Poesia.4

Tão jovem, tão inocente

Pequena garota

Quantas coisas já passaram diante desses olhos azuis?

Brilhavam como diamante

Iluminavam como relâmpagos

Agora, uma cor tão fúnebre

Todos a adoram

A olham e veem uma boneca

Tão perto da morte, querida

Tão frágil e tão solta

Cuidado, pequena flor

O inimigo é a própria vida

Ela não vai hesitar em te devorar

Olhe para o céu

A lua vai te perseguir, querida

Você pode até tentar sobreviver

Mas está morrendo, aos poucos

Mas morrendo

Mesmo dizendo que não quer essa vida

Seria impossível fugir dela

Todos a adoram

Mas ninguém conhece sua verdadeira face

Ninguém intenderia se sua luz apagasse

Querida, não minta para si mesma

Andando por essas ruas desertas

E era para ser tão protegida

Pequena flor, me aguarde

Continue iluminando como um relâmpago

Mesmo morrendo

Pequena boneca, não se transforme

Volte para sua embalagem

Nunca mais saia de lá

O mundo é cruel, querida

As pessoas só estão esperando uma oportunidade

E então, ficaram contra ti