Poesia.8

Às vezes fico me perguntando: O que há de errado em ser clichê?. Qual o problema que as pessoas veem em ter uma ligação segura? As pessoas tem preferido um relacionamento instantâneo , assim como o miojo, apenas colocam a agua para ferver e em poucos minutos já pronto. Até ai tudo bem, mas o problema é que esfria. Esfria e fica mais indesejado do que nunca, fica uma coisa grudenta, asquerosa. Eu ainda não descobri o porquê das pessoas continuarem preferindo esse macarrão. Talvez pelo fato de ser mais barato pelo fato de ser mais barato, mais fácil de conseguir e de se livrar. E nessa sociedade tão hipócrita que ainda vem me falar de amor, tão irônicos que não sabem fazer nem o básico: amar.

Mas quem sou eu para definir essa palavra?

Estou aqui apenas no meu canto, tentando me encaixar no raciocínio dessas pessoas. Seres miseráveis.

Desculpe-me a forma que falo, é que fico muito tempo observando e acabo enxergando as pessoas de forma mais fútil do que são. E novamente tento me juntar, mas não vejo uma brecha se quer. Sorrio, tento ser o mais agradável possível, mas não é tão possível assim.

E a chuva cai. E o sol reaparece. E eu continuo aqui.

Carros correm na minha frente, e me lembro dos romances, daquele tipo beeem meloso. Não que eu goste de tanto açúcar, mas ainda acredito naquela velha história. Uma garota se apaixona por um garoto e com o tempo ele passa a gostar dela. Os dois se amam, brigam e finalmente se intendem, se casam e envelhecem juntos.

Parece meio idiota, e talvez um pouco infantil, mas acredito nisso. Apesar de nunca ter acontecido comigo, apesar de nunca ter sido correspondida dessa forma. Acredito.

Sempre foi de me apaixonar pouco e muito, poucas pessoas me marcaram, mas essas tomaram muito tempo e amor meu. Isso parece clichê, mas não ligo. Às vezes fico me perguntando: O que há de errado em ser clichê?