Pedalar.

Mía fechou os olhos e começou a pedalar. Ela começou bem devagarinho. Eu estava segurando em sua cintura, para que ela não caisse.

- To consseguindo Nico? - Ela perguntou, pedalando, ainda de olhos fechados.

- Está consseguindo. - Afirmei.

- Não me solta. - Ela pediu e então abriu o olho.

- Soltei. - Falei soltando sua cintura e subindo em minha bicicleta.

- O que? - Ela falou meio confusa. - AH, VOCE ME SOLTOU.

- Mas voce está indo bem.

- AH MINHA NOSSA.

- O que foi.

- EU TO ANDANDO DE BICICLETA. SOZINHA.

- To vendo.

- Uhuuuu.

Mía começou a pedalar mais rapido. Fui indo atras dela.

- Isso é divertido.

Rimos. Fomos seguindo pela trilha. Era estranho, pois só havia nós dois por ali.

- Nico.

- Fala.

- Uma ponte.

Olhei adiante. Realmente havi uma ponte. Olhei para baixo. Era um rio fundo. Muito bonito.

- É só continuar andando.

- Eu não consigo. - Mía olhou para baixo. Ela realmente parecia nervosa.

- Conssegue sim. - Disse tentando dar confiança - É só continuar do jeito que está.

- Eu não consigo Nico! - De repente eu não soube o que aconteceu. Mía parou de pedalar. Eu estava vindo atras dela e com essa parada repentina, nós trombamos. Não vi mais Mía. Olhei de um lado para o outro esperando que ela aparecesse, mais nada aconteceu. Então entendi. Mía caiu no rio.

- Ah não. - Olhei para baixo. Não via Mía. - Mía! MÍA!

Por uma fração de segundo seus braços bateram desesperadamente na beira do rio. Como ela havia caido? Não sei. Sentia que ela estava perdendo o ar. Sentia que ela estava morrendo. Mas isso não iria acontecer.

- Socorro! - Gritei, porem minha voz falhou - SOCORRO!

Havia duas opções. Ou eu pulava no rio ou eu ia chamar ajuda. A primeiro opção seria uma idiotice, por que eu não sei nadar. A segunda opção... Não daria tempo.

- Merda. - Falei em voz baixo. Acho que eu teria que pular.

Novamente eu não sei o que aconteceu. Só vi a água subir e, literalmente, trazer Mía de volta para a ponte. Corri até ela.

- Ah meus deuses. - Agachei e coloquei a mão no rosto encharcado de Mía que estava tendo uma crise de tosse.

Olhei em volta em busca de ajuda. Tomei um susto quando olhei para o menino ao meu lado.

- Percy?