Broken Flower

Pecados Antigos


O Sol já brilhava alto no céu de Konoha quando finalmente Sakura despertou. A preguiça era tanta que não sentia vontade alguma de levantar. Encolheu-se embaixo de sua coberta com camada extra, estava tão quentinha e confortável que passaria o resto da vida deitada, se permitissem. Rolou pela cama em busca da quentura de seu marido, mas como deveria ter previsto ele não estava mais ao seu lado.

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Sasuke geralmente acordava muito cedo, as vezes levantava antes mesmo do Sol raiar. Poucas foram as vezes em que acordou e ele ainda estava dormindo, geralmente isso ocorria quando ele voltava de madrugada de alguma missão.

Puxou o travesseiro dele, agarrando-o e sentindo o seu cheiro que já estava impregnado. Sabia que noite passada tinha sido diferente, só não entendia o porquê. Algo estava ocorrendo a sua volta e ela não conseguia ver com clareza. Seu coração quase pulou para fora quando ele mencionou Gaara. Sakura não conseguia entender o que havia dado em Sasuke para fazer aquelas perguntas no meio do sexo.

Poderia chama-la para tomar um café, almoçar, passear e então questiona-la sobre o universo inteiro se fosse preciso. Mas não se tem aquele tipo de conversa no meio de uma relação. Sua cabeça estava tão avoada naquele instante que foi muita sorte que toda a história não tivesse acabado escapulindo.

O beijo.

Tocou a ponta dos dedos em seus lábios. Aquilo tinha sido tão inapropriado e inadequado. Todo o seu corpo gelava só de imaginar alguém passando e os vendo. Não deveria ter aceitado caminhar com ele, deveria ter seguido o seu caminho e levado o pressentimento que sentia a sério.

Deixou de moleza e se levantou, correndo nua até o banheiro. Tomou um banho, fez sua higiene matinal e colocou um vestido branco simples. Antes de descer as escadas, observou o andar debaixo buscando por qualquer sinal de Sasuke, mas não havia nada. A sala estava vazia e não tinha som algum vindo do corredor para o escritório.

Correu direto para a cozinha. Estava mais do que feliz pelos enjoos terem dado uma trégua. Não sabia quanto tempo isso ia durar o melhor era se entupir de comida enquanto podia. Sua escolha para café da manhã foi suco de manga, mais geleia de amora com torrada.

No entanto seu bom relacionamento com a comida não durou muito tempo, uma torrada e meia depois e o cheiro da geleia começou a nauseá-la. Prevendo que a vontade de vomitar voltaria resolveu jogar fora. Levantou a tampa da lixeira que ficava ao lado do balcão e antes que despejasse sua comida parou, com a mão suspensa no ar e o seu olhar fixado no conteúdo do pequeno recipientes. Estava abarrotada de tomates.

Pegou um guardanapo e com o auxílio dele retirou uma das frutas de dentro da lata de lixo, só de toca-la dava para ver que não era velha, ainda conservava uma coloração e estava firme ao toque. Não tinha o odor característico de alimentos estragados. Inclinou a cabeça procurando saber se os outros se encontravam no mesmo estado que esse em suas mãos, mas o ato a fez notar um pequeno pedaço de papel amassado, e entre as dobras conseguia distinguir algumas letras.

“Sinto muito por ontem. Não queria pressiona-la”.

Não. Não. Não! Seu coração gelou ao se dar conta do conteúdo daquele bilhete, quase caiu para trás. Puxou o saco de lixo de dentro do recipiente, jogando o tomate e o bilhete dentro dele com aparente repulsa. Deu a volta na casa, na parte de trás ficava uma grande caçamba. Ergueu a tampa jogando o saco dentro. Assim que voltou para a cozinha lavou as mãos, estava se sentindo como uma criminosa que tentava de alguma forma esconder a arma de seu crime.

Mas não adiantava fingir que não tinha visto, saber que aquilo esteve em sua casa. Porque esteve e pior ainda: Não foi ela que o trouxe. Enterrou a cabeça nas próprias mãos, passando os dedos pelas têmporas até chegar ao couro cabeludo, entrelaçando-os no topo de sua cabeça.

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Quando ela era criança e chovia muito forte, com raios e trovões, ela fazia isso para se sentir segura, seu pequeno espaço protegido do resto do mundo. No entanto pela primeira vez não estava dando certo. Podia sentir o pânico toma-la. Não tinha feito nada de errado. Por que estava se comportando assim?

Ele sabia! Era óbvio que ele sabia. Como esses malditos tomates chegaram a sua casa? Aquele bilhete. Por que Gaara tinha feito uma coisa dessas com ela? Qual era o seu propósito? Tentou respirar fundo, mas até esse gesto parecia difícil, seus pulmões pareciam comprimidos. Andava de um lado para o outro na frente de sua pia. No final não importava como, não fazia diferença.

Não tinha escapatória, Sasuke sabia de tudo e deveria estar em algum tipo de jogo sádico e perverso para arrancar a verdade dela. Inclinou o corpo para frente, apoiando uma das mãos acima do joelho, levando a outra até o seu colo tinha perdido o ar, o chão.

Calma, Sakura. Inspira, expira. Inspira, expira.

Segurou a vontade de chorar, pois precisava raciocinar, manter a mente tranquila. Não podia se dar ao privilégio de surtar. Sasuke parecia mudado, mas uma parte sua continuava a dizer que todo cuidado do mundo era pouco, ele tinha surtado só com uma dança. Imagina com aquilo? Ele colaria a Vila inteira abaixo. Nem ao menos sabia a quanto tempo aqueles tomates estavam ali, Gaara pode ter entregue ontem, hoje. Será que foi em mãos? Será que ele teve a ousadia de fazê-lo. Soltou um grunhido exasperado, batendo a cabeça na janela da cozinha.

Aquelas perguntas eram por isso? Por que ele já sabia? Ao menos tinha dado uma boa resposta. E não era uma resposta fácil. E pensar que... Realmente era uma boba, cogitava tantas infantilidades, depois de tudo ainda conseguia fantasiar com seu casamento. Já deveria saber que não havia espaço para esse tipo de coisa em seu casamento.

O que viria agora? Talvez devesse ter contato tudo de uma vez naquela mesma tarde quando a encontrou, não existiria o suspense, nem estaria passando por isso agora.

O som da porta sendo aberta fez com que seu sangue gelasse. Jogou-se na cadeira em que estava minutos atrás e perante o torpor que a tomou ao ouvir os passos pegou novamente a torrada e passando geleia, a ânsia completamente esquecida àquela altura. Deu a primeira mordida e embrulhou retornou, mas ignorou-o da melhor maneira que pode.

Sasuke surgiu com sacolas na mão, nada disse apenas um leve aceno de cabeça, repetiu o gesto, levando a torrada até os lábios, mas não a mordeu, remexeu-a entre seus dedos, observando-o pegar a bolsa com as bandejas de carne e leva-la a geladeira. Retirava peça por peça pondo-as em seu devido lugar, sua postura era austera como sempre, nenhuma alteração, nenhum franzir estranho. Era o mesmo de todos os dias.

Largou sua refeição, puxando uma das bolsas e começando a retiras mantimentos de dentro dela, empilhando sobre a mesa o que iria para os armários e sobre pia qualquer item destinado a limpeza.

Deveria achar o silêncio algo bom, a apatia de Sasuke era pura normalidade, mas ao invés de respirar aliviada isso só a deixava mais tensa. Tinha certeza que a qualquer momento, quando notasse uma pequena brecha ele a prensaria contra a parede e despejaria tudo que sabia em cima dela. Provavelmente foi uma péssima ideia manda-lo ao mercado, ele pode ter ouvido algo que apenas piorou suas suspeitas. Alguém pode tê-los vistos e aumentado as coisas, as pessoas sempre aumentam. E agora ele deve pensar que ela e o kazekage tem um sórdido caso de amor. Apertou a sacola vazia entre seus dedos.

— E então como foi no mercado? Conseguiu achar tudo que eu pedi? — Ele deu de ombros, mantendo sua atenção voltada para a organização que fazia.

— Sim, não tive problemas.

Pegou outra sacola, observando-o de esguelha, tinha acabado de passar a mão na testa e agora tomava água no próprio gargalo, odiava quando ele e Naruto faziam isso, mas hoje relevaria. A última coisa que faria era brigar com Sasuke por qualquer coisa banal quando ele tinha um punhal imaginário contra a garganta dela.

— Nada mais aconteceu? Sabe, algo diferente do usual? — Sasuke a fitou com o cenho franzido e ela teve vontade de se estapear. Perguntas estupidas, estava ficando muito nervosa e se entregando. Seria uma péssima criminosa, isso não era vida para ela.

— Engraçado você ter comentado. Porque realmente algo aconteceu. — Suas mãos tremeram, respirou fundo tentando sorrir tranquilamente, mas não davam suas mãos tremiam, tinha certeza que toda ela tremia. — Encontrei com Suigetsu no caminho de volta para casa e ele disse que vai vir almoçar aqui amanhã. — O fitou surpresa, por essa realmente não esperava. Junto as mãos em frente ao corpo, Sasuke já tinha largado sua água e se apoiava na pia da cozinha. — Por alguma razão desconhecida Naruto estava junto com ele. Falou que também vem e vai trazer Hinata. — Sasuke fez uma careta de desagrado, não gostava da sua casa cheia. Ainda mais com aqueles idiotas que só serviam para acabar com a sua paz e fazer bagunça desnecessária.

Seu alivio não podia ser maior ao ouvir sobre encontro com Suigetsu, faria a melhor refeição possível para ele, pois merecia depois dessa. Puxou a última sacola no chão, mas parou antes mesmo de tê-la em mãos, não conseguia nem mesmo ouvir o que Sasuke continuava a relatar, bem à sua frente estava uma dúzia de tomates novos e frescos.

— Quer que eu compre mais alguma coisa para amanhã? — A pergunta não fez sentido para ela, nada mais fazia, ergueu a cabeça, podia sentir a umidade em seus olhos, mas nenhuma lágrima escorreu.

— Eu beijei o Gaara.

O silêncio que se seguiu depois daquela sentença foi profundo e sufocante. Sasuke que se apoiava sobre a pia ficou ereto, estático. Seus punhos se cerraram, uma onda de ódio queimando-o por dentro. Não queria continuar a fitar os grandes olhos marejados de Sakura, não queria continuar a olha-la de maneira alguma.

Antes que falasse ou fizesse qualquer coisa ele tentou se conter, ciente do que todos os seus atos impensados geraram da última vez. Mas não conseguia, não conseguia se acalmar, não conseguia manter sua mente em ordem e seus pensamentos coerentes. Apenas aquela frase continuava a ecoar por sua cabeça.

— Você...

A voz dele saiu como um sibilo cruel e Sakura sentiu todo o seu corpo tremer perante aquele tom e o olhar cruel.

— Sim. Não! Quer dizer... Não fui eu que o beijei. Ele... Gaara! Ele me beijou. Eu não sei o que houve... Eu não quis... Eu... Ele. — Mesmo segurando a vontade de chorar sua voz saia esganiçada. Sasuke fechou os olhos, não queria continuar a ouvir aqueles relatos. Não precisava ouvi-los. — Não foi por mal...

— Não o defenda dentro da minha casa! — Socou a mesa a frente deles fazendo com que a garota desse um salto para trás. — Não ouse defende-lo...

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— Eu não sei o que aconteceu, nós só estávamos conversando e então e então... — As explicações não estavam servindo para o propósito que ela esperava, não o acalmava, apenas piorava seu estado de nervo. Agarrou-a pelos ombros sacudindo-a com força.

— E então eu sei o que aconteceu. — Os gritos dele fizeram com que todo o corpo de Sakura tremesse. A soltou antes que fizesse algo que se arrependesse depois.

Afastou-se às pressas, tomando o caminho do hall de entrada. Aquela situação não ficaria dessa maneira, ele não permitiria. Não ligava para que inferno ele fosse, ninguém tocava no que era seu e ficava por isso mesmo. Sakura correu atrás de Sasuke, tentando bloquear o seu caminho. Puxou-o para trás e usou sua super-força para tomar a frente e se interpor entre ele e a porta.

O Uchiha abaixou a cabeça, estava se contendo para não descontar sua irá nela, mas ela estava fazendo uma tremenda força para que isso ocorresse. Tentou respirar fundo, tentou a todo custo se conter.

— Sakura, saia da frente. — Os olhos esverdeados, derramaram as primeiras lágrimas, balançada a cabeça numa negativa, ela levou sua mão a maçaneta, segurando-a. — Eu não vou pedir de novo.

— Não! Não! É a despedida dele, ele vai embora. Deixe-o ir. E tudo isso vai acabar. — Sasuke bateu na madeira ao lado da cabeça dela e Sakura estremeceu.

— Você nem imagina o que eu pretendo fazer na despedida dele. — Segurou o rosto pequeno entre sua mão, olhos negros reluzindo de pura raiva. — Guarde suas lágrimas, minha querida. Guarde para depois que eu o encontrar.

— Olhe os absurdos que você está falando! Ele é o kazekage! — Sakura o empurrou com o ombro, quando ele se inclinou para afastar a mão dela da maçaneta.

— Toda essa sua preocupação me comove. — Sasuke arrancou sua mão da maçaneta com brusquidão, ela reuniu chakra dando um toque no tórax dele, que o fez recuar.

— Não estou preocupada com ele e sim com você! Isso seria considerado um atentado. Você não vê? — O empurrão só piorou a situação, Sasuke não a ouvia, não ligava. Veio para cima da porta com tudo.

— Eu não dou a mínima para o que vai ocorrer! — A cabeça de Sakura já estava prestes de explodir. Estavam começando a ficar zonza, péssima hora. Péssima! Ela precisava aguentar.

— Por favor! Por favor! Escute-me! — Tentou segura-lo pelo rosto, mas Sasuke repelia ao seu toque. Sua visão estava embaçada pelo choro excessivo, pelo mal-estar que começava a desequilibra-la. — Não posso deixar você ir, por favor...

As forças a abandonaram e ele conseguiu passar por ela, mesmo sem ver pode sentir o corpo dele roçar em seu ombro, tentou, tentou conte-lo, seus dedos tocaram em seu braço, mas tudo ficou negro de repente e ela apagou. Havia perdido. Sasuke provavelmente conseguiu o que queria.

Seus olhos voltaram a se abrir um tempo depois. Não estava sobre o chão de entrada e sim na cama em que dividiam. Algo gelado foi posto em sua testa e ao virar a cabeça, pode vê-lo sentado ao seu lado. A súbita vontade de chorar voltou, mas se conteve, ele não parecia a ponto de explodir, estava calmo, mas era aquele tipo de calmaria perigosa. Seus olhos ainda estavam profundamente perigosos.

— Estava prestes a chamar a Shizune. — A compressa de água quente foi retirada de sua cabeça e colocada dentro de uma bacia sob o criado mudo.

— Sasuke...

— Não. Não fale nada. — Não se levantou, mas não a fitava mais, mantinha seu olhar voltado para a janela. Apoiou as mãos no colchão macio, erguendo o tronco, indo de encontro a ele, escorou a cabeça no ombro forte, tentando fazer com que ele se virasse para fita-la. — Não quero olha-la agora.

— Mas eu quero que me olhe, por favor... — Tocou-lhe o queixo, mas ele estava irredutível. Afastou as mãos dela, ameaçando-se levantar. — Não. Por favor, fique aqui comigo.

Permaneceu sentado, podendo sentir a respiração quente de Sakura contra suas costas, não o tocava mais, havia recolhido os braços e os mantinha junto ao corpo, no entanto a presença dela ainda estava o atormentando.

— Você entende que eu fiz aquilo por você e não para ajudar o...

— Não diga o nome. — O tom dele saiu tão arrastado, quase sofrido, estendeu uma das mãos para toca-lo, mas se conteve, Sasuke não a queria por perto, ele provavelmente a odiava agora. — Você quer ir embora, não é?

— Não.

— Mentira! Eu sei, eu sinto.

— Então me olhe e veja que eu não minto. — Sasuke virou o rosto, observou os grandes e brilhantes olhos verdes de sua esposa, marcados pelas lágrimas que ela tinha deixado cair.

— Por que? Por que ficar? Eu estou quebrado, Sakura. Eu não sou o que você espera, eu não sou o marido que você quer. — Ela levou uma das mãos ao rosto dele, tomando-o com delicadeza e ele se deixou levar. Afundando o rosto no colo rosado, beijando-lhe o topo dos seios, embriagando-se no cheiro viciante que ela tinha.

— O que eu sempre quis foi você e nada mais. Eu te remonto, eu não me importo. — Seus lábios se encontraram em um beijo gentil e tão cheio de emoções não ditas que ela só quis chorar mais uma vez. — Eu nunca vou deixa-lo.

Sasuke a segurou pelo braço, puxando-a para o banheiro. Pararam em frente ao grande espelho, a atenção dele estava voltada para seus reflexos. Ela foi solta, mas mantinha sua atenção fixa no olhar refletido.

— Olhe para nós, olhe para mim e olhe para o que eu estou fazendo com você. — Meneou a cabeça, limpando as lágrimas que tinham voltado a cair.

— Você não está fazendo nada comigo, Sasuke.

— Eu tentei matar você! — Agarrou-a mais uma vez, dando mais alguns passos em direção ao espelho pararam em frente a pia, sacudiu-a pelos ombros, mas Sakura se afastou do toque. — Duas vezes!

— Eu já perdoei você por isso...

— Como? Como pode dizer isso? — A exasperação dele era palpável, apoiou ambas as mãos na pia.

— Porque eu amo você. — O fitou inclinado para frente, com os olhos fechados, mordeu o lábio inferior, focando sua atenção no teto. — Então por que estamos aqui? Por que quis casar comigo? — Não houve uma resposta imediata, levou uma das mãos ao pescoço, massageando a nuca. Estava exausta e o dia mal tinha começado.

Observou os gestos dela com atenção, os suspiros, os toques, os mínimos gestos e em um gesto súbito tomou-a em seus braços em um beijo não mais que furioso, Sakura não o recusou, nem ao menos tinha força para isso. As mãos dele se arrastaram pelo seu corpo, a pele em brasa, se vestido foi erguido e os dedos dele cravados em sua pele clara e sensível.

Sasuke a virou de frente para pia, uma das mãos enfiada em seu decote e a outra apertando a parte interna de sua coxa, soltou um gemido baixo ao ter lábios dele mordicando e lhe chupando os ombros.

— Às vezes quando eu me deito, eu os ouço. — Quem? Foi o que ela perguntou em um sussurro arrastado, sua mente perdida entre os beijos lascivos em seu pescoço — Todos eles, eu ouço meu pai falando sobre o clã, me ensinando a técnica do katon goukakyuu, eu ouço Itachi e eu o perco todas as noites. — Os toque haviam se sessado, seu vestido havia caído de volta ao lugar, uma mão a envolvia pela cintura e a outra a tinha largado. Não conseguia ver a boca dele, apenas os olhos refletido no espelho por sob seus ombros, a respiração batendo contra sua pele. — Eu ouço o Tobi naquela caverna, repetindo palavra por palavra como uma vitrola quebrado. O Danzou eu me vejo mata-lo, consigo sentir o prazer, quase como se ele estivesse no chão, ao lado da nossa cama. — Engoliu uma exclamação, sua respiração perdendo o compasso. — Junto com você, eu vejo o meu golpe perfura-la de novo e de novo, como se nunca acabasse. Sem ninguém para impedir que eu a mate, eu não êxito. — Não conseguia falar e mesmo que o quisesse tinha certeza que as palavras não sairiam. Os dedos calejados secaram uma lágrima no canto de seus olhos. — E se a única razão para estarmos aqui agora for a culpa que eu sinto? Consegue amar por nós dois?

...

Página: Fleur D'Hiver