“Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.” Shakespeare


Colocou o buquê de peônias rosas sobre a grama diante o túmulo. Eram as flores favoritas DELA. Seus olhos já tentavam conter as lágrimas que ameaçavam cair.
- Oi Carol. – sentou-se sobre a grama – Incrível como o tempo passa rápido, ainda mais quando tudo que você deseja é poder voltar. Um ano – as lágrimas escorriam pelas bochechas do garoto enquanto ele passava a mão pelos cabelos acobreados totalmente bagunçados – Um ano sem a minha garota! Eu venho pensado muito em você, na verdade todos os dias. Meu pai está cada vez mais preocupado comigo, ele sabe que logo eu me juntarei a você, e eu prometo minha garota que assim que tudo se resolver nada nos impedirá de viver nosso amor. Já te contei que Alice e minha mãe foram para a França não é? Elas chegaram ontem, espero que Alice esteja melhor. Não conseguimos trocar uma palavra desde que você se foi, acho que ela ainda me culpa por tudo que aconteceu. Mas não a odeio por isso, afinal apenas meu pai me compreende. – ele suspirou e sentiu o vento frio que batia em suas costas. – Sabe Carol, no começo, todas as vezes que eu olhei para a porta de casa, eu chorei compulsivamente, achando que isso a traria de volta, que você entraria por aquela porta com seu sorriso surpreendente. Mas os dias passaram, os meses e você nunca apareceu. Até a noite de ontem. – colocou as mãos sobre o rosto tentando limpar as lagrimas que ali escorriam – Carol como pode não ser você? Como uma garota tão parecida com você pode aparecer exatamente um ano depois que você se foi? Isso não pode estar acontecendo.

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