Yume No Kakera

Retorno de um conhecido...Luta de youkais...


No último capítulo...

- Yume, eu disse pra esperar no templo! – Diz segurando meu braço esquerdo

- E ver todos morrerem aqui? Nunca mesmo! Agora me solta eu preciso ajudar vocês. – Digo sacudindo o braço até ela soltar.

- Você tem mesmo o sangue do seu pai Yume. – Diz com um sorriso no rosto.

- Ótimo isso, mas agora precisamos arrumar alguma coisa pra parar esse bicho! – Digo sem pensar duas vezes, eu sentia meu corpo gelar diante do inesperado, o youkai se aproximou enquanto discutíamos e agora se preparava para dar o bote em nós duas.

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O youkai se preparava para acabar com nós duas com uma risada salteando nos lábios, eu percebi um pouco de ironia naqueles risos.

- Vocês pensam que reles humanos poderiam me deter? Isso não é nada pra mim, flechas não tem efeito comigo. – Dizia rindo novamente, agora mais alta.

- Pense bem antes de dizer uma besteira dessas! – Digo sem pensar assim como nas outras vezes, eu começo a correr pra chamar a atenção do youkai novamente, ele se distancia da vila então eu já não sabia mais o que fazer, peguei mais uma flecha e com muito medo, mas determinada eu atiro e da mesma forma ela começa a brilhar mas não causa efeito nenhum de novo no youkai que recomeça a rir.

- Onaa, acha mesmo que isso vai te livrar de mim? Não se preocupe você morrerá rápido, mas terá muita dor antes disso. – Diz rindo novamente, eu estava apavorada, mas minha expressão não mostrava isso, assim que ele prepara o bote e vem pra cima de mim eu tampe meu rosto e uma voz corta o som do youkai que queria me matar.

- Sankon Tessou! – Dizia a voz à minha frente eu reconhecia a voz e também essas palavras.

- “N-Não pode ser! Mas..m-mas será que?” – Pensava comigo mesma, quando a poeira abaixa volto a olhar para onde estava o youkai, ele estava caído no chão cortado ao meio, eu olhei bem para quem tivera feito isso, era mesmo aquele cara que eu tinha encontrado ontem.

- Yo! – Diz olhando pra mim com um sorriso de lado e com garras afiadas nas mãos, era mesmo aquele cara, não acreditava até ver com meus próprios olhos que eu realmente não estava sonhando e que minha okaa não tinha me enganado.

- Yume, você está bem? Eu vi o youkai te seguir...InuYasha?! – Diz Kaede-sama ao se aproximar de mim e ver que ele estava ali e tinha derrotado o youkai.

- InuYasha...Nande? – Pergunto curiosa com o motivo dele ter me livrado de uma morte certa.

- Ha!Baka, se acha que fiz isso por você pode esquecer, estou aqui pela Shikon no Tama, aquele youkai disse que você estava com ela, agora me entregue! – Diz em tom rude e irritante.

- Acha mesmo que vou fazer isso? – Digo olhando bem para ele que me encarava com olhar de raiva, mas no fundo percebia algo estranho dentro dele. Um vento muito forte começa a bater no local, um silêncio reina até ele decidir falar de novo.

- Acho que não tenho outra escolha. – Diz mostrando as garras e estralando os dedos das mãos, ele parecia estranho e quando eu menos espero ele começa a me atacar, ele vem pra cima de mim quase me cortando a cada golpe.

- “Essa não agora to frita!” – Pensava comigo mesma até Kaede-sama tirar um rosário de pérolas negras e dentes caninos do bolso, ela faz um movimento estranho com as mãos e cada uma das peças do rosário vai para o pescoço dele, ele para de me atacar e tenta tirar o colar, porém não consegue.

- Ei você! Tire isso de mim! – Diz InuYasha olhando para Kaede-sama que logo pede minha ajuda.

- Yume diga alguma coisa pra ele parar! – Diz Kaede-sama agora sendo vítima do olhar raivoso de InuYasha.

- Ai, mas o que eu falo? – Digo sem conseguir pensar em nada.

- Diga osuwari.

- Osuwari! – Digo sem pena em voz alta, eu nem sabia o significado disso mas falei, assim que termino de pronunciar a palavra o colar no pescoço de InuYasha faz um brilho e o puxa para baixo fazendo ele dar de cara com o chão, eu não aguentei de ver como ele parou e comecei a rir. Logo depois eu e Kaede-sama aproveitamos que ele ficou parado lá e fomos embora, assim que chegamos no templo Kaede-sama e eu começamos a cuidar uma da outra, ela teve um leve corte nas costas e eu ralei meu pé e meu joelho em uma pedra, logo depois Kaede-sama e eu ficamos conversando.

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- Kaede-sama, o que é aquela palavra que eu disse?

-Osuwari é o mesmo que senta, pensei que seria uma boa ideia, e mais uma coisa só você pode dizer isso e dar aquele efeito.

- Hã?! Nani? – Pergunto curiosa.

- A sua voz foi a única que reagiu com o rosário, quando eu disse osuwari ele não fez nada.

- Agora entendi, mas...porque ele veio atrás da gente? – Pergunto olhando para o InuYasha deitado de costas do outro lado da sala.

- Ha! E ainda pergunta, baka, tira logo isso de mim, preciso da Shikon no Tama.

- E pra que quer tanto isso, é só uma pedra já disse, e eu não vou dar, isso foi presente da minha mãe que pertencia ao meu pai.

- Para de inventar história, a Shikon no Tama era da Kikyou, aliás onde está aquela baka?

- InuYasha, minha onee Kikyou-sama morreu a 50 anos quando lacrou você na árvore.

- Então ela morreu, bem feito pra ela. – Dizia InuYasha sem um pingo de sensibilidade. Algum tempo depois eu e Kaede-sama saímos para o rio onde decidimos tomar um banho, ela me disse para vestir um roupão de banho e só tirar quando entrasse na água, ela me disse que outros podem estar me vigiando por causa da Shikon no Tama e por isso seria bom se prevenir. A água do rio era gelada, também no começo da primavera era de se esperar algo assim, eu quase não deixo a água passar da cintura e tenho uma leve impressão que estou sendo observada.

- Osuwari! – Digo em um teste que é aprovado com o som e a queda de InuYasha bem na árvore da margem do rio aonde estávamos. – Vem cá não tem mais o que fazer? – Pergunto saindo da água ainda com o roupão.

- Shisshou, qual é o seu problema heim?

- E ainda me pergunta? – Digo bem friamente com as mãos na cintura olhando para ele caído no chão. – Some daqui, preciso tomar banho! – Digo voltando a água que agora aprecia mais fria por sinal e me deixou arrepiada, InuYasha some bufando e como precaução fiquei com o roupão. Alguns minutos depois tenho a mesma sensação de estar sendo observada.

- Osuwari! – Digo de novo e o mesmo acontece, InuYasha cai da mesma árvore, e dessa vez eu saio do rio, ao menos tinha terminado de tomar banho. – Você não tem mesmo o que fazer.– Pergunto chegando perto dele.

- E o que mais eu teria pra fazer? Eu preciso da Shikon no Tama, como você não quer me dar eu vou tirá-la de você. – Diz se levantando no mesmo tom arrogante, irritante e convencido de sempre, ele definitivamente não ia muito com a minha cara porque ficou me encarando toda vez que me encontrava durante o resto do dia...

Continua...