A Patricinha e o Lobisomem

Capítulo 14 - Tio Oliver!!!!!!!!!!!!!!


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Tio Oliver!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Oliver POV

Por quatrocentos anos eu esperei que minha amada retornasse à esse mundo, que minha Eleanor pudesse reunir-se a mim outra vez e que dessa vez pudéssemos gozar de nossa felicidade juntos sem que nos fosse tirado o direito de amar.

Quatrocentos anos e nem um dia a mais, quando em vinte de três de fevereiro ela nasceu. O chamado de meu coração foi quase tão claro quanto a marca de nascença em forma de estrela em sua omoplata esquerda.

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Sobre o nome de Amelie Violet Gerard Befart Weelow, ELA retornava a mim dando fim a toda uma existência de solidão.

Dezesseis anos depois desse dia aqui estava eu, nervoso como se ainda fosse um humano adolescente e tivesse algo a temer frente a uma garota que me idolatrou desde sua mais remota infância e que eu facilmente poderia conquistar, convencendo-a a realizar os rituais de que precisaríamos para acordar a alma de Eleanor que morava dentro dela.

Claro, o destino fora precipitado deixando-a assim órfã de repente, mas ela não era uma criancinha e eu não precisava agir com tanta cautela agora. As mulheres eram mães de filhos crescidos na idade dela, quando eu fui um mortal, nos idos de 1.600.

Seria muito fácil arrumar-lhe documentação para transitar como maior de idade, pois seu corpo formou-se sedo, nas mesmas curvas sinuosas e instigantes das quais eu sempre me lembraria. Doce Eleanor, doce e impetuosa. Perfeita para mim. Nenhuma outra me interessava e nenhuma outra me despertava como homem mesmo depois de minha vida imortal.

Afundei meus mocassins italianos nos pedais macios como areia do meu Jaguar C-xf. Ainda podia sentir entre os dedos a caixinha com o seu mais novo presente, pois minha princesa gostava de mimos, dos mais caros e mais impressionantes e não seria eu a nega-la luxo e regalia quando tinha em meu nome metade de um continente.

Diverti-me imaginando sua carinha surpresa e sapeca ao constatar habilmente quantos quilates tinha o diamante da vez, me refastelando na idéia de que fora bem mais exagerado que o usual ao comprar esse presente.

Amelie POV

Jake me conduzia, uma mão permanentemente em minha cintura enquanto voltávamos à recepção que tomou ares de balada quando as crianças, os mais velhos e os noivos se retiraram.

Puxei ele para pista de dança e aproveitei a batida frenética para provoca-lo um pouco, como uma vingança justa pelo tanto que ele me provocara naquele passeio de carruagem.

Sentia-me muito disposta e completamente entregue a essa nova loucura.

Segurei suas mãos e as coloquei no meu quadril, jogando os braços pra cima e rebolando de encontro as pernas dele, subindo e descendo e por fim me virando para encara-lo.

Jacob tinha uma expressão concentrada e eu podia apostar toda a minha coleção de casacos vintage como ele estava tentando imaginar uma senhora bem velha sem as roupas para conseguir manter-se livre do constrangimento de uma ereção publica.

Me esfreguei mais ainda nele completando o movimento com um beijo rápido e provocante, onde minha língua passeou por seu lábio inferior fazendo-o grunhir e me segurar à certa distancia.

- Você é louca! - sua voz estava mais grossa e o castanho de seus olhos estava mais profundo.

- Você me quer. - assinalei arqueando a sobrancelha e ressaltando o obvio, virando-me e continuando a dança.

- Tem certeza que só tinha refrigerante naquele copo? - ele perguntou perto demais do meu ouvido, fazendo um gemido me escapar quando mordeu o lobulo da minha orelha inesperadamente.

Me virei para beija-lo outra vez, mas algo acontecera.

Suas mãos estavam em minha cintura, mas agora eram restritivas e protetoras. Ele assoviou alto o suficiente para machucar meus tímpanos e em um átimo de segundo o namorado de Kim estava a seu lado junto de outro rapaz que eles chamavam de Quill.

- Fique aqui, com os outros. Não saia da pista! - ele alertou com olhos ensandecidos e me beijou na testa de forma possessiva pra logo depois virar-se em velocidade para me deixar ali sozinha.

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Nem pude perguntar por nada; Kim me puxou pelo braço dizendo algo como: “Vamos fazer o que eles mandaram!”

Que fosse ela fazer o que lhe mandavam. Homem nenhum mandava em mim.

Desvencilhei-me dela com facilidade e me pus a seguir a figura enorme e dificilmente camuflada de Jacob, passando pelas pessoas atulhadas até o estacionamento da praia.

Jacob POV

Em um instante eu tinha problemas de coordenação por causa da dancinha assassina da Amelie pra cima de mim e no outro, aquele cheiro, uma corrente de ar doce e pesado vindo direto ao encontro do meu nariz super sensível. Tinha um vampiro a menos de trezentos metros de onde eu estava.

Assoviei com urgência porque eu sabia que os garotos reconheceriam o sinal. Pelo canto do olho vi Jared sussurrar instruções à Kim enquanto arrastava o Quil com ele. Temi deixar Mily ali, sozinha, mas logo Kim a pegou pelo braço e eu pude me virar para ir com eles.

Parecia que teríamos caça para celebrar o casamento de Sam.

Sentia meus músculos prontos para explodir ao menor sinal de problemas e era uma maravilha estarmos tão próximos da orla da floresta, onde estaríamos encobertos de testemunhas.

O rastro fresco e imediato me tomou os sentidos e em minha direita Jared já desabotoava a camisa social.

Um homem estava escorado displicentemente em seu carro brilhante e caro. Claro, não era bem um homem já que a pele pálida e mal cheirosa indicava sua verdadeira natureza, bem como sua beleza estranha e ameaçadora. Também não era nenhum dos Cullen, o que era uma garantia de diversão. Parecia não saber o que o esperava.

Reconheci o veiculo como um jaguar esportivo. A sanguessuga tinha bom gosto, era uma pena que fossemos desmontar a belezura depois de nos livrarmos dele. Ocultar as pistas.

- Tio Oliverrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr! - o grito afiado e estridente de Amelie cortou o silencio de guerra em que nos encontrávamos e ela chegou à sanguessuga antes que eu pudesse detê-la pelo braço, já que passara pelo lado de Quil e não o meu.

Mais que porra era essa?

Os caras olhavam pra mim e depois para a sena a nossa frente, que consistia em uma Amelie super excitada quicando como uma bolinha de borracha em volta do vampiro, abraçando-o e beijando-o como se ele fosse uma pessoa.

Então era esse o tal padrinho...

Deixei a contra gosto o calor se esvair de mim e pus minha mão direita a frente de Jared indicando que deveríamos aguardar ordens de Sam para agir. Pelo visto a caça havia sido adiada, eu só esperava que não fosse por muito tempo.

Sam Uley P.O.V.

Emily passou por mim segurando seus sapatos de salto em uma das mãos, enquanto balançava uma taça de champagne quase vazia na outra. Ela estava alegre com a bebida que quase nunca consumia e mantinha um sorriso fácil nos lábios, um cambalear dominava seu corpo e o conjunto de ações seria quase ridículo se ela não fosse tão infinitamente linda.

A puxei pela cintura para os meus braços fazendo-a gargalhar e virar a cabeça a fim de me olhar diretamente.

- Está afim de um pouco de diversão hoje, Senhor meu Marido? – sua voz sedutora continha um traço visível de alteração.

- Você acha que dá conta do recado, Em? – provoquei de encontro a sua orelha fazendo as risadinhas aumentarem.

- Eu sempre irei dar conta de você, Sam! – ficou na ponta dos pés para me beijar.

Então se afastou e foi rebolando na direção de nosso quarto, deixando o vestido cair pelo corpo enquanto andava, só para me torturar mais um pouquinho.

Já ia atrás quando meu bolso vibrou. Ia deixar o pager maldito em cima da mesinha da sala e ignorar totalmente o infeliz que ousava me atrapalhar em plena lua de mel, mas a porcaria do aparelho eletrônico continuou apitando até que vencesse e eu olhasse o que era.

De: [JaredS2Kim] para [Alfa]
Alerta vermelho. Sanguessuga na área. Estacionamento First Beach

“Inferno!” – pensei enquanto corria até o quarto para dizer a minha mulher que ela teria que me esperar para começar a nossa LUA DE MEL. Eu pensava cada vez mais na possibilidade de me afastar e passar o comando á Jacob, de uma vez por todas.

O direito de nascença era dele, de qualquer modo e, além do mais, nesse ritmo, eu não me surpreenderia se Emily acabasse me pedindo o divorcio.

Amelie P.O.V.

Eu mal podia acreditar na minha sorte. Era como se ela estivesse se levantando dos mortos. Meu Dindo estava ali na minha frente em toda a sua gloria. Seus trajes caros e bem combinados, sua elegância descomunal e sua figura de beleza indiscutível.

Claro que eu não vi nem ouvi mais nada enquanto pulava nele. Que saudades...

E, opa, sensação errada: Frio demais.

Não me lembrava de que Tio Oliver fosse assim tão gelado. Será que aquela droga de estado tinha mexido tanto assim comigo a ponto de eu estranhar meu próprio Dindo?

- Minha Princesa! - ele disse em sua voz maravilhosa de tenor, enquanto me recebia de braços abertos.

Ignorei essa nova sensação estranha quanto ao frio e o beijei, mas foi definitivamente a ultima coisa que fiz, já que um braço muito quente e que já se tronara completamente normal para mim me arrancou na maior cara dura de cima de meu visitante ilustre, e, eu tive que me virar em um momento: “O que você acha que está fazendo seu idiota?”

Embora não tenha sequer sido ouvida, já que uma Marta arfante pela corrida tinha aparecido do meu lado, me arrastando e o noivo que já fora embora a muito tempo estava de volta apenas com as calças e a frente de um grupo de índios grandalhões, onde também divisei Jacob.

Eles encaravam meu tio com hostilidade declarada e aquela maldita mulher não parava de me arrastar.

O que estava acontecendo com aquele povo mal educado?

É claro que eu já sabia que eles não tinham modos mas isso já era demais e enquanto eu lutava para me desvencilhar de Marta, Kim se juntou a ela e eu só pude ouvir a voz de Jacob chamando meu tio de SANGUESSUGA e mandando-o embora.

A raiva me subiu e eu despistei as duas mulheres enquanto corria a toda pelo estacionamento da praia de volta ao meu tio, a única pessoa sã naquele meio de loucos e que claramente estava sendo ameaçado.

Jacob P.O.V.

Amelie estava agarrada ao parasita como se ele alem de ser uma pessoa, fosse alguem muito especial. O ciumes e a preocupação tinham lugar em minha mente já muito cheia, procurando todos os motivos para calma e sobriedade afim de evitar uma transformação antes que Sam chegasse.

Quando o vi trazendo Marta e Kim, não esperei por nada. Tirei minha Mily das garras daquela coisa e a passei para Marta que já devia ter sido avisada de que ninguém deveria ouvir aquela conversa e a levaria dali em segurança.

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- Quem são vocês? - o idiota perguntou sem esboçar nenhuma reação ao fato de eu ter lhe tirado a garota.

- Nós somos o seu pesadelo, Vampiro! - Jared respondeu trincando os dentes.

- Ora, ora... - ele meneou a cabeça em um risinho superior. - Então o cheiro de cachorro molhado era realmente o que pensei ser de inicio! - ele continuou como se estivéssemos em uma conversa amigável. - Acreditei que estavam extintos na Olympic. Não tenho noticias de nenhum de vocês a mais de duas gerações. Parece que esse foi o lugar de menos segurança possível para mandar minha amada.

Eu rosnei pra aquele desgraçado e ele só me olhou de cima a baixo, me avaliando. Era mais de uma cabeça mais baixo que eu. Estremeci com os punhos serrados, querendo mais que qualquer coisa me lançar em cima dele e acabar logo com isso, enquanto Sam assumiu o controle.

- Meu nome é Samuel Uley e nós não o queremos em nossas terras. Você pode ir agora ou nós iremos lhe tirar daqui.

Eu estava perplexo: Como assim ele ia em paz? Qual era o problema do Sam afinal?

Mas então eu vi meu alfa me lançar um olhar de aviso e entendi tudo: Era bom que o sanguessuga saísse do alcanço do grande publico para outro lugar onde pudéssemos caça-lo.

- Você ouviu o Sam, SANGUESSUGA, Vá embora, suma! - disse satisfeito.

Amelie P.O.V.

Corri até o aglomerado de homens, ou eu deveria dizer, o aglomerado de selvagens e meu tio querido? Enfim, Marta e Kim tentaram me puxar de volta porque elas são obviamente perturbadas.

- O que está acontecendo aqui? - falei com autoridade querendo acabar logo com aquela palhaçada.

Olhei diretamente para Jacob como se implorasse para que ele fosse equilibrado pelo menos na frente do Dindo.

- Nós precisamos conversar com o seu padrinho, Srtª Wellow. - O noivo foi quem me respondeu enquanto Jake apenas me lançava um olhar desapontado que eu ignorei por não ter nenhum sentido racional.

- Está tudo bem querida! - meu tio olhou nos meus olhos e era como se ele fosse capaz de me obrigar a comer o meu pé. Como pode ser tão lindo? E seu cheio era tão agradável.

Senti-me boba como se estivesse levemente entorpecida, quase bêbada. Sem poder me conter sorri tolamente para ele.

- Tem certeza que quer falar com eles, Dindo? - perguntei com minha nova voz, mansa demais. - Isso é tudo tão desnecessário... venha comigo! - peguei sua mão.

- Está tudo bem, minha bela. - ele se desvencilhou de minha mão acariciando ela. - Nós estamos apenas desfazendo um mal entendido. - e foi aí que ele olhou fixamente para mim por alguns segundos, como me prendendo irrevogavelmente em seus olhos verde-caramelados. - Por favor vá até sua casa com Marta, está bem? Eu passarei lá assim que possível para falar com você. Eu lhe trouxe um presente... - ele tirou uma caixinha do bolso do terno de veludo preto. A caixinha também era de veludo preto. - Pegue. Espero que esteja do seu gosto. - ele finalizou, beijando minha testa e sorrindo tranqüilizador para mim.

Ouvi algo parecido com um grunhido mas não identifiquei o que fosse.

De repente me sentia cansada e não me parecia mais o fim do mundo ir com Marta e Kim de volta para casa, nem me pareceu estranho que meu tio estivesse tendo mal entendidos com pessoas desconhecidas apenas por existir.

Ainda pude divisar os olhos raivosos de Jacob Black, suas mãos em punho e aquela sua expressão desapontada olhando para mim. Aquilo pareceu me incomodar e me ferir também, mas eu estava realmente cansada.

Era como se não tivesse apenas corrido alguns metros por aquele estacionamento, e sim, vários quilômetros em um deserto ao meio dia.

Minha mente estava condicionada a ir com Marta e descansar. Eu não estava em mim. Nem sequer abri o presente.

Jacob POV

Eu vi Amelie virar de costas para nosso “grupinho” e ir na direção de Marta obedientemente. Eu sabia o bastyante sobre ela para esperar qualquer coisa da garota, ela era uma imensa contradição e até agora tinha se mostrado bem instavel, mas até pra mim que me preparei para que ela fizesse tudo, não entendi como ela desistiu assim.

Porque com certeza aquela sanguessuga tinha lhe feito alguma coisa

- O que você fez pra ela? - a voz me saiu rasgada e minhas mãos se apertaram mais.

- Eu a Glamorizei. - ele se desencostou do carro, e encarou o bando de frente, face erguida.

- E que porra é essa? - Jared rosnou, também se segurando.

- Eu tenho a habilidade de “convencer” as pessoas sobre o que é melhor para elas, sem muita conversa. - disse o sanguessuga com um sorrisinho sínico e então se virou para Sam, serio.

- Você não vai me atacar, porque eu simplesmente não mato para sobreviver e você é um protetor. Sem mortes, sem problema! - ele acenou displicentemente.

- Você usa lentes de contato, porque seus olhos estão vermelhos de sangue. Como espera que acreditemos em sua inocência? - Sam estava se contendo mais facilmente do que nós por ter maior controle, mas até pra ele eu via a dificuldade.

- Não disse que não bebia sangue humano, de fato eu bebo! - um rosnado mais imediato saiu de meu peito fazendo Sam me lançar olhares repreendedores. - O que estou dizendo é que o vampiro que me formou era um cientista e ele tomou a imortalidade para si da mesma forma, me ensinou a colher sangue, não matar para recebe-lo. - o idiota parecia super convencido e confiante. - Levanta menos suspeitas e a sede é fácil de controlar quando você bebe sempre quantidades abundantes de sangue colhido. Sou tão inofensivo quanto um coelhinho! - ele gargalhou.

- Podemos mata-lo por ser um risco mesmo assim. Está tirando sangue dessas pessoas e sabe-se lá em que estado as deixa. - minha voz foi certa e tão petulante quanto a dele. O vampiro pareceu descer de seu pedestal por um instante e então olhou para mim com olhos de raiva.

- Eu já tinha quatro seculos de vida quando você não passava de um espermatozoário, lobo. - ele me fuzilou. - Nunca recolhi mais de um litro por humano e além do mais, sou uma figura publica de renome. Se me matarem vão ter legiões de humanos e suas leis atrás do seu segredinho e eu acho que vocês não gostariam de toda essa exposição, não é?

- Saia de nossas terras. Você não tem mais permissão para passar por aqui ou ficar qualquer tempo que seja entre as pessoas de nossa tribo ou não nos importaremos em mata-lo. - Sam falou solene, mas eu esperava ataca-lo e de repente pareceu que não aconteceria.

- Sam, cara... - eu comecei mas ele me interrompeu, pondo a mão na direção de meu peito, uma injunção. Bufei frustrado.

- Você foi avisado e agora lhe darei o beneficio da duvida, mas não vou impedir nenhum dos meus de mata-lo assim que o vir, então cuide de sua retaguarda. - Sam alertou e eu gostei de aquelas palavras soarem tão ambíguas.

- Aviso aceito. - o infeliz sorriu gozador. - Irei respeitar as fronteiras e não mais invadirei seu território. - disse mais serio. - Mantenha esse seu cachorrinho longe de minha Amelie ou verá ele perder suas patas. - avisou abrindo a porta do carro.

- Como seu eu tivesse medo de você, velhinho! - lancei um sorriso à ele.

- Estamos avisados criança. Você pode machuca-la de formas muito mais cruéis que eu! - e então entrou no Jaguar dando partida.

E eu já ia correndo pra me transformar e estraçalha-lo por sequer cogitar que eu a machucaria quando Sam me segurou pelo braço e me fez virar.

Oliver POV

Por essa eu não esperava. Raios.

Quando me encontrei com esses transmorfos pela primeira vez eu era um vampiro já experiente, enfrentei dois deles até ficarem machucados o suficiente para que me deixassem em paz e fui pra casa pesquisar sobre o que tinha acontecido, porque eu sabia que não tinha como lobos comuns se comportarem daquela maneira nem federem tanto.

Claro, isso fora a mais de duzentos anos e eu com certeza não tinha encontrado vestígios de que aquele padrão continuava atingindo os nativos, ou tão pouco tinha conhecimento desse clã de Washington, já que os últimos que enfrentei eram Sioux e viviam na Dakota do Norte.

Puxei o porta luvas e retirei a garrafa térmica de metal, abrindo a tampa com uma das mãos e bebendo um grande gole do sangue mais fresco a que tinha acesso. Malditos cachorros!

Se bem que eu não estava preocupado diretamente com eles. Os protetores não seriam assim um problema para mim. O que me incomodava eram os olhares entre o mais alto deles e minha princesa.

Ela com certeza o conquistara, como conquistara muitos garotos antes, mas eu temia que ele tivesse conseguido um feito parecido com ela, e era, inaceitável me imaginar competindo com aquela criança pelo amor da minha vida, que já me pertencia.

Além do que, para não causar aborrecimentos desnecessários para ela, eu teria que encontra-la em Seatle no hotel em que me hospedei ao invés de ir até sua casa como prometi, e o inferno sabe, o quanto eu odeio quebrar minhas promessas. Quase nunca faço isso, nunca para ELA.

Em uma hora, com o meu pé bem fundo junto ao pedal de acelerador, eu cheguei na cobertura que tinha reservado no melhor hotel da cidade e mandei meu motorista busca-la, porque embora eu corresse o risco da senhora que cuidava dela ter algum conhecimento a respeito de minha real natureza, eu tinha certeza que Amelie viria.