–Violetta...-Ele fez uma pausa.-Iremos viajar para o Brasil.

–Ata... Quando?-Perguntei, será ótimo passar as férias lá.

–Você não entendeu.-Falou ele fechando os olhos e suspirando.

–Como assim?-Perguntei com medo da resposta.

–Iremos nos mudar para lá daqui duas semanas.-Falou ele me olhando, esperando eu surtar.

–Você prometeu que não iríamos mais...-Falei tentando manter a calma.

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–Me desculpa...-Falou ele me olhando com... dó.

–Você prometeu... E não cumpriu.-Falei com a voz baixa e falha.

–Violetta...-Falou me chamando quando pisei no primeiro degrau da escada, rumo ao meu quarto.

–Que foi?-Perguntei sem o olha.

–Promete que não ficará mal?-Perguntou.

–Você não cumpriu sua promessa, porque eu prometeria.-Falei e continuei subindo sem nem o olhar.

–VIOLETTA...-O ouvi gritei, mas não dei bola.

–Como... ele... pode?-Falei pausadamente ao fechar a porta do quarto.

Sentei na minha cama com as pernas bambas, sentia um nó na minha garganta e a primeira lágrima se manifestou e acompanhada por várias em seguida. Porque? Mas que saco... Vida inútil, não gosta de me ver feliz.

León

Sim esse é o motivo de minhas lágrimas. Ele quem deixarei para trás. Eu não quero, simplesmente não quero ir o deixar. Ele é meu melhor amigo, único que me entende, sentirei muita falta de não ser mais chamada de estranha junto com ele. Ri desse pensamento.

–Vou sentir sua falta.-Falei olhando nossas fotos retardadas no meu celular.

–Violetta...-Meu pai entrou no quarto um pouco alterado.

–Para... Não quero saber o que o senhor vai disser, mas a única coisa que peço é que me deixe ir no acampamento da escola.-Pedi, quase mandando.

–Esta tudo bem, deixarei você ir.-Falou ele sentando na ponta da minha cama.

–Vou pegar a autorização para você.-Falei me levantando.

Fui até a minha mochila que eu havia tocado no chão, peguei a mesma e a abri pegando o papel que estava jogado ali dentro. Quando me virei para alcançar ao meu pai a autorização e caneta, o vi mexendo no meu celular, mais especificamente nas minhas fotos com o León. Se eu fiquei braba? Nem um pouco, talvez assim ele se ligue no que esta me tirando.

–Bonitas fotos.-Falou ele.

–Hum... Sabia que não devia mexer no meu celular?-Falei indiferente.

–A amizade de vocês é muito bonita...-Falou ele mudando de assunto e olhando ainda as fotos.

–O que?-Perguntei estranhando sua reação, ou seu comentário.

–León é um bom garoto... Sei que ele te faz bem. E sei também que essa amizade de vocês é verdadeira, e vai durar...-O cortei.

–Ata quando você me arrastar daqui...-Falei ainda indiferente, e em um fio de voz.

–Não fica assim...-Falou ele mas novamente o cortei.

–Apenas assina.-Falei o entregando os negócios.

Ele ficou me encarando mas pegou com uma certa brutalidade o papel de minha mão e a caneta e assinou e deixou em cima da cama e saiu do quarto sem dizer nada. Fui grossa demais? Ah, que seja... Cansei de ser feita de marionete. Fiquei encarando a porta por um momento, enquanto meus pensamentos rodavam me deixando perdida. Fui tirada de meus pensamentos com meu celular indicando que havia chegado uma mensagem em meu celular. Peguei o mesmo e li a mensagem que era do León.

“Me encontra na praça daqui a dez minutos

Xx León”

Me levantei na hora da cama e corri para o banheiro, dei uma arrumada na cara troquei de roupa. Peguei o celular e botei no bolso de trás da calça e rumei para fora de casa.

–Onde vai?-Perguntou o papai.

Respirei fundo e respondi na calma, para não acontecer briga, o que estou tentando evitar desde o inicio.

–Sair...-Ele ia abrir a boca e continuei.-Na praça... com o León.-Falei e sai sem ao menos saber se ele iria dizer algo, que seja.

Fiquei uns 2 minutos parada na frente de casa olhando em volta, no bairro. E como um flash, na minha cabeça se passaram “imagens” de quando vim para cá, entrei, briguei, gritei, baguncei, brinquei, Tudo...

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Sai destes pensamentos e fui em direção a praça, olhei em volta e achei o León sentado na mesmo banco onde... demos nosso segundo... beijo. Ao olhar de costas mais flash vieram em minha cabeça, mas desta vez de quando o conheci, quando fui atirada no chão e parei exatamente aos pés do meu príncipe.

–León...-O chamei e o mesmo virou para trás com um sorriso no rosto, tive que sorrir também.

–Você venho.-Falou ele vindo até mim.

–Porque não viria?-Perguntei.

–Sinceramente?-Concordei.-Não sei.-Falou ele e eu ri.

–Você é doido.-Falei segurando a mão dele e indo até o banco.-Vou sentir falta disso.

–Como assim “vou sentir falta disso”?-Perguntou ele com uma cara de ponto de interrogação.

–Ah... León... ahn... Porque você me chamou aqui?-Tentei mudar de assunto.

–Queria ficar com você, sabe depois da nossa briga. Mas não mude de assunto o que queria dizer com aquilo?-Falou ele me fuzilando com os olhos.

–León... ahn... Não sei como dizer.-Falei olhando para os nossos dedos que estavam entrelaçados .

–Apenas fale. Mas sem enrolar.-Pediu ele já impaciente.

–Esta bem... Lá vai... Eu irei me mudar para o Brasil daqui duas semanas.-Falei com os olhos já cheios d’água.

León pareceu prestar atenção em cada palavra dita por mim. Logo após eu terminar a frase ele ficou estático, olhando para o nada com uma cara de pensativo.

–Me desculpa.-Falei e me levantei saindo correndo.

Não agüentaria ficar olhando para ele daquele jeito. Após sair correndo, não dei acho que cinco passos e senti minhas pernas falharem e eu perder as minhas forças e cai de joelho na grama, enterrei minha cabeça em minhas mãos e chorei, não dava para agüentar. Você deve estar se perguntando ‘tudo isso por causa de um garoto que nem seu namorado é?!’ e eu te respondo, ele não é um simples garoto é o meu melhor amigo, o único melhor amigo que tive em toda a minha vida, ele é quem me faz me sentir vida... Não tem como não ficar assim diante esse assunto. Eu vou o deixar, sozinho... Como sempre foi... sozinho...

Sinto uma mão em meus ombros e logo em seguida uma figura com roupas rosas se sentar ao meu lado. Ludmila.

–Violetta, porque esta chorando?-Perguntou ela, e eu não me agüentei a dei um abraço nela.-Oh minha flor o que aconteceu?-Perguntou ela acariciando meus cabelos.

–Eu vou me mudar daqui a duas semanas... Não quero deixar o León, não posso.-Falei chorando mais ainda.

–Oh Violetta... E-eu sinto muito.-Falou ela com a voz tremula.

–Sabe como o León é importante para mim? Sabe o quanto ele falou que eu mudei a vida dele, que o tirei da solidão?-Perguntei e ela só me escutava.-Se eu o deixar ele voltara a ficar sozinho... Claro ele tem vocês mas...-Ela me cortou.

–Não é a mesma coisa do que a amizade.-Ela completou a minha frase.-Eu sei, ele me fala isso sempre. É fofo... Mas você não pode ficar assim por ele. Ele vai ficar bem, é forte... pode ter certeza.

–Mas eu também estou assim por mim.-Falei abraçando meus joelhos.

–Olha você tem duas semanas pela frente. Eu sei que é difícil, mas tenta aproveitar esse tempo ao máximo, esquece que iria embora e aproveite.-Falou ela tentando me animar.

–Sabe como dói dizer adeus? Você sabe?-Perguntei e vi uma lágrima escorrer em seus olhos.

–Eu sei... Tive que dizer isso para as duas pessoas que amava.-Falou ela, e eu me arrependi que ter falado aquilo.

–Me desculpa, me desculpa mesmo.-Falei a olhando com um olhar de suplica.

–Tudo bem... Foi nada...-Falou ela limpando as lágrimas.

–E-eu vou fazer o que você disse.-Olhei para o banco em que estávamos, mas o León não estava mais lá.

–Ele foi para casa... Vai lá...-Falou ela se levantando e me ajudando a levantar.

–Tem alguém lá?-Perguntei. Pergunta tosca.

–Só o Léo, fica tranqüila. Vai...-Ela riu e me deu um empurrãozinho.

Bem foi o que eu fiz... Tomei coragem e fui até lá. Toquei a campainha e...