Os Dezoito Andares

Segundo andar


Enquanto a mulher estava bebendo uma água para acalmar os ânimos, no segundo andar o garoto do décimo terceiro andar tropeçava e xingava alto por estar atrasado. Lembram dele? Bom, vou refrescar a sua memória: No décimo quarto andar, dois irmãos liam o diário da irmã e riam ao descobrir que ela gostava do garoto do décimo terceiro andar. No décimo terceiro andar, essa irmã brincava com a prima do garoto do décimo terceiro andar, enquanto esse estava descendo o segundo andar.

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Ele praguejava alto por estar atrasado para o trabalho, deveria ter acordado mais cedo. Esbarrou naquela garota, amiga da sua prima, derrubou ela no chão e nem pediu desculpas. Sentia-se amargurado por causa disso, ficar perturbando os outros por causa da sua ignorância de ter perdido a hora. A garota nem tinha culpa. Nem o elevador que estava quebrado tinha culpa, na verdade. Ninguém tinha culpa, só ele. Mas, no momento, ele queria que o mundo explodisse. Odiava estudar, odiava esbarrar em pessoas, odiava viver! Queria somente se jogar contra a parede e relaxar ali, esquecer da sociedade, do futuro, do mundo.

Não tem muita coisa pra falar dele, porque não podemos falar nada de alguém que está morrendo de raiva.