Tarde Demais!
Capítulo 27 - A boba mais feliz.
Corri um pouco mais, e conseguir alcançar metade do caminho. Nós estamos sozinhos atrás do pátio da escola, então, me permiti gritar, já que, agora o som da música era apenas ''fundo''.
– Jellal! – Soltei um grito abafado, que o fez parar no meio do caminho. Eu estava um pouco cansada com a corrida, o que era ruim para a maior atleta do antigo ensino fundamental. – Precisamos conversar... Por favor. – Caminhei em sua direção.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Quando ele parou, meu corpo estremeceu, eu estava tão nervosa e a minha mão suava tanto...
Aquele olhar triste e vago encontrou com o meus olhos, um olhar que demonstrava culpa... Culpa te ter ido dançar com outro, culpa de ter sido beijada por outros lábios.
– Jellal... Aquilo que você viu... – Comecei sem jeito.
– Por quê?
Suas palavras fizeram com que meus olhos se arregalassem, seu tom era calmo e desmotivador.
– Por que o quê?
– Por que você deixou que outro te beijasse... Por que está fazendo isso comigo?
Só de escutar suas palavras meu coração ia virando uma manteiga derretida.
‘’Não é hora dessas comparações, caramba!’’ (Pensamento involuntário)
– Jellal, desde o dia que aquela Yui chegou, você estava cheio de gracinha com ela. Até me ignorou na escola. Eu só...
– Do que você está falando Erza? Eu só estava dando uma força pra Yui. Você sabia que ela tinha acabado de trocar de colégio, e não tinha amigos. Eu só queria dar uma força pra ela. E você foi tão... Rude, eu fiquei triste, me desculpe se te tratei estranho, mas é porque a minha namorada não é assim. Ela é uma garota doce, de um jeito abrutalhado. Dona de um sorriso mais lindo que eu já em toda a minha vida.
– Jellal... – Foi à única coisa que eu conseguir dizer antes de correr a seu encontro.
Eu estava me sentindo tão boba. Como pude deixar o ciúme me cegar dessa maneira.
Entrelacei meus braços na cintura dele, e aninhei minha cabeça em seu peito. Eu estava com tanta saudade do seu cheiro, do calor...
– Me desculpa... E aquilo com o Matt, foi um mal entendido. – O encarei. – Ele pensou que eu estava desimpedida, mal sabe ele que meu coração só pertence a um emo. – Sorri.
– Emo? – Franziu a testa com um sorriso torto no rosto. – É gótico queridinha. – Disse com uma voz fina, dando um leve humor para a situação. – Eu adoro te ver sorrindo...
E logo pude sentir seus lábios termos em contato com os meus. É incrível como o beijo da pessoa que a gente gosta é diferente, e te faz sentir como uma boba, a boba mais feliz.
(...)
Acordei com um sorriso no rosto, o dia estava muito bonito. Não chovia, mas o clima estava gélido. Não sei por que as pessoas estavam presas em suas casas... Povo doido.
Agarrei minha coberta e desci para a sala, a fim de saber cadê o meu Nescau.
– Bom dia Erza. – Disse sorridente.
– Pai cadê meu Nescau? – Entro na cozinha já indo em direção ao armário.
– Eu disse bom dia. – Coçou a garganta antes de fala.
– E eu perguntei cadê meu Nescau. – Cruzei os braços. – Pai... Isso não é justo, eu to azul de fome!
– Está mais pra vermelha tomatinho. – Caçoou do meu apelido de infância.
Fechei a cara.
– A filhota, não fique brava, você gostava desse apelido. Sempre sorria para os titios.
“Sorria pra não pegar um objeto de tortura, e convidá-los para um joguinho...’’ (Pensamento Involuntário)
– Eu era uma criança pai.
– Ah sim, por que agora você é uma idosa. – Caçoou.
– Rostinho de 16, mau humor de 90, cadê o meu Nescau?
– Cruz credo. – Se virou para o balcão. – Está aqui o seu Nescau. – Me entregou a lata.
– Meu precioso! – Sorri ao ver meu ‘’amadinho’’.
– Da licença, vai que é contagioso. – Terminou seu café e saiu às pressas da cozinha.
Quem disse que eu liguei para esse comentário? Pra mim isso é recalque.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Filha, eu vou na feira, quer algo?
– Traz um bolinho de aipim pra mim. – Falei enquanto mexia meu precioso.
– Não, você ta muito gorda. – Falou em tom cômico antes de sair correndo.
– Ah! Você vai vê só! – Fui a sua direção, mas ele já tinha saído.
Era impressão minha, ou ele estava com bom humor fora do normal hoje?
Sorri.
Ver a felicidade nas pequenas ações das pessoas que amamos, não tem preço, nem Playstation quatro que pague.
*Din Dom*
– Ué... – Sussurro para mim mesma, quem seria...
Abro a porta, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa.
– Erza! – Grita Lucy colocando um boné na minha cabeça. – Já que você saiu daquela festa sem falar comigo, o que me fez pensar que você foi abduzida, ou tem poderes de teletrasporte... Enfim. Eu vim cedo aqui na sua casa vê como você está, e exigir uma explicação! Por que você não me contou que tem super poderes? – E me encarou com aqueles olhinhos curiosos.
– É... – Tentei manter a postura. ‘’Aquilo é um boné com rostinho, orelha e rabinho de... Porco?’’ – Eu não tenho super poderes, o que aconteceu ontem foi que... – Abri um largo sorriso. – Eu e o Jellal nos entendemos. – Mordi o lábio inferior.
– O que? – Levou a mão à boca e arregalou os olhos. – Finalmente! Que bom amiga, já estava cansada de ver você pra baixo. – Foi caminhando até o sofá, deixando seu peso cair sobre ele.
– Obrigada... – Tirei o boné da minha cabeça, é idêntico ao dela. – Qual é a desses boné? – Me sentei ao seu lado, olhando para o boné na minha mão.
– São tão fofinhos né? – Sorriu.
– Sim, fofinhos...
“Acho que vou dar uma voltinha perto da lareira.’’ (Pensamento involuntário)
– Que saber aonde eu consegui? – Perguntou animada.
– Não. – Foi mais forte que eu.
– Na nova lanchonete, porquinho feliz, o mundo do bacon! – Juro que pude ver seus olhos brilharem.
– Nunca ouvi falar.
– Claro fica em New York.
– E como você foi lá? – Perguntei surpresa.
– Minha tia chegou ontem de viagem e trouxe pra mim.
– Dois?
– Na verdade foram três. É porque eu tenho um sério problema em perder coisas, é a minha especialidade para ser sincera.
– Hum... Me lembre de nunca deixar algo importante com você.
E assim foi a minha manhã. Lucy ficou aqui e almoçou comigo. Meu pai teve o castigo que mereceu, por me chamar de gorda. Coloquei o karaokê para a Lucy se divertir um pouco, cantando a canção sobre os três porquinhos, porquinho feliz, bacon é vida... E... Bem, eu usei meus fones novos, perguntarei para meu pai depois.
‘’Se ele não estiver surdo né?’’ (Pensamento involuntário)
É, acho que peguei pesado, mas... Ninguém brinca quando o assunto é nescau, ou toddynho.
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