Poesia.13

E onde vais, filha do ouro?
Com esse orgulho na mão
E tristeza nos olhos
Talvez essa dor não compense tal riqueza
Talvez esses passos tenham seguido o caminho errado

E se a vida continuar te derrubando, desistirá?
Como proteção continuará usando essa máscara?
Egocentrismo ou amargura ?
Nos revele quem és
Mostre para o mundo a verdadeira chama que chora dentro de você

Encontraste o incontestável amor
Aquele com quem dividiu o que lhe esmagava
E tudo o que precisava era sua presença
Como ficou sua alma após o abandono?
Doeu ser esquecida pelo o que mais importava?
Ser trocada pelo próprio destino que lhe aguardava

Uma hemorragia na alma, uma seca no coração
A luz escapava diante de tua face
A mais temida escuridão estava mais perto que podia perceber
E não haveria ouro que pudesse lhe proteger

Mostre sua face doce
O lado que oculta por vergonha de um dia ter sido feliz
Não me atinja com sua ironia, senhora
Apenas deixe brilhar o ponto que lhe fazia refletir sobre a serenidade
Talvez deixada para trás
Mas não impossível de ressurgir

Levante-se diante de todos que lhe despresaram
Despreze todos os que lhe subestimaram
Mas não subestime ninguém
A luz pode estar escondida em qualquer um
E não vai querer se afastar dela

O mundo é grande e cruel
Você é pequena demais