Sai do quarto de Katniss arrasado mesmo depois dela ter me beijado, porque esse beijo voltou a ser o mesmo beijo de antes, não são mais cheios de amor paixão e desejo e isso está acabando comigo, mas tenho que ser forte, pois agora sou um adulto com dois filhos desorientados e que precisam de mim e não posso agir como um adolescente de coração partido como agia antes.

– e ai garoto como foi? – Heymitch pergunta preocupado.

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– foi péssimo. – digo frustrado.

(****)

Estamos caminhando pela rua a caminho de casa.

– o que aconteceu? – ele se desespera. – você não fala nada.

– nós nos beijamos. – digo frustrado.

– o que? - ele solta um grito assustando as pessoas na rua e gesticulo que ele esta bêbado então elas volta ao normal

Ver Haymitch bêbado é uma coisa tão banal aqui no 12.

– a mulher da sua vida te beija e você diz que isso foi ruim?

– Haymitch, você está assustando as pessoas. – murmuro o repreendendo.

– foda-se. – ele grita para as pessoas.

– Haymitch, por favor. – tento controla-lo.

– por favor, digo eu garoto, por que isso foi péssimo?

– porque o beijo que demos foi igual ao que dávamos no passado.

– aqueles beijos muxoxos do tempo em que vocês tinham que fingir para a Capital?

– é. – respondo cabisbaixo.

– arrg, garoto, eu sinto muito. – diz ele pausadamente.

– obrigado.

– e ai o que ela disse depois?

– ela me pediu para que eu ficasse com ela.

– isso é ótimo garoto. – responde meu velho animado.

– e por quê?

– se ela queria que você ficasse significa que no fundo ainda tem esperanças por vocês dois.

– será?

– vai por mim garoto se você lutar para reconquista-la ela vai ser sua novamente.

Chegamos a minha casa e Johanna, Finnick e Annie estão na cozinha tomando café da manhã.

– você está bem padeiro? – pergunta Johanna.

– se com bem você quis dizer se eu não vou ter mais um ataque de Flash, sim eu estou bem. – respondo enquanto tiro o casaco.

– caramba Peeta! – diz Johanna se sentindo ofendida.

– minha mulher perdeu a memória e você me pergunta se eu estou bem... – me interrompo antes que começasse a discutir e digo – onde estão as crianças?

– estão no quarto de Pahn. – responde Annie gentilmente como sempre.

– dês de ontem à noite em que chegaram e telefonei? – pergunta Heymitch se juntando a eles e servindo-se com café.

– sim. –responde Finnick. – eles acabaram dormindo todos lá Mag, Pahn, Flin, Flyd. Não fomos vê-los até agora porque achamos que seus filos precisavam chorar em privacidade entre eles, sabe que os quatro são muito unidos não é? Só acho que a Mag foi à única entre ela e Pahn que não chorou... Ela é a Katniss de cor e sorteado.

– estou indo até lá, preciso conversa com eles. – digo subindo as escadas, mas paro e olho para todos presente – obrigado pessoal por estarem aqui, eu não sei se suportaria sem o apoio de vocês.

– é pra isso que serve os amigos, padeiro. – responde Johana.

– é pra isso que serve a família. – corrige Finnick.

Deixo escapar uma lagrima e balanço cabaça e subo.

Percebo que a porta do quarto esta entreaberta. Abro-a devagar e me deparo com todos sentados na cama de Pahn assistindo um vídeo do período da guerra e justo na parte em que minha Katniss mata a presidente Coin.

No começo fico zangado em vê-los assistindo esse vídeo e com certeza eles viram os jogos, porem acabo esquecendo isso, pois eles precisavam saber de um jeito ou de outro, eles tinham esse direito.

Escoro-me ao portal da porta e espero o vídeo acabar. Quando acaba Mag cobre a boca com a mão e diz:

– que horror.

– agora vocês sabem por que nunca quisemos lhes contar a respeito dos jogos. – falo e acabo os assustando.

Quatro pares de olhos assustados me encaram sem saber o que fazer.

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– Tio! O que você faz aqui? – me pergunta Flin retirando o CD rapidamente.

– olha, ate onde eu sei essa é minha casa Flin. – digo calmamente como se nada estivesse acontecido.

– a gente sabe tio é que... – Flyd coça a nuca. – hã é que bem... Você tava mauzão no hospital.

– já recebi alta. – continuo calmo.

– assim tão rápido? – pergunta Pahn confuso.

– eu passei a noite lá, gente. – estendo meu braço e aponto para o relógio em pulso - já são 9 horas da manha.

–caraca! A gente passou a noite vendo as fitas. – se espanta Mag. – você ta bravo porque vimos às fitas? – ela se encolhe.

– eu deveria, mas não estou porque acho que vocês, todos vocês mereciam saber. – digo os tranquilizando.

Todos caem na cama, completamente aliviados e percebo que Flin é o mais aliviado entre os quatro.

– ufa ainda bem, fico mais aliviado. – murmura ele soprando levando a mão da testa até o peito.

Mas fico intrigado com uma coisa, os únicos que possuem essas filmagens são Plutarch, Crescida e Effie. Como eles conseguiram essas? Decido questiona-los.

– como conseguiram essas filmagens?

Flin ficou pálido e engoliu em seco e levantou a mão.

– uma vez fui para casa da Effie e encontrei as fitas, daí fiz copias para mim de todas as pessoas que conheço. – se explica Flin.

– garoto esperto. – digo sorrindo me sento entre eles e dou duas tapinhas de leve na bochecha direita de Flin que sorri.

– ei garotos, posso conversa a sós com Mag e Pahn?

– claro tio. – Flin e Flyd respondem juntos e saem fechando a porta.

Assim que eles saem me levanto abro as janelas e arrasto a poltrona e posiciono-a á frente da cama onde os dois estão sentados e me sento.

– vocês devem estar cheios de perguntas. – digo acariciando o rosto de Mag e bagunçando o cabelo de Pahn.

Os dois balançam a cabeça concordando.

– por que a mamãe matou aquela coroa ao invés de matar Snow? – pergunta Mag.

– porque ela foi a verdadeira culpada pela a morte da morte de vocês.

– e como o Snow morreu? – pergunta Pahn.

– ninguém sabe ao certo.

– o que aconteceu quando mamãe explodiu a arena?

– e o que aconteceu com o nosso... – ia dizendo Pahn.

– irmão mais velho que a mamãe esperava? – concluiu Mag.

Essa última pergunta foi como um soco para mim que acabo contando tudo para eles, sem esconder nada, nadinha mesmo. Dês do dia da primeira colheita até o nosso casamento real.

– puxa pai... – Pahn suspira. – então era pior que nós imaginávamos.

– era. – digo concordando.

– então Pahn e eu somos frutos de uma mentira. – diz Mag exaltada se levantando.

– não, é claro que não. – digo um tanto desesperado fazendo com que ela se sente. – sua mãe e eu nos casamos porque nos amamos, ou melhor, amávamos porque não sei mais o que vai ser agora. – abaixo a cabeça e escondo o meu rosto repleto de lagrimas.

Não consigo conte-las por mais que eu queira. É difícil aceitar essa situação caramba, depois de tudo que eu passei tentando reconquista-la acontece isso.

– não fica assim pai. – diz Pahn também chorando vindo me abraçar.

Retribuo seu abraço e choramos juntos.

– desculpa pai, é que tá sendo uma surpresa muito desagradável tudo isso sabe, Pahn e eu passamos a vida toda sem saber de nada entende. – diz Mag observando-nos.

– sou eu que deveria pedir desculpas minha filha. – saio do abraço de Pahn e seguro suas mãos. – desculpa-nos por nunca ter contado a verdade para vocês, mas não foi por mau, é que sua mãe, eu e todo o resto, só queríamos proteger vocês e Flin e Flyd de tudo isso.

– nós entendemos pai, entendo mesmo, não se culpe por isso é só que... – e o que não acontecia há treze anos volta a acontecer. Mag começa a chorar.

– oh querida vem cá. – puxo-a para um abraço.

Todos nós nos abraçamos e choramos.

– pode contar com a gente pai. –diz Mag e Pahn juntos.

– obrigado queridos. – digo emocionado.

É muito bom saber que tenho o apoio de minha família. Eu não estou sozinho nessa.