A Patricinha e o Lobisomem

Capítulo 21 - Não é muita coincidência?


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Não é muita coincidência?

Amelie POV

Andei até em casa no menor espaço de tempo em que um ser humano seria capaz de fazer aquele percurso, com certeza.

Ansiosa era pouco pra mim. Eu estava pirando TOTAL.

Eu era estéril! Quer dizer, eu sempre fui estéril desde que comecei a ir em ginecologistas e sim, havia uma minuscula chance de eu engravidar no futuro caso eu fizesse um tratamento intensivo em uma boa clinica de reprodução in vitro, mas gravida? Assim, ao natural?

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Eu precisava chegar logo até aquele maldito banheiro e tirar a prova. Depois eu me juntaria ao desespero/emoção, junto com a Kim.

Outra coisa estranha. Porque eu estava engravidando justamente na mesma época que minha melhor amiga? Não que não fosse ser legal, caso realmente estivesse acontecendo e depois de agente ter aceitado essa situação impossível, mas fala serio.

A Kim é outra que nem deveria estar gravida já que pelo que eu sei ela toma remédio pra impedir e na maioria das vezes obriga o Jared a usar qualquer outra forma contraceptiva. E quando me lembro de Emily que está mesmo gravida e já está indo para o quarto mês, penso em quantas gravidas seremos, afinal! Isso é mesmo super estranho. Bem no nível de estranheza do meu namorado ser um Lobo enorme e assustador na metade do tempo.

Graças aos meus passos de bailarina, nem passei perto de acordar a Marta então não precisava me preocupar com essa parte, por enquanto. Afinal, eu até começava a imaginar a cara da Marta quando eu chegasse pra ela assim, como quem não quer nada e dissesse:

- Oi Marta querida, sabe o Jake, meu namorado que você adora e ficou tentando juntar agente desde o inicio que eu sei... então, ele me ENGRAVIDOU, legal né?

Tá certo que engraçado seria, com certeza. Mas afinal de contas, o que na minha trágica vida não tem sido cômico se olharmos por todos os lados?

Tudo bem, essa coisa de teste caseiro era bem simples. Desembrulha, molha o pedacinho com a fitinha azul e sacode. Nada anormal.

Tranquei a porta do banheiro só pra ter certeza que ninguém viria conferir o que eu fazia depois das duas da manha, na surdina. E então esperei.

Esperei o primeiro minuto que pareceu um seculo, depois o segundo e terceiro e já tava começando a suar frio quando olhei o quadrinho que indicaria um risco para negativo e dois riscos para positivo e parecia que tava tudo bem já que apareceu um risco bem forte, que é negativo. Mas aí foi surgindo um pouco do outro risco e ele foi ficando tão forte quanto o primeiro e agora eu acho que ia desmaiar naquele banheiro porque eu definitivamente estava gravida!

Kim POV

Eu estava tentando dormir porque já devia estar quase amanhecendo e essa coisa de gravidez estava me deixando muito preguiçosa, mas um barulho na minha janela estava ficando mais e mais insistente.

Espantei o sono e sai pelo quarto enrolada no edredom até que vi Amelie enrolada naquele casaco de pele enorme dela, que deve ter matado uns mil bichinhos pra ser feito. Ela estava tacando pedras na minha janela e me olhava irritada por ainda estar de fora.

Fiz um sinal pra ela dar a volta e abri a porta pra ela em silencio até entrarmos no meu quarto.

Ela estava com uma cara engraçada. Uma especie de sorriso nervoso tatuado pra sempre em sua expressão e seus olhos brilhavam ao mesmo tempo que as mãos tremiam.

- Eu também! - ela falou com o que pareceu empolgação e panico.

Eu boiei, claro.

- Eu também, Kim! - ela repetiu como se eu fosse entender melhor dessa vez.

- Você o que? - eu tentei.

- Ou sua lerda, eu também... - ela respirou com dificuldade e então cuspiu. - Eu tô gravida, também. - e me estendeu um teste igual aos milhões que eu fiz. Eu reconheci como o teste que dei pra ela ainda na caixa.

- Ai meu Deus! - eu pus as mãos na cabeça. - Eu tô delirando? Essa é a sua nova idéia de piadinha? - eu perguntei seria.

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- Claro que não, idiota. - ela retrucou ofendida.

- Tá falando sério, não é? - tive até medo de dizer.

- O pior é que tô mesmo! – ela admitiu.

- Parabéns! - eu falei sem pensar, num impeto de alegria ao lembrar que ela sempre pensou que era estéril.

- Pimenta nos olhos dos outros é refresco, né Kim? - ela brigou. - Parabéns também! - disse, não conseguindo ficar seria por muito tempo.

- Nossos filhos vão ter a mesma idade. - eu realizei esse fato enquanto nós duas ficávamos ali esbabacadas no meio do meu quarto.

- Éhh... - ela disse aérea e sorridente. Tinha uma carinha de boba que deixou ela adorável e nada parecida com a patricinha que eu enfrentei todos esses meses pra conseguir minha melhor amiga.

- Ai meu Deus, agente vai ter que contar pros meninos... - eu disse e já me sentei na cama com um principio de ataque cardíaco.

Ela sentou do meu lado e passou os braços pelos meus ombros.

- Acho que não vai ser tão ruim quanto contar aos nossos pais... - ela lamentou. - Minha mãe vai pirar e eu nem quero saber o que ela pode tentar fazer comigo e... - ela engasgou um pouco e tocou a própria barriga. - Com ELE!

Eu coloquei minha mão sobre a dela e a olhei com uma confiança que eu não havia sentido até aquele momento.

- Você não precisa falar nada pra ela. Pensa apenas no melhor pro seu bebê e esquece qualquer outra coisa. Nós estamos juntas nessa! - afirmei.

- Fechado! - ela apertou a minha mão, com sua mão que estava livre.

Então eu imaginei a cara de alegria do Jared quando eu finalmente aceitasse me casar com ele já que não tinha muito mais a ser feito e eu quis realmente bater nele por mais que eu o amasse.

Jacob POV

Buzinei duas, três, quatro vezes diante da casa da Mily e nada.

Levantei bufando porque ela devia estar colocando quilos de maquiagem na cara. O que alem de nos atrasar, só servia pra chamar ainda mais a atenção dos caras da escola dela. Como se eu não tivesse que agüentar o olho gordo daqueles moleques pra cima do que era meu todo santo dia em que ia busca-la.

A porta como sempre estava destrancada e eu entrei. Marta não parecia estar em casa. Caminhei até o quarto da minha linda e também não bati na porta, como de costume.

Já estava pronto pra bancar o responsável quando a surpreendo no quinto sono, abraçada ao cobertor e ressonando como um bebê. Ela ficava tão linda dormindo que me esqueci completamente de que era sexta-feira mas ainda não era sábado e eu tinha trabalho, ela tinha escola e nós iriamos nos atrasar feio.

Sentei na beirada da cama dela e toquei seu rosto tirando uma longa mecha de cabelo dourado de cima de seus olhos fechados. Como era linda e como eu tive sorte. Nem conseguia acreditar que a alguns meses eu andava por aí como um cachorro miserável me lamentando por uma garota que nunca me amou de verdade e que além de não me querer, trocou sua própria vida por uma semi-vida monstruosa ao lado de um sanguessuga. Não que eu me importasse mais com isso, realmente. Bella era bem grandinha e sabia bem o que fazia. Teve muitas escolhas.

Já ia me levantando pra deixar Amelie dormindo enquanto ia sozinho para o trabalho quando percebo que ela tem sua mão direita fechada com segurança entorno de um pequeno objeto. Quase instantaneamente ela se move e sua mão desfaz o aperto, deixando o objeto cair no chão e quicar fazendo aquele barulho surdo de plastico em madeira.

Sem nem me dar conta do porque, eu me estico voltando a me sentar na cama e pego o pequeno objeto que se assemelha muito à um palito de picolé que sofreu uma engorda.

Tem uma sigla que não reconheço pintada com letras cor-de-rosa no alto e então eu vejo duas linhas em uma pequena bola transparente no meio do palito mas nada daquilo faz sentido até que eu vire o objeto em minhas mãos e leia a palavra GRAVIDEZ em letras garrafais.

Amelie POV

- Amelie! Amelie! - escuto bem de longe enquanto durmo confortavelmente. Mas o barulho aumenta e alguma coisa começa a me sacudir. - Acorda Amelie!

Reconheço aquela voz linda e rouca com um sorriso bobo e apaixonado na cara e vou abrindo os olhos devagar.

- O que é isso, Mily? - Jacob me pergunta com os olhos arregalados sacudindo alguma coisa branca, pequena e cumprida em suas mãos.

- O que é O QUÊ, amor? - pergunto ainda sonolenta tentando abraça-lo mesmo deitada.

Ele continua com um olhar frenético, balançando a coisinha branca em meus olhos até que...

Acordo de verdade, salto da cama ficando muito tonta no processo, cambaleio, sou amparada e me sento outra vez olhando Jake com muito medo e ansiedade porque percebo que peguei no sono segurando o meu teste de gravidez e meu namorado acaba de encontra-lo.

- Ai! - gemi sem fazer nenhuma idéia de como confirmar o que ele já esta imaginando.

- O que significa isso, Amelie? - ele me olhou serio dessa vez.

- A Kim também tá gravida. - eu soltei com uma voz super esganiçada como uma criança que se justifica pelos erros dos amiguinhos.

Vi Jake abrir a boca e me encarar com uma expressão quase catatônica e quando eu já ia na cozinha buscar uma agua fria pra jogar nele e desperta-lo daquele transe, ele me agarrou e me abraçou tão forte que eu gemi de novo, dessa vez em protesto.

Ele me largou na mesma hora e levou uma mão pra minha barriga que graças a Deus ainda parecia o resultado de anos de academia. Os olhos negros e brilhantes estavam cheios de agua quando ele me olhou, me prendendo naquele mar de contemplação.

- Isso é sério, não é? - ele perguntou com a voz rouca demais e um sorriso largo e sincero nascia em seus lábios.

- Sim. - eu disse num tom bobo, o mesmo de sempre quando estava com ele.

- Ual... - Jake olhou pra cima e me pôs sentada em seu colo em um movimento só.

- É, quem diria! Eu, gravidez na adolescência, morando em Washington... - Virei-me para olhar Jacob que esperava eu terminar de falar com as sobrancelhas juntas. Eu sorri do medo dele de que eu desse mais um piti e resolvi acabar logo com a lenga-lenga. - Amando muito tudo isso! - completei sincera.

Ele me abraçou de novo, dessa vez com bastante cuidado. Cuidado até demais para seu nível costumeiro de precaução.

- Você é perfeita, sabia? - ele me disse como se estivesse constatando uma grande verdade. Rolei os olhos.

- Deu pra beber agora Jake? - perguntei. - Não era você mesmo que me achava encrenqueira, mimada e arrogante? - perguntei me lembrando de todos os nossos momentos de cão e gato.

- É, tudo isso e mais um pouco. - ele afirmou e foi minha vez de estreitar os olhos. - Só que é a minha encrenqueira, a minha paty mimada e a minha mulher pra sempre ... - e então ele pareceu engolir com um pouco de dificuldade. - A mãe do meu filho!

Foi estranho, assustador e maravilhoso ouvir ele dizendo aquilo e então eu virei pra ele segurando firme os meus braços em seu pescoço.

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- E então... pronto pra ser pai? - disse.

E Jake me abriu seu sorriso de orelha a orelha, no melhor estilo comercial de pasta de dente.

Jacob POV

- E então... pronto pra ser pai? - ela disse, ainda incerta.

E aquilo foi a coisa mais estranha, assustadora e maravilhosa que ela poderia ter dito. Assim, sem mais delongas.

Enterrei meu rosto em seu cabelo aspirando seu cheiro que estava um tanto mais acentuado e então apenas fiquei ali com ela, por um longo tempo, me esquecendo das responsabilidades enquanto ainda podíamos e organizando aquela verdade surpreendente em minha cabeça.

É claro que eu estava pirando completamente com aquilo. Nós eramos muito novos e inexperientes nessa coisa de criar uma criança. A mãe dela me odiava. Eu era um lobo pé rapado e ela era uma herdeira milionária. Eu tinha feito dezoito anos a muito pouco tempo enquanto ela ainda teria de esperar para ser considerada adulta. Nós poderíamos ter tantos problemas que não caberiam em uma lista só. Eu sabia de tudo isso e em parte minha mente me alertava para cada uma dessas novas complicações.

Mas era impossível não agarra-la com toda a minha alegria e não imaginar o meu filho ali, crescendo em sua barriga. Crescendo dentro da mulher que eu amava mais que a mim mesmo, da forma mais natural possível. Metade eu e metade ela, juntos de um jeito que não dava mais pra separar.

- Nós temos que contar, você sabe. - alertei a ela que suspirou e rolou os olhos.

- Não tenho nem idéia de como chegar em Marta, porque ela é a única que vai saber da minha parte já que eu prefiro entrar pra dentro da terra antes de contar pra minha mãe que eu estou gravida... - ela disse num folego só parecendo assustada.

- Calma amor! Duvido que a Marta vá ser um problema e meu pai vai ficar todo bobo com o primeiro neto. - garanti a ela – Na sua mãe nós pensamos depois. - despistei.

Ela também não fez questão de discutir isso.

- Mas perai... Você disse que a Kim também estava gravida? - eu me lembrei do começo de nossa conversa.

Amelie me olhou e então gargalhou e assim que conseguiu parar de rir, balançou a cabeça afirmativamente. Essa era uma coincidência interessante. Minha garota estéril estava gravida, a garota super precavida do Jared estava gravida também.

Aí tinha coisa.

Amelie POV

Jake e eu nos sentamos no sofá da casa de Emily enquanto ela e Kim preparavam algo para comermos no jantar. Eu estava me sentindo particularmente enjoada por todo o dia e Jake estava particularmente me irritando.

Ele vinha tentando colocar alguma coisa saudável e comestível em minha boca de minuto em minuto, o dia inteiro, e ele sempre vinha com a mesma lenga lenga de: “Não comer fará mal para o bebê”

Sim, aparentemente eu era só uma encubadora para ele agora.

E sim, estou exagerando!

Eu sei que faz mal para o bebê ficar com pouca coisa no estomago mas eu não conseguia me empolgar com nada que fosse remotamente saudável e Jake não estava muito inclinado a me dar seus salgadinhos de queijo porque Sam veio com uma historia ridícula de que Emily não comia mais essas porcarias que eram cheias de química e faziam mal para o bebê.

Eu não sou louca por salgadinhos nem nada. Na verdade sempre achei essas coisinhas a maior pobreza mas eu não podia me controlar se minha vontade deles era maior do que minha vontade por qualquer outra coisa.

Já estava pronta a ameaça-lo de que se não me desse o salgadinho a criança nasceria igualazinha ao bicho feio da embalagem embora acreditasse menos ainda nessas superstições idiotas, quando Jared passou pelo sofá e roubou o pacote de Jake.

Meu amor o fuzilou com os olhos. Então Jared atirou alguns salgadinhos para mim que peguei o mais rápido que pude, colocando tudo na boca antes de ser impedida.

Definitivamente conviver com os lobos tinha levado minha classe para o espaço e largado ela por lá.

- Ei cara, sua garota não tá comendo isso! - Jake brigou. Jared sorriu.

De fato, Kim estava tão preocupada quanto Emily com a coisa da comida saudável, mas Jared estava tão feliz desde que ela concordou em se casar que estava fazendo as vontades de todo mundo por quem passava e eu era agradecida a isso no momento.

Kim não contou nada aos pais dela, nem eu tive coragem de dizer nada a Marta e já fazia umas duas semanas que eu descobrira a gravidez.

Estávamos conversando mais cedo sobre onde faríamos o pré -natal e Emily recomendou sua medica, no hospital de Forks mesmo. Acho que eu não iria muito mais longe, não precisava.

De repente a porta da sala se escancarou e uma Rachel desvairada passou por ela arrastando uma mala de rodinhas. Quase não reconheci a minha cunhada pela expressão em seu rosto.

Ela parecia perigosa com o tanto de raiva que carregava.

- Eu sei que aquele desgraçado do Paul está aqui então não adianta ninguém tentar esconder ele. - ela gritou com as mãos na cintura que já não era mais tão magra quanto eu me lembrava.

Paul, inocentemente veio da cozinha com um sorriso bobo na cara e já ia abraçar a namorada que chegara de surpresa quando ela começou a esbofeteá-lo e mesmo que não machucasse ele continuou apanhando e se encolhendo até ela cansar e se escorar nos próprios joelhos.

- Como você fez isso Paul? Como? - ela esbravejava mesmo sem folego e sem se importar com toda a audiência que ela tinha ali, já que todo mundo estava na casa da Emily para o jantar. - Como... como pode? Como conseguiu? - então ela desabou chorando.

Ninguém entendeu nada e eu fiquei com dó do Paul que tinha a cara mais desentendida de todos nós. Ele tentava abraça-la e ela ainda lutava com ele, mesmo aos soluços. Ela voltou a falar:

- Eu estava lá no meio de um seminário e de repente me vem essa vontade maluca de comer um brounie. Aí eu vou e corro na cantina e como logo uns cinco brounies e depois quase morro de vomitar pra acabar na enfermaria com um diagnostico de... de... - ela não parecia capaz de dizer então eu facilitei pra ela.

- Gravidez? - falei e juro que tentei mostrar solidariedade mas minha voz parecia animada demais porque ela arregalou os olhos e depois os estreitou mais ainda batendo em Paul de novo. - Entra na fila! - eu falei pra ela com um sorriso ainda maior no rosto, achando que essa era mais uma bruta coincidência que não tinha cara de coincidência nem se agente maquiasse muito.

- O que? - Rachel parou de espancar o namorado e me olhou seria.

- Eu tô gravida, a Kim tá gravida... Acho que da Emily você já sabia né? - contei nos dedos e ela continuava me olhando pasma.

Dei um tapinha no ombro dela enquanto todo mundo assitia apreensivo a sena se desenrolar.

Ela respirou fundo e engoliu seco. Então Jacob pareceu acordar para a realidade.

- Você engravidou minha irmã, idiota? - ele partiu pra cima de Paul segurando-o pela blusa.

Jared pulou entre os dois separando eles com violência e Sam pareceu acordar também.

- Chega de briga, vão lá pra fora... - rosnou. - Não quero confusão com as garotas aqui, pensem nos seus filhos!

Os ânimos pareceram se aclamar mas Jacob ainda rosnava para Paul que parecia ter sido eletrocutado.

- Sua namorada também está gravida! - Paul se defendeu idiotamente, uma voz débil. Acho que ele ainda não tinha realizado o que Rachel gritou para ele.

E aí ficou um clima estranho, mas não tenso e enquanto todos ainda estavam ali parados esperando sabe-se lá o que e Emily saiu da cozinha dizendo que a comida estava pronta, eu puxei disfarçadamente o saco de salgadinhos da mão de Jared.

Já ia levando um até a boca toda feliz com minha façanha quando Jake tirou de mim com uma velocidade incrível.

- Nem pensar, você vai comer direito agora! - disse me lançando um sorriso matreiro.

Eu encarei ele com ferocidade e juro que queria pular em seu pescoço, mas ele me ignorou o suficiente para me abraçar pelos ombros protetoralmente e beijar minha cabeça, me conduzindo até a cozinha.

Emily teria que por mais um prato à mesa. Mais uma gravida jantaria ali hoje.

Jacob POV

Estava em casa, tomando um banho e depois iria até a casa de Amelie onde finalmente contaríamos à Marta e ao meu pai sobre o bebê, durante o almoço no meio de um domingo relativamente comum em La Push.

É claro que o velho achava que estava apenas descolando um rango na vizinhança e a pobre Marta acreditava estar apenas recebendo o namorado da patroa e o pai dele no final de semana, mas nós conseguiríamos nos sair bem dessa.

Se as coisas ficassem tensas pra valer eu já tinha me precavido, passado em Port Angels e comprado um anel de noivado que eu não hesitaria em usar.

Era simples, com uma pedra verde e pequena e a aureola fina, afinal eu não sou nenhum endinheirado e tenho certeza que Amelie tinha jóias muito melhores em suas coisas. Mas ainda assim minha esperança de que ela gostasse dele era imensa e eu estava ainda mais ansioso por causa disso.

Passei a toalha pelo quadril e caminhei para o meu quarto quando o telefone começou a berrar estridente.

Billy devia estar lá fora já que não atendeu e eu tive que correr para ver quem era.

- Alô – eu disse com um pouco de pressa, indiferentemente.

- Jacob? - uma voz de sinos soou em meu ouvido. Parecia conhecida e ao mesmo eu poderia jurar que nunca a ouvi.

- Sim? - reconheço que pareci bem idiota.

- Jake, aqui é a Bella!