Death Note: Os Sucessores - 2 Temporada

Cap. 12: O Último Beijo


Sophie observava as telas a sua frente. Várias mostravam canais de televisão onde o assunto era sempre o mesmo: a sociopata que sequestrou a filha de um grande empresário. Outras tinham os dados da investigação, foi um trabalho árduo, mas ela conseguiu convencer a todos da existência do Death Note através de um vídeo que mostrava nada mais nada menos do que Misa Amane escrevendo nomes no caderno provando sua efetividade.

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E naquele exato momento a única folha que havia restado do caderno aprendido por Near e a SPK da época estava indo pro Japão por intermédio da Nevidim. Mesmo antes do aval dos chefes de Estado Near destruiu o caderno na frente de todo mundo, mas escondeu uma única folha preenchida até a metade.

Como um bom jogador sabia quais peças sacrificar e quais peças manter para um problema futuro.

Ela ouviu uma batida na porta.

– Entre Watari. – ela disse convencida de que era seu fiel amigo que havia ligado minutos antes informando que já estava voltando para o QG com a tal encomenda.

O rapaz girou a maçaneta e entrou.

– Na verdade sou eu. – disse Scott. Sophie não se virou e continuou encarando os monitores.

– Entre assim mesmo. – ele obedeceu e fechou a porta atrás de si. O quarto de Sophie mais parecia uma sala de comando com uma cama. – Como posso ajudá-lo?

– Eu... Eu queria conversar com você. É que naquela hora eu estava com a cabeça cheia e você me ensinou que de cabeça quente nada tem bons resultados. Então agora que me acalmei e digeri a notícia queria tratar de algo muito sério com você. – ele parou ao lado da cadeira de rodinhas.

– Sim? – ela continuou estática.

– Sophie. – ele segurou o encosto da cadeira e girou para ficar de frete à garota. – Eu pensei bem e... Acho que seria melhor deixar a investigação.

Eles se encararam prendendo o fôlego. Sophie soltou o ar e tornou a girar a cadeira para as telas.

– Eu discordo, mas se é isso que quer tudo bem. Providenciarei tudo e poderá voltar pra Washington o quanto antes. – ela começou a teclar e Scott ficou lá ao seu lado tentando entender suas palavras. – É só isso? – ela parecia irritada.

– Não. – ele puxou a cadeira para longe da mesa. – Não é só isso. Quero que me explique as coisas, quero saber quanto a gente e acima de tudo quero que pare de tentar ser como o Near. Você é muito melhor do que aquele cretino.

– Agora que ele está morto é fácil criticá-lo, mas se me lembro bem todos nós o adorávamos quando estávamos no treinamento viajando o mundo e conseguindo tudo o que queríamos à custa dele.

– Não me acuse de ser hipócrita eu sempre deixei claro meus sentimentos por ele. E Near não vem ao caso. O assunto é nós dois.

– Não entendo. – ela rebateu.

Como se houvesse algo que não entendesse. Se fazer de boba é a pior das alternativas, Sophie.

– Sophie por favor... – ele suspirou. – No dia em que fui embora nós nos beijamos. – ela desviou o olhar.

– Sim.

– E? Isso não significou nada pra você? Eu não significo nada pra você?

– Eu não disse isso. – ela se virou apressada. – Eu só... Tenho muita coisa na cabeça agora, estou no meio de uma guerra.

– É, eu também. E a melhor parte da historia é que o inimigo é minha irmã. – ele ficou de costas e andou na direção contraria a ela até chegar na cama onde se sentou na beirada. – Minha cabeça esta rodando. Eu achei que poderia evitar o fato de ser um Yagami, mas é como se Light voltasse sempre e sempre pra me atormentar. E até agora a única coisa que eu sempre tive para me prender a realidade e ser quem eu sou, acho que ser uma pessoa boa foi você Sophie.

A garota pareceu surpresa, se levantou da cadeira e caminhou até ficar de frente pra ele.

– Eu?

– Sim. Eu poderia ter odiado o Near, pensar que a justiça não funciona, que o L é sempre uma pessoa vazia e cínica, mas depois de tudo o que aprendi com você... – ele abaixou a cabeça e passou as mãos nos cabelos. – Acho que foi isso que me manteve no caminho certo, fez com que eu não me tornasse o Lig... O meu pai.

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– Não fui eu. Se você pensa dessa maneira foi por você mesmo. E por isso... Por isso tenho orgulho de você. Apesar de tudo você continuou sendo aquele rapaz brincalhão que eu conheci na Wammy’s. – ele a encarou. – Você não se rende ao padrão, enquanto todos na Wammy’s eram nerds solitários e calados você era escandaloso e divertia o lugar. E mesmo sabendo quem são seus pais e tendo sempre olhares de preconceito sob você por causa disso você preferiu enfrentá-los a trilhar pelo caminho mais fácil.

– Nunca tinha visto dessa maneira. Você tem razão, mas também me influenciou a ser assim. – ele segurou a mão da garota. – O que estou querendo dizer é que eu nunca esqueci aquele beijo e o que você significa pra mim. Eu... – ele a puxou pra mais perto. – Eu me apaixonei por você Sophie.

Eles se olharam por uma fração de segundos que pareceu durar séculos. Sophie então deu um passo na direção dele e tocou seu rosto se aproximando cada vez mais dele até seus lábios se encontrarem. Scott que continuava sentado na cama segurou sua cintura e a puxou até caírem os dois na cama.

– Eu também me apaixonei por você. - disse Sophie enquanto recuperavam o fôlego. Ele passou a mão pelos cabelos negros dela e a beijou de novo. Ela se agarrou a nuca dele fazendo seus corpos se encontrarem.

– Ainda vai deixar a investigação? – ela perguntou deitada de frente pra ele enquanto ele acariciava seu rosto.

– Acho que será melhor assim. Não sei se posso lutar contra minha própria irmã por mais que ela seja o Kira. Tenho medo de hesitar e então estragar tudo.

– Entendo. Mas não precisa ir embora fique no Japão, pode ficar na investigação sem sair para missões de campo ou se envolver diretamente.

– E aí quando algo der errado serei o primeiro suspeito. – ele disse dando um riso.

– Não. Não deixarei isso acontecer. – ela segurou sua mão.

– Obrigado. Mas devo mesmo voltar pros Estados Unidos. – ele moveu seu corpo abraçando o dela. – Só não se arrisque muito, saia dessa viva e então volte pra mim.

– Está bem. Farei o possível. - ela se aconchegou em seu peito.

– E... Queria te pedir uma coisa. – ele pareceu incomodado e se levantou. Sophie se sentou ao lado dele. – Se capturarem Kira vivo, o que é a intenção, né... Bom, eu... Eu queria conhecer a minha irmã. – ele a encarou serio.

– É uma promessa. – ela sorriu e ele a beijou novamente.

E foi como se voltassem no tempo, na época de seu treinamento, ficaram ali simplesmente conversando, relembrando o passado e perdendo um tempo que não tinham, mas não se importavam. Quando a noite caiu Sophie dormia nos braços de Scott.

A sucessora de Near, herdeira de L nos braços do filho de Kira.

No meio da noite Scott acordou, ou melhor ele não dormiu, tinhas as sobrancelhas cerradas e com cuidado de afastou de Sophie. Se levantou rapidamente e caminhou até as telas de computadores. Tirou um dispositivo preto USB do bolso e conectou na entrada. Depois prestando atenção pra ver se a garota não acordara pegou o mouse e começou a copiar os arquivos. Quando as senhas foram requisitadas ele tirou um outro aparelho, dessa vez vermelho, do bolso e as pastas abriram e os arquivos continuaram a ser copiados.

Ficou ali por cerca de dez minutos até tudo ser transferido, guardou novamente os aparelhos no bolso e caminhou até a porta. Olhou uma última vez para a jovem que dormia tranquilamente, com uma expressão feliz no rosto sem suspeitar de nada.

Quem diria que seria tão fácil enganar o L. É Sophie, pela primeira vez desde que nos conhecemos eu ganhei, este é meu xeque mate.