We Are Demigods
Especial Natal/Ano-Novo-Parte II: Ano Novo
LUCY
Passar o Natal na casa da família (enorme, diga-se de passagem) da Angel foi ótimo, não havíamos sido atacados por monstros (graças a Edu e suas ótimas magias de ocultação), mas eu ainda sentia o cheiro de naftalina da tia da Angel.
Três dias após o Natal, nós pegamos um trem para a Inglaterra, e tudo teria ficado bem se não fosse por ter uma mulher de azul comendo pato enquanto falava mal dos Avengers. Angel simplesmente atacou a mulher, e foi preciso que Leia, Dakota, Savannah e eu tirássemos ela de cima da mulher enquanto Cat falava que arranjaria fotos de Tony Stark sem camisa ou vestido de paçoca para ela acalmar, porém a mulher falou que ia reclamar, e Angel pulou em cima dela de novo e dessa vez foi preciso ter a ajuda de Malcolm e Nico para tirar ela de cima da mulher, que berrava desafinadamente enquanto Angel gritava "PATOS INOCENTES! AZUL MALÉFICO! AVENGERS DIVOS! PARA DE MUGIR, VACA!". Octavian dormia (lindo) e Tony assistia tudo sorrindo e gritando "UHUUUU! TEAM ANGEL!". No fim, fomos todos expulsos do trem.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Depois, Angel e Nico nos levaram por uma sombra até uma estrada, pois alguém teve a brilhante ideia de pegar o último trem do dia. Angel, que sempre fica muito cansada quando leva alguém pelas sombras, quase dormiu em pé, e sobrara para Tony carregar ela. Ele estava reclamando, mas não sei por que. Angel é tão magricela... parece só pele e osso!
– Eu to com fome! - Tony começou - E meus braços estão cansados!
– Afinal, quem teve a brilhante ideia de pegarmos o último trem do dia?! - perguntei.
– Você. - Todos, tirado Angel, falaram.
– Grossos. - murmurei.
– Eu to com fome! - Tony reclamou novamente.
– Alguém da comida pra esse menino logo! - Edu bufou ao meu lado.
– Apoio o Edu - Angel murmurou, acordando.
– Alguém tem comida?! - Malcolm falou, se juntando ao coro de reclamações.
– E alguma coisa pra beber? Eu estou com sede! - Savannah também se juntou.
– Vocês esqueceram de que estão andando com Catherine Madson? Ela sempre tem comida. - Nico revirou os olhos.
– Verdade. Bem... vamos ver o que eu tenho... - Cat começou a mexer na mala.
– Você tem macarrão? Eu quero macarrão!
– Por que eu teria macarrão, Leia?
– Porque você não teria macarrão?
– Eu tenho miojo. Serve?
– Não.
– Pelo menos eu tenho Kool-Aid... AH! ACABOU! MINHA MALA, MINHA MALA, MINHA MALA! - Não precisa dizer quem foi, certo? - ACHEI! Meu lindo Kool-Aid... - Deixamos Dakota ter seu ataque em paz.
– Me dê minha mala. - Angel falou se sentando na beira da estrada e pegando um Doritos de dentro da mala. Típico.
Todos nos sentamos enquanto Cat tirava caixinhas de "suquinho de uva de soja" e barrinhas de cereal com chocolate e batatas chips da mala e começamos a comer. Tinha bastante comida lá, e o pior é que havia mais na mala de Cat. Esfomeada.
Depois de comermos, ninguém estava com vontade de continuar andando para procurar algum lugar que tivesse qualquer coisa pra nos levar até a casa dos avós de Cat (onde está tendo a reunião anual da família dela), então ficamos sentados brisando. Algum tempo depois eu escutei o barulho de um carro e me levantei para conferir. Estávamos lá há quase quarenta minutos e nenhuma ainda viva apareceu! Uma van lírio amarelo apareceu e parou na nossa frente.
Um homem de chapéu de caminhoneiro e enormes óculos de sol apareceu na janela da van, o que fez Tony dar um grito esganiçado, e perguntou se nós precisávamos de ajuda. Eu sei que não se deve aceitar a ajuda de estranhos na beira da estrada, mas Angel se recusava a fazer mais alguma viajem nas sombras! E nós nem sabíamos onde estávamos!
– Na verdade, sim, nós precisamos, senhor.
– Então hoje é seu dia de sorte! Vocês precisam ir para algum lugar, certo? Onde?
– Londres.
– Entrem ai! E podem me chamar... Ahn... De... Tio Rabino!
– Rabino? Você é um rabino de verdade?! Eu sempre quis conhecer um rabino! - Malcolm falou e depois começou um discurso sobre rabinos.
– Ahn... Não.
– Ah...
– Malcolm, você tem que fazer discursos para tudo?
– Sim. Agora me deixa e entra logo.
SAVANNAH
Depois de entrarmos na van amarela (porque pra mim amarelo é tudo igual), eu tive que aguentar Cat sussurrando que o Tio Rabino deveria ser um assassino ou algo do tipo até a van parar.
– Tio Rabino? Por que paramos? - Leia perguntou.
– Está tudo bem? - completei.
– Está tudo ótimo. Eu só quero respirar um pouco de ar fresco. Venham também! - Eu tive um mal pressentimento, mas ignorei, afinal, era o Tio Rabino! Ele tinha uma barba tão legal!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Todos, menos Edu, que dormia, seguimos Tio Rabino enquanto Tony reclamava. Por Tânatos, ele só sabe reclamar?
– Sabe... Acho que estou com um pouco de fome.
– Eu também, Tio! - Angel gritou - A gente pode fazer tipo um lanche coletivo, sabe? Mas eu não vou dividir meu Doritos com ninguém, já avisando!
– Não desse tipo de comida. - Tio Rabino rosnou e começou a se contorcer.
– Manticora. - Nico disse já sacando a espada de ferro estígio. Olhei em volta. Tinhamos quatro espadas (Malcolm, Angel, Dakota e Nico), duas facas (Lucy e Octavian. Sério, acho que os dois só andam com facas para não falarem que estão desarmados), uma lança (Leia), um arco e flecha (Cat) e um machado (eu divando), além de um garoto reclamão e um ser totalmente divo e brilhoso dormindo. Pensei que essa manticora não tinha chance, mas não contei com o carro estacionado alguns metros atrás.
– Que droga. Eu esperava não ver nenhum monstro. - Cat suspirou armando o arco.
– Diga por você. - Leia correu e atacou o Tio Rabino (agora manticora).
Assim que Leia começou a correr, as portas do carro parado se abriram e duas pessoas saíram, virando mais duas manticoras. Merda.
– AGORA VOCÊS VEEM ESSES BICHOS HORROROSOS?! - Tony berrou (de um jeito nem um pouco másculo)
– Você tinha visto antes? - Angel perguntou.
– Duh.
– Ah, certo. Corre pra van e acorda o Edu.
– E vocês?
– Sério que você está perguntando isso?
– Bem, sim. Foi mais por educação, sabe? Estou vendo que vocês tem essas espadas legais e... AAAH! BICHANO!
– Vai pra van, Tony. Agora.
E então Tony saiu correndo para a van.
Angel levantou a espada e atacou a manticora. Enquanto isso, Leia, Dakota e Lucy estavam fazendo um bom trabalho com a outra. Cat e Nico estavam ajudando Angel, então sobramos Octavian, Malcolm e eu para matar a outra.
Malcolm bateu na manticora com a espada e a fez ir na direção de Octavian (ha, ha), enquanto eu acertava a perna do monstro com meu machado (porque eu sou muito sexy) [N/Cat: você está se confundindo comigo!] sai daqui.
A manticora se virou para mim, mas Malcolm a acertou com a espada e então ela soltou os espinhos. Eu consegui desviar, não sei do resto do povo, e chamei a atenção do monstro para mim. Bati a parte lisa do machado nela, e nesse momento em que ela (ou ele?) se distraiu e nós a matamos.
Observações: Octavian não faz porra nenhuma e monstros são burros.
ANGEL
Depois de matarmos aquelas manticoras (beijos, monstros) nós resolvemos pegar a van de Tio Rabino, a manticora com a melhor aparência que eu já vi, já que ele não precisaria mais dela (muahahaha). Tio Rabino realmente estava nos levando para Londres, ele tinha um GPS, então Lucy, a única com carteira de motorista, dirigiu o resto do caminho. E nós quase batemos mais de sete vezes. Eu quase morri. Como alguém deixa ela tirar a carteira de motorista?! Eu quase morri! Eu sou fabulosa demais pra morrer!
Depois de um pequeno ataque de gritos, eu me acalmei. O caminho até a casa dos avós da Cat foi um saco, eu não consegui dormir e aquelas criaturas falam demais.
Quando a van finalmente parou, eu fiquei feliz. Não acho que dá pra aguentar uma viagem com Dakota e Octavian tentando cantar Lady Gaga, que era o único cd que prestava naquele carro. Sabe a moral que o Tio Rabino tinha por ter uma barba legal? Acabou depois de eu ver os cd's dele. O cara tem um gosto musical terrível!
– Chegamos... Certo, Cat?
– Sim. Que saudade de casa!
–Por que tantos carros na porta? - Perguntei.
– Reunião de família. Todo ano a minha família se junta na casa de alguém do dia vinte e três de Dezembro até o dia primeiro de Janeiro. Normalmente é uma droga. Eu vou bater o interfone. - Então Cat desceu da van e foi para o portão da frente. Não escutei o que ela disse, mas o portão abriu e nós entramos, o que foi suficiente para mim. Lucy estacionou a van sem bater em nenhum dos muitos carros (milagre!) e então descemos.
– Terra firme! - Edu gritou. - Nunca mais entro em um carro com você, Lucy!
– Dramático.
– Blá, blá, blá, calem a boca e sejam educados, essa é a casa dos meus avós.
– Baixou a Angel em você, Cat? - Leia disse rindo.
– Idiota. - Cat revirou os olhos. Ela pegou uma chave em baixo do tapete e abriu a porta. - Entrem logo.
***
– Vovó? Vovô? Mãe? Cheguei!
– Cat! Oi, querida!
– Oi, vovó! Tudo bem?
– Tudo sim, e você? Esses são os amigos que você trouxe? Apresente eles!
– Essa é a Angel, vó. - Cat colocou a mão no meu ombro. - Essas são a Lucy, Leia, Savannah... - Cat parou para respirar. - Anthony, Dakota, Malcolm, Edu, Octavian e Nico. - Cat também colocou a mão no ombro de cada uma das pessoas.
– Nico? RAY! VEM AQUI NA SALA!
– PRA QUE, VÓ?
– EU SOU A SUA AVÓ E ESTOU PEDINDO PRA VOCÊ VIR AQUI! VEM LOGO!
– JÁ 'TO DESCENDO! Oi, vó. Ah, oi Cat. Oi amigos da Cat.
– Olá, Nicki Minaj.
– Não me chama assim, nós temos vistas!
– Ah, qual é, Ray-munda! Essa não é a coisa mais estranha que eles me viram falar.
– Nem eu sei qual foi a coisa mais estranha que você já falou - falei, me metendo - talvez seja "BORBOLETA DOS INFERNOS! EU VOU TE MATAR, SUA BITCH! ESTÁ VENDO ISSO? É A SUA MORTE CHEGANDO!", ou...
– Angel!
– Não, acho que essa uma das coisas mais comuns que você fala.
– Deixa isso pra lá. Vó, por que você chamou a Ray mesmo?
– Ah é. Qual o nome que você escuta a Cat falar dormindo? - Ray deu um sorriso malicioso. Acho que vou gostar dessa garota.
– É "Nico". - Cat arregalou os olhos e ficou mais vermelha que o cabelo da Leia. Não ria... Não ria... Ah, foda-se. HUAHUAHUAHUAHUAHUHUA *muito tempo de riso interno para se escrever depois*
– Ray, você sabe que eu disse isso porque eu sonhei que ele tinha roubado meu hambúrguer! - Cat revirou os olhos - E eu falo um monte de nomes dormindo, normalmente seguido de "eu vou te matar, seu neandertal estúpido".
– Pensei ter escutado a voz da Cat... Ah, oi filha!
– Oi mãe.
– Nossa, fala comigo direito!
– Oi, mamãe linda do meu coração, tudo bem?
– Agora não vale mais.
– Mãe...
– Ah, visitas! Oi! Eu sou Sarah Madson, ou como acredito ser melhor reconhecida, mamãe da Catherine! - Nessa altura, Cat já subia as escadas correndo.
– Onde você vai, Cat?
– Banheiro?
– Desce logo, é falta de educação largar seus convidados assim!
Eu segui Cat logo depois de ela ter subido, e sabe o que a criatura fazia? Tirava desenhos das paredes dos quartos e os guardava em uma pasta. Eu hein. Depois eu sou esquisita.
TRÊS DIAS DEPOIS
É oficial, eu amo a família da Cat! Desde que chegamos aqui ela já ficou tão vermelha que eu nem sei como ela não virou um tomate! A família da Cat tem bastante gêmeos, fala muito palavrão, come pra caralho, grita muito e ama fazer ela passar vergonha, e isso é ótimo pra mim! Eu sou uma ótima amiga, eu sei, mas chantagem emocional não funciona com ela!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Eu descibru umas coisinhas interessantes sobre a Cat esses dias, como:
* Se alguém tentar ver algum rascunho dela, ela vai gritar e pular na pessoa.
* Cat arruma a cama todo dia antes de dormir.
* Ela fala dormindo mesmo, antes eu não tinha percebido, mas é verdade, e ela fala cada coisa dormindo... Muahahahahahahahahaha! É ouro puro, meus queridos!
* Bagunçar a cama dela é uma ótima maneira de a deixar irritada.
* Ela e a prima, Ray, costumam acordar os primos com o som alto tocando alguma coisa como Commando, dos Ramones.
CAT
Acho que a minha família sente prazer em me envergonhar. Sério. Eu vou tentar ignorar esse fato... E que eu estou ficando vermelha toda hora e tentar me concentrar no que está acontecendo agora. No momento, eu agradeço por não ter uma foto minha bebê na banheira, porque a minha mãe resolveu mostrar os álbuns de fotos para todo mundo, inclusive aquela foto do Halloween de quando eu tinha quatro anos, tinha o cabelo quase branco e estava vestida de abóbora.
– Awwn, olha que linda! Eu que vestia ela, linda, com vestidinho e meia calça! Mamãe disse apertando minhas bochechas. - Agora ela só usa essas roupas ai, nem sapatilha usa! Eu já vou indo, e não demorem, quando a sua vó mandar descer, desça, você sabe como ela fica irritada!
– Eu sei.
– E manda a Ray não demorar!
– Ok!
Depois de dar mais alguns avisos e repetir cada um deles, minha mãe saiu do quarto.
– Alguém está com fome? Sobraram batatinhas. Eu vou comer, alguém mais vai? - É muito raro sobrar batatinhas. Eu. Amo. Batatinhas.
– Eu! - Praticamente todos responderam. Sim, aquelas coisas estavam comendo no meu quarto.
Todo mundo estava comendo batatinhas fritas e eu estava xingando qualquer um que atrapalhasse minha cama, coisa normal.
– Cat, qual é o seu... - Leia começou.
– Espera. RICHARD, SAI DESSA PORTA AGORA! - gritei dando um tapa na porta.
– Outch. Não é educado fazer isso, Catherine.
– E não é educado tentar escutar o que os outros falam. Sai daqui ou eu enfio um salto da Leslie na sua garganta.
– Agressiva.
– Ridículo.
– Por que você odeia tanto os seus primos.?
– Porque, Leia Martinez, a maioria é um bando de idiotas sem noção que também me detestam. Ray e Leslie salvam um pouco, mais a Ray, Leslie é meio mimada. Entendeu? Vamos descer, já está na hora.
***
Depois de todo mundo descer e levar uma bronca da minha vó por falta de pontualidade, nós fomos procurar O lugar. Esse lugar, era qualquer pedaço não muito lotado e que tivesse uma boa vista do Big Ben. Bem... É uma tradição britânica, sabe? Esperar dar meia noite com o Big Ben. Estávamos todos lá, até mesmo meus primos que iriam para uma festa qualquer depois. Pouco antes da contagem regressiva começar eu estava observando as pessoas a minha volta. Minha avó e meu avô, Meredith e Lorence; Ray e seus pais, tio Ted e Grace; e ao lado Leslie com sua mãe; minha mãe perto de algumas primas dela, muitos de meus tios e tias avós; meus outros primos espalhados por ai. Devíamos parecer um grupo grande para os outros, e realmente somos, sem contar com meus amigos. Lucy e Octavian estavam abraçados, Leia e Dakota de mãos dadas, Edu, Tony e Savannah estavam em pé, e Angel, Nico, Malcolm e eu estávamos sentados. Eu devia estar preocupada com monstros, a casa era cheia de conjuros, o que tornava difícil para monstros atacarem, mas não estava realmente. Eu estava... Tranquila. E eu torcia para que os deuses deixassem pelo menos aquela noite terminar desse jeito, sem lutas ou confusões.
Cinco...
Quatro...
Três...
Dois...
Um...
Feliz Ano Novo!
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