Capítulo 32- Visita da morte

Éramos em cinco, trabalhávamos à noite em uma boite e sempre que íamos embora ficava o segurança para dormir no local, até trocar o turno com outro segurança.

Em uma noite estranha de muitas confusões, o segurança precisou ir embora e uma amiga se prontificou a ficar no local, até que o outro segurança chegasse. Então fomos embora e ela foi se deitar.

Na madrugada ela ouviu muitos barulhos, passos no local e batidas fortes... achando que o segurança havia voltado, foi ver por que ele estava fazendo tanto barulho. Ela andou pelos corredores, pelo salão e chegou ao topo da escada... e não havia ninguém. Ao descer as escadas ela sentiu um arrepio profundo e um medo incomparável a algo, já sentido antes. Ela parou no meio da escada e viu, vindo em sua direção, alguma coisa alta, com uma capa preta parecida com uma capa de chuva que cobria aquilo dos pés a cabeça. Ela sentiu tanto medo que não conseguia se mover, nem correr, nem gritar, até por que ninguém a ouviria. E aquilo chegou no pé da escada e olhou pra ela com rosto embaçado pela escuridão, não havia olhos, eram grandes buracos enuviados. Subiu, parou ao lado dela... Ela, horrorizada, travou. Fechou os olhos e então aquilo continuou a subir as escadas e desapareceu.

Ela contou, mas ninguém deu muita bola, achamos que era medo por ter ficado num lugar tão grande sozinha.

Na noite seguinte o segurança, como de costume, foi descansar. De manhã todos recebemos a notícia de que na madrugada o segurança teve um infarto fulminante e foi encontrado por outro segurança. Então entendemos que a morte passou pra buscá-lo, mas só o encontrou no dia seguinte.