Scars Of Love

Capítulo 7


(Isabella)

— Petrus, preciso de falar contigo…

— Que se passa? Estás bem? – perguntou ele, dirigindo-se a mim para se certificar se me tinha acontecido alguma coisa.

— Depois do que aconteceu hoje e de me ter aconselhado com a minha mãe, percebi que o ódio que disse sentir por ti, afinal era uma mágoa tão grande que acabei por confundir a mágoa com o ódio e a preocupação que tive contigo hoje fez-me perceber isso.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Mas…

— Deixa-me terminar, por favor. Todos os sentimentos que eu nutria por ti há quatro anos atrás voltaram, se é que me entendes… – vi a cara de surpresa dele e cheguei a pensar que estava a fazer figura de parva novamente, mas depois do beijo que ele me tinha tentado dar no dia anterior, fez com que a ideia desaparecesse. Olhei-o nos olhos. – Só que eu tenho medo de voltar a ser magoada novamente e ainda não sei se devo avançar ou não…

Ele aproximou-se mais e colocou a sua mão na minha face e eu, ao sentir o calor da mão dele, fechei os meus olhos e senti a sua cara a aproximar-se da minha. Abri os olhos e olhei para os seus lábios carnudos e dei por mim a aproximar-me ainda mais. Os nossos lábios tocaram-se e o beijo que eu tinha imaginado tantas vezes, aconteceu... Tudo o que eu tinha sonhado estava a acontecer… Os nossos lábios descolaram-se e ficamos a olhar-nos por momentos.

— Petrus…

— Shiu, não digas nada…– tapou a minha boca com um só dedo e voltou a beijar-me, puxou-me mais junto dele e beijou-me mais apaixonadamente. As coisas que senti, não sei descreve-las. Estar nos braços dele era uma sensação que nunca tinha experienciado, mas ansiava por ela há muito tempo. – Eu amo-te, Isabella.

Fiquei com um sorriso tonto e senti-me corar.

— Eu também Petrus. – sorri feito uma doida e abracei-me a ele com toda a minha força. – Isto quer dizer que somos …

— Namorados, sim.

— Pensei que isto nunca viesse a acontecer, sabes?

— Mas está a acontecer Isabella…

O momento tinha de ser estragado! Estavam a bater à porta… Enfim…

— Entre!- disse Petrus.

— Menina Isabella, Petrus! Venham depressa, aquela energia parece estar a rondar novamente!

Estaríamos nós assim tão distraídos para não termos sentido nada?

— Estamos a ir Simão. – disse eu.

Eu e Petrus seguimos Simão até à sala.

— Bem, já estamos aqui todos. – disse Ana.

— Está perto… – avisou Rita.

Estava branca que nem a cale. Transpirava por tudo o quanto era sítio, tremia que nem uma vara verde…

— Meninas o que vamos fazer? – Rita parecia aterrorizada.

De todos nós, parecia ser ela quem mais sentia a presença de Luther.

— Posso? – perguntou o Petrus. – Eu acho que devemos ir fazer uma pequena patrulha para ver se encontramos alguma coisa.

— Temos de andar todos juntos, porque separados somos mais fracos e aí o Luther pode… – disse Rita.

— Nós já percebemos, Menina Rita. – disse Simão. – E se o encontrarmos iremos juntar todas as nossas forças…

Então, como decidido, andamos um pouco, ao redor da casa, pelo enorme campo de relva alta que a rodeava, até que sentimos a sua presença novamente. Sem qualquer aviso prévio, comecei…

I want to feel, sunlight on my face
I see the dust cloud disappear
Without a trace
I want to take shelter
From the poison rain
Where the streets have no name

Where the streets have no name
Where the streets have no name
We're still building, then burning down love
Burning down love, and when I go there
I go there with you, it's all I can do

U2-“Where the Streets Have No Name”

A minha tatuagem e a de Petrus começaram a brilhar e a união de todas as nossas forças fez com que o Luther ficasse mais fraco a cada segundo, mas não que o derrotássemos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Eu hei-de voltar…! – murmurou.

E desapareceu. Será que ele só nos queria irritar? É que estar sempre a aparecer e desaparecer e aterrorizar as pessoas era um pouco chato… E um pouco era favor…

— Como é que o vamos derrotar? – perguntou Petrus.

— Talvez, para que isso aconteça, eu e Daniela também tenhamos que nos juntar a vós.

— Eh?! Mas vocês também são Blue Voices?! – perguntei estupefacta.

No entanto, tanto espanto para nada. Eles estavam a ajudar-nos, conviviam com duas Blue Voices, sabiam dos nossos poderes e ainda para mais conseguiam contactar a nossa Rainha. Ao saber de tal facto fez com que o meu coração se acalmasse mais um pouco… Mas só um pouco mesmo…