We Are Demigods

Caça A Bandeira


CAT

Ah, capture a bandeira. Esse é um dos poucos esportes que eu participo. Bem, eu não sou sedentária... Só um pouco, mas isso não vem ao caso. O caso é só que eu não sou fã de esportes e esse é um dos poucos que eu participo. Ah, da pra entender isso.

– A equipe azul vai ganhar - comentei com Angel.

– Não mesmo - ela retrucou - A equipe vermelha vai ganhar.

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– Olha não me leve a mal, mas a equipe azul vai acabar com a equipe vermelha.

– A vermelha vai acabar com a azul.

– Apolo, Atena, Ares, Afrodite... Por que a gente fez aliança com os chalés dos deuses que começam com A?

– E eu que sei?

Dei de ombros. Se eu não sei, ela vai saber?

– Por que você aceitou se aliar com os chalés de Hefesto, Hécate, Hermes... Vocês também se aliaram com chalés com a inicial H.

– Você não dividiu bolinho comigo.

– Ah, é. O bolinho estava uma de-li-cia! - Angel arregalou os olhos como se isso fosse um ultraje.

– Campistas! - Quíron chamou - Se dirijam para a floresta! A caça a bandeira vai começar.

A maioria dos campistas gritou, mas eu fiquei calada. Estamos indo fazer uma coisa importante, então eu fico em silêncio para me concentrar.

– Quebre a perna - Angel falou - E eu não estou falando na língua do teatro. - Revirei os olhos. Já me acostumei com o comportamento violento da Angel.

Fui na direção da equipe e começamos a nos preparar para a caça a bandeira. A EQUIPE AZUL VAI GANHAR MOTHERFUCKERS!

Perto da bandeira (sim, perto, então não estávamos quebrando nenhuma regra) tínhamos dois filhos de Ares, um filho de Atena, uma filha de Afrodite (que por alguma razão desconhecida resolveu jogar), eu e Will. Ou seja, nossa bandeira estava muito bem protegida.

– É o seguinte - falei - Fiquem atentos a qualquer barulho. E prestem atenção nas sombras, eu não duvido nada que Angel ou Nico venham para cá por elas.

– Você não manda na equipe, Madson.

– Fica quieto, Willians, eu estou tentando ajudar.

– Façam silêncio, os dois. - O filho de Atena disse. O filho de Atena no caso é Malcom, e ele sabe muito bem da minha briga com Matthew Willians. A gente até que era amigo antes e tal, mas ninguém fala mal algum irmão meu (principalmente se ele estiver morto) e espera que eu o trate normalmente. E sim, eu sou orgulhosa.

Estava ficando entediada ( TDAH manda um oi), nada estava acontecendo e blá, blá, blá, até que Malcom resolveu falar

– Certo, tive uma ideia. Cat, Will, cada um fica em uma dessas árvores, um de cada lado. Fiquem atentos a qualquer movimento. Matthew e Sherman, vocês se escondam em qualquer lugar aqui pero e ataquem qualquer um que não for do nosso time. Layla, você fica aqui, seria suspeito demais largar a bandeira sozinha. Você não precisa nem parecer interessada em fazer qualquer coisa - Matthew e Sherman olharam um para o outro sorrindo com as espadas em punho e saíram dali. Layla sorriu e jogou aquele cabelo castanho perfeito - que por sinal, me da vontade arrancar essa palha de aço loira que eu chamo de cabelo - para fora do elmo. Will foi para a árvore da direita e estava indo para a da esquerda.

– E você, Malcom? Onde vai ficar?

– Não se preocupe - Ele deu um sorriso do típico cientista maluco - Eu tenho uma perfeita ideia. - Dei de ombros. O que esperar de algum amigo meu? Afinal, ser normal é para os fracos.

Escalei a árvore com facilidade e me ajeitei em um galho alto, mas que se eu caísse, não me machucaria muito. T.C, ou Tiro Certeiro, meu arco e flecha divo já estava na mão e a flecha também. Infelizmente, não era a minha "aljava de batalha" ali, era uma com flechas normais e com ponta de borracha. Não doem tanto quanto a minha flecha favorita (aquela diva com veneno de hidra), mas deixa uma marca roxa e dolorida por dias. Oh yeah, as vantagens de ser uma arqueira.

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Passou um tempo. Tudo estava muito quieto e... BOYACHTCHA! Não aconteceu nada.

ANGEL

Eu vou, eu vou, acabar com otários agora eu vou...

Eu adoro capture a bandeira. Você pode acabar com as pessoas (sem morte ou mutilação) e ninguém vai tentar te expulsar! Ah, isso sim é maravilhoso.

A equipe vermelha estava discutindo alguma coisa menos interessante do que um inseto voador sendo devorado por uma aranha, ou seja, eu estava brisando.

– Entenderam? - alguém perguntou. Fiz o que todo brisador profissional faz: confirmei com a cabeça e falei "aham".

– Então, Nico - falei assim que todos começaram a se espalhar- Que que eu tenho que fazer?

– Você não tem jeito mesmo, Angel... Nós vamos ficar procurando a bandeira, já que podemos viajar nas sombras e assim fica mais difí...

– Chega, eu já entendi.

Argh, isso que eu ganho por deixar a Cat e o Nico conversarem, meu irmão está ficando "nerd-zado". Algum dia os nerds vão dominar o mundo, não diga que eu não avisei.

– Vamos?

– Não. Eu quero ver alguns manés se dando mal. - meu irmão ia falar qualquer coisa que não era importante, então fiz minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança e falei com um sorriso que devia ser fofo - Por favoooor!

Nico me deixou ver os otários sendo esmagados enquanto ele procurava a bandeira. Isso é tão lindo!

Depois de um filho de Ares acho que quebrar o braço de um filho de Hermes, resolvi procurar a bandeira também.

***

O cansaço já estava começando a dominar o meu corpo. Eu estava andando na floresta fazia mais ou menos 10 minutos. Eu já estava perdendo a paciência de ficar andando por aí em círculos. Eu tenho certeza que eu já vi aquele esquilo antes! Como toda boa gorda eu estava quase desistindo e indo comer, mas como os deuses me adoram eu avistei a bandeira do time azul. Pessoas burras iriam correndo para o abraço, mas eu tive uma iluminação que veio do além da vida. Andei sorrateiramente até uma árvore e me escondi. Vi dois filhos de Ares, Mattew e Sherman, Layla a filha de Afrodite, Will e Cat empoleirados em árvores. Lentamente eu andei até onde os filhos de Ares estavam e soltei minha bomba de gás paralisante da loja da Medeia. Depois de desenhar na cara deles fui até a bandeira.

Eu já havia nocauteado Layla e estava andando nas sombras (como um não filho de Hades faria, só que sinistramente bom). Quando eu estava na metade quando eu ouvi um barulho na árvore atrás da de mim. Virei-me já com a espada na mão a tempo de cortar a flecha que foi lançada contra mim ao meio. E pelo visto Will me viu. Pego outra bomba paralisante, em poucos segundos Will estava parado que nem eu na aula de educação física. E o mais impressionante foi que foi tudo em silêncio. Eu ia até a bandeira quando ouvi um barulho.

CAT

Estava quieto demais... Até eu ver alguma coisa se mexendo. Certo, poderia ser um monstro, mas continuei de olho mesmo assim. A coisa se mexeu de novo, e como ficar parada na árvore estava um tédio, resolvi atacar. Peguei uma flecha normal com a ponta bem afiada, mirei e atirei. Em seguida escutei um som bem humano e desci da árvore.

Segui o caminho da flecha e dei de cara com alguém.

– Essas plantas não te escondem das minhas flechas.

– Há, há, muito engraçado, Cat.

– Sim, eu sou completamente hilária.

– Dá pra soltar essa flecha? Eu não estou alcançando.

– Se dá? Sim, claro que dá. Se eu vou? Provavelmente não.

– Cat...

– Pelos deuses, você é tão folgado, Nico. - reclamei enquanto soltava a ponta da flecha- E quem vem para a caça a bandeira de casaco?

Depois de soltar a flecha, empurrei Nico para o chão (que é? Eu sou loira, não burra! Mesmo que ele seja meu amigo, ainda é da outra equipe), puxei minha faca e prendi a parte de cima da bota na terra.

– Que ótimo - ele revirou os olhos- você soltou meu casaco para prender a minha bota.

– Tanto faz - balancei a mão- O time vermelho não vai pegar a bandeira mesmo.

– Isso é um desafio, Madson?

– E se for. di Angelo?

– Se fosse, seria um desafio perdido - Nico levantou as sombracelhas. Olhei para trás e... Merda!

– Angeline Vellar! LARGUE ESSA BANDEIRA AGORA!

Angel me olhou com uma cara de poucos amigos, me mostrou a língua e saiu correndo. Eu teria corrido atrás dela se não fosse pela criatura diabenta, Nico, que pulou em cima de mim. Rolamos por um tempo até que eu mordi o nariz dele que gritou e saiu de cima de mim (N/Angel: Huuuuuuuum. Safadinha), idiota, me levantei e comecei a correr onde eu achava que a Angel foi.

Ela estava quase atravessando o riacho, quando um dos meus irmãos a segurou pelo braço. Angel olhou para ele, seu olhar parecia veneno, e deu uma voadora muito phoda que fez meu irmão sair voando até uma árvore. Apesar de ter sido no meu irmão e ter dado vantagem para o inimigo, eu senti muito orgulho da Angel.

Um filho de Hefesto entrou na minha frente e começamos a lutar.

Caramba, por acaso isso é alguma cisma comigo? Sempre que eu me distraio por um segundo alguma coisa me ataca! Droga, droga, droga!

O filho de Hefesto carregava uma espada de aparência pesada, então o que tenho que fazer é cansar ele. É. Eu não tenho um escudo mas... Foda-se.

Levantei minha mão direita, que segurava a faca novamente e arranhei o braço do outro semideus. Ele foi pego de surpresa, o que me deu tempo tirar meu arco das costas e puxar uma flecha. Não era uma comum e nem uma hidra, era uma daquelas flechas que deixam marcas doloridas. Eu não acho atirar de perto muito bom, mas que seja. Me afastei um pouco e lancei a flecha, que acertou o ombro do filho de Hefesto.

Ele se recuperou mais rápido dessa vez e veio na minha direção. Corri um pouco até perto de uma árvore e fiquei parada, fingindo recuperar o ar. A criatura (qual é o nome dele? Acho que vou chama-lo de Derp) veio resmungando com a espada e quando chegou perto a levantou. Eu desviei a tempo de não levar um corte na altura do ombro, e a espada ficou presa na árvore (ninfa furiosa em 3... 2...). Acertei uma flecha em uma fenda na armadura abaixo do braço de Derp quando ele o levantou para pegar a espada. Ele gritou enquanto eu prendia o arco na aljava. Corri até a espada, a tirei da árvore e bati com a parte chata da lamina no elmo de Derp, que caiu no chão. Murmurei um "desculpa" quando sai dali. Angel não ia vencer dessa vez.

ANGEL

Eu estava correndo com a bandeira nas mãos, e você sabe como é difícil correr com uma armadura grega completa e uma bandeira?

Dai você pensa: mas você pode viajar na sombras, oh diva, fabulosa e sexy Angeline! Por que não faz isso?

Simples, jovem pupilo, cansa demais fazer isso carregando esse tanto de trambelho, então eu tenho que agir como as criaturas inferiores a mim e correr.

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Parei um pouquinho em um lugar escuro bem agradável que achei e me deixei fazer uma pausa. Arrumei meu elmo, tirei o cabelo da cara e guardei a espada na bainha. Quando peguei a bandeira de novo para terminar de atravessar... BANG! Cat apareceu no meu caminho.

– Cat, vocês já perderam, me deixa passar logo.

– Não. Agora eu não quero deixar mesmo. Agora larga. A. Bandeira.

– Isso é por orgulho?

– Sim.

– Então, não.

– Aargh, sim.

– Não.

– Você quer mesmo essa bandeira? - perguntei

– Sim.

– Então vem pegar! - mostrei a língua e sai correndo. Cat deve ter ficado surpresa, por isso não me seguiu na hora. Corri mais, mais e mais e... Cai no chão.

– Que merda, olha por onde... - Levantei os olhos e levei um susto. Um filho de Atena que eu não lembro o nome agora estava carregando minha bandeira.

Me levantei em um pulo e comecei a correr, mas ele também estava correndo, e muito rápido. Anda, Angel, anda! Pelo doritos!

– AAAAH! - gritei quando estava quase terminando. Olhei para trás por um segundo e vi o filho de Atena quase atravessando também. Pulei e cheguei do outro lado

– Ahn... Quem chegou primeiro? - alguém perguntou

– Não sei, pra mim pareceu ao mesmo tempo - outro alguém falou.

– Pra mim também.

– Então... Vai ser considerado empate?

– Err... Acho que sim.